A área em que hoje se acha
instalada a cidade de Campinas surgiu como um bairro rural da Vila de Jundiaí.
Território ocupado por matas fechadas e campos, foi com a abertura da Estrada
dos Goiases, em 1722, que se formou um núcleo mais adensado de povoamento,
constituído por um pouso de tropeiros, pelas primeiras sesmarias e por um
número progressivo de lavouras de subsistência. O crescimento do comércio,
somado à presença de terras férteis promoveu, no final do século XVIII, a
instalação de engenhos de açúcar e lavouras de cana transformando-se o antigo
bairro rural em freguesia de Nossa Senhora da Conceição (1774) e, em poucas
décadas, na Vila de São Carlos (1797).
Caracterizada pela produção açucareira e pelas atividades de
comércio, a Vila de São Carlos viu-se transformar na cidade de Campinas (1842)
na proporção em que os cafezais substituíram as lavouras de cana, ampliando-se
a riqueza do município com o crescimento e complexificação da economia
cafeeira.
Conhecida como “princesa do oeste” em alusão à marcha cafeeira
pela porção oeste da Província de São Paulo, a cidade de Campinas experimentou
uma importante modernização entre as últimas décadas do século XIX e as
primeiras décadas do século XX, constituindo-se nesta ocasião as bases
infra-estruturais do município nos campos de energia, saneamento, transporte,
comunicações, saúde pública, indústria e educação.
Com a crise da economia cafeeira, no curso dos anos 1930,
Campinas assumiu uma fisionomia mais industrial e de serviços, procurando
conferir às estruturas herdadas do passado, novas perspectivas e caminhos de
desenvolvimento. No plano econômico, a cidade buscou aliar a abertura/ampliação
de novas frentes agro-industriais às tradições centenárias de comércio e
serviços, somando-se no curso dos anos 1960, novos centros de educação,
pesquisa e tecnologia, entre eles, a Universidade Estadual de Campinas (1966),
o Instituto de Tecnologia de Alimentos (1969) e o Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Telecomunicações (1976). Nos anos 1980, já na posição de
segundo pólo industrial do país em valor de produção (após a Região
Metropolitana de São Paulo), Campinas viveria a instalação do Instituto
Nacional de Tecnologia da Informação (1982), do Laboratório Nacional de Luz
Síncontron (1984) e da Embrapa Informática Agropecuária e Embrapa Monitoramento
por Satélites (1989), instituições que fortaleceram uma nova modalidade de
desenvolvimento industrial nos campos de informática e telecomunicações.
No plano urbanístico, o crescimento e diversificação produtiva
somados a um progressivo fluxo migratório permitiram à cidade crescer 15 vezes
em território e 5 vezes em população no curso de quatro décadas (1950/1990);
processos que na atualidade se traduzem numa malha urbana de 800 km² e numa
população de pouco mais de 1 milhão de habitantes, distribuída por quatro
distritos (Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo, e Nova Aparecida) e centenas
de bairros.
A cidade de Campinas, maior pólo tecnológico da América Latina,
alia na atualidade diferentes competências e dinâmicas: cidade de serviços, de
comércio tradicional, de produção agrícola, de geração de ciência e tecnologia,
seu vigor social e econômico conferem-lhe seu destacado lugar político: o de
capital da Região Metropolitana de Campinas (com 19 municípios e uma população
de 2,8 milhões de habitantes) e também da Região Administrativa de Campinas
(com 90 municípios e uma população de 6,2 milhões de habitantes).
Na sua porção rural, a cidade guarda também importantes
processos e testemunhos de desenvolvimento, entre eles, áreas agrícolas
remanescentes, populações e tradições centenárias, processos tecnológicos,
saberes e fazeres únicos, num conjunto patrimonial surpreendente e rico.
Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Campinas
Serviço:
26º Torneio Estímulo de Judô
Data: 09 e 10 de março (sábado e domingo)
Local: Clube dos Funcionários da Associação Robert Bosch de Campinas
Via Anhanguera, Km 98, Campinas, SP
Abertura: 09h
Por: Boletim OSOTOGARI