Na cobertura da Seletiva Nacional de Judô Sub-21 deste ano, o fotógrafo registrou o plástico movimento de projeção de um judoca, com o adversário flutuando segundos antes do ippon, o golpe perfeito no judô. Fora a beleza estética da imagem, o detalhe especial é que o objeto principal da foto, o protagonista do movimento, é o atleta Ernane Neves, filho de Anderson. Emoção em dose dupla para o fotógrafo, que vibrou com a vitória do filho e a foto entre as melhores do mundo.
“É uma surpresa que me faltam palavras, ter uma foto minha entre as 30 melhores do mundo. Um clique feito de uma das lutas do meu filho, Ernane, que, na ocasião, disputava a Seletiva Nacional e voltava de lesão”, conta. “Sou militar de carreira e a fotografia para mim é um hobbie que comecei dentro da minha família e aos poucos estou levando para a família do judô brasileiro e, agora, oficialmente, para o mundo.”
Como ele não vive apenas da fotografia, pelos critérios da organização da premiação, o trabalho de Anderson se enquadrou na categoria “Amador”, o que não reduz em nada seu talento e qualidade. Pelo contrário. Para um amador conseguir capturar o momento perfeito de uma técnica de judô é necessário muito treino, olhar apurado e técnica também na hora do clique.
Pelo talento demonstrado, Anderson vem trabalhando em parceria com a CBJ desde 2022 e foi o responsável pela cobertura fotográfica da seleção nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, do Campeonato Pan-Americano Rio 2024, e de todas as competições nacionais realizadas pela CBJ.
“A foto é, realmente, sensacional e a história - de pai e filho - por trás dela é ainda melhor. Esse reconhecimento é muito merecido. O Anderson é um grande parceiro da CBJ, dedicado e talentoso. Ter uma foto de uma competição nacional entre as melhores do mundo é motivo de muito orgulho para o judô brasileiro e mostra o quão importante é valorizarmos esses profissionais da imagem que eternizam momentos tão especiais para os atletas”, comentou Lara Monsores, assessora de comunicação da CBJ.
Após esse primeiro anúncio das finalistas, as 30 fotos selecionadas passarão por novos pleitos até a decisão final de primeiro, segundo e terceiro colocados.
“Eu já estou satisfeito por ter chegado até aqui, mas é óbvio que gostaria de chegar mais longe. Não é fácil a fotografia, exige muito estudo, dedicação, foco, motivação. Eu sinto dores, fome, frio, sono, fico exausto e muitas vezes respiro até menos que os atletas, os quais me fazem lutar, cair, jogar e até chorar junto com os resultados das lutas. Sou muito grato a muitas pessoas que prefiro não citar para não ser injusto. Seguimos contando histórias e, não se esqueçam: ganhou? Olha para o click”, brincou citando um de seus jargões para conseguir clicar as melhores comemorações dos atletas.
Acesse aqui para saber mais sobre o World Sports Photography Awards
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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