domingo, 22 de abril de 2012

Prática de judô transforma estudantes em atletas no Pará.



A prática de judô, esporte que trabalha a parte física e disciplinar do atleta, faz sucesso entre estudantes, servidores e comunidade no campus Belém do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará. Criado em 1997, um projeto desenvolvido pela instituição conta com mais de 200 praticantes e atende desde alunos iniciantes na arte marcial (alguns com cinco anos de idade) a atletas da categoria máster (mais alta).

A iniciativa do projeto foi do professor de educação física Alam Saraiva, que já era atleta e mestre de judô antes de ingressar no instituto federal. Alam lembra que, inicialmente, os treinos eram voltados apenas para os estudantes, mas devido à grande procura foi aberto também à comunidade. “Como eu sempre fui competidor, quando ingressei no instituto sugeri a utilização da quadra para a prática de judô”, conta.

— Começamos com os próprios alunos e o projeto foi crescendo tanto que hoje a maior parte das pessoas que treinam são da comunidade, complementa o professor e técnico da equipe de judô da instituição.

O estudante João Diogo Monteiro, 17, do terceiro ano no curso técnico em informática do instituto, é um dos destaques da equipe da instituição.  “Eu não era nem aluno quando comecei a treinar no projeto de judô do instituto”, diz. João, que é faixa verde, foi medalha de bronze na última edição dos Jogos Brasileiros das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (JIF), em 2010. Além disso, já conquistou boas posições em competições estaduais e regionais.

Para o aluno-atleta, que treina diariamente, o esporte é um dos responsáveis na formação de traços de sua personalidade, como o autocontrole. “É um esporte que trabalha a disciplina, a gente tem que seguir regras. Ajuda, por exemplo, a não me estressar muito no dia a dia”, afirma.

Apesar dos bons resultados em competições, João Diogo prefere se concentrar nos estudos e planeja, após o término da formação técnica, cursar engenharia. “Não penso em seguir como atleta, principalmente porque aqui no Pará seria muito difícil. Quero terminar meu curso técnico e ser engenheiro naval, que é o meu sonho”, explica.

A equipe de judô da instituição também conta com reforços de peso. É o caso do atleta convocado para a seleção brasileira sub 20 de judô, Luis Nogueira Filho. Apesar de ter 16 anos ele já está na categoria subsequente, pois no judô o que conta é o ano de nascimento, e como o jovem fará 17 em 2012 muda de nível automaticamente. Mesmo não sendo estudante do instituto federal, ele integra a equipe da instituição desde o início do ano, quando retornou de São Paulo, onde treinou ao longo de 2011.

Em 2011, o projeto se estendeu a deficientes visuais e a crianças com Síndrome de Down. Além disso, o instituto federal também estimula a prática do jiu-jitsu, com 100 praticantes atualmente.

Devido aos resultados da equipe de judô do instituto e do projeto aberto para a comunidade, Alam Saraiva concorre ao prêmio Rômulo Maiorana, a principal premiação esportiva paraense, na categoria melhor técnico.
Judô

A arte marcial foi criada em 1882 no Japão, por Jigoro Kano. Em 1922 ela chega ao Brasil e ganha força com os imigrantes nipônicos, na década de 1930. No esporte os combates são disputados em um tatame de 14 por 14 metros. As lutas têm duração de cinco minutos no masculino e de quatro minutos para a categoria feminina.

O objetivo no judô, que utiliza a força do adversário contra ele próprio, é chegar a um ponto (chamado ippon) por meio de golpes para derrubar o adversário, provocando sua queda de costas no chão, ou imobilizá-lo. Caso nenhum dos lutadores alcance a pontuação, os juízes indicarão o vencedor.


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