sábado, 9 de abril de 2011

Campeonato Mundial IBSA: Brasileira conquista o bronze no último dia de competição.

No último dia de competições do judô no Campeonato Mundial da IBSA, em Antalya, na Turquia, mais uma medalha para o Brasil. Cega e praticamente sem audição, Giovana Pilla, que começou a lutar oficialmente ano passado em competições nacionais, conquistou o bronze na categoria até 78 quilos (não válida para a classificação paraolímpica).

“Muito obrigado, muito obrigado, agora vou treinar ainda mais”, disse Giovana abraçando Jaime Bragança, coordenador de judô do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), numa cena emocionante.

Com cinco atletas inscritas, a disputa foi no sistema de todas contra todas. Na primeira fase, Giovana venceu três lutas (dois ippons), derrotando inclusive a vice-campeã mundial Zoubida Boazoug (+70), da Argélia, além da americana Katie Davies e da turca Methap Yilmaz (WO). A única derrota foi para a também argelina Hafida Ghenen, que perdera para sua compatriota. Os resultados forçaram a volta das três para o desempate. Desta vez, as argelinas foram melhores e Giovana ficou mesmo com o bronze, perdendo para Ghenen e Boazoug, por ippon e wazari, respectivamente.

Ao final da competição, levando-se em conta apenas as categorias que contam pontos para o ranking paraolímpico, o Brasil terminou na quarta colocação no geral, com as medalhas de ouro de Daniele Bernardes Milan (-63k), de prata de Lúcia Teixeira (-57k) e de bronze de Antônio Tenório (-100k). O Mundial da IBSA foi marcado pelo equilíbrio, tanto que nas classes paraolímpicas apenas o Azerbaijão, primeiro colocado, ganhou dois ouros, além de uma prata e um bronze. A Ucrânia ficou em segundo, com um ouro, duas pratas e um bronze, seguida pelo Japão, que obteve um ouro, uma prata e dois bronzes.

Três competições servirão para a formação do ranking paraolímpico, que classifica sete atletas no feminino e dez no masculino para os Jogos de 2012: o Mundial da modalidade e a competição que terminou neste sábado, ambas disputadas em Antalya, e o Parapan, este ano ainda em Guadalajara. Algumas categorias estão com as vagas praticamente asseguradas, como as de Daniele, Lúcia e Tenório e o objetivo do Comitê Paraolímpico é ao menos igualar o número de Pequim, onde o Brasil disputou em oito.

“Ficamos praticamente dentro nas categorias em que ganhamos medalhas e temos boas chances de classificar outras no Parapan. Algumas, como as da Karla Cardoso e da Michele Ferreira, por exemplo, que conseguiram quintos lugar no ano passado e agora, estão bem encaminhadas. Quanto mais categorias conseguirmos classificar, melhor para o judô paraolímpico brasileiro, pois serve de motivação para os atletas”, disse Jaime Bragança.



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