sábado, 24 de outubro de 2015

Lincoln Neves e Daniel Cargnin conquistam bronzes para o Brasil no Mundial Sub 21


O segundo dia do Mundial Sub 21 Abu Dhabi 2015 reservou mais duas medalhas para o Brasil. O meio leve Daniel Cargnin (66kg/Sogipa/RS) e o leve Lincoln Neves (73kg/ Tênis Clube São José dos Campos/SP) conquistaram bronzes neste sábado, 24 de outubro. É a terceira medalha do Brasil, já que na sexta, a superligeiro Rita Reis (44kg/ Associação Esportiva Lassalista/AM) também havia faturado um bronze. Assim, o desempenho das categorias de base do Brasil no Mundial Sub 21 mostra a descentralização do judô brasileiro já que as medalhas vieram do Norte, do Sul e do Sudeste do país. Com as medalhas de hoje, o Brasil chegou a 57 medalhas em Mundiais de Juniores, sendo 12 ouros, 15 pratas e 30 bronzes.

“Os dois atletas entraram muito concentrados, com muita vontade de dar o seu melhor e conseguiram aplicar nas lutas o que estavam fazendo em seus treinamentos com seleção e com o clube”, analisou o técnico da seleção masculina Sub 21 e medalhista olímpico, Douglas Vieira. “O Daniel é muito inteligente nas dificuldades e o Lincoln prefere manter uma estratégia e usar sua técnicas para resolver as situações que aparecem na luta. Os dois estiveram muito bem hoje”, completou Douglas.

Cargnin fez uma luta irrepreensível na disputa pelo bronze contra o iraniano Mehdi Fathipoorardal e conseguiu todas as pontuações possíveis: yuko, wazari e ippon.  Já na estreia, o gaúcho mostrou que estava em grande forma, vencendo Gheorghe Blanaru (MDA) por ippon com um minuto e quinze segundos de luta. Contra, o iraniano Alireza Khojasteh bem mais alto que o brasileiro, Cargnin conseguiu controlar a luta forçando dois shidôs para o adversário e venceu na diferença de punições. Nas quartas-de-final, vinha fazendo uma boa luta contra Masaya Asari (JPN) mas, num descuido, acabou sofrendo o ippon. A repescagem foi contra o holandês Roy Schipper e Cargnin também conseguiu impor o ritmo da luta, forçando três punições para o adversário e vencendo por ter sido penalizado menos vezes.

“Durante a competição tive várias experiências. Acabei perdendo para o japonês e tive que mudar meu foco na competição. Essa medalha foi muito importante para mim porque foi muito sofrido chegar até aqui. A cada minuto de cada luta carreguei cada treino pesado, cada dia em que chegava e estava com meu corpo esgotado”, disse Cargnin. “Dedico essa medalha à minha família e ao meu clube”, completou. 

Lincoln fez uma luta mais conversadora depois de conseguir um yuko logo no começo da luta contra Huseyn Rahimli, do Azerbaijão, e, num contragolpe, conseguiu a projeção por wazari e depois imobilizou o adversário até o ippon. 

“Eu tinha perdido pro Rahimli numa competição na Áustria no ano passado. Ter lutado com ele foi fundamental porque pude mudar minha estratégia de luta. Tinha lutado como canhoto e agora lutei como destro. Saber o que ele faz, os tipos de pegadas dele foram fundamentais”, disse Lincoln.

Assim como Cargnin, Lincoln Neves também era cabeça-de-chave número um e, por isso, estreou na segunda rodada vencendo o lituano Regimantas Rybinas por wazari. Na rodada seguinte, ippon sobre Christopher Wagner (AUT) com menos de um minuto e meio de luta. Mas nas quartas-de-final, numa posição dividida, acabou levando a pior diante do esloveno Martin Hojak e foi para a repescagem, quando conseguiu mais um ippon sobre o russo Alexandr Kolesnik, desta vez com apenas 32 segundos de luta. Ou seja, das quatro lutas que Lincoln venceu, três foram com o golpe perfeito.

“Não deixei que a derrota nas quartas-de-final me abatesse. Quero agradecer novamente à CBJ por ter me dado a oportunidade de lutar o Mundial porque não tive um ano bom em termos de medalhas no Circuito Mundial, à comissão técnica do São José dos Campos pelos treinos e à todos que torceram por mim. É uma sensação indescritível, essa medalha é uma grande vitória”, concluiu o leve.

Jéssica Lima (52kg) e Kamila Silva (57kg) acabaram derrotadas por Tihea Topovolec (CRO) e Sarah Harachi (FRA), respectivamente, e não chegaram ao bloco final. Neste domingo, serão disputadas as categorias meio médio e médio e mais quatro brasileiros estarão em ação na IPIC Arena. Tiago Pinho (81kg/RS) espera o vencedor de Viktar Kliavusau, de Belarus, e Mohamed Safwat, do Egito. Aléxia Castilhos (63kg/RS) pega a russa Kamila Badurova na sua estreia. Os médios Henrique Francini (90kg/SP) e André Humberto (90kg/MG) enfrentam, respectivamente, Daniel Mukete, de Belarus, e Hamed Rashidi, do Irã. Por fim, Aine Schmidt (70kg/SP) começa a caminhada no Mundial contra a suíça Alina Lengweiler. As lutas começam às quatro da manhã no horário brasileiro de verão.

Por: Assessoria de imprensa da CBJ
Foto: Edmilson Guimarães/CBJ


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