sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Cargnin vence campeão mundial e conquista bronze em Tel Aviv


Um dia após os bronzes de Natasha Ferreira (48kg) e Larissa Pimenta (52kg), o judô brasileiro voltou a subir ao pódio do Grand Slam de Tel Aviv, em Israel. Nesta sexta, 17, Daniel Cargnin venceu o atual campeão mundial e número 3 do mundo, Tsogtbaatar Tsend-Ochir, da Mongólia, para conquistar a medalha de bronze no peso leve masculino (73kg). O novo pódio veio duas semanas depois do brasileiro ser vice-campeão do fortíssimo Grand Slam de Paris.

Desde que conquisto sua primeira medalha no 73kg, no Grand Prix de Zagreb, em julho de 2022, Daniel não sabe o que é ficar fora do pódio em uma competição. Já são seis eventos e seis medalhas em todos os níveis do circuito, de Open a Mundial.  

"Estou muito feliz com essa regularidade, em poder honrar o 73kg do Brasil. A gente sabe que é uma categoria muito difícil. Essa regularidade me traz muita confiança. Meu pensamento é sempre medalhar e, por que não, ser campeão olímpico em Paris", projetou Daniel. 

Com os pontos, subiu para a quarta posição no ranking mundial e chegou à Tel Aviv como um dos cabeças-de-chave da categoria.  

Ele estreou com vitória sobre Khusniddin Karimov, da República Tcheca, e passou por Erdeneebayar Batzaya, da Mongólia, nas punições. A única derrota veio de um descuido no Golden score contra Magdiel Estrada, de Cuba, nas quartas-de-final. Cargnin tinha dois shidos de vantagem e encaixou uma sequência de ataques no adversário para forçar a terceira punição. Mas, a arbitragem não interpretou dessa forma. Desgastado, Daniel forçou mais um ataque e o cubano aproveitou um desequilíbrio para derrubar o brasileiro e marcar o waza-ari. 

Na repescagem, ele bateu o canadense Arthur Margelidon, com um waza-ari também no Golden score e foi para a disputa de bronze.  

Contra Tsend-Ochir, Daniel não deu espaço para o mongol e desferiu sua sequência de ataques para forçar três punições ao adversário e ficar com a medalha.  

"Acredito que, hoje, minha melhor luta foi contra o atleta que foi campeão mundial. Isso é uma parte psicológica que gostei de ver. Eu fico com essa medalha de bronze, mas sempre almejando o topo do pódio. Agora, é voltar, ver o que deu certo, o que deu errado e reconstruir para sempre voltar melhor na próxima competição", resumiu.  

Eduardo Yudy para na repescagem e fica em 7º lugar 

O meio-médio Eduardo Yudy também andou bem em sua chave e chegou ao bloco final entre os oito melhores. Ele venceu Ari Winkler (ISR), por waza-ari, e Medickson Del Orbe Cortorreal (DOM), por ippon, até chegar às quartas, onde caiu para o turco Vedar Albayrak, número cinco do mundo.  

Na repescagem com Timo Cavelius, da Alemanha, Yudy sofreu um waza-ari no início da luta e não conseguiu reverter o placar a seu favor, terminando em sétimo lugar no Grand Slam.  

Na mesma categoria de Yudy, o Brasil teve Guilherme Schimidt, que foi surpreendido por João Fernando, de Portugal, logo na primeira luta, sofrendo um waza-ari a poucos segundos do fim do combate sem tempo para reação.  

Entre as mulheres, Aléxia Castilhos (70kg) venceu Batsuuri (MGL), mas caiu para Elisavet Teltsidou (GRE), nas oitavas. Luana Carvalho (70kg) não passou por Maya Goshen (ISR) na primeira luta; Tamires Crude (63kg) até marcou um waza-ari contra Mayllin Del Toro Carvajal (CUB), mas perdeu nas punições; e Ketleyn Quadros (63kg) bateu na chave de braço aplicada pela multicampeã Clarisse Agbegnenou (FRA), que voltou a competir após dar à luz sua primeira filha.  

No sábado, 18, o judô brasileiro será representado por Samanta Soares (78kg), Giovanna Santos (+78kg), Giovanni Ferreira (90kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva (+100kg) e João Cesarino (+100kg). 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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