quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Entre o tatame e o pódio, o "amarelo" nunca luta no judô brasileiro


Depois de seis dias comentando e analisando o judô nas olimpíadas de forma intensa, vejo que competir em jogos olímpicos é muito mais difícil do que pensamos nesta modalidade.

Este é o cenário até o fechamento deste texto: o Japão tem uma medalha de ouro, igual ao Brasil, e hoje também foi eliminado. O Reino Unido, país-sede, não tinha conquistado nenhuma medalha até hoje (foi prata). No primeiro ciclo olímpico que o judô utilizou um ranking mundial para sua classificação, apenas duas atletas que chegaram em primeiro do ranking confirmaram o ouro na sua categoria. No masculino nenhum atleta conseguiu manter o favoritismo.

Tivemos atletas que foram convidados pelo Comitê Olímpico Internacional, ou seja, ficaram de fora dos 22 atletas no masculino e das 14 atletas no feminino no ranking mundial, e entram na cota para difundir a modalidade pelo mundo. E alguns desses se tornaram campeões olímpicos e ou eliminaram atletas “top Five” do ranking.

Atletas que chegaram como “zebras” conquistaram medalhas. Isso demonstra que mesmo o Japão, país que criou a modalidade, e países como o Reino Unido, que luta em casa e tem uma excelente política esportiva, encontram dificuldades.

Considerações feitas vejo comentários maldosos sobre os atletas brasileiros serem “amarelões” por não terem conseguido desempenhar seu máximo. Tiago Camilo, campeão mundial, juvenil, júnior e sênior, que tem participação em três olimpíadas, com duas medalhas e um 5º lugar, prata em Sydney-00, bronze em Pequim-08 e quinto em Londres-12, e Leandro Guilheiro, campeão mundial júnior, vice-campeão mundial sênior, participação em três olimpíadas, com duas medalhas, bronze em Atenas-04 e Pequim-08, foram dois dos principais alvos dos nossos “comentaristas” de plantão.

Participar em uma edição de Jogos Olímpicos é o sonho de todo atleta amador no Brasil. Eles enfrentam diversas dificuldades, inclusive financeiras, no início da carreira, além de outros aspectos como treinos, alimentação, lesões, cirurgias, muitas vezes precisam abdicar de uma vida social, entre outros.

Ser vencedor ou vencido faz parte do contexto competitivo. Nossos atletas realmente chegaram bem preparados, com boa estrutura. Em alguns casos, foram à Londres como favoritos na categoria, em outros não, mas lutaram com adversários que também chegaram com objetivo de ganhar e vêm preparados.

Assistir ao esporte somente em ano de Olimpíadas e chamar os atletas de "amarelões" se torna fácil. Criticar a atuação por uma falha ou pela estratégia de luta faz parte. Mas esses judocas, que vêm do “país do futebol”, são os nossos verdadeiros “samurais” e, com muito esforço, honra e orgulho, representaram nosso Brasil.

O único “amarelão” que entrou para lutar foi o da bandeira do Brasil no peito dos atletas. Sendo assim parabenizo todos os que participaram e os que ainda vão participar, sabendo que somos brasileiros e não desistimos nunca.

Por: Wiliam Freitas - UOL Esporte

Judoca saudita luta com véu em Londres e faz história


Na zona liberada a jornalistas, enquanto a brasileira Maria Portela e a cubana Onix Cortes choram pela derrota na primeira rodada, Wojdan Ali Seraj Abdulrahim Shaherkani, caminha sorridente, carregando uma mala com rodinhas e tendo ao lado dis fortões.  O mais novo é o irmão, que não deixa de segurar na sua mão. O mais velho, de tão forte, parece Aurélio Miguel anabolizado. É o pai, Ali Shaherkani, ex-judoca da Arábia Saudita.

O véu, cinza, na cabeça, se destaca. Ele é o grande motivo por Wojdan, uma garota tímida, de 16 anos, sem nenhuma graduação no judô, seja procurada por jornalistas enquanto campeãs derrotadas e vencedoras passam ao lado. Para que Wojda, da categoria +78 quilos, pudesse lutar de véu – o hijab – a delegação da Arábia Saudita ameaçou retirar-se dos jogos. No início, o comitê olímpico proibiu, argumentando que o jihab poderia estrangular Wojdan. Depois, foi anunciado um acordo.

De certa forma, foi uma vitória dos direitos humanos. O Comitê Olímpico incentiva a participação de mulheres, algo que é um tabu em um país extremante conservado como a Arábia Saudita, que segue as regras clericais dos muçulmanos. Até 2012, Arábia Saudita, Brunei e Qatar eram os países que não deixavam mulheres competir. O Comitê mandou um convite especial para Wojdan e para Sarah Attar, corredora dos 800m.

O príncipe Nawaf ben Faysal, que comanda o esporte na Arábia Saudita permitiu, desde que usassem o véu e que estivessem sempre acompanhadas de um parente próximo. Nem foi preciso dizer duas vezes. Ali não deixa a filha por um segundo. E serve de intérprete para uma entrevista que não se desenrola. Eu falo inglês aguaiano, ela fala árabe e ele traduz em inglês saudiita. “Estou muito feliz em conviver com tanta gente e em representar meu país”, é o que dá para entender.

Não importa. Amanhã, as 6h33min do Brasil, quando enfrentar Melissa Mojica, de Porto Rico, e muito provavelmente, ser eliminada com um rápido ippon, Wojdan Ali Seraj Abdulrahim Shaherkani já fará parte da história olímpica.


Cubano é desclassificado por morder dedo de rival e reclama: "Ele pôs a mão na minha boca"


O cubano Oreydi Despaigne se inspirou em Mike Tyson, mas não conseguiu avançar das oitavas de final da categoria até 100 kg no judô. Mesmo vencendo a luta contra o uzbeque Ramziddin Sayidov, ele mordeu o dedo do rival e acabou sendo desclassificado por atitude antidesportiva.

Despaigne vencia com um wazari no último minuto do combate, contra dois yukos do rival. Os dois competidores seguravam um no quimono do outro e, ao sentir a mordida na mão direita, o uzbeque parou a luta, reclamando da atitude do cubano. Os juízes analisaram o lance em vídeo e decidiram desclassificar o cubano.

"Fiz uma boa luta, mas estou desapontado com essa injustiça. Foi ele quem colocou a mão na minha boca", protestou o cubano, alegando que seus lábios estariam inchados pelo impacto. 

Técnico de Despaigne, Justo Noda tentou argumentar, mas os juízes estavam convencidos da agressão do judoca. "Nunca vi algo assim em quarenta anos de judô", reclamou o treinador do cubano.

Atleta de 30 anos, Oreydi Despaigne tem seus principais resultados na carreira em Mundiais e Pan-Americanos. Ele foi terceiro colocado no Mundial do Brasil, em 2007. No Pan, teve um bronze em Santo Domingo-2003 e foi o campeão no Rio de Janeiro, quando o brasileiro Luciano Corrêa foi medalhista de bronze - Luciano foi eliminado na segunda luta, nesta quinta.

Foto: Darren Staples/Reuters

De medalha nova, Kitadai relembra o susto: "Foi como criança com brinquedo novo"


Felipe Kitadai já está com a medalha no peito de novo. Depois de quebrar a haste da peça ao tentar tomar banho com ela, o judoca já está com uma nova e promete seguir colado nela até voltar ao Brasil. Recuperado, ele contou do susto que levou quando o incidente aconteceu.

“Foi uma tristeza, né? Foi como uma criança que quebra o brinquedo novo”, disse Kitadai, que promete seguir se arriscando com a medalha. “Só vou tomar mais cuidado no banho”, disse o judoca.

Kitadai ganhou seu bronze no último sábado, no primeiro dia de competições nas Olimpíadas. Contente, ele decidiu ficar grudado na medalha até voltar para casa. A ideia era comer, dormir, tomar banho e até participar do aquecimento dos companheiros com ela. “Eu estava querendo colocar no bolso”, disse ele.

O cuidado com a medalha era tão grande que ele não quis molhá-la. Para isso, entrou no banho com ela nos dentes, mas não aguentou o peso e viu ela cair e quebrar a haste que prende a fita. Ciente do ocorrido, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) pediu uma nova para o COI (Comitê Olímpico Internacional), que atendeu a solicitação e enviou a peça para a Vila Olímpica na última quarta.

“No total fiquei umas 20 horas sem medalha, porque eu entreguei a minha antes de receber de volta. Deu um pouco de agonia”, contou o judoca. 

Por: Gustavo Franceschini - UOL

Luciano Corrêa reencontra algoz de Pequim e é eliminado na segunda luta


O judoca Luciano Corrêa foi eliminado em sua segunda luta na categoria até 100 kg ao ser derrotado novamente pelo holandês Henk Grol, vice-líder do ranking, que já tinha vencido o brasileiro algoz nos Jogos de Pequim há quatro anos.

"O momento é de tristeza. Ser eliminado de uma Olimpíada é difícil, cair duas vezes para o mesmo cara é mais difícil ainda", disse Luciano Corrêa, sereno, na saída do ginásio.

“Comecei bem, mas tive problemas no final. Acho que meu oponente foi melhor. Ele teve uma tática mais bem definida. É uma derrota dolorosa para mim, é realmente triste, mas tenho que pensar no futuro”, lamentou Luciano. 

O brasileiro dominou a pegada no início da luta, mas o holandês conseguiu entrar antes nos golpes e fez com que Luciano tomasse três punições, acumulando um wazari, pontuação que o levou à vitória. Além de ter eliminado o brasileiro nos Jogos de 2008, o holandês também derrotou Luciano no Grand Slam de Paris no ano passado.

"Ele usou a estratégia de pegar na minha manga, e isso acarretou as punições", disse o brasileiro, que levou dois shidos por falta de combatividade e um por um ataque falso. "Acho que perdeu por detalhes. O outro tem a pegada melhor que a dele, mas ele tentou. Não conseguir é um detalhe", disse Luiz Shinohara, técnico da seleção masculina. 

A derrota era, até certo ponto, esperada. Henk Grol é o vice-líder do ranking mundial, foi bronze em Pequim em 2008, quando derrotou o próprio Luciano, e foi duas vezes prata em Mundiais no atual ciclo olímpico, enquanto brasileiro ficou distante dos melhores resultados.

Luciano, 16º do ranking olímpico, chegou a Londres como azarão, apesar de já ter um título mundial no currículo. Nem mesmo a “maldição” dos favoritos, que derrubou o cazaque Maxim Rakov, primeiro do mundo, logo na estreia, ajudou o brasileiro, que não teve uma estreia digna de parâmetro.

Seu primeiro rival do dia foi o malinês Oumar Kone, convidado da organização que não ofereceu resistência e logo sofreu um ippon por imobilização. Da arquibancada, quem também sofreu foi Joanna Maranhão, namorada do judoca, que assistiu a todo o confronto tensa, sem falar muito, e visivelmente nervosa. Só no minuto final, quando a derrota estava próxima, ela arriscou alguns gritos de incentivo, mas não pôde fazer muito até o fim do combate.

"Tenho um orgulho dele que não tenho nem palavras. Isso não diminui o valor dele para mim e para o Brasil inteiro. Taticamente ele estava muito bem, e o Grol não é qualquer um", disse a nadadora.

Algoz de Luciano, o holandês Henk Grol acabou ficando com o bronze. O ouro foi para o russo Tagir Khaibulaev, que derrotou o mongol Tuvshinbayar Naidan na final. 

Por: Gustavo Franceschini - UOL
Foto: AFP PHOTO / Johannes Eisele

Mayra supera derrota para rival, vence holandesa e consegue a medalha de bronze


Mayra Aguiar recuperou-se rapidamente da derrota que a tirou da briga pela sonhada medalha de ouro. Minutos depois de ser finalizada pela norte-americana Kayla Harrison, a brasileira venceu a holandesa Marhinde Verkerk por ippon e conquistou a medalha de bronze na véspera de seu aniversário de 21 anos, tornando-se apenas a terceira atleta do país na história a subir no pódio olímpico.

Antes dela, somente Ketleyn Quadros, com bronze em 2008, e Sarah Menezes, ouro há poucos dias em Londres, já haviam conseguido o feito. Mayra também dá ao Brasil uma quarta medalha que era aguardada desde o último sábado, quando saíram as três primeiras de uma só vez.

"Na hora em que acabou a luta (na semifinal), estralou o meu braço. Ela me deu uma chave de braço. Aí, levantei e só deu vontade de chorar. Engoli o choro, falei não acabou o dia ainda, vamos levar uma medalha pra casa. Foi duro", declarou Mayra após a luta, em entrevista à Record.

Mayra dominou a luta desde o começo, e precisou de menos de 1min30s para fazer um sassai e derrubar a holandesa de costas no tatame, assegurando o ippon. 

O bronze de Mayra fez o Brasil superar a sua melhor campanha do judô em Olimpíadas, com três medalhas. Em Londres, os brasileiros empataram em número de pódios com Los Angeles-1984, mas coroaram o desempenho com um ouro, conquistado por Sarah Menezes. 

A medalha consagra uma atleta que apareceu pela primeira vez aos 15 anos. Mayra surgiu para o grande público quando foi medalha de prata no Pan do Rio de Janeiro, em 2007. Um ano depois, ela foi a Pequim como promessa e não correspondeu, caindo na primeira rodada.

No último ciclo, no entanto, ela mostrou que a aposta que era feita nela não era gratuita. No período, ela foi vice-campeã e medalha de bronze em dois Mundiais seguidos, conquistou Grand Slams e tornou-se a primeira atleta do país, entre homens e mulheres, a assumir a liderança do ranking mundial desde que ele tornou-se olímpico. 

Por tudo isso, apesar da importância do bronze, a sensação de que ela poderia ter ido além é inevitável, inclusive na torcida presente no ginásio. Mas ela negou que tenha ficado um gosto amargo: "Uma medalha olímpica não tem preço. Independente da cor, é algo que vou levar por toda a minha vida. Não foi o resultado esperado, entrei pra ser campeã, mas faz parte. Ainda estou no clima de competição, mas daqui a pouco vou deitar e vou ver que tenho uma medalha olímpica".

Primeira colocada do ranking, Mayra Aguiar entrou como favorita, varreu as duas primeiras adversárias que teve pela manhã e chegou à semifinal contra sua principal rival, a norte-americana Kayla Harrison, que acabou levando a medalha de ouro na luta seguinte. Apesar da luta disputada, ela não resistiu ao jogo de chão da oponente e sofreu um ippon por finalização quando já perdia por um yuko.

Por: Gustavo Franceschini - UOL
Foto: Leonardo Aversa

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

No judô, medalhista dispensa presidente da Colômbia por premiação


Depois de Yuri Alvear conquistar a primeira medalha colombiana do judô nos Jogos de Londres, o presidente do país, Juan Manuel Santos, quis agradecê-la por telefone. O problema é que ela estava muito ocupada para falar com ele.

"No momento eu estava indo para a cerimônia de medalhas e não podia falar com ele", disse, sorrindo, Alvear, que ganhou o bronze na categoria até 70 kg.

"Eu disse a ele que eu poderia ligar quando a cerimônia acabasse."

Além da colombiana Edith Bosch, da Holanda, também levou uma medalha de bronze. A alemã Kerstin Thiele ficou com a prata e Lucie Decosse levou a medalha de ouro da categoria até 70 kg do judô.


Campinas: Judoca campineiro representará o Brasil na 2ª fase do Circuito Europeu


A seleção nacional de base Sub 20 de judô embarcou hoje  para o 2° Estágio Internacional Sub20 que será realizado em Praga /CZE e Berlin/GER. Campinas será representada por Victor Luis da Silva (Vitão), que, pelo segundo ano consecutivo integra a seleção brasileira na categoria sub17 e sub20. 

2011 foi um ano de grandes vitórias para o judoca campineiro: campeão paulista, vice-campeão da Copa Européia de Bremen, campeão nacional argentino e vice-campeão por equipe dos Jogos Abertos do Interior.

Em  2012 foi  campeão paulista sub 20, classificado para representar o estado no Campeonato Brasileiro  que acontecerá nos dias 18 e 19 de agosto,  na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Representando a cidade nos jogos Regionais, em  Atibaia, nos dias 20 e 21 de julho,  foi terceiro colocado no individual e vice campeão por equipe.

Por: Professor Pedro Ribeiro da Cruz



Bahia: Representantes Pombalenses no Campeonato Brasileiro.


Nesta quinta feira (02/08) a aluna do Projeto Judô nas Escolas da Rede Municipal, Judoca de Ribeira do Pombal / BA,  MARCELA CARVALHO, categoria super ligeiro sub13, viajará para Manaus/AM para participar do Campeonato Brasileiro Sub13 (04 e 05/08) juntamente com o seu Professor Vlademir Matos, que foi convocado como técnico da Delegação Baiana.

Os atletas agradecem à Prefeitura Municipal, Secretaria de Educação e Cultura, Promotoria Pública, Sociedade Pombalense, familiares, professores e judocas da Associação de Judô Pombalense.

Por: Associação de Judô Pombalense

Sarah e Kitadai: Um dia para celebrar! (por Aurélio Miguel)

Confira a matéria postada por Aurélio Miguel em seu site, após a conquista de Sarah Menezes e Felipe Kitadai em Londres:


O que aconteceu hoje no tatami olímpico de Londres foi histórico. Inacreditável. Mágico. Sarah Menezes e Felipe Kitadai escreveram um dos capítulos mais emocionantes da história do judô brasileiro. E não é exagero de um torcedor fanático. Tive a oportunidade de lutar em três Olimpíadas e sei o que apresenta esta competição. Nada se compara. A pressão vem de todos os lados; está no ar. Por isso, o tamanho do feito desses dois jovens merece ser enaltecido, sem meias palavras, sem pudores.

Sarah Menezes só não fez chover naquele shia-jo. Se nas primeiras rodadas, mostrou um judô cauteloso, mas eficiente, na semifinal e na final ela foi impecável, inquestionável . Venceu com autoridade. Os méritos de sua conquista serão divididos com pessoas importantes como sua família, seu técnico Expedito Falcão, a treinadora Rosicleia Campos e muitos outros. Nada mais justo. Como dizia a faixa estendida na academia em Teresina, Piauí is Sarah.

Já Kitadai, o outro herói do dia, alem do bronze, colocou a história nos trilhos. A categoria ligeiro no Brasil sempre teve grandes judocas (Jun Shinohara, Sergio Pessoa, Fúlvio Miyata, Shigueto Yamasaki, Denílson Lourenço, etc.), mas nunca havia conquistado uma medalha olímpica. Agora, com esta proeza, os grandes judocas dos 60 quilos estão devidamente representados.

Por fim, a imagem do pódio de Sarah Menezes ao lado de três representantes da Comunidade Europeia ‘e emblemática. Com a medalha de ouro no peito, a jovem do Piauí e todo seu histórico de dificuldades e superações mostrou que o judô brasileiro mostra estar maduro o suficiente para fazer história e passar a dar as cartas no cenário internacional da modalidade pelos próximos anos.

www.aureliomiguel.com.br

Minoru, uke e amigo, confirma a importância dos atletas de apoio em Londres


Após a conquista da medalha de bronze olímpica em Londres, Felipe Kitadai encontrou seu uke Raphael Minoru no hotel Ramada, que serve de base para a seleção brasileira e fica ao lado do ginásio ExCel, onde acontecem as disputas da modalidade. Após o abraço, veio o agradecimento pela dedicação do atleta de apoio durante toda a preparação no Brasil e na cidade inglesa de Sheffield.

“Ele me ajudou muito e insistia para que eu tentasse o golpe que me deu a medalha. Estou muito feliz dele estar aqui comigo hoje”, diz Felipe Kitadai.

Minoru e Kitadai dividem uma história que começou a ser escrita em 2009, quando os dois treinavam no Projeto Futuro, em São Paulo. Amigos desde então, Minoru foi escolhido por Kitadai para ser seu parceiro pessoal nos treinos.

“Foi uma honra ajudar o Kita a conquistar esta medalha. Ele entrou para a história da categoria ligeiro e eu estou muito feliz em ter participado um pouco disto tudo”, afirma Minoru, que ressalta a importância dos atletas de apoio. “Nos dedicamos ao máximo para que a equipe olímpica tivesse a melhor preparação possível. Aí está o resultado”, completa.

Minoru retorna para o Brasil ainda neste domingo e, claro, estará no aeroporto de Guarulhos com toda a turma do Projeto para receber Kitadai em São Paulo. Com a medalha de bronze nas mãos enquanto Kitadai atendia aos jornalistas brasileiros no hotel, Minoru pode sentir o “peso” da conquista.

“A gente sente como se um pequeno pedaço dela também fosse nosso. O Kitadai está de parabéns e, quem sabe um dia, eu também consiga a minha”.

Por: In Press Media Guide - CBJ

Maria Portela perde por ippon na 1ª luta e deixa Londres sem medalha no judô


A brasileira Maria Portela estreou com derrota no judô nos Jogos Olímpicos de Londres. Nesta quarta-feira (1º), a judoca perdeu para Yuri Alvear, Colômbia, por ippon na categoria até 70 kg e foi eliminada na estreia das Olimpíadas 2012.

No ranking da FIJ (Federação Internacional de Judô), Maria Portela é a sexta colocada, enquanto a colombiana aparece em 14º lugar.

Desde o início da luta, as duas atletas se estudavam. Ainda na primeira metade, porém, a colombiana encaixou um golpe e arrancou um waza-ari.

A colombiana manteve a superioridade durante todo o confronto e encaixou o golpe perfeito na sequência.

Judô em Londres
O Brasil estreou com o pé direito nos Jogos Olímpicos de Londres. No último sábado (28), Felipe Kitadai conquistou o bronze na categoria ligeiro, até 60 kg. No feminino, Sarah Menezes fez ainda melhor e ganhou o ouro na categoria até 48 kg.

A maré de azar começou no domingo (29). Erika Miranda perdeu na estreia para Kyung-Ok Kim, da Coreia do Sul, na categoria até 52 kg, e ficou sem medalha. O mesmo aconteceu com Leandro Cunha, que foi derrotado pelo polonês Pawel Zagrodnik.

Na segunda-feira (30), mais resultados negativos. Após golpe irregular, Rafaela Silva foi eliminada diante de Hedvig Karakas, da Hungria, e ficou sem medalha na categoria até 57 kg. Bruno Mendonça também caiu no segundo combate, contra o holandês Dex Elmont, na categoria até 73 kg.

Leandro Guilheiro perdeu nas quartas de final da categoria até 81 kg na terça-feira (31) e saiu da disputa para o ouro. Na luta da repescagem, perdeu outra e voltou sem medalhas. Antes, Mariana Silva, foi derrotada na primeira luta da categoria até 63 kg e ficou sem pódio.

Por: R7.com
Foto: Franck Fife/AFP

Camilo assume erro e admite "muita tristeza" após perder o bronze


O judoca Tiago Camilo perdeu a disputa do bronze na categoria até 90 kg nesta quarta-feira para o bicampeão mundial grego Ilias Iliadis, e saiu  chorando após a derrota por um yuko. Mas fez questão de lembrar da sua falha na luta anterior, na semifinal contra o sul-coreano Dae Nam-Song.

“Agora é um momento de muita tristeza. Cheguei com boas chances de ir a final, mas acabei errando com o coreano”, admitiu Camilo, que perdeu para Nam-Song por um wazari na semifinal. O sul-coreano acabou ficando com a medalha de ouro.

Na disputa do bronze contra o grego, acumulou duas punições e perdeu por um yuko. “Ninguém gosta de perder, ainda mais em um torneio que é de quatro em quatro anos. Nessa hora, só tenho que agradecer a todo mundo que esteve comigo”.

“Não estou frustrado, porque tenho muito orgulho do que faço, mas a medalha não veio, né?”, lamentou Camilo, sem esconder a sua decepção por ter ficado sem medalha em uma Olimpíada pela primeira vez. 

Tiago Camilo teve a chance de se tornar o primeiro brasileiro com três pódios no judô olímpico. Ele já foi prata em Sydney-2000, e bronze em Pequim-2008.


Por: Gustavo Franceschini - UOL Esporte
Foto: Flávio Florido


CBJ divulga programação do Campeonato Brasileiro Sub 20

A CBJ divulgou a programação provisória do Campeonato Brasileiro Sub 20 que será realizado nos dias 18 e 19 de agosto no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro.

Clique aqui e confira

Por: CBJ / Federação Paranaense de Judô

terça-feira, 31 de julho de 2012

Judô brasileiro embarca para mais um estágio internacional com dois judocas de Atibaia



Nesta quarta feira, 01 de agosto de 2012, a equipe brasileira sub20 de judô embarcará novamente para Europa, rumo a Praga/CZE e Berlim/GER, onde estará participando de estágio internacional com treinamento e competições que fazem parte do circuito europeu, o mais forte evento da modalidade nesta faixa etária, concentrando os maiores nomes do judô mundial, e, retornando ao Brasil no dia 16 de agosto.

Atibaia será representada por dois judocas da equipe do São João Tênis Clube/APAJA/Secretaria de Esportes e Lazer da PEA. Águeda Cristna Arruda Silva (Rest. Sankô e Lojas Conceito) e Caio Henrique Alves Pinto Brígida (LB Empreendimentos Imobiliários), judocas com grande experiência internacional que colocam mais esta viagem em seus currículos, visando o desenvolvimento da carreira esportiva dentro da modalidade e atendendo às exigências técnicas da Confederação Brasileira de Judô.

No retorno ao Brasil os judocas se apresentam para a Seleção Paulista para disputar o Campeonato Brasileiro Sub20 2012, nos dias 18 e 19, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Nesta competição, o chefe de delegação paulista  será outro atibaiense, o professor e técnico Paulo Alvim (Pi).

Os judocas agradecem a Estruturas Metálicas Ando, Rota das Bandeiras, Colégio Objetivo, FAAT, Colégio Atibaia, Casa Natural, Um Investimentos, Centro de Reabilitação Esportiva Roncoleta, Dallissa, Psicóloga Esportiva Mariah Theodoro, Academia R Sette, Clinica Nutricional Dra. Juliana Magrinee boletim OSOTOGARI, que acreditam e apóiam o judô atibaiense.

Por: APAJA - Atibaia

Equipe de base da Sogipa conquista dez medalhas no US Open


Enviar a maior equipe da história do Rio Grande do Sul para o US Open Júnior de Judô, realizado no dia 29 de julho, em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, rendeu bons resultados para a Oi/Sogipa. A delegação, formada por 12 atletas, conquistou ao todo dez medalhas na competição, que aconteceu no último final de semana e reuniu judocas de várias partes do mundo.

Confira o quadro de medalhas da Sogipa no torneio:

Ouro:  Guilherme Lócio, Gabriela Baptista, Bianca Braga e Marcelo Braga

Prata:  Mariana Braga 

Bronze:  Daniel  Borges, Eduardo Quadros, Eduardo Ramis, Maylon Pereira e Gabriel Ramis 

O judoca Igor Niederaurer ficou na quinta colocação.

Por: SOGIPA - Porto Alegre - RS

E o ouro não veio hoje

Mais um "dia em branco" para o judô verde e amarelo nas Olimpíadas de Londres. Os representantes brazucas não foram bem em suas disputas e perderam a chance da medalha olímpica. Depois da estréia com duas medalhas no sábado (ouro com Sarah Menezes e bronze com Feipe Kitadai), nossos judocas não conquistaram mais medalhas até hoje.

Cotado como o principal candidato ao ouro olímpico no judô, Leandro Guilheiro, atual número um no ranking da FIJ, ficou pelo caminho nas disputas do meio médio (-81kg), hoje, 31 de julho. Depois de duas vitórias na fase eliminatória, Guilheiro caiu perante o americano Travis Stevens, perdendo a luta por wazari nas quartas de final. Na repescagem, a derrota para o japonês Takahiro Nakai por yuko tirou o sonho da conquista inédita e pessoal da terceira medalha olímpica.

“Não foi nada extra-tatame, com certeza. Estou no melhor momento da minha carreira, a minha preparação foi a ideal. Eu não senti a pressão da Olimpíada, para mim é um fator de motivação. Estou muito equilibrado, em todos os aspectos. O que aconteceu é que eles lutaram melhor e anularam a minha pegada, meu estilo” disse Leandro Guilheiro.

Mariana não passa na primeira rodada

Mariana Silva foi eliminada em sua estréia, pela chinesa Lili Xu, perdendo a chance da busca da medalha olímpica. A rival dominou toda a luta, impedindo que Mariana conseguisse a pegada para aplicar o golpe. E a chinesa acabou vencendo graças a um wazari aplicado no segundo minuto de combate.

Por: Boletim OSOTOGARI / UOL Esporte

Visando 2016, judocas ararenses embarcam para Europa.


As atletas Nathália Mercadante e Pâmella Souza, da Associação Marcos Mercadante de Judô, embarcam no dia 1º de agosto para Europa, onde participarão de duas competições internacionais pela seleção brasileira Sub 20, já visando 2016.  A primeira será no dia 04 em Praga, na República Theca, e no dia 11 em Berlim, na Alemanha.

Vale destacar o histórico destas duas jovens judocas atuando pela Seleção Brasileira, Nathália há seis anos e Pâmella há dois anos, ininterruptos, defendendo as cores do Brasil. Tanto  Pâmella, quanto Nathalia, têm hoje apenas 17 anos de idade.

Em seus seis anos de seleção, Nathália já conquistou muitas medalhas, mas aqui destacaremos algumas de suas conquistas mais recentes pelo Brasil como a Medalha de Bronze no Mundial Sub 17 (2011), o Penta Campeonato Pan-Americano (2006/2007/2008/2010/2011), Tri Campeonato Aberto USA (2007/2008/2009) e o Bronze em Portugal (2011).

Já Pâmella, apesar de estar há menos tempo defendendo o Brasil, também já tem suas conquistas, dentre as quais podemos destacar o de Campeã Pan-Americana (2011), Medalha de Bronze na República Tcheca (2011) e em Kiev (2012).

Quando questionadas sobre as Olímpíadas, que estão sendo disputas em Londres, elas soam em uníssono: “abrimos mão de ver as disputas deste ano para dedicar nossos dias exclusivamente aos treinos, pois queremos muito estar disputando em 2016”. Nathália, ainda completa ”só de ver a abertura, o desfile da delegação, não contive a emoção”.

E sobre este fato, o técnico Marcos Mercadante diz confiante: “com certeza elas estarão lá, em 2016, defendendo o Brasil nas Olimpíadas que serão realizadas em nosso país. É visível o potencial da Nathalia e da Pâmella e elas têm um diferencial, foco centrado neste objetivo e dedicam-se muito a alcança-lo. E o reconhecimento desta dedicação está aí, elas estão na seleção Sub 20 e dando seqüência a este trabalho, como sempre digo a elas, elas chegarão na principal”.

Lembrando que as judocas, que fazem parte do Projeto kimono de Ouro, embarcam em São Paulo, no dia 1º de agosto para a Europa, onde vestindo as cores do Brasil, estarão levando além da torcida ararense o nome da cidade.

Por: Associação Mercadante de Araras


Paraná: Judô Carvalho Almeida anuncia sua IV Torneio de Judô 2012

A Academia de Judô Carvalho Almeida anuncia a realização do IV Torneio de Judô Carvalho Almeida, no dia 15 de setembro, no ginásio de esportes Tubunão, na cidade de Jaguariaíva - Paraná. 

As inscrições deverão ser feitas até o dia 07/09/2012 para o email: judocarvalho@hotmail.com

Qualquer duvida entrar em contato com os professores José Vanderlei Almeida e Luciana Carvalho pelo fone ( 43)9630-6286 ou (43) 3535-5794.

Por: Judô Carvalho Almeida

Rio de Janeiro: Vem aí a 4ª Fase do Campeonato Estadual de Judô da Liga Fluminense


A Liga Fluminense de Judô (LFJ) informa que no dia 26 de agosto, domingo, será realizada a 4ª Fase do Campeonato estadual de Judô 2012.

O evento será realizado no Ginásio poliesportivo do tamoio Futebol Clube, em Porto da Pedra, São Gonçalo - RJ.

Para regulamento e maiores informações, entrar em contato através do e-mail: ligafluminensedejudo@yahoo.com.br

Por: Liga Fluminense de Judô

Aurélio Miguel cita "antijudô" e ataca arbitragem em Londres


O ambiente de uma Olimpíada é bem familiar a Aurélio Miguel. O ex-judoca, medalha de ouro nos Jogos de Seul, em 1988, está mais uma vez em uma sede dos Jogos e acompanhou de perto as lutas dos brasileiros na Arena ExCel, nesta segunda-feira. Para o veterano, a arbitragem vem cometendo erros graves, que atrapalham o andamento correto da disputa do evento.

"Temos que avaliar bem, porque a arbitragem está tendo uma decisão e os que ficam nas mesas estão mudando as lutas. No domingo, na mesma luta, mudaram duas vezes. Foi um absurdo acontecer isso nos Jogos Olímpicos. Isso não pode acontecer em uma Olimpíada", disse Aurélio em entrevista ao Terra.

O campeão olímpico se refere à semifinal da categoria até 66 kg entre o japonês Masashi Ebinuma e o sul-coreano Jun-Ho Cho. Ao fim dos cinco minutos, a luta foi para o golden score, quando Ebinuma conseguiu um yuko. A pontuação, porém, foi cancelada pelos juízes após conferir o golpe no vídeo. A igualdade seguiu e a luta seguiu para decisão dos árbitros, que determinaram triunfo de Cho. Sob as vaias do público presente, o trio debateu a escolha com os juízes responsáveis pela revisão audiovisual e determinaram o japonês como o vencedor.

"O atleta se prepara por quatro anos e ele pega uma arbitragem subjetiva, que prejudica seu ideal. Eles têm que avaliar bem isso. Falo com muita tranquilidade porque já fui vítima disso também", lembrou o ex-judoca.

A irritação de Aurélio com a arbitragem tem como principal motivo as derrotas dos leves Bruno Mendonça e Rafaela Silva nesta segunda. Bruno perdeu para o holandês Dex Elmont por um yuko (originado a partir de duas punições conferidas ao brasileiro), enquanto Rafaela terminou eliminada por tentar um golpe ilegal.

"O atleta da Holanda fez o 'antijudô'. Fez falso ataque e o Bruno que foi punido. É algo que eles têm que avaliar, reverter isso e mudar", comentou o campeão olímpico. Mendonça teve opinião similar, e disse depois da luta que seu oponente merecia punições por sua passividade. Sobre a derrota de Rafaela, Aurélio ressaltou a interferência do uso do vídeo.

"A Rafaela começou o golpe e veio para a perna. Deram a desclassificação dela e foi muito duvidoso. Estava próximo de ser e de não ser. Tiveram que ter acesso aos vídeos em câmera lenta e slow motion. Os árbitros não conseguiram verificar isso e inclusive deram a pontuação para ela", lembrou.

"Engraçado, já observei que dois atletas de ponta foram desclassificados porque pegaram na perna na continuação do golpe. A Rafaela e a atleta cubana no peso ligeiro, Davaris Mestre Alvarez. E vi agora, nesse exato momento, a francesa Automne Pavia foi direto na perna e não foi desclassificada. O egípcio Hafiz Hussein, que enfrentou o francês Ugo Legrand, fez o mesmo e também não foi desclassificado", comentou Aurélio.

Por: Allan Farina - Terra Esportes

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