O final de semana foi de festa para a seleção brasileira de deficientes visuais. A equipe que disputou o Mundial de Judô Paraolímpico, em Colorado Springs, nos Estados Unidos, conquistou quatro bronzes com Karla Cardoso (48kg), Lucia Teixeira (57kg), Deanne Almeida (+70kg) e Wilians Araújo (+100kg) e no sábado, na disputa Por Equipes, sagrou-se campeã no masculino e vice-campeã no feminino.
Quinto lugar nas Paraolímpiadas de Londres 2012, Deanne Almeida perdeu na semifinal e precisava esquecer a derrota para conseguir um lugar no pódio. E conseguiu. Com a conquista, a atleta já faz planos. “Depois do quinto lugar nas Paralimpíadas de Londres 2012, onde eu perdi o bronze, passa a ser uma volta por cima. Então, é o primeiro degrau para as Paraolímpiadas 2016, onde vou buscar com certeza a medalha de ouro”, disse Deanne Almeida.
Já o jovem Wilians Araújo de 22 anos, se emocionou após vencer por ippon Ilham Zakiyev, do Azerbaijão, e levar o bronze para casa. “Isso aqui é um fruto de seis anos de esforço com o Jucinei e com o Antônio (técnicos) quando começamos em 2008. O objetivo era esse, levar uma medalha em um Mundial. Isso é fruto do nosso trabalho com o Jaime (Bragança), Garcia (Alexandre), Caio (Paolillo), além de todas as pessoas da comissão técnica, a CBDV por ter me dado essa oportunidade e ao Time Rio, por permitir que eu me dedique totalmente ao esporte”, contou Wilians bastante emocionado.
Ouro e prata no Por Equipes
No sábado as equipes feminina e masculina disputaram o Por equipes. Tanto os homens quanto as mulheres chegaram à final e, coincidentemente, enfrentaram a Rússia. Mas o resultado não foi igual. O masculino venceu por 3 a 2, com vitória de Rayfran Pontes, Halyson Boto, e Antônio Tenório, e levou o ouro para casa. Já o feminino ficou com prata, após derrota por 3 a 2. Apesar da derrota, o time feminino já havia passado pelo Japão e pela Turquia.
Veterano da equipe e com uma bagagem invejável, o tetracampeão paraolímpico Antônio Tenório comentou sobre sua atuação no Por Equipes. “Tive apenas que fazer o meu trabalho que era ganhar aquela luta. O judô é o esporte mais individual, mas nós precisamos um do outro para treinar e quando nos juntamos em equipe temos que ajudar um ao outro, apoiando e torcendo”, disse Tenório, que fez a luta decisiva na disputa contra a Rússia.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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