Depois do sucesso na disputa em casa, a seleção brasileira militar de judô está definida para o 6º Jogos Mundiais Militares (JMM). Serão quatorze atletas na disputa de dois a 11 de outubro em oito cidades da Coreia do Sul: Felipe Kitadai (60kg), Charles Chibana (66kg), Leandro Cunha (73kg), Leandro Guilheiro (81kg), Eduardo Bettoni (90kg), Luciano Correa (100kg), Walter Santos (+100kg), Sarah Menezes (48kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mariana Silva (63kg), Maria Portela (70kg), Nádia Merli (78kg) e Rochele Nunes (+78kg). A competição de judô será realizada no KAFAC Indoor Sports Complex, na cidade de Mungyeong.
“Eu gosto bastante de disputar esse tipo de competição e estou feliz por poder defender meu título. É uma competição com moldes diferentes, que não vale pontos para o ranqueamento olímpico mas uma ótima oportunidade de enfrentar atletas fortes. É sempre uma honra defender as cores da bandeira brasileira”, disse Portela. “Assim como em qualquer competição, acredito que o judô vai para disputar medalhas em todas as 14 categorias”, disse a judoca da Marinha, campeã da categoria médio e melhor atleta da competição no Rio há quatro anos.
A modalidade tem uma história vitoriosa no JMM. Na edição de 2011, no Rio de Janeiro, os judocas bateram o recorde de medalhas: foram cinco de ouro, quatro de prata e três de bronze. Maria Portela (70kg), Leandro Guilheiro (81kg), Luciano Corrêa (100kg) e as Equipes Masculina e Feminina ficaram em primeiro. As pratas foram conquistadas por Sarah Menezes (48kg), Andressa Fernandes (52kg), Ketleyn Quadros (57kg) e Maria Suellen Altheman (+78kg). Os bronzes vieram com Leandro Cunha (66kg), Bruno Mendonça (73kg) e Rafael Silva (+100kg). O desempenho dos judocas ajudou o país a ficar em primeiro lugar no quadro geral de medalhas com 111 medalhas, sendo 45 de ouro, 33 de prata e 36 de bronze.
"Estou muito orgulhoso de ir a mais um Mundial Militar representando o Exército brasileiro. Fiz um ótimo Jogos há quatro anos atrás e espero lutar bem na Coreia para defender o meu título", disse o meio pesado.
Nas edições anteriores, o judô militar brasileiro tinha oito medalhas em Jogos Mundiais Militares. Em 2007, na Índia, João Gabriel Schlittler (+100kg) foi prata, enquanto Hugo Pessanha (90kg) ficou com o bronze. Em 2003, Daniel Hernandes (+100kg) foi prata. Em 1999, Fúlvio Miyata (60kg) e Sebastian Pereira (73kg) conquistaram mais dois bronzes para o Brasil e Alexander Guedes (81kg) foi ouro. Em 1995, Gleyson Alves (60kg) e Alexander Guedes (78kg) foram bronze.
A sexta edição do Jogos Mundiais terá a participação de 110 países com cerca de sete mil atletas militares. Além de Mungyeong , casa do judô, outras seis cidades sediarão competições: Pohang, Kimcheon, Yeongju, Andong, Sangju, Yecheon e Yeongcheon. O mundial contará com cinco modalidades eminentemente militares: pentatlo naval, pentatlo militar, pentatlo aeronáutico, orientação e paraquedismo. Os demais esportes que entram na disputa, além do judô, são atletismo, boxe, basquete, ciclismo, futebol, golfe, handebol, maratona, pentatlo moderno, natação, triatlo, vôlei, lutas associadas, taekwondo, tiro com arco, esgrima, vela e tiro esportivo.
Organizados a cada quatro anos, os JMM antecedem em um ano os Jogos Olímpicos e é baseado nos princípios do CISM e no espírito olímpico, sem considerações política, religiosa ou racial, nem nenhum tipo de discriminação. O Brasil participa dos Jogos Mundiais Militares desde a primeira edição, realizada em 1995, na Itália, e, em julho de 2011, sediou, no Rio de Janeiro, os 5° Jogos Mundiais Militares. Cerca de 4.200 atletas de 114 países participaram do evento que contou também com disputas em instalações militares de cidades próximas à Cidade Maravilhosa como Paty do Alferes e Resende.
Os Jogos são considerados de extrema relevância para as Forças Armadas brasileiras e servem como apoio ao esporte nacional, visando à preparação dos atletas que também irão aos Jogos Olímpicos Rio 2016. Nesse contexto, o Brasil será representado por 286 atletas militares, sendo 177 homens e 109 mulheres. Pela primeira vez, a equipe brasileira contará também com quatro paratletas, nas competições de tiro com arco e atletismo. A data prevista da chegada da delegação brasileira na Coreia é 28 de setembro, com retorno de toda delegação até o dia 12 de outubro.
A maioria desses atletas integra o Programa Atletas de Alto Rendimento, criado pelo Ministério da Defesa (MD) em parceria com o Ministério do Esporte (ME).O objetivo do programa é fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. A parceria entre os ministérios consiste ainda em apoiar os atletas de alto rendimento, com vistas à melhoria de desempenho, bem como na descoberta de novos talentos esportivos.
Por meio do Programa, os atletas recebem todos os benefícios da carreira militar como soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, direito à assistência médica, além de acesso a todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento. Os atletas também são beneficiados pelas bolsas Pódio e das categorias Olímpica, Internacional e Nacional do ME.
Por: Assessoria de imprensa da CBJ