quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Olimpíadas Escolares 2012: Após superar problemas respiratórios, Samila Rebeca vira promessa no judô


A vida de Samila Rebeca poderia ter tomado um rumo totalmente diferente se o judô não tivesse cruzado o seu caminho. Desde pequena, ela sofria de um problema no coração que dificultava a sua respiração. Um dia, resolveu conhecer um projeto social perto de casa, onde teve o primeiro contato com as artes marciais, aos 10. Quatro anos depois e praticamente curada, a menina da periferia de Macapá passou a colecionar importantes títulos nos tatames.

Tetracampeã amapaense e medalhista de bronze no Campeonato Brasileiro sub-15, a judoca aparece como uma das promessas do estado na modalidade. Na etapa nacional das Olimpíadas Escolares, em Poços de Caldas (MG), para atletas de 12 a 14 anos, terminou na sexta colocação pela categoria leve (-48kg).
No início da carreira, Samilia precisou vencer a resistência da mãe, preocupada com o seu quadro de saúde, que poderia se agravar. Mas a prática da atividade física fez exatamente o contrário e Dona Merian tornou-se uma das principais incentivadores da menina, ao lado do mestre Antônio Viana.

- Eu comecei a me interessar pelo judô no projeto, mas a minha mãe não queria que eu fizesse por causa do meu problema no coração. Tinha muita dificuldade de respiração, sentia falta de ar e, às vezes, ficava dois minutos sem respirar. Depois que eu entrei no judô, melhorei bastante, só pioro em clima frio e seco. Gosto até de ir à pé para a academia, parece longe, mas é perto, são 30 minutos de caminhada. O esporte fez muito bem para minha saúde.


Atualmente, a judoca de 14 anos treina na Academia Integrada de Formação e Aperfeiçoamento (AIFA), que atende crianças e adolescentes de áreas de risco, nos bairros de Marabaixo, Cabralzinho, Goiabal e Lagoa dos Índios. Logo no primeiro ano de academia, Samila fez sua primeira viagem. O destino foi o Pará, onde disputou a Copa Paragominas de 2008.
- Eu nunca tinha saído do Amapá, foi a primeira vez que eu viajei, e logo para uma competição. Fui preparada, mas acho que senti a falta de experiência e acabei ficando em segundo lugar. Em 2010, eu tive a chance de fazer outra viagem, mas não consegui dinheiro para viajar e o meu irmão, Leomario, acabou indo. No ano passado, nós dois nos classificamos para o Regional Norte Nordeste, mas foi a minha vez. A gente fica se revezando. A nossa mãe está sempre nos ajudando como pode, desde as inscrições aos equipamentos e até nas viagens - finalizou.
Por: Ana Carolina Fontes - Globoesporte

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