domingo, 27 de abril de 2014

Brasil é campeão pan-americano masculino por equipes


O último dia do Campeonato Pan-americano Guayaquil 2014 foi marcado, mais uma vez, pela rivalidade entre Brasil e Cuba no judô. Os dois países com mais tradição no esporte nas Américas fizeram as finais da disputa por equipes no masculino e no feminino. Entre os homens, vitória por quatro a um e entre as mulheres, derrota por 3 a 2. Vale lembrar que no torneio individual, os brasileiros conquistaram sete ouros, quatro pratas e cinco bronzes e terminaram à frente dos cubanos por apenas um terceiro lugar.

Antes das disputas por equipes, houve a disputa de Kata que deu ao Brasil mais uma medalha de prata. A equipe feminina foi a primeira a entrar no tatame para enfrentar a Guatemala pelas oitavas-de-final. Vitória tranquila por cinco a zero. Nas quartas de final, nova vitória por cinco a zero, desta vez sobre o Equador. Foram nove ippons e uma vitória por w.o. nos dez confrontos. Contra as mexicanas na semifinal, vitória por quatro a um sem grandes dificuldades. Na decisão contra as cubanas, lutas muito tensas. A primeira foi entre Érika Miranda e Yanet Bermoy que foi definida por punição. Na sequencia, a luta mais emocionante do dia. Ketleyn Quadros vencia Aliuska Ojeda Martinez por uma punição quando a 14 segundos do fim da luta, a cubana conseguiu um yuko. Mas no último segundo, a brasileira também projetou Aliuska por yuko e marcou o primeiro ponto do Brasil.

Rafaela Silva recebeu a incumbência de lutar na categoria meio médio porque Mariana Barros, única brasileira convocada na categoria, lesionou o cotovelo na disputa individual. E desempenhou bem o seu papel com duas vitórias por ippon nos primeiros confrontos. Porém, contra a cubana Maricet Espinoza acabou sofrendo uma derrota por um wazari. Maria Portela precisava vencer para manter o Brasil na briga pelo ouro e, numa luta muito dura, conseguiu um wazari sobre Olga Ramirez e depois a imobilizou para empatar o confronto. 

A decisão ficou para a luta entre Rochele Nunes e campeã mundial e olímpica Ydalis Ortiz. Em 2013, Rochele conseguiu duas vitórias sobre a cubana no Pan de San José e na Universíade de Kazan. Mas dessa vez Ydalis usou toda a sua experiência para fazer com que a brasileira fosse punida quatro vezes e perdesse a luta.

“Acho que erramos na 1ª luta, eu contava com esse ponto porque é importante começar na frente. Mas o objetivo são as Olimpíadas e errar aqui é parte do aprendizado para só acertamos num futuro próximo", disse Rosicleia Campos.

No masculino, o Brasil estreou já nas quartas-de-final contra a República Dominicana. Vitória por cinco a zero com três ippons, uma vitória por desclassificação do adversário e uma por ausência de adversário. Na semifinal contra o Equador, um desempenho melhor ainda: cinco vitórias, todas por ippon. Contra Cuba, a vitória foi por um placar menor: 4 a 1. Contudo, o resultado não mostra o que foi o confronto.

“Cuba evoluiu muito no judô masculino, com uma renovação muito boa. Penso que a união da equipe o que fez a diferença. Estamos trabalhando com um grupo muito coeso, onde um torce pelo outro, com o objetivo de chegarmos mais fortes em 2016”, disse Luiz Shinohara.

O primeiro ponto do Brasil foi marcado por Charles Chibana que venceu Gilberto Solar por um wazari. Já Alex Pombo imobilizou Magdiel Cala até o ippon. A luta mais emocionante foi a terceira que definiria se os cubanos continuariam com chance do ouro ou não. E numa luta amarrada, Victor Penalber saiu perdendo para Ivan Morales por um wazari faltando menos de dois minutos para o fim da luta. Mas o carioca não desanimou e conseguiu virar o placar jogando o cubano duas vezes: a primeira por yuko e a segunda por wazari.

“Foi uma luta muito importante para mim. Como estou voltando a competir em alto nível, poder me superar e vencer um adversário duro foi muito bom. Mostra um pouco da força do judô diante dos nosso maiores rivais no continente”, disse Victor.

A luta entre Tiago Camilo e Andy Granda terminou empatada em 3 punições para cada lado mas no golden score, o brasileiro foi punido mais uma vez numa decisão duvidosa da arbitragem. Para terminar, Rafael Silva mal entrou no tatame e jogou Óscar Brayson por ippon. A luta durou apenas oito segundos.

O próximo compromisso da seleção é um treinamento de campo no Japão de sete a 20 de maio. Estão convocados: Sarah Menezes, Gabriela Chibana, Érika Miranda, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Mariana Barros, Mariana Silva, Maria Portela, Nádia Merli, Samanta Soares, Maria Suelen Altheman, Rochele Nunes, Felipe Kitadai, Diego Santos, Charles Chibana, Luiz Revite, Alex Pombo, Marcelo Contini, Victor Penalber, Tiago Camilo, Luciano Correa, Rafael Buzacarini, Rafael Silva e David Moura.


Assessoria de Imprensa da CBJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou da matéria? Deixe um comentário!
Aproveite e seja um membro deste grupo, siga-nos e acompanhe o judô diariamente!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Pesquisa personalizada