quarta-feira, 9 de abril de 2014

Professor Okano alcança honraria máxima no judô



Um dos grandes nomes da história do judô do Paraná, o professor Yoshihiro Okano, de 75 anos, acaba de receber certificado do 9º DAN, grau máximo que alguém pode atingir na modalidade dentro do território brasileiro. Para se ter uma ideia da importância da titulação, o londrinense é apenas o terceiro no Paraná a atingir tal nível na história do judô no Estado. 

"É uma alegria muito grande e ao mesmo tempo a sensação é de dever cumprido, depois de 59 anos de dedicação ao judô", resumiu o professor, que recebeu o certificado no último sábado. "Foi muito agradável, e ao mesmo tempo parece que saiu um peso grande que estavam em meus ombros. Sem perceber fui avaliado e aprovado". 

E pensar que toda essa história com o esporte começou quase que por acaso. Nascido em Londrina, Okano conheceu o judô ainda adolescente e como atleta disputou quatro campeonatos brasileiros representando o Estado do Paraná, na década de 60. Em 1968, veio o convite para começar a dar aulas e o então torneiro mecânico decidiu deixar a profissão de lado para ensinar a arte marcial oriental. Formado em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), em 1975, o professor partiu para o Japão três anos depois para fazer mestrado na Universidade de Tenri. 

Quando voltou se dedicou ao judô e ao cargo de professor na UEL, do qual aposentou-se em 1998. Membro da diretoria da Federação Paranaense de Judô, Okano é peça importante do judô estadual e até hoje é solicitado para ministrar cursos preparatórios para faixa preta e dar palestras. Ele já até perdeu as contas de quantos alunos ajudou a formar em todos esses anos. "Foram muitos, até é uma falha, devia ter contabilizado tudo", brincou. 

O que ele não esqueceu é de lembrar de quem foi importante nesta trajetória. "Agradecer ao professor Ikuo Suzuki, que foi quem me mostrou o caminho do judô, também esposa, os filhos, que também foram grandes incentivadores para que eu pudesse chegar até aqui", destacou. 

E se engana quem pensa que ele já pensa em aposentadoria. O amor pelo judô ainda fala mais alto. "É até difícil explicar, mas o judô é algo que faz parte da minha vida. Se tirar, não sou nada", finalizou.




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