sexta-feira, 11 de junho de 2021

CBJ realizará dois workshops online gratuitos para Professores de Educação Física e alunos do curso. Confira!


A CBJ convida toda a comunidade de Professores de Educação Física e alunos do curso para dois eventos online da CBJ. São eles:
 
Workshop: Gestão das Equipes de Base.
Processo das Equipes de Base.
Data: 15, 16 e 17 de junho de 2021.
Horário: 10h00 às 11h30 (horário de Brasília).
Palestrantes:
  Marcelo Theotonio (Gestor das Equipes de Base da CBJ);
  Andrea Bertti (Técnica da Seleção de Base);
  Douglas Potrich (Técnico da Seleção de Base);
  Douglas Vieira (Técnico da Seleção de Base);
  José Olívio (Técnico da Seleção de Base);
  Marcos Agostinho (Técnico da Seleção de Base).
 
Workshop: Judô nas Escolas – Quebrando Paradigmas.
Abordagem comparativa entre o Judô nas escolas do Brasil e Japão.
Data: 22 de junho de 2021.
Horário: 19h00 às 20h30 (horário de Brasília).
Palestrantes: professores de Judô que participaram do intercâmbio Brasil x Japão.
  Uichiro Umakakeba;
  Raphael Luiz Moura dos Santos Silva;
  Miguel Augusto Kuse;
  Silvana Harumi Nagai.

Os eventos serão online e gratuitos, transmitidos pelo canal www.youtube.com/Brasiljudo da CBJ.

Os interessados em receber certificação deverão realizar suas inscrições até 1 hora que acontece o início do referido evento pelos links:

Workshop: Gestão das Equipes de Base:

Workshop: Judô nas Escolas – Quebrando Paradigmas:
 
No dia do evento deverão responder o questionário de presença para efetivar a participação e receber o certificado. Os participantes do workshop da Gestão das Equipes de Base precisarão de participar de ao menos dois dias para obter a certificação.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Empreendedorismo: JR Teixeira lança eBook aplicando a arte do Jita Kyoei no mundo dos negócios


A JR Teixeira Negócios & Associados - Empreendimentos Imobiliários lançará nos próximos dias o eBook "Junior Teixeira - A História de Sucesso e Oportunidades de Negócios com a Arte do Jita Kyoei".

Junior Teixeira, CEO da JR Teixeira, empresa do ramo imobiliário traz a arte do Jita Kyoei para o mundo dos negócios. Teixeira também é faixa preta de judô e ministra aulas em um projeto social da modalidade.


"O judô me trouxe várias conquistas, possibilitando a criação de um projeto social que hoje atende crianças, jovens, adolescentes e adultos de todas as classes sociais. Aqueles que podem pagar contribuem para manter o atendimento aos mais necessitados. Aos que não conseguem pagar eu busco apoio frente aos meus parceiros e patrocinadores. Não tenho o judô como fonte de renda, mas como forma de ajudar as pessoas. O dinheiro é consequência de tudo o que faço. Foi o judô que me trouxe tudo isso, seja na área profissional, pessoal e filosófica. Quanto mais capaz eu for de ajudar e amar o próximo mais sucesso eu terei. Assim é a arte do Jita Kyoei", define Junior Teixeira.

Aliando os negócios e o judô, desenvolveu um método e compilou em um eBook onde usa a arte do Jita Kyoei para a área dos negócios imobiliários.

Segundo Teixeira,  O método consiste em 5 transformações impactantes que o eBook vai proporcionar:
  1. Como aplicar o Método;
  2. Aprender a se relacionar com o Método;
  3. Captar mais parceiros de negócios e construir um negócio sólido;
  4. Ter excelência em atendimentos e relacionamento de negócios;
  5. Saber os segredos desse Método conquistando vários benefícios.
Jita Kyoei são os princípios da prosperidade e benefícios mútuos, ou seja, quanto mais você for capaz de ajudar mais sucesso terá. 

O eBook estará disponível para venda em alguns dias e será divulgado aqui no boletim OSOTOGARI.

A JR Teixeira faz parte da equipe de sponsors do Boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI




MUNDIAL 2021 - Mayra e Buzacarini param nas oitavas no sexto dia de Mundial em Budapeste


A Holanda foi a pedra no sapato do Brasil nesta sexta-feira, 11, sexto dia de disputas do Campeonato Mundial de Budapeste. Depois de estrearem com vitórias, Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini, caíram nas oitavas-de-final, para Marhinde Verkerk e Michael Korrel, respectivamente. Com isso, o Brasil ficou sem representantes nas disputas do bloco final no penúltimo dia de competição individual. Leonardo Gonçalves (100kg) também lutou nesta quinta e ficou na primeira luta ao cair de ippon para Otto Imala, da Estônia.  

A competição, última antes dos Jogos Olímpicos, marcou o retorno de Mayra aos tatames após oito meses de cirurgia no joelho. Maior medalhista do Brasil na história dos Mundiais, com dois títulos no currículo, Mayra buscava, nesta edição, do ponto de vista técnico, recuperar o ritmo de competição e ganhar confiança antes de entrar para a disputa olímpica daqui a um mês. Além disso, experimentou pela primeira vez também os novos protocolos pré-competitivos no contexto da pandemia, como a quarentena no quarto e os inúmeros testes pré-luta.  

No tatame, ela demonstrou estar inteira fisicamente e com o joelho bem recuperado. Na primeira luta, entrou golpes de perna com segurança e controlou o combate para vencer Sophie Berger, da Bélgica, com duas quedas (waza-ari-awazete-ippon).  

O desafio maior ficou para a segunda luta, contra a experiente holandesa Marhinde Verkerk, dona de quatro medalhas mundiais e adversária de Mayra na disputa de bronze em Londres 2012. A luta começou com muita disputa pela melhor pegada e sem muitos ataques de ambas atletas, o que resultou em punições às duas por falta de combatividade. Com mais uma punição para cada no placar o combate ficou aberto e a holandesa buscou maior movimentação, o que obrigou Mayra a se arriscar em ataques para não levar o terceiro shido. Em uma tentativa falha de buscar o golpe, a brasileira acabou sendo punida por falso ataque e se despediu do Mundial.  

Esse foi o décimo Mundial da carreira de Mayra Aguiar. Ao todo, ela tem dois ouros, uma prata e três bronzes. Ficou fora do pódio em apenas quatro edições (2009, 2015, 2018 e 2021). 

A final da categoria de Mayra Aguiar terá a francesa Madeleine Malonga defendendo o título e a alemã Ana Maria Wagner, buscando seu primeiro ouro mundial. Nos bronzes, disputas entre Turchyn (UKR) e Umeki (JPN) e Verkerk (NED) e Steenhuis (NED).  

Buzacarini estreia bem, mas para em número 3 do mundo  

Na chave masculina do meio-pesado o melhor resultado foi de Rafael Buzacarini. Ele estreou contra o judoca da Estônia, Grigori Minaskin, e anotou um dos ippon mais bonitos do dia na Laszlo Papp Arena. O bom desempenho na primeira luta motivou o judoca brasileiro e ele foi com bastante agressividade para cima do holandês Michael Korrel, bronze no último Mundial, em Tóquio 2019. No entanto, em um lance de muita agilidade, Korrel encaixou a técnica perfeita e frustrou os planos do brasileiro de avançar às quartas-de-final. 

No mesmo peso, Leonardo Gonçalves estreou contra outro atleta da Estônia, Otto Imala, e não conseguiu impor seu melhor judô, caindo de ippon para o adversário.  

A final do meio-pesado masculino ficou entre o português Jorge Fonseca, atual campeão mundial, e o sérvio Aleksander Kukolj. No bronze, se enfrentarão Korrel e Liparteliani (GEO), Sulamanidze (GEO) e Elnahas (CAN). 

Pesados lutam no último dia dia por vagas olímpicas e por primeiros pódios do Brasil  

Neste sábado, último dia de competição individual, o Brasil terá o quarteto de pesos pesados no tatame de Budapeste. Rafael Silva e David Moura lutam na chave masculina, enquanto Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman estão na chave feminina. Eles disputam internamente as duas vagas olímpicas - uma por gênero - do Brasil e carregam as últimas chances de medalhas do país na competição individual. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

FIJ: A bela aventura!

RODADA 3 GROSSKLAUS (SUI) vs FEUILLET (MRI)

Rémi Feuillet se lembrará por muito tempo da quinta-feira, 10 de junho de 2021; um dia como outro qualquer para muitos, mas muito especial para ele. Envolvido no Campeonato Mundial de Judô da Hungria 2021, ele apresentou o melhor desempenho de sua jovem carreira no circuito mundial. O mauriciano terminou com um honroso sétimo lugar, resultado que pode abrir-lhe horizontes.

"Fisicamente, senti-me bem o dia todo e estou muito feliz com o meu resultado, embora ainda haja um pouco de frustração por não ter ido mais longe." Quando você é um atleta de alto nível, você sempre quer dar mais, ultrapassar os limites e foi isso que o Rémi fez, sem dúvida.

Após vitória no primeiro round sobre Mohab ELNAHAS (CAN), venceu Paul KIBIKAI (GAB) e depois Ciril GROSSKLAUS (SUI), para chegar às quartas de final contra o judoca japonês Kenta NAGASAWA, diante do qual estava longe de ser fora de sua profundidade. Finalmente, na repescagem, perdeu para o Altanbagana ANTULGA (MGL) por apenas um waza-ari. O mongol posteriormente travou uma batalha titânica contra o Krisztian TOTH (HUN) pela medalha de bronze, que acabou indo para o húngaro.

Tudo isso para dizer que Rémi, sem complexo, estava lá e deu tudo e por isso, apesar da pouca frustração pós-competição, não tem do que se arrepender: “Não gosto de derrota! Nós, os atletas de ponta, somos não estou programado para perder, mas, francamente, estou muito feliz. Talvez possa ir aos Jogos. "

Rémi Feuillet na área de aquecimento durante os campeonatos mundiais

Mal terminada a competição, o seu treinador Baptiste Leroy, saltou na sua calculadora e se o cálculo estiver correto, Rémi venceu claramente a qualificação para os Jogos de Tóquio, “É uma grande aventura que estou a viver. Estou consciente disso, ainda mais hoje . Eu sabia que aqui tinha um bom sorteio. Tinha que aproveitar. Não me pressionei, apenas participei de concurso após concurso. Tenho tendência a ter um pouco de medo, mas em Budapeste não tinha nada a perder e tudo a ganhar. "

O judô é um esporte individual e aqui em Budapeste Rémi tinha que pensar apenas em si mesmo e em sua competição, mas uma vez que o judogi foi dobrado em sua mala, antes de voar para outros destinos, seus pensamentos se voltaram para seus amigos judocas africanos e sua família ". Temos um clima muito bom entre os atletas africanos. Nos damos bem, ficamos juntos e ajudamos uns aos outros. É importante. Também penso na minha família, em particular no meu pai, que me injetou o vírus do judô ”.

Rémi Feuillet (à direita) e seu pai, Frédéric Feuillet (à esquerda) junto com um de seus amigos judocas

se ofereceu para prepará-lo. Fico feliz em ver a inscrição da MRI (Maurício) nas costas de Rémi, entendendo que minha passagem por este país contribuiu para o sucesso do judô mauriciano. Esta é uma memória muito boa. Por fim, há esperança, a da qualificação para os Jogos Olímpicos que, segundo os nossos cálculos, se adquire na cota continental ”.

Rémi Feuillet junto com a Mauricius Judo Team: "Uma imagem que é importante para mim", disse Rémi.

Se hoje Rémi mora em Paris, onde também pode treinar, suas raízes estão na África. Nascido há 25 anos nas Maurícias, onde passou os primeiros anos antes de seguir o pai para os Camarões, tem uma ligação particular com este continente, “Tenho um gosto pelas minhas origens e para mim competir pelas Maurícias é importante. Claro o lado esportivo, mas há acima de tudo um incrível aspecto humano. Somos um grupo de judocas que nos encontramos em treinamento, em competição, é uma verdadeira família. Hoje estou pensando nos meus compatriotas, que, vivendo em uma ilha , tenho muitas dificuldades para se locomover e viajar por causa do covid. Tive a sorte de estar na França e poder continuar treinando. Dou-lhes uma piscadela. "

Para Rémi, agora é hora de digerir seu bom desempenho, mas muito rapidamente, ele terá que se concentrar no que será, sem dúvida, o objetivo de sua vida, os Jogos Olímpicos, “Não vou desistir porque quero viver essa grande aventura ao máximo. "

Viver plenamente, sem olhar para trás e depois guardar memórias para compartilhá-las com seus irmãos e irmãs africanos, é tudo o que podemos desejar para Rémi Feuillet. A aventura apenas começou.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Lars Moeller Jensen

FIJ: Detalhes nunca são perdidos

Réplica da ponte Széchenyi Chain

Os grandes torneios são sempre pensados ​​ao último detalhe e organizados com perícia, sendo que cada um deles tem algo de especial. O Campeonato Mundial de Judô da Hungria 2021 também tem sua própria característica única: a réplica habilmente feita da Ponte Széchenyi Chain, que é um dos marcos mais conhecidos de Budapeste.

Por uma parte da ponte, o judoca entra no campo de jogo e pela outra sai. Assim como a ponte conecta duas partes históricas da capital da Hungria, Buda e Pest, nossa ponte liga as escaladas e quedas do passado de cada atleta, com seu futuro, decorado com medalhas mundiais.

#JudoWorlds Diretor Técnico Tibor Janity disse, “A parede foi coberta com um enorme painel de Budapeste, mas algo estava faltando. A Ponte das Correntes está ilustrada nela e pensamos que poderíamos reviver a imagem. Agora todos prestam atenção na ponte primeiro e depois podem se deliciar com a beleza de Budapeste à noite. ”

O Gerente de Marketing da IJF, Tamas Zahonyi, mencionou: “Temos uma tradição na Hungria. Aqui, em todos os campeonatos, as entradas do judoca são decoradas de forma a parecerem pontes. No ano passado, no bloco final do Gram Slam Hungria, antigas pontes foram reformadas por uma empresa que criou todo o cenário para nós. É dramático observar como os lados branco e azul vêm das diferentes entradas, de lados opostos da arena. ”

A produção da ponte demorou mais de dois meses, mas agora pode ser montada em apenas duas horas. As peças da 'corrente' são pintadas na mesma cor das reais e as lanternas também são copiadas do original. O sistema de iluminação é muito simples, mas dá a impressão de que você está bem em frente à verdadeira ponte Széchenyi Chain.

“Nossa ponte parece enorme, mas na verdade é uma estrutura muito leve, feita de plástico especial e madeira. Até uma criança pode pegá-lo com facilidade ”, observou Tibor Janity.

Retrocesso no tempo

Széchenyi Chain Bridge

A Ponte Széchenyi Chain tem uma história cativante. Foi inaugurado em 1849 e foi considerado uma das maravilhas da engenharia do mundo moderno. Para sua construção, 6,2 milhões de Forint Húngaro foram gastos; uma quantidade colossal para aquela época. Isso foi mais da metade do orçamento anual da Hungria! Para efeito de comparação, a construção do Museu Nacional de Budapeste, concluída no mesmo período, custou 13 vezes menos.

Na Segunda Guerra Mundial, a ponte foi explodida pelas tropas alemãs em retirada, durante o Cerco de Budapeste, restando apenas as torres. Foi reconstruída e reaberta em 1949. Tem 375m de comprimento total e 14,8m de largura. A ponte é um símbolo de progresso, despertar nacional e a ligação entre o Oriente e o Ocidente.

A IJF organiza sempre os seus campeonatos com o mais alto nível de apresentação, nunca esquecendo os pequenos detalhes. Esta ponte não é apenas um móvel, é um elemento histórico que nos lembra onde estamos e nos une à vida cultural húngara.

Por:  Irina Florescu -Federação Internacional de Judô

FIJ: Portugal - bravo desde o início

Treinamento de Campo de Coimbra

O ano de 2020 já está comprometido com as nossas memórias mais duradouras e é tema de documentários, artigos, pesquisas e notícias. Seu impacto não deve ser subestimado e agora, conforme nos aproximamos de um ressurgimento da normalidade, podemos ver onde heróis trabalhadores têm preenchido as lacunas em nossas vidas, vivendo com coragem e estratégia e se recusando a ceder ao pior do ano desapareceu.

O Presidente da Federação Portuguesa de Judô, Jorge Fernandes, foi inequivocamente progressista na sua abordagem, corajoso desde o início da pandemia.  

“O governo nos autorizou a começar de novo em junho de 2020; em retrospectiva, um passo inicial na pandemia, mas um bom passo.

Começamos com campos de treinamento e trabalhamos duro para estabelecer um protocolo de trabalho de proteção contra o coronavírus. No início foi difícil e tivemos de reavaliar o processo quando o Jorge Fonseca e o Wilsa Gomes deram positivo no estágio de Coimbra, no final daquele primeiro mês. Eles voltaram para casa para se isolar e pudemos reiniciar e continuar nosso programa. Testes positivos no início tornaram-se uma ferramenta útil. Ele destacou as lacunas e a necessidade de aderência estrita aos protocolos. A seleção nacional não teve nenhum teste positivo desde então. "


“Aumentámos a oferta e agora gerimos acampamentos 3-4 dias por semana, ficando sem centros em Lisboa e Coimbra. Todos os membros da seleção nacional estão lá, juniores e seniores. Cadetes que conseguem conciliar a vida escolar, também junte-se. O número normal é de 35 ou mais, por campo, mas nas férias escolares tivemos até 170. "

“Agora temos muitos visitantes, incluindo seleções da Eslovênia, Itália, Suécia, Bélgica, Espanha, Suíça e Brasil. O Brasil planejava ficar por um mês, mas acabou ficando por 70 dias e pôde se juntar a nós para nossa primeira competição de volta , que foi a Copa Kobayashi em setembro. ”

Aquele evento ofereceu à Seleção Brasileira a chance de competir uma vez antes do reinício do Tour Mundial de Judô na Hungria em outubro de 2020, oportunidade que foi muito bem recebida. 

Judoca brasileiro e português dividem o pódio na Copa Kobayashi de 2020

Catarina Rodrigues, Diretora de Eventos Esportivos da Federação Portuguesa de Judô, disse: “Temos seguido o protocolo internacional da Covid estabelecido pela IJF desde aquela primeira Copa Kobayashi e temos feito isso em todos os eventos desde então. Está funcionando! Também testamos alguns processos para ver o que mais pode funcionar, por exemplo, na Copa Kobayashi em setembro, os vencedores das medalhas se presentearam com as medalhas, em vez de ter uma pessoa a mais em contato com eles. Foi divertido para aquele evento. ”

A lista de eventos que já decorreram e vão decorrer em Portugal desde o início da pandemia, está a aumentar. A Copa Kobayashi foi a primeira, em setembro de 2020, mas foi seguida rapidamente pelo evento nacional sênior interno em outubro. Houve outra pausa, devido à gestão da Covid em todo o país, mas a PJF conseguiu organizar o Campeonato Europeu em abril de 2021, o Cadet International Open em maio e agora está organizando uma Copa da Europa de Juniores para julho e, em seguida, de volta à edição de 2021 de a Copa Kobayashi.

O grande desafio deste ano, porém, será a organização do Campeonato Mundial de Veteranos e Kata em outubro. Este é um grande negócio! Com cerca de 1000 concorrentes possíveis e os agora básicos protocolos da Covid, é um puzzle logístico digno de um plano militar, mas quem o consegue fazer, mesmo neste clima, é Portugal. Catarina e a sua equipa são espertas, precisas e experientes e Lisboa dará as boas-vindas a todos os que comparecerem.

Catarina Rodrigues e Jorge Fernandes no jantar de boas-vindas ao Campeonato do Mundo, junho de 2021

Então, por que Portugal escolheu avançar com tanta força e consistência? 

Fernandes continuou: “Decidimos que é aconselhável manter os jogadores e árbitros em casa. As viagens representam os maiores riscos no momento, então se nos tornarmos super proficientes em eventos de preparação, podemos eliminar muito desse risco para nossos jogadores e fornecer experiências competitivas em casa. Realizar os acampamentos semanais e as competições regulares significa que até mesmo nossos cadetes e juniores estão sempre renovados, fortes e prontos para competir. Eles têm treinado o tempo todo.

Para a seleção nacional toda esta formação é totalmente financiada, mas para os mais novos pagam-se uma taxa até vermos empenho e depois os convidamos a entrar nas mesmas condições que os membros da nossa seleção. Eles podem ganhar seu lugar. Portanto, há alguma motivação adicional para continuar aumentando os padrões.

Desde o Natal começamos a realizar seminários e acampamentos para veteranos, além da provisão da seleção nacional e agora isso acontece uma vez por mês também, então é um programa muito dinâmico, no geral. ”

Catarina acrescentou: “Com este tipo de treino temos realmente 'equipa Portugal' com as categorias de idade a ficarem confusas e há um sincero espírito de equipa. Os atletas experientes puxam os mais novos para cima, todos ajudam todos. É uma ótima atmosfera.

Para os torneios, devido à Covid, não podemos ter muitos voluntários envolvidos; é muito arriscado ter pessoas de fora em contato com nossa equipe. Então, em vez disso, usamos esse treinamento para nos ajudar. Isso significa que temos uma nova geração de voluntários de organização treinados e qualificados. ”

A Seleção Feminina Belga gosta de competir em Portugal

Portugal está gerando mais de uma geração de judocas experientes e treinados, que podem estar envolvidos como competidores, organizadores, oficiais e muito mais. Isso é inteligente! Esta é uma maneira impressionante de sair de um período de crise global, de certa forma até mais forte do que quando começou. Sua bravura está valendo a pena. 

Atual campeão mundial de Portugal até -100kg, Jorge Fonseca compete hoje. 

Todas as fotos são da Federação Portuguesa de Judô

 

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Tenório volta às telonas em filme que narra a jornada dele pelo Japão


O maior judoca paralímpico de todos os tempos estará mais uma vez nas telas tendo momentos de sua jornada vitoriosa documentados pelas câmeras. Antônio Tenório, dono de seis medalhas (quatro ouros, uma prata e um bronze) em Paralimpíadas, é o foco do documentário "Tenório e os Sonhos de Judô", previsto para ser lançado em julho.

O filme narra a jornada dele e da Seleção Brasileira durante viagem de quase um mês pelo Japão, realizada em 2018, onde conheceram o berço da modalidade e tiveram a rara oportunidade de treinar com atletas locais. O foco da história dirigida por Eduardo Hunter Moura, que já havia acompanhado Tenório para a produção de "B1" (2010), sai um pouco do aspecto esportivo para abordar a intimidade dos personagens ao longo dessa experiência.

Além do veterano judoca de 50 anos, participam do filme Rebeca SilvaArthur SilvaLuan PimentelLúcia AraújoMaria Núbea LinsThiego Marques Wilians Araújo.

"Não entendo esse documentário como uma sequência do 'B1', porque não é preciso ver um para assistir ao outro. O 'Sonhos de Judô' é mais um filme de vivência, de rotina, de mostrar com naturalidade a rotina desses atletas", explica o diretor, que não descarta um terceiro capítulo, mesmo que independente dos demais: "Tenho certeza de que história, não falta".

Para mais informações a respeito da produção, acesse o site www.sonhosdejudo.com.br.

Por: Comunicação CBDV


MUNDIAL 2021 - Maria Portela fica em sétimo e vê evolução emocional para Jogos Olímpicos


Um Campeonato Mundial a apenas um mês dos Jogos Olímpicos é um fato inédito na vida dos atletas, até mesmo daqueles mais experientes, como a peso médio Maria Portela, que lutou nesta quinta-feira, 10, em Budapeste, e terminou a disputa em 7º lugar. Além da proximidade com o evento mais importante do ciclo, a competição define também a classificação olímpica ou não de muitos judocas, o que traz uma carga emocional gigantesca para os combates na Laszlo Papp Arena.  

Em sua primeira luta na competição, Portela sentiu com uma espécie de termômetro, o que está por vir em Tóquio. Atual número 9 do mundo no peso médio feminino, a brasileira chegou como cabeça de chave e estreou na segunda rodada, contra a italiana Alice Bellandi, que ainda precisava de pontos para se garantir nos Jogos. E Portela buscando sua primeira medalha em Mundial. Resultado: quatro minutos de tensão a cada hajime. Uma derrota nesta fase poderia significar o fim do sonho olímpico de um lado, e de um sonho mundial do outro.  

Neste caso, os quase dez anos a mais de experiência pesaram a favor de Portela, que conseguiu controlar os nervos e projetou a italiana por waza-ari nos primeiros segundos do Golden score. Agora, sim, o Mundial começava para ela.  

“A competição toda me traz muitos aprendizados. Mas, com certeza, essa primeira luta muito mais. Porque a gente sabe que nos Jogos Olímpicos vai um grupo pequeno e que todo mundo ali é capaz de te vencer. É uma competição muito emocional. Eu aprendi muito hoje nessa luta com a italiana, porque eu respeito muito ela como adversária, ela é uma atleta bem forte, a gente já fez lutas bem disputadas e chegou um determinado ponto da luta que eu pensei `sou eu, eu que vou te vencer, eu vou te jogar`, ficava repetindo isso o tempo e, consegui. Tinha dois movimentos para surpreende-la e foi num desses que consegui, venci a luta e depois ficou mais leve”, descreveu ao final dos combates. “A primeira luta é bem emocional, tu tens que resolver todo o nervosismo de ser uma primeira luta, com uma adversária super forte e colocar para fora o teu melhor ali. Espero que nos Jogos Olímpicos a minha primeira luta não seja tão tensa, que eu consiga entrar realmente na competição e que saia um pouco mais feliz do que eu saio daqui hoje.” 

A felicidade não foi completa porque o tão esperado pódio não veio. Depois de vencer Bellandi, Portela superou Nihel Lindolsi, da Tunísia, por ippon, mas parou em Yoko Ono, do Japão, nas quartas, e não conseguiu se recuperar na repescagem pelo bronze diante da irlandesa Megan Fletcher.  

Com o sétimo lugar, ela repete seu melhor desempenho em Mundiais, o segundo melhor do Brasil nesta edição, e deve garantir-se como um das cabeças-de-chave para Tóquio.  

“Jogos Olímpicos é totalmente diferente de todas as outras. Tenho que lutar com todo meu coração, toda minha entrega. E eu acredito muito na vitória. Muito mesmo, de verdade. Hoje, tive a certeza que eu sou capaz de chegar, de estar naquele pódio. Foram pequenos detalhes que me tiraram desse pódio do Mundial, mas não vou deixar de jeito nenhum, a minha medalha olímpica, nesses Jogos, ninguém vai me tirar”, projetou.  

Rafael Macedo também faz boa competição e fica nas oitavas 

Nas chaves masculinas, Rafael Macedo também venceu duas lutas duras nas preliminares, mas não conseguiu ir além das oitavas-de-final. Na estreia, ele superou o sul-coreano Kyujoon Mun por waza-ari. Em seguida, pegou o alemão Eduard Trippel, abriu um waza-ari de vantagem e viu o adversário ser desclassificado da luta por executar uma técnica irregular que colocou em riso a integridade física de Macedo, forçando seu cotovelo.  

Para chegar às quartas, ele teria que passar pelo mongol Altanbagana Gantulga, que venceu na estratégia forçando três punições ao brasileiro.  

Número 18 do mundo, Macedo deve ganhar alguns pontos com as duas vitórias no Mundial e confirmar sua classificação para sua primeira participação olímpica.  

Mayra Aguiar retorna às competições nesta sexta e meio-pesados disputam vaga olímpica no masculino 

O sexto dia de Mundial será de muita expectativa para os brasileiros, tanto na chave masculina, quanto na chave feminina. Bicampeã mundial em Budapeste, em 2017, Mayra Aguiar lutará nesta sexta-feira, 11, retornando aos tatames depois de um longo período afastada recuperando-se de uma cirurgia no joelho. Ela estreia contra a belga Sophie Berger.  

Entre os homens, Rafael Buzacarini e Leonardo Gonçalves protagonizarão a primeira disputa interna do Brasil pela vaga olímpica do 100kg. Buzacarini estreia na 2ª rodada contra Grigori Minaskin, da Estônia, já que seu primeiro adversário, Hussain Shah Shah, falhou na pesagem na véspera da luta.  

Gonçalves também terá um adversário da Estônia, Otto Imala, na 1ª rodada. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Mundial de Budapeste: A estreia e a sequência - resultados do quinto dia


É isso, mais da metade da competição acabou. Cinco dias de competição, cinco dias de espetáculo intenso e muitas vezes de tirar o fôlego, foram oferecidos a nós por atletas de todo o mundo. Mais uma vez, pudemos descobrir a jornada de campeões excepcionais e de favoritos perdidos, enquanto outros resplandeciam. Assistimos também a uma competição cheia de garra e esperança da Rémi FEUILLET, que veio, sem complexo, da Maurícia e que terminou num ótimo 7º lugar. Acima de tudo, no final do dia, descobrimos quem eram os dois novos campeões mundiais, Barbara MATIC, que conquistou a primeira medalha de ouro em um campeonato mundial para a Croácia e Nikoloz SHERAZADISHVILI, que conquistou seu segundo título mundial. Amanhã, pelo sexto dia de competição, são as categorias de -78kg no feminino e -100kg no masculino que estarão em ação.

-70kg: MATIC, Primeira Campeã Mundial Croata

A primeira final do dia viu Barbara MATIC (CRO) enfrentando Yoko ONO (JPN). Como esta última foi a terceira melhor cabeça-de-chave da competição, não foi surpresa vê-la na final. A história foi um pouco diferente com Barbara MATIC.

15º no ranking mundial, já vencedora do Grand Slam da Hungria no ano passado e duas vezes medalhista de prata neste ano, em Antalya e Tashkent, a jovem lutadora não é desconhecida no circuito. Aqui em Budapeste ela não foi semeada porque havia pelo menos 8 atletas à sua frente, mais notavelmente a número um do mundo e atual campeã mundial, Marie-Eve GAHIE (FRA).

Quando a campeã francesa perdeu no primeiro turno para a holandesa número três, Hilde JAGER (NED), de repente abriu-se a primeira metade do sorteio. Essa foi a chance do MATIC, que não largou e na rodada seguinte derrotou a holandesa. Depois de parar Miriam BUTKEREIT (GER), MATIC teve que passar Michaela POLLERES (AUT) na semifinal, o que ela fez, após um longo período de ouro.

Quando a final começou, MATIC partiu imediatamente para o ataque e parecia mais perigosa do que sua oponente japonesa. Esta estava claramente procurando o ne-waza, onde a equipe japonesa é bem conhecida por suas habilidades. MATIC permaneceu focada e cuidadosa. Como o final da partida se aproximava com apenas alguns shido para ver, a competidora croata marcou um waza-ari de boas-vindas, mas não acabou. Até o último segundo, ONO tentou desesperadamente estrangular sua oponente, mas MATIC resistiu e quando o gongo final ecoou na arena, ela pôde se ajoelhar com os braços abertos em sinal de vitória. Ela foi a campeã mundial, a primeira campeã mundial da Croácia.

Barbara MATIC disse: "Fiquei calma durante a final até os últimos 40 segundos no chão. Foram os 40 segundos mais longos da minha vida. Meu treinador estava gritando" não bata, não bata! Quando o árbitro disse 'mate', soou como ouro."

Para a delegação francesa foi um dia de banho frio. Sendo a número um do mundo e atual campeã mundial, especialmente após sua demonstração em Tóquio há dois anos, GAHIE acreditava que seria o seu dia novamente, mas as coisas não têm corrido como deveriam nos últimos meses. É a pressão do backnumber vermelho, o estresse de estar por cima, a tensão da qualificação olímpica, que ela não conseguiu, depois que a Federação Francesa de Judô preferiu mandar Margaux PINOT, que tem tido melhores resultados nos últimos tempos? O fato é que GAHIE tem estado longe de seu melhor e isso foi confirmado hoje.

O primeiro concurso de medalha de bronze opôs a finalista do último Grand Slam de Tel Aviv, Miriam BUTKEREIT (GER) e o atual campeã européia, Sanne VAN DIJKE (NED). Em menos de trinta segundos, VAN DIJKE assumiu uma clara vantagem de waza-ari com uma técnica de maki-komi. Ela imediatamente a seguiu no chão, mas BUTKEREIT parecia estar em posição de imobilizá-la. Ela ainda precisava de uma perna livre para pegar o osai-komi. É aí que as coisas podem dar errado, especialmente se você perder uma pequena parte do controle necessário e VAN DIJKE virar a alemã para pegá-la por mais alguns segundos para um segundo waza-ari.

Com várias participações em campeonatos mundiais, mas nenhum resultado, foi um dia muito bom no escritório para Megan FLETCHER (IRL), que se classificou para a disputa de medalha de bronze contra Michaela POLLERES (AUT), medalha de bronze no Grand Slam 2020 da Hungria. Os dois candidatos à medalha de bronze se neutralizaram durante grande parte da partida, com apenas um shido dado a FLETCHER, mas quando entraram no último minuto, POLLERES rebateu FLETCHER por um waza-ari e concluiu no chão com uma imobilização para ippon. Com essa primeira medalha de bronze, a Áustria entra no quadro de medalhas. Um belo presente de boas-vindas para a ex-campeã olímpica e nova treinadora-chefe da equipe austríaca, Yvonne BÖNISCH.


Concursos Finais
1. MATIC, Barbara (CRO) 2. ONO, Yoko (JPN) 3. POLLERES, Michaela (AUT) 3. VAN DIJKE, Sanne (NED) 5. BUTKEREIT, Miriam (GER) 5. FLETCHER, Megan (IRL ) 7. COUGHLAN, Aoife (AUS) 7. PORTELA, Maria (BRA)

-90kg: SHERAZADISHVILI Duplas em Budapeste

Quando Nikoloz SHERAZADISHVILI (ESP) chegou a Budapeste, anunciou que estava pronto e a sentir-se bem e hoje provou isso ao chegar à segunda final do campeonato mundial sénior da sua carreira, sabendo que venceu o último.

Sede da categoria, o campeão mundial de 2018 de 25 anos teve uma largada perfeita, com vitórias sobre Faruch BULEKULOV (KAZ), Piotr KUCZERA (POL), Altanbagana GANTULGA (MGL) e Kenta NAGASAWA (JPN) na semifinal. Mas não é só que ele venceu todas as suas eliminatórias, ele venceu todas por ippon sem ter que ir usar um período de ouro. O tusri-goshi que ele aplicou a NAGASAWA era uma obra de arte. É sempre impressionante quando um atleta sabe exatamente do que é capaz e o faz com estilo e precisão. Esta é a marca dos grandes campeões, dos quais SHERAZADISHVILI é definitivamente um.

Para enfrentá-lo na final estava Davlat BOBONOV (UZB), segundo em Tashkent e terceiro em Tbilisi este ano. O protegido uzbeque de Ilias Iliadis teve uma primeira rodada preliminar difícil contra MURANO Sanshiro e teve sorte, após ter sido derrubado, ao ver seu oponente desclassificado por uma técnica perigosa. Ele então teve duas rodadas 'mais fáceis' contra Li KOCHMAN (ISR) e Islam BOZBAYEV, ambas as partidas vencidas por ippon, antes de enfrentar o herói local, Krisztian TOTH, na semifinal. Os dois homens foram separados por um único waza-ari após quatro intensos minutos de judô, mas isso foi o suficiente para BOZBAYEV se juntar a SHERAZADISHVILI naquela que foi sua primeira final de campeonato mundial.

Um primeiro shido foi dado a BOBONOV por uma pegada errada, enquanto SHERAZADISHVILI recebeu o próximo por passividade. Após uma ação confusa, ambos caíram no chão e SHERAZADISHVILI imediatamente imobilizou BOBONOV, mas o atleta uzbeque escapou após 8 segundos. Após a próxima sequência, SHERAZADISHVILI foi penalizado pela segunda vez. Pontuação de ouro! A tensão aumentou já que BOBONOV estava sempre atacando antes de SHERAZADISHVILI para impedir o espanhol de lançar seus movimentos espetaculares. Eventualmente, SHERAZADISHVILI enfrentou um o-uchi-gari que ficou suspenso no ar por um segundo, antes que ele pudesse finalmente colocar toda a sua força para lançar BOBONOV. Limpe o ippon para um segundo título mundial brilhante.

Nikoloz SHERAZADISHVILI declarou: " Bobonov tem um dos ataques de seoi-nage mais rápidos com -90 kg. O plano era usar minha força para detê-lo nos primeiros 2 minutos e depois ir para ele e terminar o trabalho. Estes são os melhores do mundo campeonatos da história para a Espanha. "

Sétimo no Mundial de Judô em janeiro passado e terceiro em Tbilisi em 26 de março de 2021, Altanbagana GANTULGA (MGL), qualificou-se para a primeira disputa de medalha de bronze contra Krisztian TOTH (HUN), que estava em posição de ganhar a primeira medalha para o país anfitrião e que foi maciçamente apoiado por um público alegre. Após um minuto, os dois atletas foram penalizados com um primeiro shido. Por ser uma cabeça mais curto que seu oponente, TOTH tentava passar por baixo do centro de gravidade de GANTULGA enquanto o Mongol esperava pelo ataque, que na verdade não veio. Ele foi penalizado duas vezes por passividade, enquanto TOTH recebeu apenas um shido. Quando a partitura de ouro começou, o nível de som na arena aumentou dramaticamente. TOTH empurrava e atacava para dar um terceiro shido a GANTULGA, que continuava procurando o arremesso de quadril. Cada ação parecia estar no limite de marcar, mas os dois atletas estavam fugindo como gatos até a última sequência que pôs fim a esta batalha de gladiadores. GANTULGA recebeu um terceiro shido, TOTH conquistou a primeira medalha para a Hungria. O campeão saiu do tatame em câmera lenta. Ele tinha dado tudo e estava feliz e exausto. Esta é a medalha número dois para TOTH Krisztian em um campeonato mundial.

Após sua expressiva atuação nos Grand Slams de Antalya e Tbilisi, que venceu um após o outro, Marcus NYMAN (SWE), quinto nos Jogos Olímpicos e no Campeonato Mundial no início de sua carreira, conheceu o segundo competidor japonês da categoria, NAGASAWA Kenta (JPN), vencedor do Grand Slam de Tashkent em março. A partida foi encerrada com um excelente sumi-gaeshi realizado por Marcus NYMAN, após vinte segundos no período de pontuação de ouro, enquanto apenas shido havia sido distribuído no tempo regulamentar. Esta é a primeira medalha do campeonato mundial para o atleta sueco.


Resultados finais
1. SHERAZADISHVILI, Nikoloz (ESP) 2. BOBONOV, Davlat (UZB) 3. NYMAN, Marcus (SWE) 3. TOTH, Krisztian (HUN) 5. GANTULGA, Altanbagana (MGL) 5. NAGASAWA, Kenta (JPN) 7. BOZBAYEV, Islam (KAZ) 7. FEUILLET, Remi (MRI)

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

FIJ: É tudo sobre a imagem

Gabriela Sabau (ROU), Emanuele Di Feliciantonio (ITA), Marina Mayorova (RUS), Lars Moeller Jensen (DEN)

A IJF Judo Gallery é um arquivo de beleza, um registro em camadas de vitória após vitória após feliz vitória e, portanto, é também um diário de derrotas, mudanças de planos, confirmações de nível e uma representação gráfica da evolução do judô.


Seja a evolução do esporte, de uma carreira, de uma troca acelerada, eles vão capturar.

Estamos acostumados a uma excelente qualidade de imagem com linhas perfeitas e cores imaculadas. Podemos ver rostos contorcidos descrevendo os sentimentos exatos de seus proprietários em um único instantâneo de tempo e às vezes podemos até ler sua história de fundo daquela fotografia perfeitamente selecionada.

Produzir esse trabalho de alta qualidade repetidamente pode nos levar a nos tornarmos complacentes, negligenciando o reconhecimento do processo que é seguido para atingir esse pináculo, mas devemos reconhecê-lo. É a melhor fotografia de esportes, é arte, é progresso tecnológico e é manutenção de registros.

Fotógrafo X

“Normalmente fico exatamente no meio porque posso ver os dois atletas e ter uma visão completa do tatame. É o melhor ângulo para cobrir tudo no tatame. ”


São horas e horas de concursos todos os dias e é possível fazer 10 fotos em um único segundo, então como é possível selecionar os momentos certos, entre milhares, sem perder muitos? 

“Você tem a sensação de que o grip está preparando algo, então você começa a atirar. Uma explosão de fotos para um lance pode ter de 7 a 10 fotos. Destes, escolhemos um, o melhor. Normalmente é o meio da técnica.

Os ajustes da câmera são feitos antecipadamente, com luz e cor. Para cada local, testamos a câmera. Durante o evento a iluminação não muda por isso verificamos no início da competição, na madrugada do dia 1.

O local: tecnologia vasta, complexa e interligada

Verificar o local tem que ser a primeira coisa que fazemos: verificar a situação para se colocar no tapete, verificar o espaço da mesa e as conexões de internet ”.

Então o local está pronto e as câmeras estão prontas. Eles viram e sentiram um momento que vale a pena capturar. Qual o próximo?

“As melhores fotos são quando estão no ar ou talvez a gente escolha o final da troca, para que você possa ver a técnica ou a posição final de pontuação com clareza, para sugerir a força que estava envolvida. Podemos ter 100 fotos de um concurso. Seleciono 1 ou 2 enquanto ainda está fresco na memória e me lembro exatamente do momento que acho que terá a melhor imagem. Entre uma luta e a próxima já selecionei essas, descartei as demais e estou pronto para trabalhar na próxima luta. ”


É um ritmo incrível de trabalho e nos Campeonatos Mundiais é mais do que uma semana de trabalho sustentado e de alta octanagem, produzindo as imagens que formarão o diário de bordo da vida dos atletas. Do primeiro ao 8º dia, a qualidade não muda e o cansaço ou as limitações de tempo não são sequer reconhecidos como possíveis razões para aceitar menos do que a perfeição. O requisito é claro. 

“No nosso site temos um sistema de upload realmente eficiente, com a possibilidade de etiquetá-los com a luta, o round, os atletas e muito mais. No final de cada dia, as fotos estão online e podem ser pesquisadas com estes diferentes critérios. Teremos também disponibilizado fotos, ao longo do dia, aos nossos colegas que estão a escrever artigos no local, a trabalhar na mesma velocidade que nós. A equipe é bem treinada e possui linhas de comunicação claras para garantir que as fotos certas cheguem às pessoas certas no momento certo. Devido às verificações iniciais, a fase de edição é mínima, geralmente com apenas um corte e uma verificação rápida do equilíbrio de cores. ”

Um time feliz.

E é isso! De milhares de imagens possíveis, uma seleção de apenas algumas dezenas. Essas imagens serão usadas, copiadas e salvas por muitos anos e muitos que as apreciam não vão pensar no processo incrivelmente técnico que foi dominado profissionalmente por um punhado de fotógrafos esportivos especializados. É apropriado, porém, que as pessoas encarregadas de arquivar esses atletas de elite sejam elas mesmas da elite no que fazem. E eles são! Como evidenciado em cada seleção final de fotos. 

Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Lars Moeller Jensen

Rio Grande do Sul: Maria Portela termina o Mundial em sétimo lugar


A gaúcha Maria Portela até chegou perto, mas não conseguiu disputar a medalha do Campeonato Mundial. Nesta quinta, a judoca da Sogipa avançou até as quartas de final da competição e, depois, encerrou em sétimo lugar.

Com o resultado, Portela iguala a melhor colocação já obtida por ela no torneio. Veterana, ela terminou em sétimo pela terceira vez, repetindo 2013 e 2017. Em pouco mais de 40 dias, ela tenta de novo chegar ao pódio olímpico, em Tóquio. Será a terceira participação nos Jogos da atleta.

No tatame, Portela teve aproveitamento de 50%, derrotando adversárias da Itália e da Tunísia, mas sendo superada por Yoko Ono, do Japão, que chegou à final na sequência. Na repescagem, a gaúcha perdeu para Megan Fletcher, da Irlanda.

Também nesta quinta, pela categoria 90kg, Rafael Macedo avançou até as oitavas de final, onde foi superado pelo mongol Altanbagana Cantulga. Também classificado para os Jogos de Tóquio, Macedo volta no mês que vem a representar o Brasil.

Na sexta, será a vez de Mayra Aguiar retornar aos tatames, depois de se recuperar de lesão. O Canal Brasil Olímpico transmite o Mundial.

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô



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