quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Medalha "é melhor resposta contra violência do Brasil", diz Rafaela Silva


Ouro na categoria peso leve -57 kg, judoca diz à BBC Brasil que 'essa Olimpíada está ajudando o povo brasileiro a abrir os olhos, a ver que a gente batalha muito'.

Um dia após a conquista do ouro na Olimpíada do Rio, a judoca brasileira Rafaela Silva mal dormiu, agitada pelo momento histórico e em meio ao assédio de fãs e da imprensa.

Em conversa com a repórter da BBC Júlia Dias Carneiro, a atleta criada na Cidade de Deus disse esperar que a vitória mostre ao Brasil a importância dos Jogos para o esporte.

“Acho que o país não está vivendo um momento tão bom agora, mas acho que essa Olimpíada está ajudando o povo brasileiro a abrir os olhos, a ver que a gente batalha muito, que a gente vive isso, é a nossa vida, estar realizando um sonho e eles estarem podendo dividir essa emoção com a gente”, afirmou.

Rafaela disse que seu triunfo representa ainda uma resposta pacífica às críticas e insultos racistas que sofreu pela internet após sua derrota na Olimpíada de Londres, em 2012.

“Foi bem difícil pra mim: eu tinha apenas 19 anos, estava na minha primeira Olimpíada, com vontade de realizar um sonho e fui eliminada na segunda luta. Só queria falar com meus amigos, minha família, ter um apoio, um incentivo e eu fui recebida com críticas, preconceito. E eu nunca tinha sofrido aquilo. Me machucou bastante”, contou.

“Eu pensei em desistir do judô e comecei a fazer um trabalho psicológico, voltei a treinar e no ano seguinte o atleta que falaram que era vergonha para minha família estava sendo campeão mundial, agora está sendo campeã olímpica. Acho que é muito importante poder mostrar não com violência, como acontece no Brasil, onde um agride o outro, aparece a notícia de que a pessoa morreu, ou brigou na rua e tomou uma facada, e poder responder com uma medalha de ouro, acho que não tem resposta melhor que essa.”

Questionada sobre o impacto de sua realização para as novas gerações, ela lembrou a infância e adolescência na região da Cidade de Deus, quando “tinha que correr para dentro de casa quando começava o tiroteio”.

“É muito importante para crianças da comunidade, porque a gente vivia num mundo bem agressivo, não podia brincar, tinha que correr pra dentro de casa quando começava o tiroteio. E ver que uma menina que corria de uma bala perdida agora corre das pessoas querendo tirar fotos, entrevista, porque conquistei uma medalha olímpica dentro da minha casa. Isso é muito importante para mostrar a todo mundo que uma criança que saiu da comunidade pode conquistar o mundo.”

Foto: BBC

Adotado por brasileiros, refugiado do Congo é eliminado da Rio-2016


Popole Misenga subiu no tatame e a torcida na Arena Carioca 2 começou a gritar. Ele nasceu do outro lado do Oceano Atlântico, mas os brasileiros o acolheram como se fosse judoca da casa.

Ele faz parte do primeiro time dos refugiados nos Jogos Olímpicos. Misenga veio da antiga República Democrática do Congo, chegou ao Brasil em 2013, rodou por favelas e passou fome até chegar à Rio-2016.

Nesta quarta-feira (10), ele venceu sua primeira luta olímpica. Contra Avtar Singh, da Índia, Misenga conseguiu um yuko no último minuto. Quando a luta terminou, virou-se para a arquibancada e fez um coração em retribuição ao apoio dos brasileiros.

Porém, na segunda luta do dia, o atleta não conseguiu superar o sul-coreano Donghan Gwak e acabou derrotado por estrangulamento, dando adeus ao torneio e ao sonho de conquistar uma medalha olímpica. Após ser eliminado do torneio, Misenga celebrou o desempenho contra o campeão mundial da modalidade e ressaltou a oportunidade dada por Geraldo Bernardes, coordenador do instituto Reação.

“Se hoje estou aqui nesses grandes jogos do mundo, com uma pessoa que é campeão do mundo, é porque sou aluno do Geraldo. O judô salvou minha vida, e o Geraldo me ajudou muito no passado e ainda ajuda. Ele é meu pai”, celebrou Misenga ao comentar, com bastante carinho, sobre seu treinador, em entrevista ao canal "Sportv".

Ao lado de seu pupilo, Geraldo retribuiu o carinho demonstrado pelo atleta e exaltou o feito conseguido por Popole mesmo com preparação abaixo da de seus rivais na busca por uma medalha olímpica.

“Foi um trabalho que realizamos no instituto Reação, o ciclo olímpico dele foi de 1 ano e 4 meses, enquanto dos outros atletas é de quatro ano. Foi um grande resultado. Escapar de um campeão mundial é sinal que houve trabalho com ele e ele tem merecimento muito grande. Até porque ele não participou das principais competições do ciclo olímpico”, salientou o técnico.

Foto: Markus Schreiber/AP Photo

Tiago Camilo perde e dá adeus a Olimpíadas sem medalha no Rio


Prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008, o brasileiro Tiago Camilo se despediu de Olimpíadas com uma derrota nas oitavas de final para Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão, pela categoria até 90 kg do judô, nesta quarta-feira, na Arena Carioca 2.

O judoca de 34 anos, que já anunciou que disputa no Rio de Janeiro sua última edição dos Jogos, levou a virada após conseguir um yuko no começo da luta e não tem mais chances de medalha. Ele acabou levando um golpe do rival a menos de um minuto do fim pontuado como wazari e ainda sofreu uma imobilização que deu um yuko ao rival.

Mammadali Mehdiyev já havia derrotado na rodada anterior o russo Kirill Denisov, que era um dos favoritos a medalhas no Rio.

Tiago Camilo participou de sua quarta e última Olimpíada no Rio de Janeiro, já que anunciou que pretende encerrar a carreira em 2017. Prata em Sydney-2000 na categoria até 73 kg e bronze em Pequim-2008 na categoria até 81 kg, ele tentava com o apoio da torcida se tornar o judoca brasileiro com mais medalhas olímpicas.

Vale destacar que outro judoca com larga história no judô, o grego Ilias Iliadis, também se despediu dos tatames. Tricampeão mundial e bronze nos Jogos de Londres-2012, ele perdeu para o chinês Xunzhao Cheng por ippon e se despediu antes das oitavas de final. Em entrevista ao Sportv, ele confirmou que se aposentará após a Olimpíada do Rio.

Primeira luta

Na estreia, conseguiu um ippon contra o sul-africano Zack Piontek no último segundo. Ele teve um começo de combate ativo e ainda no primeiro minuto obteve um yuko, vantagem que segurou até o último segundo. Com o Piontek já no desespero, o brasileiro encaixou mais um golpe marcado como ippon pelos árbitros.

O Brasil chegou ao quinto dia de competições no judô com uma medalha de ouro, conquistada por Rafaela Silva na última segunda-feira. Já Felipe Kitadai, Charles Chibana, Alex Pombo, Victor Penalber, Sarah Menezes, Érika Miranda e Mariana Silva e despediram sem medalhas. Além de Tiago Camilo, Maria Portela também competiu nesta quarta-feira e perdeu nas oitavas.

Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB

Maria Portela é eliminada por irregularidade no "golden score" das oitavas


A judoca brasileira Maria Portela não resistiu à austríaca Bernadette Graf, atual sétima colocada do ranking mundial, e caiu nas oitavas de final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Após uma estreia vitoriosa, ela deu adeus às chances de medalha nesta quarta-feira ao ser penalizada por uma irregularidade no "golden score" da categoria até 70 kg do judô, na Arena Carioca 2.

Portela tentou um golpe popularmente conhecido como "abraço de urso", em que o judoca abraça o adversário para fazer a projeção. Desde a última mudança de regras, em 2013, é preciso que o atleta faça a pegada no quimono antes de tentar o abraço. No caso de Portela, os árbitros consideraram que a pegada no quimono não foi configurada. Ela apenas defendeu a tentativa da austríaca antes de aplicar o golpe.

A brasileira deixou o tatame chorando com a derrota em uma luta contra uma favorita em que conseguiu manter o equilíbrio durante todo o tempo. As duas judocas não conseguiram pontuações ao longo dos primeiros quatro minutos e a brasileira corria pouco riscos até cometer a irregularidade. Ela deixou o tatame chorando.

Primeira luta e retrospecto 

Na estreia, Portela teve a luta decidida contra a marroquina Assmaa Niang apenas no "golden score". Depois de quatro minutos de um combate travado e marcado por penalizações - dois "shidos" para cada judoca por falta de combatividade - ela entrou Mais ativa no tempo extra e encaixou um golpe logo no primeiro minuto e ganhou com um yuko.

Maria Portela participou de sua segunda Olimpíada na carreira. Na primeira, em Londres-2012, acabou derrotada na estreia pela colombiana Yuri Alvear por ippon. Atualmente ela ocupa a 13ª colocação do ranking mundial da categoria.

O Brasil chega ao quinto dia de competições no judô com uma medalha de ouro, conquistada por Rafaela Silva na última segunda-feira. Já Felipe Kitadai, Charles Chibana, Alex Pombo, Victor Penalber, Sarah Menezes, Érika Miranda e Mariana Silva e despediram sem medalhas. Tiago Camilo, que também disputa sua chave masculina nesta quarta-feira, também perdeu nas oitavas de final.

Por: Bruno Doro - Olimpíadas uol
Foto: Reuters/Toru Hanai

Suelen Altheman quer comemorar aniversário no pódio olímpico


Judoca luta nesta sexta-feira, 12 de agosto, dia em que completará 28 anos.

Conquistar uma medalha olímpica é o acontecimento mais marcante na vida de qualquer atleta. Subir ao pódio olímpico no dia do aniversário torna a conquista ainda mais especial. E este é o objetivo da judoca Maria Suelen Altheman, que lutará pelo ouro da categoria +78 kg, na próxima sexta-feira, dia 12 agosto, exatamente na data em que completará 28 anos.

"Estou em perfeitas condições físicas, técnicas, táticas e psicológicas  para competir. Disputar uma Olimpíada em casa já é um sonho, mas Deus me presenteou fazendo com que eu competisse nesse dia. Esse é o melhor presente que eu já ganhei", declara Suelen.

Depois de uma intensa fase de preparação, quando pode contar com o apoio do sensei Ivo Nascimento, seu técnico na Associação de Judô Rogério Sampaio, que treinou com ela por alguns dias, em Mangaratiba, Suelen se diz pronta para enfrentar qualquer adversária. "Foi de extrema importância ele estar presente comigo nessa reta final. Ele me conhece bem porque está no dia-a-dia comigo", diz. 

Em sua segunda participação em Jogos Olímpicos, Maria Suelen Altheman, que conquistou o vice-campeonato mundial, por duas vezes, em 2013 e 2014, e chegou a ocupar a posição número um do ranking da Federação Internacional de Judô, se mostra mais madura e confiante, sem temer nenhuma adversária. "Quem quer ganhar uma Olimpíada não escolhe adversário, devido a todas as circunstâncias que passei nesse ciclo olímpico, acredito estar preparada para enfrentar quem vier", afirma.

Jornalista Myrian Rosário - MR Comunicação

Judoca de Samoa cuidava de uvas em trabalho temporário quando soube que iria ao Rio

Benjamin Waterhouse (de azul., no chão) durante disputa dos Jogos

Benjamin Waterhouse cuidava de videiras quando um e-mail chegou a seu computador. Era uma mensagem de seu treinador, Patrick Mahon. A mensagem era importante: informava que ele havia sido selecionado para representar a Samoa Americana na competição de judô dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O notebook, porém, estava quebrado. Coube ao seu irmão mais velho informa-lo do que havia acontecido. Benjamin, então, teria que deixar mais cedo o trabalho sazonal na Thornhill Hotirculture, empresa que contrata força de trabalho temporária para atuar nas viniculturas e horticulturas na região de Hawke's Bay, na Nova Zelândia.

"Meus amigos me falaram e eu fui. É um trabalho bem duro fisicamente. São oito horas por dia. Foram três meses fazendo isso, acho", declarou ao ESPN.com.br, logo após perder na estreia da categoria leve para Chamara Repiyallage, do Sri Lanka, na última segunda-feira.

Waterhouse começou a praticar judô aos 12 anos, principalmente por influência de seu irmão mais velho , Trivolta, que representou Samoa nos Jogos Olímpicos de 200, em Sydney.

"Meu irmão praticava. Eu queria ser como ele... Meu irmão mais velho é um modelo para mim", afirmou.

O caminho no judô teria um final feliz em Londres-2012, mas uma fato esperado acabou com sua competição. Em um torneio em Paris, ele enfrentava um chinês quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. "Foi algo bem difícil", resumiu, enquanto levantava a calça e mostrava uma proteção no joelho.

Difícil também foi a luta perdida no Rio de Janeiro, que o mandou para casa bem mais cedo que o esperado - seu objetivo era chegar pelo menos até as quartas de final.

Sem competições, resta a ele esperar. "Ficarei no Rio até todos os outros atletas participarem", disse.


Rafaela fez tudo após o ouro. Menos entrar na lanchonete da Vila de Atletas


Entre os problemas que Rafaela Silva enfrentaria depois de ser campeã olímpica, a fome não era um que ela estava pronta para enfrentar. Pudera: uma pessoa que sente fome diariamente para se manter nos 63 kg de sua categoria nunca imaginaria que ficaria sem comer depois de chegar ao ápice de sua carreira.

Assim que subiu ao pódio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, foi ovacionada pela torcida que cantou junto com ela o hino nacional, Rafaela desceu para falar com dezenas de jornalistas que a esperavam. Quando foi perguntada sobre o que queria fazer agora que era campeã olímpica, respondeu rápido: “Agora eu só quero comer. Estava segurando o peso”. Seu objetivo, ela disse, era conhecer a lanchonete da Vila dos atletas.

Não era para acontecer. Depois de sair da Arena Carioca 2, onde ganhou suas cinco lutas na Olimpíada, ela começou a maratona que todo medalhista olímpico brasileiro deve enfrentar. Primeiro foi aos estúdios da TV Globo, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca – a tempo do Jornal Nacional. Depois, foi a vez do estúdio do SporTV, montado em frente ao portão de entrada da sede dos Jogos.

Ela só chegou à Vila Olímpica perto das 3h da manhã, após participar de quatro programas diferentes. Sabe o que ela comeu nesse meio tempo? Dois hambúrgueres, comprados pela equipe de comunicação da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) na lanchonete que atende aos jornalistas na Olimpíada.

A lanchonete da Vila, aquela que Rafaela está ansiosa para conhecer, estava fechada. E ainda não tinha aberto quando ela saiu, às 9h da manhã, para mais uma maratona. Rafaela foi para o Espaço Time Brasil, um pavilhão montado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) em um shopping na Barra. Lá, mais entrevistas e fome. “Eu não consegui nada ainda. Só bebi água e suco. Acordei com o pessoal batendo no quarto, querendo abraçar, ver a medalha”.

Mas como vida de campeã olímpica é bem mais complicada do que todo mundo imagina, Rafaela não estava liberada para fazer o que quisesse após mais esse compromisso. Depois de deixar o espaço do COB, era hora de atender aos patrocinadores e mais jornalistas. O almoço foi rápido e lá foi ela para o centro do Rio de Janeiro, em um hotel, para dar mais entrevistas e se encontrar com representantes das empresas que bancam a CBJ. No dia seguinte, ela tinha agendadas dez entradas aos vivo na televisão, com Globo, SporTV, Band, Record...

Já tinham se passado 24 horas da conquista da medalha. E aquela lanchonete da Vila dos Atletas, em que ela poderia comer à vontade e não pagar nada, ainda estava longe da campeã olímpica.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Brasileiro que compete pelo Líbano é desclassificado e se revolta no judô


Brasileiro que está representando o Líbano nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Nacif Elias se revoltou após ser desclassificado na categoria até 81 kg do judô nesta terça-feira na Arena Carioca 2. Ele acusou seu rival argentino Emmanuel Lucenti de ter forçado sua eliminação.

“Treino muito e isso é catimba argentina. A federação internacional é uma vergonha. Sempre me prejudica. Eu abdiquei da minha vida para estar aqui. É uma vergonha”, disse em entrevista ao Sportv, carregando ainda mais na ironia. "Talvez receba uma suspensão de dois anos por reclamar".

Mais calmo, ele retornou ao tatame antes da luta do brasileiro Victor Penalber pelas oitavas de final da categoria e pediu desculpas ao público por sua atitude. Se não fizesse o ritual, poderia ser punido por dois anos pela Federação Internacional de Judô. Porém, ele manteve as críticas à decisão do árbitro.

"Eu treinei 4 anos pra estar aqui. Classifiquei por mérito. Nos 4 meses chorei, abdiquei e suei pelo ouro. Já tinha ganhado do argentino, do canadense. Como é que não fica triste e revoltado com decisão contestada? Duas vezes deu para ver a catimba. Ele já tinha programado isso. E conseguiu", disse, antes de fazer uma promessa. "Vou me tornar número 1 do mundo ainda. Pode escrever", disse.

A explicação oficial pela desclassificação é de que Nacif aplicou pressão contra o cotovelo do argentino quando tentava um golpe. Mesmo que não tenha sido intencional, o movimento é proibido e gera desqualificação.

Assim que os árbitros anunciaram a decisão depois de o argentino ter ficado caído no chão acusando dores, Nacif se revoltou, Gesticulando bastante, permaneceu no centro do tatame reclamando ostensivamente da marcação enquanto seu rival se levantou e caminhou lentamente para o vestiário.

Naturalização

Nacif Elias é naturalizado libanês desde 2013 e já representou o país em diversas competições internacionais ao longo dos últimos anos. Obteve o passaporte aproveitando-se do fato de seus bisavós terem nascido no país do Oriente Médio. A opção de trocar de pátria foi por causa das dificuldades encontradas no Brasil e até algumas desavenças com a Confederação Brasileira de judô (CBJ).

Depois de batalhar até o último minuto por uma vaga nos Jogos de Londres na categoria até 81 Kg e perdê-la para Leandro Guilheiro, a CBJ queria que ele subisse para a categoria até 90 Kg para o atual ciclo olímpico. Mas ele não quis fazer a mudança.

Neste período, Elias também estava sem patrocínio e com problemas para disputar competições pelo mundo. Então, veio a oferta da federação libanesa para a mudança de pátria. E ele não titubeou.

Foto: Danilo Verpa/NOPP

Mariana Silva perde a medalha de bronze para holandesa na Rio-2016


Mariana Silva conseguiu um grande feito nesta terça-feira (09) no judô da Rio-2016. Em sua segunda Olimpíada chegou à disputa da medalha ao vencer favoritas pelo caminho e só caiu para a atual líder do ranking até 63 kg. Na briga pelo bronze, contra a holandesa Anicka vam Emden, acabou derrotada por um yuko.

"O objetivo era a  medalha, independente da cor. Mas infelizmente não foi nessa Olimpíada.  Agradeço muito a Deus pela oportunidade de ter participado deste evento, ter lutado até o final, saído sem nenhuma lesão. Agradeço a Deus e a todo mundo que torceu por mim. Mesmo com a derrota, eu sou feliz, sou privilegiada por ter participado de uma Olimpíada dentro de casa", comentou ao SporTV muito emocionada. 

A holandesa nunca tinha perdido para Mariana - elas já se encontraram duas vezes. No Rio, foi a terceira e Anicka vam Emden dominou as ações da luta. A brasileira evitou os golpes, tentando chegar mais para atacar, mas sem sucesso. A rival conseguiu um yuko, suficiente para lhe dar o bronze.  

Aos 26 anos, chegou ao Rio de Janeiro para disputar a sua segunda Olimpíada após ser eliminada na primeira rodada dos Jogos de Londres. Ela passou por gigantes em seu caminho e só caiu para a atual líder do ranking da categoria até 63 kg na semifinal, feito que apenas a campeã Rafaela Silva conseguiu até agora entre os judocas brasileiros no Rio de Janeiro. 

O caminho até a disputa do bronze

Na estreia na Rio-2016, Mariana Silva derrotou a húngara naturalizada ganesa Szandra Szogedi com um estrangulamento, que fez a rival desistir com três tapas em suas costas, caracterizando o ippon.

Nas oitavas, venceu a alemã Martina Trajdos pela primeira vez em oito confrontos. A brasileira ainda teve a campeã mundial Yarley Grebi em seu caminho e se credenciou para a final no golden score.

Mariana deixou o caminho pelo ouro ao ser imobilizada pela eslovena Tina Trstenjak, campeã mundial, europeia e atual líder do ranking. 

Foto: Toru Hanai/Reuters

Judocas de Atibaia Participam de Treinamento com Campeão Olímpico


A Federação Paulista de Judô, através de seu presidente Alessandro Panitz Puglia, veio honrosamente convidar no dia 01 de agosto o professor Paulo Alvim (Pi) para ministrar o primeiro treino de rendimento do segundo semestre junto ao Campeão Olímpico Rogério Sampaio, professor responsável pelos treinamentos da F.P.Judô, que agora são realizados às segundas-feiras, a partir das 19 horas no CAT (Centro de Aperfeiçoamento Técnico). Esta proposta tem como diferencial agregar mais professores do rendimento para trabalhar com o maior número de informações para o melhoramento do judô de base do Estado de São Paulo. 

Este honroso convite foi estendido a toda equipe atibaiense de judô do São João Tênis Clube/APAJA/Secretaria de Esportes e Lazer da PEA, que se fez presente com a participação do professor Thiago Valladão e 17 atletas das classes Sub15 e Sub18.

Com o objetivo de melhoramento técnico dos judocas através do intercâmbio entre as associações e clubes,cria-se ainda, um fator motivacional feito através da aproximação destes jovens aos grandes ídolos da modalidade, exemplo dado pelos professores Rogério Sampaio e Alessandro Puglia, que se fazem presentes e atuantes durante todo o período de treinamento. 

Já nos dias 06 e 07 de agosto, a experiência dos professores Paulo Alvim e Thiago Valladão, foi no Rio de Janeiro acompanhando as lutas da modalidade de judô nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Esta vivencia trazida pelos professores será de supra importância para incorporar melhorias direcionadas aos esquemas estratégicos, táticos, físicos e técnicos, mas o que mais chamou a atenção foi ditado pela superação dos atletas.

Os judocas agradecem a Concessionária Rota das Bandeiras, Estruturas Metálicas Ando, Colégio Objetivo, FAAT, Colégio Atibaia, Centro Integrado Atibaia Odontologia, Fisioterapia e Reabilitação Esportiva Sérgio Nery, Fisioterapeuta Layla Nery, Viação Atibaia São Paulo, Academia R Sette, Nutrivial - Consultoria e Nutrição, Preparador Físico Roger Fonseca e Boletim OSOTOGARI, que acreditam e apoiam o judô atibaiense.

Por: APAJA - Atibaia

"Senti vergonha ao ouvir a torcida depois de perder", diz Penalber


Victor Penalber acabou derrotado em sua segunda luta na Rio-2016 e disse ter sentido vergonha por não retribuir o carinho da torcida com mais uma vitória.

"Quando eu saí do tatame e a torcida gritou o meu nome, eu não sabia o que pensar, eu fiquei meio envergonhado, na verdade. Eu só fico muito triste de não poder seguir na competição", disse depois da derrota para o atleta dos Emirados Árabes, Sergiu Toma. 

Victor Penalber explicou o que aconteceu em sua luta. “É um esporte de alto rendimento e temos os melhores do mundo. Para mim já era final e entrei concentrado, mas foi mais rápido na pegada e acabei me desequilibrando e tomando um wazari”, disse sobre o início da luta.

“A luta foi muito aberta, com muita pontuação, mas busquei a vitória. O esporte de alto rendimento é cheio de “se” e aí talvez fosse tudo diferente. Eu tentei forçar o wazari, mas ainda não deu. Se eu tivesse puxado um pouco mais a manga, é muito difícil e poderia ter sido diferente e apesar de ter perdido de ippon poderia ser ao meu favor também porque eu fui buscar um resultado”, analisou.

Por: Bruno Doro - Olimpíadas uol
Foto: Danilo Verpa/NOPP

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Contra os prognósticos, Rafaela venceu as dificuldades da vida por ippon


Criada na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, Rafaela Silva poderia ser só mais uma brasileira a sofrer com as dificuldades de uma comunidade carente e com problemas de infraestrutura, saúde e educação.

Mas sua vida mudou aos 8 anos de idade, quando o medalhista olímpico de judô Flávio Canto criou o Instituto Reação. Com o slogan ‘o homem é do tamanho de seu sonho’, a entidade trouxe novas perspectivas às crianças da comunidade carente. E logo Rafaela foi identificada como uma ‘pedra bruta’ a ser lapidada.

Foi lá que a menina rebelde conheceu o técnico Geraldo Bernardes, treinador brasileiro nos Jogos Olímpicos, e começou a obter bons resultados nas categorias de base, logo chegando à seleção nacional.

Toda esta trajetória quase foi interrompida por uma desclassificação inesperada em sua primeira luta na Olimpíada de Londres-2012, por conta de uma técnica irregular. Sofreu com declarações preconceituosas na internet e quase desistiu do esporte.

Mas a jovem guerreira perdeu a batalha, e não a guerra. Em mais uma reviravolta na vida, sagrou-se a primeira campeã mundial no feminino, em competição disputada no Rio de Janeiro em 2013.

E quis o destino que a consagração da menina que cresceu na Cidade de Deus viesse justamente em sua cidade natal. Mesmo em uma chave difícil, contra as melhores do mundo, calou os críticos e conquistou a sonhada medalha de ouro olímpica.

O choro, que veio fácil após a confirmação do árbitro e durante a execução do hino nacional, foi um merecido desabafo para a mulher que cresceu com as dificuldades e venceu na vida por ippon.

Foto:  Geraldo Bubniak/AGB

*William ‘Gulô’ Freitas é coordenador de pós-graduação e professor universitário na área de lutas, além de diretor da Associação de Judô Gulô. Faixa preta de judô 5º Dan pela CBJ (Confederação Brasileira de Judô), ele é um dos comentaristas do Placar UOL Olimpíada

Araras: Fisioterapeuta da Associação Mercadante inicia trabalho nas Olimpíadas


Começaram os Jogos Olímpicos para o fisioterapeuta do Projeto Kimono de Ouro, Leonardo da Silva. O profissional ararense viajou ao Rio de Janeiro no último domingo (7) e, nesta segunda-feira (8), já atua nas competições de hipismo. Leonardo trabalha como fisioterapeuta voluntário, assessorando cavaleiros e amazonas, antes e depois das provas.

A modalidade está sendo disputada no Centro Olímpico de Hipismo, localizado no Complexo Esportivo de Deodoro, zona oeste do Rio. O local abriga a Arena de Adestramento e Saltos, Pista de Cross-country e acomodações para cavalos e tratadores. Leonardo segue na capital carioca até o dia 18, período em que poderá se aprimorar profissionalmente, além de conhecer novos costumes e culturas.

“Está sendo uma experiência fantástica trabalhar nos Jogos Olímpicos! Tenho a oportunidade de atuar ao lado de atletas olímpicos do mais alto nível, contribuindo para que todos façam uma boa competição. Espero realizar um trabalho satisfatório, que me sirva também como aprimoramento profissional. E, posteriormente, que eu possa utilizar os aprendizados oriundos das Olimpíadas na atuação junto aos judocas do Projeto Kimono de Ouro”, ressalta Leonardo da Silva.  

Por: Associação Mercadante de Judô

Rafaela Silva dá ao Brasil sua primeira medalha de ouro na Rio-2016


A primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é de uma carioca, nascida em uma favela e que começou a lutar em um projeto social. Rafaela Silva é a nova campeã dos leves (57kg) do judô, após bater a mongol Sumiya Dorjsuren, atual líder do ranking mundial, nesta segunda (08).

"Treinei muito depois de Londres porque não queria repetir o sofrimento. Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que eu era uma vergonha para minha família, para meu país. E agora sou campeã olímpica", disse Rafaela logo depois da luta. "Em 2014 eu estava desacreditada, mas agora eu vim e treinei o máximo que eu podia e meu resultado veio através dos meus treinamentos. O ginásio chegava a tremer e eu consegui contribuir", complementou. 

O técnico da brasileira, Mário Tsutsui disse que a luta mais difícil foi a da semifinal. "A luta mais difícil foi contra a romena, pelo Golden score, mas quando ela passou a romena e vimos a mongol ganhando, ficamos confiantes e sabíamos que ela tinha uma chance muito grande de ganhar a medalha de ouro”, comentou. 

Com sua família e amigos nas arquibancadas, Rafaela cresceu com a vibração do público e reverteu um histórico incomodo: em cinco lutas contra a asiática, tinha vencido apenas uma vez, no ano passado.

Na Arena Carioca 2, Rafaela Silva conseguiu um wazari sobre a mongol e levou a luta até o final atacando e até mesmo deixando de atacar algumas vezes, o que rendeu duas penalidades, aumentando ainda mais a tensão. 

A história da campeã olímpica 

Aos 26 anos, Rafaela saiu da Cidade de Deus, a comunidade carente e violenta que ficou famosa com o filme de Fernando Meireles, para se tornar a melhor judoca que o Brasil já teve. Em 2013, ela foi campeã mundial, também em sua casa, no Rio de Janeiro. Nenhum outro judoca do país tem títulos olímpicos e mundiais. Sarah Menezes, Aurélio Miguel e Henrique Guimarães têm ouros olímpicos, mas nunca venceram Mundiais. João Derly (duas vezes), Tiago Camilo, Luciano Correa e Mayra Aguiar tem o Mundial, mas não o ouro olímpico.

A história da judoca começou em uma academia montada em sua rua, quando tinha oito anos e seus pais buscavam uma atividade para acalmar a menina brigona. O destino fez com que Geraldo Bernardes, o técnico de Flavio Canto, medalhista de bronze dos Jogos de Atenas-2004, se interesse pela garota. Ela foi treinar no Instituto Reação, que Bernardes e Canto criaram para ensinar judô em comunidades carentes.

Em 2008 o trabalho já dava resultado, com o título mundial sub-20. Em 2009, foi a melhor brasileira no Mundial de Roterdã, com um quinto lugar. Em Londres-2012, porém, ela quase deixou o esporte. Eliminada por tentar um golpe ilegal, ela foi bombardeada com mensagens racistas em redes sociais. Reagiu. Quando chegou no Brasil, queria abandonar o esporte.

A família, Bernardes, Canto e uma psicóloga não deixaram. No ano seguinte, ela já era campeã mundial e líder do ranking da Federação Internacional de Judô. Nos últimos três anos, subiu ao pódio em quase todos os torneios que disputou. A primeira medalha do judô na Rio-2016 não poderia vir de uma candidata melhor.

Foto: Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress

domingo, 7 de agosto de 2016

Mogi das Cruzes: 1ª Copa Titans do Judô - Kimonos Banzai - Fotos e resultados disponíveis


Foi realizado neste domingo, 07 de agosto, a 1ª Copa Titans do Judô - Kimonos Banzai. Evento foi realizado no Ginásio Municipal de Esportes "Professor Hugo Ramos", na cidade de Mogi das Cruzes. Evento contou com a participação de seiscentos atletas, vindos de várias cidades da 10ª Delegacia Regional Central e demais cidades do estado de São Paulo.


Após a realização da competição, foram computados os pontos para a definição das 10 primeiras colocadas na contagem geral de pontos, que ficou na seguinte ordem:

1º - Judô Clube Mogi das Cruzes
2º - Titans do Judô
3º - Academia de Judô Pissarra
4º - Academia de Judô Morada do Sol
5º - Associação de Judô Kyoei de Suzano
6º - Vila Santista Chiao/SMEL
7º - Associação de Judô Araçatuba
8º - Associação Moacyr de Judô
9º - Associação de Judô 09 de Julho
10º - Associação Namie de Judô


A competição contou com a cobertura fotográfica do Boletim OSOTOGARI.

Clique aqui e confira a documentação fotográfica do evento.

boletim OSOTOGARI


Érika: minha maior derrota foi não ter uma medalha


O judô brasileiro esteve perto de sua primeira medalha nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Érika Miranda perdeu a disputa do bronze para a japonesa Misato Nakamura, neste domingo. Abalada, a judoca demorou mais de uma hora para conseguir falar com a imprensa. Ela destacou que sua maior derrota na carreira foi não ter sentido o gosto do pódio olímpico.

Érika foi eliminada na primeira luta em Londres, em 2012. A judoca teve resultados expressivos desde então e brilhou nos últimos mundiais e no Pan de Toronto (2015), no ano passado. Por este motivo, não ter subido ao pódio no Brasil foi intensamente frustrante para ela.
“O estilo da derrota não importa. Vai doer de qualquer forma. Olimpíada é isso. A maior derrota é sair daqui sem medalha”, declarou a brasileira, que perdeu no Golden Score, uma espécie de prorrogação no judô.

Érika também afirmou que não sabe o que será de sua carreira, já que está com 29 anos. “Meu sentimento é péssimo. Porém, estou agradecida por tudo o que passei nesses ciclos olímpicos. Faltou muito pouco para ter esse sentimento (de pódio). Não tenho o que pensar agora, nem sei o que vou fazer”.


80 Chibanas fazem bate e volta olímpico de ônibus: "Tem trabalho amanhã"


Convidar a família para acompanhar sua estreia em Jogos Olímpicos é normal. Mas quando o brasileiro Charles Chibana faz isso, é um evento gigantesco. Neste domingo, mais de 80 Chibanas estavam espalhados pela Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Tinha gente pertinho da área de luta, em cima na arquibancada, do lado direito, do lado esquerdo...

“Trouxemos umas 80 pessoas de São Paulo. Todos da família”, conta o pai do judoca olímpico, Mario Chibana. “Alugamos dois ônibus e saímos de casa às 22h de ontem”, completa. E ficam até quando? “A gente volta assim que terminar a sessão da tarde. Vamos assistir até o final e depois pegamos a estrada. Não dá para ficar. Amanhã todo mundo trabalha”, explica o patriarca da família.

Seu Mário é comerciante. Tem uma loja de autopeças em São Paulo. “Tem que abrir a loja, sem falta”, avisa. Eles chegaram ao Rio de Janeiro às 5h da manhã, após mais de seis horas na estrada. Pararam em frente a um Shopping na Barra da Tijuca, tomaram um café e vieram para o local de competição do judô. Quando tudo acabar, voltam para São Paulo. A expectativa é chegar em casa já de madrugada.

Ao lado da mulher, Hiroko, seu Mário não estava muito feliz. Para ele, o filho deu azar no sorteio e pegou, logo de cara, o tricampeão mundial Masashi Ebinuma, do Japão. Perdeu. Se fosse mais para frente, ele poderia ter vencido, diziam todos Chibanas. “Em um campeonato, você vai crescendo com as vitórias”, ensina.
“Mas só o fato dele ter se classificado para a Olimpíada é uma vitória. É uma homenagem ao avô, que foi quem idealizou tudo isso aqui. A história da nossa família no esporte”, conta o primo Jonatas Tanaui, lembrando do avô de Charles, Kohan Chibana, o primeiro da família no Brasil. Carateca, ele fez questão que os netos aprendessem judô pela filosofia do “caminho suave”.

Em São Paulo, boa parte dos Chibanas mora no mesmo prédio, que eles mesmos construíram, na Vila Carrão, na zona norte. O endereço abriga a avó e seus sete filhos. Alguns netos moram por lá também. “Só minha tia não mora lá. Construímos o prédio e todos os filhos do meu avô moram lá com suas famílias, além da minha avó. Quando podemos, fazemos churrasco e festa para todos, é só chamar todo mundo do prédio”, conta o judoca.

Charles estava, como os pais, abalado pela derrota. Sempre alegre, ele falava baixo após a eliminação. “O judô ensina a cair, levantar e continuar. É o que eu vou fazer”, filosofa. “A minha família está sempre torcendo, ganhando ou perdendo. Sei que eles vão sempre me apoiar. Assim como o público aqui me apoiou. Acho que isso é a melhor coisa do esporte”.



sábado, 6 de agosto de 2016

Sarah não tem fratura no cotovelo, mas terá de passar por novos exames


A judoca Sarah Menezes foi submetida a exames de imagem (raio-x e ultra-som) na Policlínica da Vila Olímpica na tarde deste sábado, logo após ser derrotada na repescagem da categoria ligeiro, até 48kg, da competição de judô dos Jogos do Rio. Os exames não apontaram fratura no cotovelo direito, luxado durante a luta na Arena Carioca 2. O braço foi imobilizado e, em dois dias, será feita ressonância magnética para identificar outras possíveis lesões na região. O coordenador médico do Time Brasil, Breno Schor, acompanhou a atleta. Quando Sarah deixou o Parque Olímpico de ambulância, havia a suspeita de lesão de ligamento. Os próximos exames de imagem vão eliminar a dúvida.  

A peso-ligeiro, que buscava uma medalha de bronze, foi superada por Urantsetseg Munkhbat, da Mongólia, e ficou a uma luta da disputa pelo pódio. Ela terminou em sétimo. Após a derrota, Sarah saiu do Parque Olímpico com o braço direito imobilizado e muito abatida. Quatro anos após ser coroada na Olimpíada de Londres, a judoca desperdiçou a grande oportunidade de ser bicampeã olímpica. Sarah venceu sua luta de estreia, mas nas quartas de final foi derrotada pela cubana Dayaris Mestre Alvarez. 

Foto: Richard Souza

Judoca Brasileiro-Libanês estreia na Cerimônia de Abertura da Olimpíada sendo porta-bandeira do Líbano.


Uma das maiores homenagens olímpicas que um atleta pode receber de seu país é ter o privilégio de ser o porta-bandeira de sua delegação na cerimônia de abertura dos jogos. Nacif Elias desfilou no Maracanã representando o Líbano, país que ele representa na Olimpíada. Ele se sentiu muito emocionado, pois está sendo a primeira participação sua em uma olimpíada: “Foi um momento único, Maracanã lotado, nunca tinha presenciado um momento tão brilhante como este de união dos povos, um verdadeiro espetáculo. Senti-me tão honrado em conduzir a bandeira do Líbano, pois é muito gratificante ser reconhecido e prestigiado dessa forma. Só tenho que agradecer pela oportunidade que o Líbano me concedeu. Foi algo mágico, estar como plateia é uma sensação bem diferente do que estar fazendo parte do desfile, é muito emocionante, a quantidade de pessoas, vários países reunidos para prestigiar um momento tão marcante. Fiquei muito impressionado quando a torcida toda começou a gritar: “Brasil, Brasil. Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor...” Afinal, meu coração também é metade brasileiro e metade libanês. Mesmo diante de vários problemas, o povo brasileiro é um povo alegre e que está apoiando a olimpíada e que tem esperança. Nota dez para os organizadores do evento, fizeram uma abertura linda”, disse Nacif emocionado.

Parte de seus familiares que moram em Vitória (ES) o assistiram e ficaram emocionados pela estreia do judoca. Seus amigos e pessoas que o admiram, também vibraram quando ele estreou no Maracanã. Muitas foram as homenagens feitas através das redes sociais e isso deixou o judoca ainda mais motivado pelo imenso carinho de todas essas pessoas que torcem pelo sucesso dele.


No próximo dia 09 de agosto, a partir das 10h da manhã ele irá estrear no tatame. Sua concentração está total, bem focado, está treinando intensamente para poder brilhar no tatame e disputar o tão sonhado ouro olímpico na categoria -81 kg.

Por Raquel Lima - Assessora de Imprensa

Kitadai perde na repescagem e dá adeus ao bronze


Felipe Kitadai foi derrotado na tarde deste sábado (06) na repescagem contra o atleta do Uzbequistão Rishod Sobirov por ippon. Menos de uma hora antes, Sarah Menezes também foi eliminada da repescagem no golden score. 

O Uzbequistão não traz lembranças muito boas para Felipe Kitadai. Primeiro foi em Londres-2012. Rishod Sobirov o derrotou nas quartas de final na Inglaterra, acabando com seu sonho de ouro. Agora, no Rio de Janeiro foi a vez de Diyorbek Urozboev, vice-campeão asiático em abril, acabou com suas chances de subir ao pódio em casa.

O combate valia pela final da repescagem: se vencesse, o brasileiro iria para a decisão da medalha de bronze, contra o perdedor de uma das semifinais da categoria ligeiro (60kg). 

A derrota chega em um dia inspirado do medalhista de bronze de 2012. Em sua estreia, ele perdia até os dez segundos finais, quando conseguiu derrubar o francês Walide Khyar, atual campeão europeu. Recebeu um yuko, a menor pontuação possível, mas que valeu como um ippon, o golpe vencedor. Depois, derrotou com tranquilidade o alemão Tobias Englmaier nas oitavas.

Por: Bruno Doro - Olimpíadas uol 

Sarah Menezes perde na repescagem do judô e dá adeus ao bronze


Após ser eliminada da chave principal dos ligeiros (48kg) pela cubana Dayaris Mestre Alvarez, Sarah Menezes perdeu sua primeira luta na repescagem. A algoz foi a mongol Urantsetseg Munkhbat, campeã mundial de 2013 e líder do ranking da Federação Internacional de Judô. Ela foi derrotada no golden score por imobilização (chave de braço). 
A luta ficou empatada no tempo normal, com uma penalidade para cada atleta, assim, a disputa foi para o golden score. Com 52 segundos, a brasileira acabou sendo imobilizada (chave de braço) e foi dada a vitória para a mongol. 

Depois de ser derrotada, Sarah Menezes chorou muito e precisou ir ao posto médico da Arena Carioca 2 por conta do braço direito, imobilizado (chave de braço) pela adversária. 

Defender um título importante é sempre difícil. Quando Sarah venceu em Londres, foi uma surpresa. Mas a medalha de ouro virou um alvo. Nos últimos quatro anos, foram muito mais derrotas do que o esperado. E uma fase sem títulos entre 2014 e 2015 que durou quase um ano.

Sina dos campeões olímpicos segue viva no Brasil
Em provas individuais, o Brasil tem só dois bicampeões olímpicos, Robert Scheidt, da vela, e Adhemar Ferreira da Silva, do atletismo. Mas só Adhemar, há 60 anos, conseguiu o segundo ouro quatro anos depois do primeiro. Scheidt tem uma prata, de Sydney-2000, entre os dois ouros de Atlanta-1996 e Atenas-2004.

A introdução serve para lamentar as duas derrotas de Sarah Menezes, a primeira campeã olímpica do judô, neste sábado, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A sina de campeões olímpicos, que já tinha atingido nomes como Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, do judô, Joaquim Cruz, do atletismo, ou até Guilherme Paraense, do tiro esportivo, caiu sobre a piauiense.

Por: Bruno Doro - Olimpiadas uol

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