Na manhã desta quarta-feira (10), quatro brasileiros foram em busca das primeiras medalhas do país no Campeonato Mundial de Doha, mas infelizmente não conseguiram avançar às disputas finais de suas categorias. Enquanto Ketleyn Quadros (63kg) e Eduardo Yudy Santos chegaram até as oitavas de final da competição, Gabriella Mantena (63kg) e Guilherme Schmidit (81kg) não passaram de seus adversários na segunda rodada.
“O resultado não foi o que eu esperava, mas vim de uma preparação super construtiva. A luta teve um resultado ingrato pelo o que eu estava apresentando, já que acabei caindo no final e não tive muito tempo para reverter o placar. Agora, é bola pra frente. Vou assistir ao resto da competição e estudar meus adversários para chegar melhor nas próximas. Acho que estou no caminho certo, são pequenos ajustes a serem feitos. No esporte de alto rendimento, são detalhes que fazem a diferença”, avaliou Schimidt.
O peso meio-médio brasileiro chegou à Doha como quarto do ranking mundial e, na estreia, enfrentou o alemão Timo Cavelius. Ele conseguiu um bom desempenho na luta, mas, a 15 segundos do fim, foi projetado em waza-ari e não teve muito tempo de reação. Este foi o terceiro Mundial sênior de Schmidt, que tem 22 anos.
Outro representante brasileiro no peso meio-médio masculino, Eduardo Yudy Santos estreou com vitória por ippon sobre Abylaikhan Zhubanazar, do Cazaquistão, pela segunda rodada. Na luta seguinte, contudo, parou nos dois waza-ari do canadense Francois Gauthier-Drapeau e encerrou sua participação em Doha. Yudy vem de resultados regulares nos últimos meses, tendo conquistado os 7º lugares nos Grand Slam de Tel Aviv e Antalya.
“Infelizmente eu não consegui participar da aclimatação, porque fui convocado em cima da hora. Mas, apesar disso, consegui fazer uma boa atuação. Por enquanto, o foco é cuidar das minhas lesões e tentar voltar no próximo semestre inteiro”, disse Yudy.
Já no feminino, o Brasil teve Gabriella Mantena como primeira representante no dia. Ela passou pela sul-coreana Jijeong Kim com uma waza-ari na primeira rodada, mas, na luta seguinte, bateu para a chave de braço da canadense Catherine Beauchemin-Pinard, número dois do mundo e vice-campeã mundial em Tashkent 2022. Essa foi a estreia de Mantena em Campeonatos Mundiais, de onde saiu com a cabeça erguida para os próximos desafios.
“Minha primeira medalha foi esse ano, no Grand Prix de Portugal, e ali foi o começo de tudo. Eu vi que tinha capacidade para chegar mais longe. Desde lá, vim de outras competições que não medalhei, mas tive grandes aprendizados. São meninas muito experientes e hoje eu lutei com a segunda do ranking mundial. Saio daqui de cabeça erguida, tendo certeza que na próxima vou chegar diferente. Acho que tudo é experiência. Eu me vejo bem tecnicamente, mas preciso ganhar a experiência que só vou adquirir nas competições”, ponderou.
A Seleção Brasileira de Judô ainda teve Ketleyn Quadros em ação neste quarto dia de Mundial. Na estreia, ela enfrentou Bárbara Timo, brasileira naturalizada portuguesa, e protagonizou um lutão com direito à virada no golden score. Bárbara abriu o placar com um waza-ari, Ketleyn empatou e, no tempo extra, conseguiu um ippon com uma chave de braço.
Na rodada seguinte, porém, a brasileira não passou pela kosova Laura Fazliu, que conseguiu anotar dois waza-ari. Ketleyn voltará a competir no próximo domingo (14), na disputa por equipes mistas.
O Mundial de Doha segue nesta quinta-feira (11), com dois brasileiros nos tatames. Giovani Ferreira e Rafael Macedo representam a categoria médio (-90kg) e tem suas estreias definidas contra Darko Brasnjovic (SER) e Tristani Mosakhlishvili (ESP), respectivamente.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe um comentário!
Aproveite e seja um membro deste grupo, siga-nos e acompanhe o judô diariamente!