segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Imperador do Japão concede a "Ordem do Sol Nascente" ao Mestre Massao Shinohara


A Ordem do Sol Nascente é uma ordem japonesa, estabelecida em 1875 pelo Imperador Meiji. Criada pelo Conselho de Estado, foi a primeira condecoração nacional entregue pelo governo japonês e uma das mais antigas ordens ainda em atividade no mundo. É inferior somente à Ordem do Crisântemo, sendo, portanto, a segunda mais prestigiada ordem honorífica japonesa. É entregue em nome do Imperador àqueles que prestaram “longos e meritórios serviços ao país”; destinada a civis e militares, japoneses e estrangeiros.

A Ordem do Sol Nascente já foi conferida pelo menos quatro milhões de vezes. Em 1981, passou por uma reformulação, passando a ser entregue também a cidadãos estrangeiros do sexo masculino. Somente em 2003, após uma nova reformulação, a ordem passou a ser entregue a mulheres e homens em igualdade. O símbolo e o nome da ordem são em referência à expressão “Terra do Sol Nascente”, geralmente usada para referir-se ao Japão.

Por sua importante atuação e contribuição na difusão do Judô, Sensei (Mestre) Massao Shinohara recebeu em 14 de dezembro, a Ordem do Sol Nascente, Raios de Prata, sendo a honraria entregue pelo Cônsul Geral do Japão em São Paulo, Sr. Takahiro Nakamae.

A frente da Associação de Judô Vila Sônia, considerada um Templo do Judô, Sensei Massao ministra aulas sentado em sua cadeira de rodas e cuida para que a academia continue a ensinar “o judô verdadeiro”, como faz há mais de 70 anos.

“Aqui mantemos a origem do esporte, que é educação. A criança não tem que ser campeã de competições, ela tem que ser campeã do judô”, diz Shinohara.

Extremamente dedicado aos seus alunos, Sensei Massao Shinohara sabe de cor o nome de seus mais de 150 alunos e, raras vezes se engana com o nome de ex-alunos, afastados dos tatames há muitos anos.

Recebe todos com um sorriso largo e ótimos conselhos. “Caiu, levanta” é seu favorito.

Aurélio Miguel, campeão olímpico em Seul – 1988, Carlos Honorato, vice-campeão em Sydney – 2000 e Luís Onmura, terceiro colocado em Los Angeles – 1988, são alguns exemplos dos campeões formados por Shinohara.

Segundo Aurélio Miguel, que conquistou ainda uma medalha de bronze em Atlanta-1996, “A academia sempre procurou preservar a forma japonesa do judô. É um lugar importante para a história do esporte nacional”.

Shinohara declarou ao Globo Esporte em 2014: “Meu espírito é forte. Trabalhava na lavoura, dirigi caminhão dia e noite, e ainda tinha aulas de judô. Chegava a dormir no caminhão. Tudo valeu à pena. Enquanto estiver vivo, não vou parar”. E não parou, com 92 anos de idade, segue firme e forte no tatame, para alegria de seus alunos e amigos.

Por: Inn São Paulo
Foto: Fernando Ikeda

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