segunda-feira, 14 de junho de 2021

Projeto Budô: Vamos treinar o 5º Go Kyo?


Vamos treinar o Go Kyo com o professor Vinícius Erchov do Projeto Budô?

O Go Kyo completo consiste em cinco séries de cinco golpes. Neste post vamos estudar os cinco golpes da quinta e última série.

Clique aqui e confira a primeira série.

Clique aqui e confira a segunda série.

Clique aqui e confira a terceira série.

Clique aqui e confira a quarta série.






O Projeto Budô faz parte da equipe de sponsors do Boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI




domingo, 13 de junho de 2021

Bahia: Febaju anunciou o outline e o regulamento do Campeonato Baiano Estudantil de Judô Funcional


Nessa quinta-feira (10) a Federação Baiana de Judô (Febaju) tornou público o regulamento e outline do Campeonato Baiano Estudantil de Judô. A competição é promovida através da parceria entre a Febaju e a Federação Baiana de Esporte Escolar (FBEE), com apoio da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE).

Para participar da atividade, o atleta/estudante deverá comprovar matrícula em instituições regulares de Ensino da Bahia, onde as inscrições serão efetuadas pelas Entidades (Escolas, Clubes, Associações, Academias), através da plataforma ZEMPO (www.zempo.com.br) dentro do período de inscrições:
• 12 a 14 anos - de 01/06/2021 a 05/07/2021;
• 15 a 17 anos - de 01/07/2021 a 12/07/2021.

Se adequando ao mundo virtual, é importante destacar a importância do cumprimento dos horários dos combates. Informa-se que cada round será formado por 02 (dois) atletas, havendo uma disputa de melhor de 3 rounds e terá tempo de 1 minuto e o descanso entre os rounds de 1 minuto. 0s atletas realizarão uma série de exercícios físicos e de técnicas de judô. Vence o confronto aquele que executar o maior número de repetições válidas no tempo estipulado para a sua classe de idade.

Confira o regulamento completo no site da Febaju (www.febaju.com.br).

Para mais informações, o atleta deverá entrar em contato com os canais de comunicação da Febaju, ou através do WhatsApp (71) 98340-6520.

Por: Thaís Brandão - Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)

Atletas albinos relatam os desafios de lidar desde cedo com o preconceito

#Acessibilidade: Luan usa quimono branco, que está levemente aberto e deixa o torso do atleta à mostra, e faixa preta. Ele tem o tom de pele bem claro e cabelos e barba loiros. Foto: Alexandre Schneider/ CPB.13/06/2021

Desordem genética normalmente associada apenas à cor da pele leva também a alterações da visão.

O albinismo é uma falha genética que impede ou reduz bastante a produção de melanina, pigmento que dá cor a pele, cabelos e olhos. O que muita gente não sabe é que a deficiência visual é uma característica comum a quem nasce com essa alteração. Por isso, como se não bastasse o preconceito estético com o qual lidam desde cedo, os albinos ainda enfrentam os desafios de viver em um mundo pouco acessível a quem tem baixa visão.

"Eu tinha em torno de 11, 12 anos, e estudava em uma escola convencional. Não sabia o que era albinismo, só tinha sempre de me sentar na frente, ficar bem pertinho do quadro para conseguir enxergar. Mas nessa época começou o bullying. Me chamavam de branquelo, Branca de Neve. Os comentários começaram a ficar piores. Foi quando não conseguia mais conviver socialmente na minha escola. Eu era aquele garoto que ficava lá na frente e não conversava com o resto da turma", conta o judoca Thiego Marques, de 22 anos.

"O meu subterfúgio foi o judô. Comecei a conversar com outras pessoas com deficiência visual que não me julgavam e me aceitavam. Até hoje, recebo comentários maldosos, apelidos, mas hoje levo para o lado do humor. Eu sei que sempre vão rir de mim, então, vou rir junto com eles", diz o paraense de Parauapebas.

#Acessibilidade: Thiego aplica o ippon no canadense Justin Karn durante o Parapan de Lima, em 2019. Thiego veste quimono azul, é branco de pele e tem o cabelo num tom amarelo bem claro. Foto: Alexandre Schneider/ CPB.

Humor e desprendimento são também as armas de Luan Pimentel, colega de Thiego na Seleção Brasileira de judô paralímpico, para lidar com o preconceito. "Uma coisa legal de ser albino é que, muitas vezes, você é confundido com estrangeiro, é bem engraçado isso, dá até para tirar uma onda (risos)", diz o atleta de 23 anos nascido em Camapuã (MS).

No caso de Luan, ajudou o fato de ele ter um irmão mais velho com a mesma mutação genética. "Minha família, que são as pessoas que sempre estiveram do meu lado, me fizeram entender desde cedo que essa questão do preconceito iria acontecer mesmo. Eles me deram um suporte muito grande e sempre disseram que eu deveria saber quem eu era, que eu não sou esse preconceito que chega até mim."

Na opinião dele, a curiosidade das outras crianças era até compreensível. Mas o que doía, mesmo, eram os comentários vindos dos adultos: "Uma coisa que me marcou bastante foi as pessoas não acreditarem que eu era filho dos meus pais. Diziam que era adotado. 'Ah, mas não tem como, não é possível você ser filho deles, que são pardos, morenos'. Isso me deixava até em dúvida, pois eu era criança e via adultos falando esse tipo de coisa".

A desinformação dos mais velhos também trouxe problemas para a então pequena Ana Gabriely Brito, hoje pivô da Seleção Brasileira de goalball. "Fui uma criança na década de 90, então, sofri muita resistência de escolas regulares para ser aceita por conta da dificuldade de enxergar no quadro, dificuldade com claridade. Tinha uma professora que implicava muito comigo, queria me excluir das atividades com outras crianças", conta a jogadora de 30 anos.

Os muitos apelidos recebidos na infância – leite azedo, quatro-olhos, entre outros – ajudaram, de certa forma, a moldar a casca de Gaby, que aprendeu a não levar desaforo para casa. "Sempre me defendi muito bem. Se me chamassem de alguma coisa, devolvida na lata. Já arrumei briga, mordi criança, arranquei pedaço (risos). Bullying nunca me diminuiu", diz a atleta natural de Brasília (DF).

#Acessibilidade: Gaby tem o tom de pele rosado e cabelos loiros. Ela veste camiseta azul da Seleção e está com os óculos de proteção de goalball, apoiando a mão esquerda sobre a trave da quadra. Foto: Alê Cabral/ CPB.

Data simbólica

Neste domingo (13) é celebrado o Dia Internacional de Conscientização Sobre o Albinismo, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) justamente para promover o debate a respeito do assunto e desmistificar velhos preconceitos.

No Brasil, não há um número preciso de pessoas nascidas com essa mutação genética. De acordo com dados divulgados pelo governo federal no fim de 2020, estima-se em 21 mil o número de albinos no país.

Para saber mais sobre o assunto, CLIQUE AQUI.


Por: Renan Cacioli - Comunicação CBDV


Mundial de Budapeste: Espírito de Equipe - Resultados Finais


Depois de um último dia intenso de judô, belos movimentos e batalhas determinadas, pontuadas por voltas e reviravoltas, o Japão mais uma vez inscreve seu nome no topo do mundo do evento de equipes mistas.

Não podemos repetir: o judô é um esporte individual que se pratica em equipe. É impossível ser campeão mundial individual sem ter a oportunidade de treinar com uma equipa de parceiros e o espírito de equipa é um dos elementos essenciais que todas as delegações mantêm e procuram desenvolver.

Isso provavelmente explica por que as competições de equipe sempre têm aquele pequeno algo extra que as torna incrivelmente emocionantes. Enquanto nos últimos sete dias nos concentramos na jornada dos atletas que chegaram a conquistar o título mundial em suas respectivas categorias de peso, neste último dia do Campeonato Mundial de 2021, todos os olhos estavam voltados para as equipes mistas, compostas por grupos de homens e mulheres cujo único objetivo era atender aos interesses da equipe.


Em poucas semanas, em Tóquio, pela primeira vez na história do judô e dos Jogos Olímpicos, o judô terá um torneio de equipes mistas. Alguns atletas que serão coroados na prova individual terão que se concentrar em uma nova competição. Outros que não se apresentaram ficarão ansiosos para receber a medalha e escrever seus nomes para a posteridade.

O certo é que a vontade de vencer será imensa. Foi o que aconteceu hoje no Laszlo Papp Budapest Sports Arena. Quando, repentinamente, a cada rodada, toda uma delegação passa a apoiar seus representantes no tatame, o nível de ruído sobe um pouco. A partir das 10h00, este foi o caso em Budapeste.

Quando entendemos também que a soma dos indivíduos de uma equipe não corresponde necessariamente à capacidade de vitória da equipe, podemos facilmente imaginar a energia que emerge.


Isso explica porque vimos, várias vezes, nas rodadas preliminares, mudanças improváveis ​​na dinâmica de toda a partida entre as duas nações. O exemplo mais marcante, mesmo que houvesse outros, foram as quartas-de-final entre França e Geórgia. Ao final da partida, as duas equipes estavam empatadas com três vitórias cada. Um concurso para decidir entre eles, portanto, foi elaborado.

Francis Damier (FRA) foi chamado de volta ao tatame contra Avtandili Tchirikishvili (GEO). A seleção georgiana ficou exultante porque na primeira partida entre os dois atletas, foi o campeão mundial de 2014 Avtandili Tchrikishvili quem venceu sem dificuldade. Tudo parecia dobrado, mas foi sem contar com este famoso espírito de equipa e com esta adição de talentos, cujo resultado pode ser diferente do que esperávamos. Tchirikishvili se apresentou com confiança, provavelmente um pouco demais e Francis Damier soube aproveitar da melhor forma, levando seu time à semifinal após um belo contra-ataque.


É ainda mais impressionante quando você vê que o francês está apenas em um distante 356º lugar no mundo e tem apenas 19 anos. Na meia-final foi novamente ele quem deu o ponto decisivo à sua equipa ao vencer Shermukhammad Jandreev (UZB), permitindo à França continuar a sonhar com a medalha de ouro.

Na outra parte do sorteio, o Japão era favorito e não desiludiu, ao vencer a Ucrânia e depois à frente da delegação representativa da Federação Russa de Judô.

A final França-Japão é um clássico dos torneios por equipes e não há dúvida que durante os Jogos de Tóquio as duas seleções já se imaginam na final. Muito ainda pode acontecer até então. A composição das equipes não será a mesma e as apostas serão diferentes, mas essa é outra história, que em breve teremos o prazer de contar.


Também será lembrado que em Budapeste, durante a primeira fase, a Equipe de Refugiados da IJF enfrentou a equipe ucraniana com coragem e determinação. Os atletas refugiados também estarão presentes em Tóquio neste verão; outro grande primeiro! Quando sabemos o que esses atletas vivenciaram, o fato de se encontrarem unidos em torno de um objetivo comum assume um significado muito especial que vai além do quadro puramente esportivo. Parabéns a Oula, Adnan, Sanda, Ahmad, Muna e Tareq por nos lembrar com sua presença que quando falamos sobre a família do judô realmente significa algo. Que melhor do que um evento de equipe mista para ilustrar isso?

Equipe do Japão com seu troféu Herend especialmente projetado

Final 
JAPÃO (JPN) vs. FRANÇA (FRA)
-73kg: Soichi HASHIMOTO 1 / Joan-Benjamin GABA 0 -70kg: Saki NIIZOE 1 / Marie Eve GAHIE 0 -90kg: Kenta NAGASAWA 1 / Francis DAMIER 0 + 70kg: Maya AKIBA 1 / Lea FONTAINE 0 + 90kg: Kokoro KAGEURA / Cedric OLIVAR -57kg: Haruka FUNAKUBO / Gaetane DEBERDT


Demorou quase 2 minutos de ouro para Soichi HASHIMOTO marcar o primeiro ponto para a equipe do Japão após uma resistência heróica de Joan-Benjamin GABA, que terminou totalmente exausto com três penalidades em seu nome, mas que realmente se esforçou ao máximo para encontrar uma oportunidade contra a parede que HASHIMOTO construiu. 1-0. Apesar de Marie-Eve GAHIE parecer dominar no início da partida e de Saki NIIZOE ter sido penalizada duas vezes, no período do placar de ouro, a atleta nipônica marcou com um estiloso uchi-mata para ippon dando um segundo ponto para o time , quando a campeã mundial francesa de 2019 deixou o tatame com o que parecia ser uma leve lesão na costela, o que poderia explicar que ela não estava em sua capacidade total. 2-0. Com a vitória de Kenta NAGASAWA sobre Francis DAMIER por waza-ari, o Japão marcou seu terceiro ponto. Maya AKIBA marcou o último ponto para o Japão contra Lea FONTAINE. Os novos campeões mundiais de equipes mistas são o Japão.

Soichi HASHIMOTO disse: " Nossos treinadores são verdadeiros líderes. Eles nos tornaram melhores e nos motivaram. Somos mais fortes porque nos sentimos unidos " .

Equipe da França e seu troféu Herend

Concursos para Medalha de Bronze
COREIA (KOR) vs. UZBEKISTAN (UZB)
-73kg: Joonsung AHN 0 / Obidkhon NOMONOV 1 -70kg: Heeju HAN 0 / Gulnoza MATNIYAZOVA 1 -90kg: Juyeop HAN 0 / Shermukhammad JANDREEV 1 + 70kg: Hayun KIM Iriskhon KURBANBAEVA 0 + 90kg: Jonghoon WON 0 / Muzaffarbek TUROBOYEV 1 -57kg: Jandi KIM / Shukurjon AMINOVA

A primeira partida foi vencida por Obidkhon NOMONOV com um waza-ari após dominar toda a competição. 0-1. Com um ippon massivo de uma técnica koshi-waza, Gulnoza MATNIYAZOVA acrescentou um segundo ponto para sua equipe. 0-2. A equipe do Uzbequistão continuou a somar pontos com a vitória da técnica seoi-nage de Shermukhammad JANDREEV para waza-ari. 0-3. Depois de uma disputa muito corajosa contra Hayun KIM, Iriskhon KURBANBAEVA foi derrotado por ippon, dando um primeiro ponto para a Coreia. 1-3. Com o quarto ponto de Muzaffarbek TUROBOYEV, o Uzbequistão conquistou a medalha de bronze e pode deixar sua alegria explodir. A jovem equipa, liderada por Ilias Iliadis, colocou um sorriso genuíno na cara e festejou a sua vitória à tradicional forma farandole.

Equipe do Uzbequistão e equipe do Brasil no pódio

BRASIL (BRA) vs. FEDERAÇÃO RUSSA DE JUDO (RJF)
-73kg: Eduardo BARBOSA 0 / Denis IARTCEV 1 -70kg: Maria PORTELA 1 / Dali LILUASHVILI 0 -90kg: Rafael MACEDO 0 / Khusen KHALMURZAEV 1 + 70kg: Beatriz SOUZA 1 / Daria VLADIMIROVA 0 + 90kg: David MOURA 1 / Alen TSKHOVREBOV 0 -57kg: Ketelyn NASCIMENTO 1 / Anastasiia KONKINA 0

Com um ippon marcado em ouro na chave de braço, Denis IARTCEV conquistou o primeiro ponto para a equipe RJF, para assumir a liderança. 0-1. Depois do segundo ouro, desta vez o ponto foi para o Brasil, depois que Maria PORTELA fez waza-ari com um clássico o-goshi. 1-1. O RJF voltou a assumir a liderança após a vitória de Khusen KHALMURZAEV por pênaltis sobre Rafael MACEDO. 1-2. As equipes voltaram a igualar o placar com a nítida vitória ippon de Beatriz SOUZA. 2-2. Pela primeira vez, o Brasil saiu na frente com o ponto marcado por David MOURA contra Alen TSKHOVREBOV. 3-2. Com Ketelyn NASCIMENTO derrotando Anastasiia KONKINA na última partida, o Brasil somou o último ponto para conquistar a merecida medalha de bronze. Antes do time Brasil sair do tatame, David MOURA, que é um dos pilares do time há muitos anos, fez um sinal discreto para significar que poderia ser uma de suas últimas aparições no circuito mundial. Rafael Silva está indo para os Jogos Olímpicos e David deu os parabéns nas redes sociais e lhe desejou boa sorte. Bom trabalho David e até breve.



Resultados finais
 1. Japão (JPN) 2. França (FRA) 3. Uzbequistão (UZB) 3. Brasil (BRA) 5. Coreia do Sul (KOR) 5. Federação Russa de Judô (RJF) 7. Ucrânia (UKR) 7. Geórgia (GEO)

Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen - Federação Internacional de Judô
Fotografias de Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio, Lars Moeller Jensen

MUNDIAL 2021 - Brasil vence Rússia por 4 a 2 e fecha Mundial com bronze por equipes


O judô brasileiro fechou o Campeonato Mundial com uma vitória emocionante, de virada, contra a forte equipe da Rússia na disputa pelo bronze da competição por equipes mistas. Beatriz Souza (+70kg), Maria Portela (70kg), David Moura (+90kg) e Ketelyn Nascimento (57kg) venceram suas lutas e garantiram o terceiro pódio para o Brasil em Budapeste, neste domingo, 13, último dia de disputas. Com os bronzes de Maria Suelen Altheman e de Beatriz Souza, no individual, a equipe nacional iguala o desempenho do último Mundial (2019), com três bronzes. 


Na primeira rodada deste domingo, a equipe composta por Ketelyn Nascimento (57kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg), Beatriz Souza (+70kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (90kg), Rafael Macedo (90kg) e David Moura (+90kg) venceu o Cazaquistão por 4 a 3 nas oitavas de final. As vitórias neste confronto foram garantidas por David Moura, Maria Suelen, Ketelyn Nascimento e por Maria Portela, que venceu na luta de desempate. 


Nas quartas, o Brasil não conseguiu passar pelo Uzbequistão, e perdeu as quatro primeiras lutas, caindo para a repescagem. 

Seria preciso vencer a forte seleção da Geórgia para avançar à disputa pelo bronze e o time brasileiro não decepcionou. Ketelyn bateu Eteri Liparteliani por waza-ari no Golden score; Tatalashvili empatou para a Geórgia com vitória sobre Eduardo Katsuhiro; Portela recuperou a vantagem brasileira, batendo Tchanturia nas punições; Rafael Macedo venceu o campeão mundial Avtandili Tchrikshvili com um belo ippon no golden; e Bia Souza não deu chances para Somkhishvili, jogando e imobilizando a adversá para marcar o quarto e definitivo ponto do Brasil. 


Na luta pela medalha, a Rússia começou melhor, com vitória de Denis Iartcev (73kg) nas punições sobre Eduardo Katsuhiro Barbosa. Em seguida, Maria Portela (70kg) jogou Liluashvili, por ippon, no golden score, e deixou tudo igual, 1 a 1. No terceiro combate, Rafael Macedo (90kg) não conseguiu passar por Khusen Khalmurzaev e a Rússia retomou a vantagem no placar. Daí para frente, só deu Brasil. 


Beatriz Souza (+70kg) jogou e imobilizou Daria Vladimirova até o ippon para fazer o 2 a 2. Na sequência, David Moura escapou de uma imobilização e jogou Alen Tskhovrebov para depois imobilizá-lo e garantir a virada para o Brasil. 3 a 2 e a última luta seria a decisiva. Novata em Mundiais, Ketelyn Nascimento demonstrou frieza e agressividade para dominar Anastasiia Konkina no chão e segurar a adversária na imobilização até o ippon que garantiu o pódio para o Brasil. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Fotos: Mayorova Marina,  Jensen Lars Moeller, Di Feliciantonio Emanuele (FIJ)


Ex-campeões mundiais unem toda a comunidade de judô enquanto novos campeões são coroados

Toda a equipe no Campeonato Mundial de Judô Hungria 2021

Ao longo deste Campeonato Mundial de Judô da Hungria 2021, temos recebido comentários constantes na transmissão ao vivo, mantendo todas as competições em todos os tatames cobertas, com discussão, análise, emoção e reação geral. Os comentaristas são uma parte importante de qualquer evento esportivo e estamos acostumados com isso no futebol, no atletismo e em muitos outros esportes transmitidos pela televisão ou transmitidos ao vivo.

Porém, isso é judô! Muitas vezes mencionamos nossa família de judô e todos os dias vemos novas maneiras de ilustrar o que isso significa. Com nossa equipe de comentários, podemos ouvir isso também. Eles não são jornalistas esportivos ou especialistas. Eles são judocas, o mais alto nível de judoca que existe e o que eles trazem para nós é um vasto banco de experiência e conhecimento. 

É algo extraordinário digerir totalmente que nossa cobertura é fornecida quase exclusivamente por campeões mundiais. Eles foram recrutados exatamente por esse motivo. Mantê-los e suas décadas de imersão no judô dentro da comunidade é valioso e contribui imensamente para a qualidade da apresentação cada vez que convidamos o mundo a se juntar a nós no cenário internacional.

Neil Adams - campeão mundial de 1981, medalhista olímpica dupla, 5 vezes campeão europeu

Neil Adams trabalhando em Budapeste

“Há muitos anos venho comentando de várias formas, mas vim para a IJF em 2009 quando o World Judo Tour foi estabelecido, então tive a honra de comentar no primeiro evento do Tour.

O que adoro nisso é que é uma expressão de como me sinto em relação ao judô. Eu comento de coração. Acertar e não ser muito controverso é o desafio. Uma opinião educada vale a pena dar. Ouvimos muitos comentaristas com opiniões, em outros esportes, mas nem todos são instruídos. Como Supervisor de Árbitro, percebo como é difícil tomar as decisões que nossos árbitros tomam, em tal ritmo e, portanto, sinto que posso ajudar a reunir todos os aspectos do judô de competição para os espectadores de judô.

É um papel que possui uma variedade real. Quando trabalho sozinho, há uma energia diferente em comparação com trabalhar com um parceiro. Então a energia muda e pode ser um desafio alinhar os diferentes tempos e ritmos, mas nossa equipe está cada vez mais próxima a cada evento. Trabalhamos muito para garantir que trabalhamos em sincronia. ”

Loretta Cusack-Doyle - campeã mundial de 1982 e bicampeã europeia

Loretta com seu sorriso sempre presente, feliz ao microfone

“Comecei em 2016 no Grand Slam de Paris. Que introdução foi aquela! Sou apaixonada pelo esporte e sinto que tenho o melhor lugar da casa, testemunhando todas as emoções e aplicando meus conhecimentos a isso.

Sempre penso na minha época como atleta internacional, ou em minhas experiências como treinador nacional, transferindo tudo isso para o público em geral, dando-lhes uma visão. Espero sempre fazer isso.

Dentro da equipe é sempre ótimo. Os desafios podem ser que você queira ver todos os jogos, mas perdemos muito porque temos que ficar tão focados em nosso tatame. Às vezes, não conseguimos ver todas as peças do quebra-cabeça. Tentar acompanhar a progressão do dia é um desafio, mas trabalhar em conjunto torna isso melhor e preenche as lacunas. Temos tudo entre nós.

É difícil para mim não estar muito envolvido emocionalmente, mas provavelmente essa é a nossa força e o nosso maior desafio. É estranho retomar sentimentos antigos como técnico ou atleta. A intensidade aumenta e queremos pular para cima e para baixo, mas tenho certeza de que muitas de nossas emoções transparecem, mesmo quando tentamos escondê-las. Talvez seja isso que a comunidade do judô goste de ouvir! É engraçado quando há algo realmente espetacular ou emocional e tenho que tentar manter minhas mãos longe dos meus colegas porque estou muito envolvido com as competições. Tenho tendência a agarrá-los à medida que fico tão envolvido com o que está acontecendo no tatame. Velhos hábitos são difíceis de morrer! ”

Dennis Van Der Geest - campeão mundial de 2005, medalhista olímpico, bicampeão europeu

Dennis Van Der Geest se concentrou nas competições na Hungria

“Fui locutor do World Judo Tour alguns anos antes de começar em 2019, no Mundial do Japão, como comentarista. 

O que é bom para mim é que estou sentado com Neil Adams fazendo comentários. Neil não acredita quando digo isso, mas é verdade. Quando eu era criança, assistia a todos os vídeos com meu irmão e ouvia Neil. A voz de Neil é aquela com a qual sempre estive familiarizado e agora estou sentado aqui na família IJF e estou em um campeonato mundial, onde ambos competimos várias vezes. Estou gostando disso.

Pode ser um pouco difícil para mim porque não estou comentando em minha língua nativa. Quando estou realmente empolgado, as coisas vão muito rápido e tenho que traduzir do holandês para o inglês e no judô não tenho muito tempo para isso. As coisas que quero dizer precisam ser expressas em inglês, então estou trabalhando para acelerar e ser capaz de dizer o que quero. ”

O Diretor de Arbitragem Principal, Daniel Lascau é ele mesmo um campeão mundial, conquistando o ouro em 1991 e ele é muito claro sobre o valor que todos os nossos campeões mundiais agregam aos eventos.  

“Para ter um bom produto de judô e apresentar o melhor esporte e a melhor imagem, tanto no tatame quanto fora dele, a IJF recrutou 3 campeões mundiais como comentaristas. Levando em consideração que eles podem entender os menores detalhes da competição e oferecer uma perspectiva muito próxima ao público sobre o que está acontecendo no tatame, estamos muito felizes por ter esses campeões na transmissão ao vivo, trabalhando ao lado dos Supervisores de Árbitros. "
Dennis, Loretta e Neil no início do dia 8 em Budapeste

“Aqui a IJF mostra a integração de ex-campeões em novas áreas de trabalho, após sua carreira competitiva. Claro que temos o mesmo background e por isso a discussão a cada dia de competição nos dá um entendimento mais profundo dos papéis de cada um, amarrando os diferentes aspectos do contexto competitivo atual. Discutimos as interpretações das ações e da aplicação das regras e com esse entendimento unificado podemos traduzir tudo para o público do judô. Isso aumenta a qualidade da apresentação do judô no tatame e traz um entendimento consistente ao longo a comunidade do judô. ”

Em Budapeste, nossos campeões mundiais são apoiados por locutores experientes, Giorgi Chanishvili e Tunde Fodor-Szurovszki, e pelo experiente comentarista da IJF, Sheldon Franco-Rooks. Nossos campeões mundiais estarão de volta à ação em Tóquio, nos Jogos Olímpicos.

Fotos: Emanuele Di Feliciantonio

Brasil conquista o BRONZE nas disputas por equipes no Mundial de Budapeste


Com vitórias de Maria Portela, Beatriz Souza, David Moura e Ketelyn Nascimento, brasil vence a equipe da Rússia e conquista a medalha de bronze nas disputas por equipes no Campeonato Mundial de Budapeste, Hungria.

A equipe composta por Ketelyn Nascimento (57kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg), Beatriz Souza (+70kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (90kg), Rafael Macedo (90kg) e David Moura (+90kg).

Em breve, mais detalhes desta competição!

Foto: Jensen Lars Moeller

Por: Boletim OSOTOGARI




Mundial de Budapeste: A natureza abomina o vazio


A matemática não engana. Sete dias de competição, 661 atletas, 14 categorias, 118 países, 5 continentes, 383 homens e 278 mulheres. Isso é chamado de esporte global. Por trás dessas figuras estão muitas histórias com nomes e sobrenomes, feitos que já fazem parte da história do judô. A natureza também não engana e abomina o vazio. Quando o chefe está fora, alguém toma seu lugar.

Asahina Sarah (JPN) derrotando Tomita Wakaba (JPN)

O Japão realizou um campeonato mundial de ida e volta, estrelando a primeira final do evento com dois judocas japoneses de -48kg e outros dois no último dia de + 78kg. O Japão terminou na primeira posição do quadro de medalhas com 11 medalhas, sendo cinco de ouro, o que para muitos não é novidade, mas na verdade é porque confirma a consistência de um país acostumado a olhar o mundo de cima. 

No entanto, o saldo da primeira potência mundial contém claro-escuro porque perdeu medalhas de ouro que, logicamente, deveriam ter conquistado, segundo a maioria das previsões. Os deslizes mais notórios ocorreram nas categorias de –60kg e –73kg. Nagayama Ryuju é o número um do mundo na categoria mais leve e não sai do pódio desde 2017. Em Budapeste, ele caiu na terceira rodada. Não tão alto, mas ainda assim surpreendente foi a derrota de seu compatriota Hashimoto Soichi, também líder em sua categoria, também campeão mundial e também perdedor na Hungria. Pelo menos ele saiu com o bronze. 

Do lado positivo, o mundo testemunhou o retorno de Asahina Sarah, campeã mundial pela terceira vez com apenas 24 anos e uma modelo de temperamento exemplar. A saída do tatame na final dos + 78kg, carregando nos ombros a adversária, Tomita Wakaba, derrotada e machucada, explica a personalidade de uma mulher carinhosa. 

Asahina Sarah (JPN) ajudando Tomita Wakaba (JPN)

Por fim, Kageura Kokoro reconquistou o título dos pesos pesados ​​para o Japão para engordar o quadro de medalhas e mostrar que sua carreira não se limitou a ter sido o primeiro a derrotar Teddy Riner, após dez anos de domínio francês. 

Outra decepção, e esta é enorme, foi o desempenho da seleção francesa. Pela primeira vez desde 1973, os homens voltaram para a França vestidos de branco. Sem medalha, sem final. Durante quatro anos, a França equilibrou seus balanços graças ao formidável time feminino. Três atuais campeões mundiais e líderes de suas categorias desembarcaram em Budapeste, nesta ordem: Clarisse Agbegnenou (-63kg), Marie-Eve Gahié (-70kg) e Madeleine Malonga (-78kg). A primeira conquistou seu quinto título mundial, o que não surpreendeu ninguém. O problema é que, depois de ganhar tanto, o excepcional se torna normal. Gahié perdeu no primeiro turno, marcando um ano inesquecível em que perdeu o remendo vermelho nas costas e as chances de participar das Olimpíadas. A terceira na disputa, Madeleine Malonga, acabou com um gosto agridoce na boca. Perdeu a final e consequentemente o título, para Anna Maria Wagner (GER), no que talvez tenha sido um aperitivo de um duelo que tem grandes probabilidades de se reproduzir nos próximos anos. Para ela, foi uma decepção, a parte amarga. No entanto, também há um lado doce porque Malonga não competia desde janeiro, apesar disso, ela se classificou para a final depois de derrotar todos os seus adversários claramente. 

Desta vez, as francesas não conseguiram cobrir o desastroso equilíbrio dos homens porque o desempenho das próprias mulheres estava abaixo de seu imenso potencial. A França terminou em quinto lugar no quadro de medalhas, o que deve fazer refletir os líderes da federação. 


Anna Maria Wagner (GER) derrotando Madeleine Malonga (FRA)

A natureza não gosta do vazio e o fracasso de alguns sempre gera o sucesso de outros. Nesse caso, dois países aproveitaram a oportunidade para entrar no carro da frente; dois países com problemas diferentes. 

A Geórgia é uma potência mundial no judô, mas isso se deve à seleção masculina. Até recentemente, a Geórgia sofria com a ausência de mulheres competitivas que pudessem aspirar a ganhar medalhas. A federação corrigiu seu objetivo e começa a mostrar resultados promissores. Além disso, isso permite que o país participe das competições de equipes mistas. 

No momento as conquistas dependem quase que exclusivamente da equipe masculina, e esta é uma equipe com enorme poder de fogo. Metade dos que vão participar dos jogos veio a Budapeste e muitas promessas os acompanharam. Como a Geórgia nunca faz as coisas pela metade, Lasha Shavduashishvili (-73kg) conquistou o ouro e se tornou o melhor georgiano da história por já ter vencido as três competições mais importantes (Campeonato Europeu, Campeonato Mundial e Jogos Olímpicos). Foram mais medalhas, uma de prata e duas de bronze, mas a mais marcante e inesperada foi a de Varlam Liparteliani (-100kg), eterno número um, eterno candidato ao ouro, simplesmente eterno porque todos admiram o atleta e adoram o homem. Geórgia ficou em segundo lugar no quadro de medalhas. 

Lasha Shavdatuashvili (GEO) derrotando Tommy Macias (SWE)

Dissemos que havia dois países com trajetórias e obstáculos diferentes. Se a Geórgia precisa fortalecer sua seleção feminina, o problema da Espanha é mais prosaico, até vulgar, mas decisivo. O que acontece com a Espanha é que seus recursos são muito limitados em comparação com outros países. Em vez disso, o que tem são duas boas equipes. Em Budapeste, a Espanha o demonstrou com quatro medalhas, sendo duas mulheres e dois homens. Nikoloz Sherazadishvili conquistou o segundo título mundial (-90kg) e pela primeira vez na história do judô um terceiro lugar no quadro de medalhas. 

Já que estamos falando de registros históricos, é a vez da Croácia. Pela primeira vez em sua história, tem um título mundial, graças a Barbara Matic (-70kg), que venceu Ono Yoko do Japão na final, na final mais estressante e espetacular, com seu adversário tentando estranhá-la e Matic segurando seu tachi-waza waza-ari pelos 40 segundos restantes. Não há vitórias sem sacrifícios, diz o ditado. 

A intra-história do Canadá é conhecida mundialmente. Christa Deguchi e Jessica Kimklait (0,57 kg) estiveram em Budapeste para lutar pelo ouro mundial e uma passagem de avião para Tóquio. O líder do ranking e campeão mundial contra o aspirante. Deguchi perdeu nas semifinais para Tamaoki Momo (JPN), que por sua vez foi derrotado por Kimklait na final. Foi um título para o Canadá e um destino olímpico para Kimklait. Resta saber como Deguchi vai superar o fracasso do campeonato mundial e a decepção de não ir para o Japão. 

Jessica Klimkait (CAN) derrotando Tamaoki Momo (JPN)

Todos esperavam impacientemente pela categoria -81kg. Com exceção de Sagi Muki (ISR) e Vedat Albayrak (TUR), todos os favoritos estavam lá. A final enfrentou os dois judocas mais bem preparados do momento, o número um do mundo, Matthias Casse (BEL) e o novo prodígio da escola georgiana, Tato Grigalashvili. Casse havia perdido a final do Campeonato Mundial de 2019 contra Muki. Grigalashvili era o favorito das previsões. Casse venceu com a autoridade de um líder de peso, contra candidatos lotados para o sucesso. 

Havia também dois efeitos de borboleta e, além disso, na tonalidade de um disco. Aleksandar Kukolj (SRB) atualizou há seis meses, o que é como dizer ontem. Não se esperava muito de seu tempo em Budapeste porque o período de adaptação foi muito curto. No entanto, foi o suficiente para ele! Ganhou a prata com -100kg, evitando o ouro nas mãos de Fonseca (POR), que subiu na elite mundial ao conquistar o segundo ouro consecutivo; um feito não alcançado por muitos. Mas foi a medalha de Kukolj, assim como o bater filosófico das asas de uma borboleta, qualificada no último segundo para os Jogos Olímpicos, tirou a classificação e deixou três atletas de fora da prova olímpica. 

O mesmo aconteceu em –90kg com Rémi Feuillet. Além de fincar a bandeira da Maurícia nas quartas de final, algo inédito, o judoca conseguiu seu passe olímpico, em detrimento de outros quatro atletas, graças aos pontos conquistados em Budapeste. 

Jorge Fonseca (POR) derrotando Aleksandar Kukolj (SRB)

27 países tocaram medalhas. É muita diversidade, um nível mais equilibrado entre os países, o que significa menos diferenças, mais histórias épicas, mais surpresas e mais trabalho para tentar estar sempre um passo à frente. Havia muitas borboletas esvoaçantes e um monte de vazio imediatamente preenchido. 

E mais uma coisa: ninguém falava do Covid, só judô. 

Fotos: Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio, Lars Moeller Jensen

MUNDIAL 2021 - Brasil lutará pelo bronze no Mundial por Equipes


O judô brasileiro está em mais uma disputa por medalhas no Campeonato Mundial de Budapeste. Um dia depois de comemorar os dois bronzes de Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza, o Brasil chegou também, neste domingo, 13, à disputa pela medalha de bronze na competição por equipes mistas, prova que estreará no programa olímpico em Tóquio.  

A equipe composta por Ketelyn Nascimento (57kg), Maria Portela (70kg), Maria Suelen Altheman (+70kg), Beatriz Souza (+70kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (90kg), Rafael Macedo (90kg) e David Moura (+90kg) venceu o Cazaquistão por 4 a 3 nas oitavas de final.  

As vitórias neste confronto foram garantidas por David Moura, Maria Suelen, Ketelyn Nascimento e por Maria Portela, que venceu na luta de desempate.  

Nas quartas, o Brasil não conseguiu passar pelo Uzbequistão, e perdeu as quatro primeiras lutas, caindo para a repescagem.  

Seria preciso vencer a forte seleção da Geórgia para avançar à disputa pelo bronze e o time brasileiro não decepcionou. Ketelyn bateu Eteri Liparteliani por waza-ari no Golden score; Tatalashvili empatou para a Geórgia com vitória sobre Eduardo Katsuhiro; Portela recuperou a vantagem brasileira, batendo Tchanturia nas punições; Rafael Macedo venceu o campeão mundial Avtandili Tchrikshvili com um belo ippon no golden; e Bia Souza não deu chances para Somkhishvili, jogando e imobilizando a adversária para marcar o quarto e definitivo ponto do Brasil.  

Na luta pela medalha, a seleção enfrentará quem perder no duelo entre Rússia e Japão. As finais serão às 12h (Brasília), com transmissão ao vivo pelo canalolimpicodobrasil.com.br e pelo SporTV. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


sábado, 12 de junho de 2021

MUNDIAL 2021 - Beatriz Souza entra para o seleto grupo de medalhistas mundiais


A jovem Beatriz Souza, de 23 anos, marcou seu nome entre os grandes do judô ao conquistar, pela primeira vez, uma medalha de bronze em Campeonatos Mundiais Sênior. O feito aconteceu neste sábado, 12, em Budapeste, ao conquistar a medalha de bronze no pesado feminino em campanha brilhante com quatro vitórias e apenas uma derrota na semifinal.   

“Essa medalha representa toda minha superação e evolução. Estou muito feliz, porque o que venho treinando consegui fazer aqui. Deu tudo certo, consegui a minha primeira medalha mundial sênior. Então, essa medalha representa felicidade”, destacou Beatriz.  

Em 2018, ela participou do Mundial Sênior por Equipes em Baku, mas não lutou o individual. Em 2019, em Tóquio, chegou à disputa pelo bronze no individual mas, se lesionou, e a medalha acabou escapando. Dessa, em Budapeste, o pódio veio. Com ele, Bia encerra a corrida olímpica com uma sequência de cinco medalhas em seis competições.  

“Desde as minhas últimas competições, minha tranquilidade vem sendo o diferencial. Eu estou mais que preparada para qualquer competição. Treino técnico, randori, físico e o que tinha que trabalhar era mente. Venho conseguindo ótimos resultados com esse trabalho”, explica.  

No caminho para o pódio Mundial, ela derrotou Lea Fontaine (França), Ivana Maranic (Croácia) e Nihel Cheikh Rouhou (Tunísia) até parar na japonesa Wakaba Tomita, na semifinal. Na disputa pelo bronze, Bia jogou e imobilizou a francesa Julia Tolofua.  

Ao celebrar seu primeiro pódio mundial, a novata reconheceu o esforço de todas as pessoas que a ajudaram a alcançar esse resultado. 

“Minha família, meu namorado, coach, clube, CBJ… Acho que sem o apoio de todas essas pessoas ao meu lado eu não estaria aqui. Aos meus fisioterapeutas que cuidaram de mim foram essenciais. Então dedico essa medalha a todas essas pessoas”, concluiu.  

Bia está na zona de ranqueamento olímpico, assim como sua compatriota, Maria Suelen Altheman, que também foi bronze neste Mundial fazendo dobradinha no pódio. Agora, elas aguardam a atualização do ranking e o anúncio da equipe olímpica para saber quem ficará com a vaga em Tóquio. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Foto: Gabi Juan


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