segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Projeto de Judô Reduz Evasão Escolar em Alagoas

Clique na imagem para visitar o blog do projeto
Um Kimono Para Transformar. É esse o nome do projeto idealizado pelo judoca alagoano Eduardo Acioli e que, já há oito meses, tem contribuído decisivamente no combate à evasão escolar na capital alagoana, como uma ferramenta capaz de manter crianças e adolescentes em sala de aula.
Acioli – que, ano passado foi o campeão na categoria até 90 kg, do Campeonato Metropolitano Internacional, na Argentina – conta que a ideia do projeto surgiu por ocasião da lembrança de sua infância pobre, na periferia de Maceió. As primeiras aulas, lembra ele, foram realizadas no Colégio Hélio Lemos, situado no bairro de Ponta Grossa, região de altos índices de violência.
“Ganhei meu primeiro quimono, um presente de meu tio. Aquilo transformou a minha vida. Um ato de gratidão simples, mas inesquecível para mim. Foi quando me veio a ideia de poder ajudar quem mais precisa, por meio do esporte”, explica Acioli, lembrando o ineditismo da iniciativa no mundo, elogiada, inclusive, por colegas judocas e professores que residem nos Estados Unidos, onde dedicam suas vidas ao judô.
“Tenho ido à Nova Iorque para competir e, principalmente, trocar conhecimento, levando a experiência com o projeto que aqui desenvolvemos. Nosso objetivo é, além de melhorar o rendimento de todos os alunos em sala de aula, mantendo-os na escola em tempo integral, apresentar-lhes o lado profissionalizante no judô, enxergando-o como um meio de vida. Ser campeão no judô é uma mera conseqüência, o que queremos é um campeão em aprovação nas matérias escolares”, analisa Eduardo Acioli.
O judoca lembra que 95% dos estudantes – das três escolas municipais (Cícero Dué, no bairro do Tabuleiro, Jaime Miranda, na Santa Lúcia, e Cecília Carnaúba, na Serraria) contempladas pelo projeto – não mais faltam às aulas. “E a contribuição das iniciativas pública e privada é fundamental. Para montarmos uma estrutura básica de treinamento, por exemplo, precisamos de, no mínimo, cinco mil reais”, emenda o judoca, lembrando o importante apoio da Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
“As aulas acontecem duas vezes na semana, mas sempre extrapolam o ambiente escolar. Ao término da semana, por exemplo, eles deixam a escola com uma missão a cumprir. São as mais diversas tarefas, sempre com o objetivo de ajudar os pais com alguma atividade doméstica”, acrescenta o judoca.
Acioli também faz referência a números considerados preocupantes quando o assunto é rendimento escolar. “Estudo da Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura] revelou que 53,8% dos alunos de escola pública não conseguem chegar ao nono ano de forma regular. E o vilão nº 1 é o trabalho infantil onde uma pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) 20% dos alunos em idade escolar param de estudar por exercer uma atividade remunerada. Um outro dado preocupante entre os 5 e os 13 anos, existem 4,5 de brasileirinhos na labuta-cerca de 1,4 milhão.Geralmente eles são empregados eventuais, que faltam um ou dois dias às classes,de forma irregular. Projetos como o que desenvolvemos vêm a combater esses dados. Exemplo maior de que estamos no caminho certo é o de David Silva, ex-aluno de um projeto social da Federação Alagoana de Judô que hoje é um de nossos monitores”, avalia o campeão Eduardo Acioli.Os interessados em saber mais sobre o projeto podem obter maiores informações no http://www.projetoukt.blogspot.com/

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