O Brasil conquistou sua primeira medalha no Mundial Sub 21, em Abu Dhabi, com a superligeiro Rita Reis garantindo o bronze nesta sexta-feira, 23. A peso-ligeiro Nathália Mercadante também chegou ao bloco final, terminando a competição em sétimo lugar. Os outros três brasileiros que lutaram neste primeiro dia de competição não chegaram à disputa por medalhas.
Para conquistar ao bronze, a judoca do Amazonas derrotou por ippon uma das favoritas ao título, a turca Melisa Cakmakli, na estreia, mas acabou caindo para a sul-coreana Hyekyeong Lee nas quartas-de-final por sofrer três punições. Na repescagem, ela derrotou Mireia Comas, da Espanha, por ippon, depois de estar perdendo por waza-ari e yuko.
"Foi o momento mais difícil da competição. Eu estava meio apática, sem conseguir raciocinar direito. Tive que sair de uma imobilização e foi aí que acordei, conseguindo lutar", lembra Rita.
Na disputa pela medalha, ela foi muito superior à russa, conseguindo pontuar com um yuko, jogar de waza-ari e imobilizar a adversária para subir ao pódio, seu primeiro em Campeonatos Mundiais e o primeiro do Amazonas.
"Eu queria muito uma medalha e passei a competição inteira com isso na cabeça, com o apoio constante da Andrea Berti dizendo que eu podia. Esperava chegar na final, mas estou bastante feliz. Essa medalha vale muito para mim. Representar bem o meu país, meu estado e ser a primeira medalhista do Amazonas numa competição mundial de judô é muito importante", comemorou a judoca.
A segunda brasileira no bloco final foi Nathália Mercadante (48kg), que estreou bem com duas vitórias seguidas por yuko sobre Celia Ledo (ESP) e Kelly Staddon (GBR), respectivamente, avançando às quartas-de-final, onde foi derrotada pela japonesa Funa Tonaki por ippon. Na repescagem, Mercadante sofreu um golpe de waza-ari da moldava Crisina Budescu e fechou sua participação em sétimo lugar.
O feminino ainda teve a então vice-campeã mundial do superligeiro, Larissa Farias, em ação. Cabeça de chave número um, a brasileira levou a mongol Narantsetseg Ganbataar a ser punida três vezes, mas sofreu um yuko e se despediu mais cedo da competição.
Técnica da equipe feminina, Andrea Berti avaliou positivamente a primeira conquista das meninas na competição e projetou grandes disputas para o segundo dia.
"Mundial não tem luta fácil. As atletas foram orientadas a pensarem uma luta de cada vez. Essa foi uma das nossas estratégias. A Rita teve uma chave dura, precisou até reverter algumas situações de desvantagem e soube se superar. A gente acreditou nela por tudo o que ela mostrou nos treinamentos e competições. Ela veio e buscou essa medalha. Amanhã teremos duas atletas novas, mas com muita maturidade e que vêm de bons resultados no Circuito Mundial. Elas estão preparadas e confiantes", comentou Berti referindo-se à Jéssica Lima (52kg) e Kamila Silva (57kg), que lutam neste sábado.
No masculino, Lucas Guimarães (55kg) caiu na estreia contra o russo Yago Abuladze (RUS) e Vitor Torrente (60kg) não passou das oitavas. O ligeiro venceu Denis Vieru, da Moldávia, por ippon, mas não resistiu ao sul-coreano Channyeong Kim, que posteriormente ficaria com o bronze.
A competição continua neste sábado, 24, com mais quatro brasileiros no tatame: Daniel Cargnin (66kg), Lincoln Neves (73kg), Jéssica Lima (52kg) e Kamila Silva (57kg). As preliminares começam às 5h (Brasília), com disputas por medalhas a partir das 11h (Brasília). A Federação Internacional de Judô transmite as lutas ao vivo pelo site www.ippon.tv.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ