Depois de conquistar três medalhas na competição olímpica individual, em Paris 2024, os judocas do Brasil voltaram ao tatame da Arena Champ-de-Mars, neste sábado (03), buscando o último objetivo do ciclo: garantir a inédita medalha olímpica por equipes mistas. E ele foi alcançado. Em combate emocionante contra a Itália, a equipe foi medalhista de bronze e fechou, oficialmente, a melhor campanha do judô brasileiro em Jogos Olímpicos.
sábado, 3 de agosto de 2024
PARIS 2024 - Equipe mista do Brasil é bronze nos Jogos Olímpicos e conquista medalha inédita
Depois de conquistar três medalhas na competição olímpica individual, em Paris 2024, os judocas do Brasil voltaram ao tatame da Arena Champ-de-Mars, neste sábado (03), buscando o último objetivo do ciclo: garantir a inédita medalha olímpica por equipes mistas. E ele foi alcançado. Em combate emocionante contra a Itália, a equipe foi medalhista de bronze e fechou, oficialmente, a melhor campanha do judô brasileiro em Jogos Olímpicos.
sexta-feira, 2 de agosto de 2024
PARIS 2024 - Beatriz Souza faz campanha perfeita e é campeã olímpica de judô
“Não sei se caiu muito a ficha ainda, mas é uma sensação inexplicável. Estou transbordando felicidade, estou muito emocionada, e não sei nem definir o sentimento. Acho que a dedicação em cada treino, a disciplina e as abdicações que precisaram ser feitas valeu a pena. Só confirma que eu estava no caminho certo e veio um grande resultado” comemorou Bia.
Na primeira luta, Beatriz passou por Izayana Marenco, da Nicarágua, sem maiores dificuldades. Dominou e projetou, marcando o ippon. Nas quartas, encarou um desafio maior, contra a sul-coreana Hayun Kim e, mais uma vez, se impôs no combate. A adversária se movimentava bastante e cortava as tentativas de kumikata (pegada) da brasileira a todo o tempo.
A luta ficou travada, sem muitas oportunidades de ataques efetivos e ambas foram punidas duas vezes. Precisando abrir o jogo, a sul-coreana foi para cima e, em posição dividida, Bia abraçou e projetou a adversária. O árbitro assinalou ippon, o placar marcou para a sul-coreana, mas, na revisão das imagens, os árbitros de vídeo deram waza-ari para Beatriz, que teve total controle da ação.
Na semifinal, Bia demonstrou o que tem ponto mais forte em sua personalidade e em seu judô. Frieza para enfrentar uma arena lotada gritando pela francesa Romane Dicko, força na pegada na gola que neutralizou o lado direito da francesa, e técnica para projetar e imobilizar Dicko que, de tão ajustada, encerrou a agonia antes dos 20 segundos, batendo para desistir do combate. Final para Beatriz, a segunda final do judô brasileiro em Paris.
Na decisão, Beatriz começou bem, com a pegada forte no quimono da israelense Raz Hershko e, com menos de um minuto de combate, marcou um waza-ari em uma linda entrada. A partir daí, foi só administrar o placar até a vitória e comemorar.
“É minha primeira olimpíada, já sendo campeã olímpica. Ainda mais em Paris, que é um dos lugares que meu coração sempre esquenta quando venho para cá. Foi o primeiro lugar que eu conheci. É muita emoção estar aqui, estou extremamente feliz e curtindo. Muito obrigada por terem acompanhado e torcido, de madrugada para assistir todas as lutas. De coração, muito obrigada mesmo. A torcida de vocês foi fundamental no dia de hoje”, agradeceu.
Natural de Itariri (SP), mas criada em Peruíbe, também em São Paulo, Bia começou no judô aos sete anos, com incentivo do pai, por ser uma criança agitada. Se apaixonou à primeira vista pelo esporte e nunca mais parou.
Passou pela Associação Budokan de Peruíbe, sob os ensinamentos do Sensei Wagner Silva, e, ainda muito nova, mudou-se para São Paulo para representar a Sociedade Desportiva Palmeiras e posteriormente o Esporte Clube Pinheiros, onde está até hoje.
Estreou pela Seleção Sênior em 2017, no Open Europeu da Eslovênia, e hoje, sete anos depois, já coleciona mais de vinte medalhas no circuito da Federação Internacional de Judô, com destaque para uma prata e dois bronzes em mundiais. Ela também é penta campeã pan-americana e foi duas vezes bronze nos Jogos Pan-Americanos, em Lima 2019 e Santiago 2023.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
PARIS 2024 - Rafael Silva “Baby” para em atleta do Azerbaijão na primeira rodada
“É difícil, é ruim. É um adversário que eu conhecia bastante. Tínhamos lutado umas seis vezes e, aqui, ele conseguiu anular bem meu lado direito. Não consegui fazer a pegada, foi uma luta amarrada e infelizmente saí com a derrota. Mérito dele, acho que ele é um cara que se esforçou e se dedicou também. Agora é me centrar, focar, que amanhã a gente tem o por equipes. Acho que o Brasil tem uma equipe com bastante potencial”, avaliou Baby.
Na luta, o brasileiro não conseguiu encaixar o jogo com Kokari e foi punido duas vezes por falta de combatividade. Pendurado e precisando ir para cima, acabou projetado em waza-ari pelo e, logo em seguida, foi imobilizado por mais 10 segundos até o ippon.
“Eu encerro minha participação olímpica com uma derrota, mas olho para trás com uma carreira onde consegui muitos resultados. Então acho que tenho bastante orgulho de fazer a quarta Olimpíada e, mesmo com a derrota, aprender muito com esse processo e com tudo o que fiz para chegar até aqui. Estava me sentindo bem e treinado, mas o jogo dele foi superior ao meu, infelizmente”, disse.
Rafael Silva fez sua primeira competição pela Seleção Brasileira de Judô em 2007 e, desde então, são 17 anos entre os principais nomes mundiais do peso pesado masculino. Além dos dois bronzes olímpicos, em Londres 2012 e na Rio 2016, e das quatro medalhas mundiais (1 prata e 3 bronzes), ele conquistou mais de 50 pódios no circuito da Federação Internacional de Judô.
“Acho que foi um legado bom, falando da categoria pesado. Foram duas medalhas olímpicas e quatro mundiais. A medalha do Mundial do ano passado me deixou mais esperançoso para esse ciclo. Aos 36 anos, consegui uma medalha mundial e, aos 37, cheguei em uma Olimpíada. De certa forma, sabia que conforme a idade vai passando as chances vão diminuindo, mas tinha bastante esperança de fazer uma boa participação aqui e avançar nas lutas. Eu já conhecia os dois primeiros adversários, já tinha ganhado deles. O coreano seria uma luta mais difícil, só tinha enfrentado ele uma vez. Caí em uma chave boa, mas infelizmente não rolou hoje”.
Quanto à aposentadoria, Baby garantiu que Paris 2024 será sua última edição olímpica, mas que participar de algumas competições internacionais e nacionais ainda é uma possibilidade.
“Acho que consegui inspirar atletas a entrarem no judô e a gostar de esporte olímpico. Espero ver outros pesados quebrando meus recordes, porque é para isso que foi minha carreira. Sempre com esse intuito de demonstrar os valores do esporte para todo mundo e poder trazer mais gente pro judô”, concluiu.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
PARIS 2024 - Mayra Aguiar não avança e deixa os Jogos Olímpicos nas oitavas do meio-pesado feminino
“A derrota é dura. É muito ruim. Dói para caramba, é amarga, é doída, é um saco. Eu não gosto de perder nem brincadeira, imagina um negócio que a gente se doa tanto. Doa saúde, tempo de família, parte mental. É dieta rígida e restrita, treinar todos os dias com dor. Então não é só hoje, é o ciclo olímpico inteiro que é uma luta. E quando acaba assim, dessa forma, é muito ruim. Mas eu sei também que em todas as vezes que doeu muito, seja dentro do tatame ou fora, eu sempre levantei muito forte. Quanto mais dói, mais a gente se fortalece, e talvez eu esteja me apegando nisso agora. A gente aprende muito rápido a renovar as coisas. Seja em uma vitória ou em uma derrota, eu nunca parei muito tempo para comemorar, ou ficar aflita, baixar a cabeça e chorar. Óbvio que a gente tem que fazer isso, deixar sair esse sentimento, mas é uma coisa que sempre levei pra mim. É pegar as coisas boas que passaram e pensar na frente. Pensar no que posso melhorar como atleta e como pessoa”, disse Mayra.
A luta começou com Bellandi levando uma punição por falso ataque, mas, por conta de seu estilo volumoso, nos próximos minutos Mayra foi punida duas vezes por falta de combatividade e ficou pendurada. Já no golden score, a italiana tomou uma nova punição, desta vez por falta de combatividade, e deixou tudo empatado.
Aos dois minutos do tempo extra, Bellandi projetou Mayra em waza-ari, que foi retirado pela arbitragem de vídeo, mas, poucos segundos depois, uma nova pontuação foi marcada, desta vez encerrando a luta e a participação da brasileira em Paris 2024.
“Eu já sabia que a luta ia ser dura também e que talvez não tenha aprendido a jogar esse estilo. É algo mais estratégico, que talvez eu tenha pecado. Por mais que eu tenha treinado isso, é um estilo de luta difícil. Eu procuro muito ippon e é mais estratégia, com punição”, analisou Mayra.
Após a competição, ela fez um forte desabafo e revelou que, por entender os limites do próprio corpo, precisou ficar ausente do Circuito Mundial e guardar todas suas energias para os Jogos Olímpicos.
“Já passei do meu limite. Já tem um tempo que eu venho mentindo para o meu corpo. Mentindo que está tudo bem. Tenho várias cirurgias e a primeira foi com, sei lá, 16 ou 17 anos. Eu ainda sinto ela, e as próximas. Aprendi a treinar e a lutar assim, mas nos últimos anos vem sendo mais difícil. Não adianta, é um preço que a gente paga. Não dá pra brigar tanto com nosso corpo, temos nossos limites. Mas eu fui até onde consegui, até onde o corpo deixou e não deixou também. Eu tentei, até por isso que fiquei um pouco mais fechadinha. Talvez tenha sido mais difícil por isso. Por brigar com meu corpo mais do que eu estou acostumada a fazer. E não tinha como eu fazer muita competição. Acho que essa foi a maior luta”.
Durante todo o período, Mayra foi ouvida e teve seu planejamento alinhado com a comissão técnica da CBJ e da Sogipa, seu clube, para que ela pudesse se preparar da melhor forma e dentro das suas possibilidades neste ciclo.
“Eu só tenho a agradecer à CBJ, à Sogipa, meu clube, a todo mundo que compreendeu. Há algum tempo eu falei com eles que não ia conseguir fazer o tanto que eu queria fazer. E isso já tem uns três anos. Eles sentaram comigo, falaram ‘calma, dá teu tempo, faz teus treinos, fica em casa, descansa’, e eu fico muito feliz por eles terem compreendido e ter deixado eu fazer dessa forma. Ano passado, eu ganhei o Grand Slam de Tóquio, uma competição que eu queria muito, que tenho muito carinho. E foi muito gostoso, especialmente também porque acreditaram em mim. Tentei fazer tudo o que deu e o que podia. Claro que vou sempre me cobrar, não adianta, mas tenho que lembrar também que me esforcei muito e sei do quanto abri mão e do quanto me ajudaram. Então é agradecer essas pessoas pelo carinho por mim”, concluiu.
Mayra Aguiar é uma das maiores judocas brasileiras de toda a história, tendo conquistado três bronzes olímpicos — Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020 — e três títulos mundiais, além de inúmeras medalhas em competições do Circuito Mundial de Judô.
Sobre o futuro nos tatames, a gaúcha preferiu deixar a decisão para um outro momento.
“Eu amo esse esporte, amo estar perto das pessoas e fazer isso. Amo esse clima, essa força que os atletas têm, a alegria que é um treino, sabe? Isso que me fortalece, que me faz treinar todos os dias. Levantar com dor, treinar com dor. Já tem um tempo que eu falo isso [parar], mas é difícil, porque eu gosto muito. Não posso dar certeza do que vou fazer ou não. Vou voltar pra casa, esfriar a cabeça e ver como estou. Ver como está meu corpo e pensar friamente depois”.
Mayra não está inscrita na competição por equipes mistas do judô em Paris 2024 e já retornará ao Brasil.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
PARIS 2024 - Estreante em Jogos Olímpicos, Leonardo Gonçalves cai na primeira rodada para atleta dos Emirados Árabes Unidos
Nesta quinta-feira (01), o judô brasileiro contou com a participação de Leonardo Gonçalves (100kg) nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Estreante na competição, o paulista de 28 anos acabou superado por Dzhafar Kostoev, dos Emirados Árabes Unidos, na primeira rodada, e se despediu mais cedo do tatame. Mas, ele ainda terá a chance de conquistar sua medalha olímpica neste sábado (03), nas disputas por equipes mistas.
“Ali fica difícil de ver. Ali na hora quando você está com a cabeça quente, parece que o erro foi meu, mas foi um lance interpretativo, bem difícil de ver. Eles com bastante câmera. Mas agora não tem o que fazer. Achei que foi uma luta boa, deixei tudo ali dentro do tatame. Um cara duro, nas olimpíadas não tem atleta fácil. Qualquer lugar que eu pegasse seria forte, como eu também sou. Foi uma luta boa que, infelizmente, não terminou bem para mim” disse Leonardo.
A luta começou estudada, com Léo e Kostoev trabalhando o kumi-kata (pegada). Aos 56 segundos, os dois levaram a primeira punição por falta de combatividade e precisaram ir para cima. O brasileiro acabou saindo em desvantagem, levando um waza-ari do adversário, mas conseguiu empatar o placar pouco tempo depois com um waza-ari que chegou muito perto do ippon.
O confronto seguiu para o golden score e, aos 25 segundos do tempo extra, Léo tentou um contra-ataque em Kostoev. Na revisão de vídeo, a arbitragem deu um novo waza-ari para o atleta dos Emirados Árabes Unidos e, assim, a luta foi encerrada.
"O judô como todo esporte tem suas regras, têm que ser seguidas sim. Como seres humanos eles erram, como eu também erro, como errei ali caindo, como todos que estão assistindo já erraram. Não são robôs, mas é isso aí. Às vezes uma regra vai pesar para um país, vai pesar para gente, e quando não é, a gente não reclama. Faz parte do jogo", concluiu Léo.
Ele volta ao tatame neste sábado (01), na competição por equipes mistas. O Brasil estreia contra o Cazaquistão, nas oitavas de final, e tenta a medalha inédita.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
quarta-feira, 31 de julho de 2024
PARIS 2024 - Rafael Macedo vence três lutas, mas termina competição em quinto
O judô brasileiro esteve bem perto de conquistar sua terceira medalha nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta quarta-feira (31), Rafael Macedo chegou até a disputa de bronze do peso médio masculino, mas acabou superado pelo francês Maxine-Gael Ngayap Hambou nas punições (3-2).
“Eu não entendi direito a punição, mas acredito que os árbitros têm muitas câmeras, são muitos ali, e vão sempre avaliar da melhor forma. Então respeito a decisão deles e saio tranquilo, porque sei que dei o meu melhor. Fiz tudo o que sei, o que consegui, e faz parte”, disse Macedo.
Macedo entrou ligado, na primeira luta, contra o holandês Noel Van T’End, adversário perigoso, campeão mundial em 2019. Mas, a tática do brasileiro foi perfeita e anulou o holandês que, sem muita ação, levou três punições e perdeu o combate.
Na luta seguinte, que também era eliminatória, Macedo enfrentou o romeno Alex Cret, que vinha de uma surpreendente vitória sobre Khristhian Toth, húngaro, número 5 do mundo e cabeça de chave em Paris. O romeno fez muita força para bloquear as melhores pegadas de Rafael Macedo, que levou duas punições e ficou a uma de ser eliminado dos Jogos Olímpicos.
Mas, no golden score, o brasileiro cresceu e obrigou Cret a reagir com uma entrada falha. Macedo aproveitou a oportunidade em que o romeno ficou exposto no chão e buscou a finalização por chave-de-braço, comemorando muito a classificação às quartas.
Nessa fase, o brasileiro enfrentou o georgiano naturalizado espanhol, Tristani Mosakhshvili. Novamente, a luta se desenhou em muita disputa de pegada, rendendo uma punição a cada. Em uma tentativa de entrada de Macedo, o espanhol conseguiu uma revertida e marcou um waza-ari a 45 segundos do fim. O brasileiro voltou mais agressivo e conseguiu forçar a segunda punição a Mosakhshivili. Porém, o tempo era curto para uma virada e Macedo foi superado, caindo para a repescagem.
Para ainda tentar buscar uma medalha de bronze, Rafael Macedo precisou lutar com o sul-coreano Juyeop Han, número 24 do mundo. Em combate mais aberto do que os dois primeiros, Rafael conseguiu encaixar uma técnica e projetou Han para marcar um waza-ari. O sul-coreano respondeu com um ataque em que Macedo andou para trás e conseguiu escapar, caindo de frente. Daí em diante, o brasileiro ficou alerta, se impôs na pegada e conseguiu um ipponzaço para se garantir, pela primeira vez, em uma disputa de medalha olímpica.
Na luta pelo pódio, o brasileiro encarou o francês Maxime-Gael Ngayap Hambou, que perdeu de ippon para o japonês Sanshiro Murao, na semifinal.
O combate começou com punições aos dois, que em menos de dois minutos já ficaram pendurados no placar. Macedo vinha ativo nas entradas, mas, a cinco segundos do fim, levou a terceira punição e terminou as disputas individuais em quinto lugar.
“Realmente ficou confuso, não entendemos a punição. Inicialmente entendemos que ele tinha dado punição por pegar dentro do quimono. Não foi isso, não ficou claro. Quando fomos até a mesa, conversar com os responsáveis pela arbitragem, essa posição, quando você pressiona só a cabeça, é realmente considerado matê e shido. Seria esse último ponto que o Rafael sofreu. O duro é que tem um guia que mostra uma situação um pouco diferente. Mas ali eles abriram um outro guia, com uma regra mais atualizada, e mostra que é shido. É uma pena, lamentável. Era evidente que o Rafael estava superior na luta. É bastante discutível, mas ele vai manter o foco na disputa por equipes”, disse Marcelo Theotonio, Chefe de Equipe do judô em Paris.
Rafael Macedo volta a lutar neste sábado (03), na disputa por equipes mistas, e ainda pode buscar sua primeira medalha olímpica.
Zebras e surpresas no 90kg
A categoria até 90kg foi marcada por resultados surpreendentes. Dos oito cabeças de chave, seis foram eliminados antes das quartas-de-final. Nemanja Majdov (SRB), Erlan Sherov (KGZ), Kristhian Toth (HUN), Cristian Parlati (ITA), Davlat Bobonov (UZB) e Mihael Zgank (TUR) não avançaram entre os oito finais. Dos “favoritos”, apenas Lasha Bekauri (GEO), atual campeão olímpico, e Sanshiro Murao (JPN) chegaram às semifinais. Ao fim do dia, Bekauri conquistou o segundo título olímpico e Murao ficou com a medalha de prata.
terça-feira, 30 de julho de 2024
PARIS 2024 - Ketleyn Quadros começa bem, mas para nas oitavas de final do judô
“Tenho essa característica de gostar de lutar com esses adversários fortes, porque me prepara para o melhor que eu tenho para dar. Então, estava bem confiante, convicta que sairia da luta com a vitória. Mas, como no judô as coisas se definem no tatame, não tem lamentação. Uma coisa que a gente aprende no judô é levantar e cair e reconhecer quando alguém foi melhor naquele momento. E foi isso que aconteceu”, analisou Ketleyn.
Ela teve uma estreia dominante, vencendo a espanhola Cristina Cabana Perez sem dificuldades, na primeira rodada. Aos 36 segundos de luta, anotou um waza-ari ao projetar a adversária em um bonito sumi-gaeshi e confirmou a vitória logo depois com um novo waza-ari, avançando assim às oitavas de final.
Na luta seguinte, encarou a francesa Clarisse Agbegnenou, atual campeã olímpica e seis vezes campeã mundial. O confronto se estendeu em desvantagem para a brasileira, que somou duas punições no placar. Pendurada e precisando ir para cima, acabou projetada em waza-ari a cinco segundos do fim e despediu-se da competição.
Nas últimas Olimpíadas, Ketleyn foi bronze em Pequim 2008, tornando-se a primeira brasileira com uma medalha olímpica em modalidades individuais, e sétima colocada em Tóquio 2020.
Mas ainda não é o fim. Ela volta a competir neste sábado (03), na disputa por equipes mistas, e ainda pode sair da Arena Champ de Mars com uma medalha olímpica. Agora, o foco total é nisso.
“A parte chata de sair agora é a chateação que é inevitável, mas a parte boa de aprender com isso aqui é que a gente ainda tem mais uma chance de sair com a medalha no peito. Então esse é o foco total, mesmo não sendo a minha categoria, acho que pode ser um fator positivo para o Brasil, levando toda essa velocidade e garra que as meninas talvez não estejam acostumadas. Essa vontade de ‘vamos começar de novo’, que seja agora nas equipes, levando toda essa força, porque acredito muito”, concluiu.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
PARIS 2024 - Guilherme Schimidt vence uma luta, mas cai nas oitavas de final do judô
O judô brasileiro foi representado por Guilherme Schimidt (81kg), no maculino, no quarto dia de competições dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Nesta terça-feira (30), ele estreou bem com vitória dominante, mas acabou superado nas oitavas de final e deixou o tatame mais cedo. Ele ainda volta a lutar neste sábado (03), na competição por equipes mistas, e pode sair da França com uma medalha olímpica no peito.
“Foi um pouco abaixo do que eu esperava, claro. A gente não vem na competição para perder e ser parado nas oitavas é amargo. Perdi para um adversário que eu nunca tinha perdido, venci ele duas outras vezes, e os outros adversários ao decorrer da chave eu já tinha vencido também. Mas no judô não tem favorito, na competição você está aberto a ganhar e a perder, e hoje infelizmente meu adversário teve uma tática melhor que a minha e conseguiu me vencer. Satisfeito eu não estou, mas vou levantar a cabeça e seguir em frente”, disse Guilherme.
Ele pegou bye na primeira rodada e estreou dominante contra Edi Sherifovski, da Macedônia do Norte, na segunda rodada, conseguindo um waza-ari com um minuto e meio de luta. A vitória foi confirmada pouco tempo depois, com uma bela chave-de-braço, uma de suas características mais fortes.
Nas oitavas, o brasileiro reencontrou Antonio Esposito, da Itália, a quem havia vencido na disputa de bronze do Grand Slam de Antalya, em março deste ano. Mas, desta vez, o italiano levou a melhor. No início do golden score, Esposito conseguiu um waza-ari e encerrou a participação de Schimidt nas disputas desta terça.
“Claro que vou ficar triste, mas tenho que estar com a autoestima boa, porque com um clima harmônico um puxa o outro. Não posso andar aí derrotado, para baixo, ainda mais com a competição por equipes mistas, que vai ser um fato inédito se a gente sair com a medalha no último dia. Vou me manter positivo e tentar assistir a competição do 90kg amanhã, que são os adversários na competição por equipe; dar força aos atletas que ainda vão competir pra gente chegar na equipe afiados. Para quem perdeu, conquistar essa medalha do time Brasil”, concluiu.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
