sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Substitutos de medalhistas olímpicos sem pressão pro Mundial


Dois atletas do Brasil viveram momentos de emoção antes mesmo de o Campeonato Mundial por Equipes de Judô começar em Salvador (BA). Felipe Costa (81kg) e Eduardo Bettoni (90kg) foram convocados pela comissão técnica da seleção brasileira de judô para as vagas de Leandro Guilheiro e Tiago Camilo, respectivamente, cortados por motivos de lesão do mundial. O Campeonato Mundial por Equipes de Judô acontece neste fim de semana, dias 27 e 28, numa Arena montada em frente ao Gran Hotel Stella Maris.

Campeão brasileiro sênior, sub 23 e bronze no Campeonato Pan-Americano de Montreal deste ano, Eduardo Bettoni não sente pressão a mais por estar substituindo um medalhista olímpico.

“É normal existir ansiedade por substituir um atleta do quilate do Tiago Camilo, mas estou trabalhando esse lado psicológico para lutar bem no Mundial e ajudar o Brasil”, diz Eduardo Bettoni.

Enquanto boa parte dos judocas fará sua reestreia nos tatames, após disputarem as Olimpíadas de Londres, Eduardo Bettoni e Felipe Costa têm disputado diversas competições nacionais.

“Estou numa sequencia muito boa de vitórias e títulos importantes para a minha carreira e, com certeza, é algo que pode fazer diferença”, afirma Bettoni.

Para Felipe Costa, todo atleta de alto nível deve estar sempre pronto para atender uma convocação da seleção brasileira.

“Após o resultado do Brasileiro, onde fui campeão, e o corte do Leandro, já estava na expectativa de ser chamado. Agora, espero retribuir essa confiança da comissão técnica com bons resultados”, comentou.

Para o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, o Brasil tem todas as chances de manter a tradição de subir no pódio no masculino e conquistar a inédita medalha no feminino.

“A equipe feminina está muito motivada com a chance de fazer história e conquistar pela primeira vez uma medalha num campeonato mundial por equipes. Já no masculino, temos um time com alguns desfalques em relação aos Jogos de Londres, mas, com a experiência de atletas como Leandro Cunha e Rafael Silva, unida com a vontade dos novatos, podemos manter a escrita de subir no pódio”, diz Ney Wilson.

Tradicionalmente disputado no formato individual, o judô é transformado em esporte coletivo nas disputas por equipes. Das sete categorias olímpicas individuais, apenas cinco lutam neste modelo (não há ligeiro nem meio-pesado). A cada rodada, todos os cinco pesos se enfrentam e a vitória vale um ponto. Não há empate (se o tempo regulamentar acabar empatado, há prorrogação com morte súbita “golden score” e, em seguida, decisão dos juízes).

O sábado (27) está reservado para a disputa feminina, a partir das 9h. Além do Brasil, competem, Japão, China, Mongólia, Coréia do Sul, Rússia, França, Alemanha, Turquia, México, Ucrânia, Estados Unidos, Argélia, Argentina e Grã Bretanha. No domingo (28), também às 9h, será a vez dos homens entrarem em ação. O Brasil terá como adversários pelo ouro Japão, Uzbequistão, Mongólia, Coréia do Sul, Geórgia, Rússia, Ucrânia, França, Estados Unidos, Argélia, Argentina, Grã Bretanha e China.

O Mundial por Equipes foi criado em 1994 e teve a primeira edição em Paris, na França. A capital francesa também recebeu as edições 2006 e 2011. Os demais mundiais por equipe aconteceram em Osaka (JPN/1997), Minsk (BLR/1998), Basel (SUI/2002), Pequim (CHN/2007), Tóquio (JPN/2008) e Antália (TUR/2010).

Por: CBJ
Foto Marcelo Reis

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