domingo, 29 de agosto de 2021

Menina de ouro: Alana Maldonado faz história no judô mais uma vez


A paulista Alana Maldonado é a primeira judoca do Brasil a conquistar uma medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. A atleta de 26 anos conseguiu o feito na madrugada deste domingo (29), no Nippon Budokan, em Tóquio, ao vencer todas as suas oponentes da categoria até 70 kg. Na decisão, ela derrotou Ina Kaldani, da Geórgia, por wazari.


"Ainda não caiu a ficha. A gente trabalhou muito para isso, foram cinco anos de muita coisa que passei para estar aqui e, hoje, posso dizer que tudo valeu a pena. Só tenho a agradecer a família, amigos, comissão técnica. Esse ouro não é só meu", disse.

Em 2018, ela já fizera história ao garantir um então inédito ouro feminino em Mundiais durante a edição disputada em Lisboa, em Portugal, o que a conduziu até a liderança do ranking no seu peso, posto que mantém até hoje.

Medalhista de prata na Rio 2016, Alana não tomou conhecimento das adversárias no Japão. Bastante concentrada, ela finalizou as duas primeiras lutas por ippon. A primeira a cair foi a italiana Matilde Lauria, que durou sete segundos no dojô. Na semifinal, a turca Raziye Ulucam deu um pouco mais de trabalho, mas também não resistiu. Por fim, a atleta da Geórgia mal conseguiu encaixar sua estratégia e, após o wazari sofrido, ficou completamente à mercê da tática da brasileira.

O que também ratifica o tamanho do feito de Alana é o fato de ela ser apenas a segunda judoca do país, seja homem ou mulher, a ganhar um ouro em Jogos. Até então, o único campeão havia sido Antônio Tenório, simplesmente o maior de todos os tempos, dono de quatro medalhas douradas.

"Agora, quero curtir muito com a minha família, com as pessoas que eu amo no Brasil e estão me esperando. Depois, vou tirar um período de descanso, mas ano que vem já tem Mundial e vou defender o meu título", completou.

#Acessibilidade: Alana está com a perna entre as pernas de Kaldani antes de derrubar a oponente. Foto: Mikihito Matsui/ CPB.

Estreante, Meg é bronze

Na sua estreia em Paralimpíadas, a paulista Meg Emmerich já disse a que veio. Ela garantiu a medalha de bronze ao derrotar Altantsetseg Nyamaa, da Mongólia, por ippon, na categoria acima de 70 kg.

A campanha bronzeada da atual campeã parapan-americana começou também por um ippon, sobre a japonesa Minako Tsuchiya, que a levou direto para a semi, quando parou naquela que, mais tarde, viria a ser a campeã: Dursadaf Karimova, do Uzbequistão. "Foi um momento difícil, ter de assimilar a derrota... Precisei me concentrar para poder voltar e disputar a medalha", explicou Meg, que nasceu com atrofia no nervo óptico. Ela iniciou na modalidade em 2002, aos 15 anos de idade, e já possui um bronze em Mundiais (também no de 2018, o mesmo que consagrou Alana).

#Acessibilidade: foto mostra o momento em que árbitro ergue o braço em direção a Meg, que está de frente para a japonesa Minako, indicando a vitória da brasileira. Foto: Matsui Mikihito/CPB.

Tenório chega perto do bronze

Aos 50 anos de idade e após uma recuperação dificílima da Covid, que chegou a comprometer mais de 80% de seus pulmões neste ano, Antônio Tenório lutou como a lenda que é e esteve a três segundos de conseguir a sétima medalha em sete participações. Na batalha pelo bronze da categoria até 100 kg contra o uzbeque Sharif Khalilov, ele vencia por wazari até perto do fim, quando levou o mesmo golpe do oponente, que empatou o combate. Na prorrogação, já exausto, o brasileiro acabou sofrendo o ippon no chamado Golden Score e ficou fora do pódio pela primeira vez desde Atlanta 1996.

"Paciência, foi falta de atenção. Agora é voltar para o Brasil e me preparar para o próximo ciclo. Paris 2024 me aguarda!", garantiu o dono de quatro ouros, uma prata e um bronze.

Quem também perdeu sua decisão pelo bronze foi o potiguar Arthur Silva, na categoria até 90 kg, derrotado pelo ucraniano Oleksandr Nazarenko por ippon. O quinto judoca do país que esteve em ação no último dia do judô em Tóquio foi o peso-pesado Wilians Araújo. Medalhista de prata na Rio 2016, ele perdeu logo na estreia, para o cubano Yordani Fernández Sastre, por ippon. Como o adversário não avançou no torneio, o brasileiro não teve a oportunidade de retornar à repescagem.

#Acessibilidade: à esquerda e de quimono branco, Tenório segura no quimono azul do norte-americano Ben Goodrich. Foto: Matsui Mikihito/CPB.


Renan Cacioli - Comunicação CBDV

Paralimpíada: Resultados do último dia de competição do judô


Um emocionante último dia de judô nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 terminou com judocas britânicas e iranianas entrando nos livros de história no Nippon Budokan no domingo (29 de agosto).

Até 100 kg masculino

Um confronto tenso entre o medalhista de bronze do Campeonato Mundial da Grã-Bretanha, Chris Skelley, e o norte-americano Benjamin Goodrich, viu os dois judocas registrar resultados significativos para seus países na final do masculino até 100kg.

Skelley e Goodrich chegaram à partida sem nada a perder. Skelley já estava encantado com a subida ao pódio por ter ficado de fora do Rio 2016.

Na final, foi Skelley quem fez o primeiro movimento bem-sucedido, pouco menos de um minuto depois. Um tomoe-nage garantiu-lhe o waza-ari.

Os dois homens tentaram, e tentaram novamente, obter pontos no placar e, à medida que o tempo passava, a tensão aumentava. A 20 segundos do fim, na reinicialização, o técnico de Skelley, Ian Johns, gritou para o lutador: “Seja corajoso. Seja corajoso."

E o bravo Skelley foi, lutando até o fim e se segurando pela vitória. Foi o primeiro ouro paraolímpico da Grã-Bretanha em mais de duas décadas, desde Atlanta 1996.

“[É] descrença. Foi uma longa estrada nos últimos 11 anos. Foi difícil depois do Rio (2016).

“Colocou um grande alvo nas minhas costas, então eu precisava chegar aqui e treinar ainda mais forte para ficar onde estou.

“Onze anos atrás [quando comecei a perder minha visão], eu estava na parte mais sombria da minha vida porque não havia mais nada para mim. A única coisa que sobrou foi meu judô. ”

“Para que isso se torne realidade hoje, não posso acreditar.”

Goodrich também mostrou uma coragem incrível depois de suportar uma partida épica de nove minutos nas preliminares.

“É agridoce. Já venci Skelley antes ”, disse Goodrich. “Ele é um jogo difícil, é um cara bom. Nós brigamos muito. Foi uma partida difícil, mas foi a mais curta hoje. Foi uma luta difícil - quatro minutos.

“Ele tem uma ótima técnica, mas eu fui lá e fiz o que pude.”

Faltando apenas alguns segundos para garantir sua sétima medalha paralímpica consecutiva, o brasileiro Antonio Tenório teve de enfrentar o golden score contra o uzbeque Sharif Khalilov na disputa pela medalha de bronze.

Tenório foi o primeiro no placar, registrando um waza-ari no início da luta. Khalilov, no entanto, não desistiu e apenas conseguiu empatar o placar a três segundos do fim.

Quem está a assistir não pode deixar de pensar que era certo que Tenorio assegurasse o seu último pódio, apesar do contratempo. Mas Khalilov mais uma vez teve outras ideias, registrando um Uki-otoshi para roubar o bronze das garras do brasileiro.

Anatolii Shevchenko dos RPCs ficou com o outro bronze.

Até 90 kg masculino

O medalhista de bronze no Campeonato Mundial do Irã, Vahid Nouri, conquistou a primeira medalha de ouro paraolímpica do judô na categoria masculina de até 90kg.

Nouri acabou de pegar Elliot Stewart, da Grã-Bretanha, com uma bela raspagem de pé para o ippon na final.

O iraniano refletiu sobre uma vitória histórica do Irã:

“Esta é a primeira medalha de ouro do Irã no judô paralímpico. Antes tínhamos prata, bronze, agora esse é o primeiro ouro. Estou tão emocionado quando minha bandeira nacional é hasteada. Eu vivo judô. ”

Ambos os judocas tiveram uma jornada impressionante até a final, incluindo Stewart ultrapassando o campeão mundial ucraniano Oleksandr Nazarenko.

“Foi incrível. Eu tive algumas lutas difíceis, eu tive um sorteio muito difícil ”, disse Stewart sobre sua época. “A primeira luta foi atual medalhista de bronze paralímpico ( Shukhrat BOBOEV ,  UZB ), segunda luta - campeão mundial, atual medalhista de prata paralímpica ( Oleksandr NAZARENKO ,  UKR ). Sorteio difícil, mas eu sabia que tinha feito o trabalho. Eu fiz o trabalho em casa, fiz tudo o que poderia fazer.

“Cheguei à final, fui derrotado na final. Foi um adversário muito bom, apenas cometi um pequeno erro, mas estou satisfeito com o meu desempenho. ”

Stewart segue os passos de seu pai, medalhista de bronze nas Olimpíadas de 1988.

"É ótimo. É um sonho tornado realidade para mim e para ele. Ele sempre quis que eu fizesse tão bem quanto ele, ainda melhor, então tenho certeza que ele ficará super feliz. ”

O medalhista de prata europeu da França Helios Latchoumanaya mostrou seu ne-waza contra Zhanbota Amanzhol do Cazaquistão para levar o bronze. O jovem de 21 anos é uma grande perspectiva para os Jogos Paraolímpicos de Paris 2024 daqui a três anos.

O ucraniano Nazarenko mostrou sua qualidade ao conquistar o outro bronze a menos de 20 segundos do início da partida contra o brasileiro Arthur da Silva.

Acima de 100 kg masculino

Após o ouro de Nouri, o companheiro de equipe Mohammed Kheriollahzadeh passou a ganhar o ouro na categoria masculina acima de 100kg para dobrar para o Irã.

Revaz Chikoidze, da Geórgia, foi o medalhista de prata.

O campeão paraolímpico do Azerbaijão em 2004 e 2008, Ilham Zakiyev, conquistou sua quarta medalha paralímpica após o oponente Shirin Sharipov, do Uzbequistão, ter desistido da disputa pela medalha de bronze.

O campeão sul-coreano de Londres 2012 e Rio 2016, Gwan Geun Choi, se recuperou da chance de perder a chance de defender seu título ao garantir o outro bronze.

Até 70 kg feminino

A medalhista de prata do Brasil no Rio 2016, Alana Maldonado, voltou da decepção de sua casa paraolímpica há cinco anos para reivindicar um título paralímpico muito cobiçado.

Enfrentando Ina Kaldani, da Geórgia, que derrotou a campeã paralímpica do México Lenia Ruvalcaba no caminho para a final, a vitória de Maldonado raramente parecia em dúvida.

Maldonado conseguiu um waza-ari no tabuleiro, mas continuou a atacar. Quando o relógio marcou 0:00, Maldonado soltou um grande grito e abraçou seu treinador após ser oficialmente premiada com a vitória.

“Foram cinco anos de muito trabalho, muita incerteza sobre se estaríamos aqui”, disse Maldonado. “Passei por muitas coisas pessoais, que quase me fizeram desistir.

“Não é fácil para nós ir atrás de medalhas. Temos uma vida e temos que desistir para fazer isso.

“Mas hoje posso dizer que valeu a pena. Realizei meu sonho e aquelas pessoas que me amam estão muito felizes.

“Este ouro não é só meu, é nosso. Há muitas pessoas por trás disso.

“Muito obrigado pelo apoio de todos. Esse ouro é nosso, vai para o Brasil. ”

A japonesa Kazusa Ogawa não deixou sua estatura relativamente pequena atrapalhar em sua luta pela medalha de bronze contra Olga Zabrodskaiia da RPC.

Apenas no nível do peito de Zabrodskaiia, Ogawa usou toda a sua força e técnica para atingir o waza-ari e deixar o tempo passar. É a primeira medalha de judô feminino do Japão nas Paraolimpíadas de Tóquio 2020 e no lendário local de judô, o Nippon Budokan.

A campeã paraolímpica mexicana Lenia Ruvalcaba teve que se recuperar da decepção de perder a chance de defender o título e, em vez disso, buscou o bronze.

Enfrentando Raziye Ulucam da Turquia, Ruvalcaba teve seu consolo.

Acima 70 kg feminino

Dursadaf Karimova do Azerbaijão triunfou na categoria feminina acima de 70kg depois de executar um impressionante Ippon-seoi-nage na Zarina Baibatina do Cazaquistão.

Costa se recuperou e voltou para reivindicar o bronze com um ippon contra Altantsetseg Nyamaa da Mongólia.

Tendo feito parte de um grupo de judocas que veio para a seleção brasileira de judô desde o Rio 2016, Meg Emmerich garantiu o bronze para somar à sua medalha da mesma cor no Mundial de 2018.

O Nippon Budokan teve três emocionantes dias de ação nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020, com o judoca se alinhando em 13 eventos de medalhas individuais masculinos e femininos.

Por: IBSA
Fotos: IBSA

sábado, 28 de agosto de 2021

Paralimpíada: Lúcia Araújo fatura o bronze em Tóquio e amplia coleção de medalhas


A judoca paulista Lúcia Araújo abriu o cardápio de medalhas da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na madrugada deste sábado, ela conquistou o bronze na categoria até 57 kg ao vencer, por ippon, a russa Natalia Ovchinnikova.

Foi a 23ª medalha que a modalidade rendeu ao país na história e o terceiro pódio consecutivo de Lúcia em Paralimpíadas. Ela já havia conquistado duas pratas, na Rio 2016 e em Londres 2012: "Essa medalha vem com sabor de ouro, lembra o percurso todo até aqui, tudo o que eu tive de passar. Agora, é aproveitá-la e me preparar para a próxima, porque eu ainda busco o ouro", disse a atleta, deixando claro que o foco já começa a ser Paris 2024.


Para colocar o bronze em volta do pescoço, a judoca de 40 anos precisou bater de frente com suas principais adversárias. Na estreia, reencontrou a argentina Laura González, com quem vem travando diversos combates nos últimos anos, incluindo no Parapan de Lima 2019, quando também levou a melhor. Com expressão séria, mostrando muita concentração, subiu no tatame do Nippon Budokan e aplicou o ippon para confirmar o favoritismo.

As semifinais reuniram as quatro mais bem colocadas do ranking mundial na categoria. Lúcia, número três, enfrentou Parvina Samandarova, do Uzbequistão, segunda da lista, e teve pouco tempo para sentir o combate, sofrendo um wazari seguido de ippon em apenas 13 segundos. Porém, sem se abater, voltou ao dojô para bater Ovchinnikova e ficar com o bronze.

A turca Zeynep Celik, número 1 do mundo e derrotada na semifinal, também faturou o bronze – no judô, são dois bronzes por peso – ao vencer a japonesa Junko Hirose. O ouro ficou com Sevda Valiyeva, do Azerbaijão, quarta do ranking, que derrotou a uzbeque Samandarova.

#Acessibilidade: Lúcia chora enquanto abraça o técnico Alexandre Garcia na saída do dojô. Foto: Takuma Matsushita/ CPB.

Sábado recheado encerra modalidade

A noite deste sábado, que encerra o judô em Tóquio, verá a maioria dos nove judocas do Brasil que foram ao Japão lutarem. Os combates classificatórios começam às 22h30 (horário de Brasília) e serão realizados em sequência até as 2h de domingo. As finais começam às 4h30 e vão até 7h50.

O primeiro brasileiro a pisar no tatame será o potiguar Arthur Silva, na categoria até 90 kg. Em seguida, o pesado Wilians Araújo (acima de 100 kg) fará sua estreia em busca da segunda medalha (foi prata na Rio 2016). A lenda Antônio Tenório, dono de seis conquistas, luta na sequência na categoria até 100 kg. Alana Maldonado, campeã mundial do peso até 70 kg, e Meg Emmerich (acima de 70 kg), estreante em Paralimpíadas, completam a lista.

Até aqui, outros três brasileiros, além de Lúcia Araújo, entraram em ação. Harlley Arruda (até 81 kg), Karla Cardoso (até 52 kg) e Thiego Marques (até 60 kg) perderam seus combates e ficaram de fora da briga por pódio.

Confira a programação do último dia do judô das lutas envolvendo atletas do Brasil (entre parênteses, ao lado dos nomes, a colocação do judoca no ranking mundial):

(19º) Hector Espinoza (VEN) x ARTHUR SILVA (5º)
(8º) Yordani Fernández (CUB) x WILIANS ARAÚJO (5º)
Adversário a definir x ANTÔNIO TENÓRIO (3º)
(19ª) Matilde Lauria (ITA) x ALANA MALDONADO (1ª)
(20ª) Minako Tsuchiya (JPN) x MEG EMMERICH (2ª)


Por: Renan Cacioli - Comunicação CBDV

Paralimpíada: Azerbaijão conquista mais três ouros no segundo dia de competição


Judocas do Azerbaijão somam mais três medalhas de ouro à sua conquista de medalhas de judô na noite de sábado (28 de agosto) nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020.

Até 57 kg feminino

A medalhista de bronze do Azerbaijão no Campeonato Mundial, Sevda Valiyeva, venceu a uzbeque Parvina Samandarova.

A campeã europeia de 2017 Valiyeva manteve a calma e correu o tempo para vencer por waza-ari. É a sua primeira medalha paralímpica.

Depois de ter sido eliminado da disputa pela medalha de ouro pela manhã, o campeão mundial da Turquia, Zeynep Celik, parece determinado a conquistar um dos lugares restantes no pódio. No entanto, houve um problema. A medalhista de bronze paralímpica do Japão Junko Hirose estava igualmente focada em conquistar uma medalha em sua casa paraolímpica, no Nippon Budokan.

As duas mulheres jogaram tudo o que tinham na luta e com um waza-ari cada, foram para o Golden Score. Foi apenas uma lacuna momentânea no foco de Hirose que a custou caro, com Celik aproveitando a chance e sua primeira medalha paraolímpica. Celik então abraçou Hirose por um longo tempo no tatame depois que o vencedor foi declarado em um momento comovente.

A brasileira Lucia Araujo derrotou Natalia Ovchinnikova da RPC com um arremesso e uma segurar para o bronze. Segue-se às pratas de Araujo do Rio 2016 e Londres 2012.

“Todas as minhas medalhas foram difíceis de obter, mas esta tem um valor especial porque estou no berço do judô. Estar aqui e lutar aqui no Budokan com toda a história envolvida, é uma honra ”, disse Araujo.

Feminino até 63 kg

O campeão europeu azeri Khanim Huseynova ganhou sua primeira medalha paraolímpica com um waza-ari contra a medalhista de prata de 2016 Iryna Husieva, da Ucrânia.

A chinesa Yue Wang repetiu seu desempenho no Campeonato Mundial de 2018 ao ganhar o bronze contra Olga Pozdnysheva da RPC.

Nafisa Sheripboeva, do Uzbequistão, ficou emocionada ao receber a segunda medalha de bronze e começou a chorar antes de sair do tatame. Ela saiu da arena envolta em sua bandeira nacional.

Até 81 kg masculino

O campeão paraolímpico do México Eduardo Avila voltou ao tatame para reclamar o bronze contra o francês Nathan Petit, sem a chance de reter o título.

Houve um choque semelhante para o campeão mundial sul-coreano e medalhista de prata de 2016, Jung Min Lee, quando ele não conseguiu chegar à disputa pela medalha de ouro. Mas ele se recuperou levando o bronze, à frente do ucraniano Dmytro Solovey, com um arremesso de ippon impressionante e decisivo.

Foi Huseyn Rahimli do Azerbaijão que derrotou Lee por um lugar na final, e Davurkhon Karomatov do Uzbequistão que tirou o couro cabeludo de Ávila, estabelecendo uma emocionante luta pelo ouro.

Os quatro minutos viram dois shido cada um para Rahimli e Karomatov enquanto eles sacudiam os nervos e se dirigiam para o Golden Score. Rahimli viu sua chance um pouco antes da prorrogação, atordoando Karomatov e encerrando a partida enfaticamente.

Até 73 kg masculino

O medalhista de bronze asiático do Uzbequistão, Feruz Sayidov, quase surpreendeu seu oponente campeão regional Termizhan Daulet, do Cazaquistão.

Em uma das reinicializações, Sayidov viu uma rachadura na armadura de Daulet e aproveitou a oportunidade, pegando-o e jogando-o no chão quase com um braço. Daulet parecia atordoado enquanto se sentava no tapete após a mudança.

O ucraniano Rufat Mahomedov conquistou o bronze graças à vitória sobre Vasilii Kutuev do RPC. O outro bronze foi para o lituano Osvaldas Bereikis, melhorando sua quinta colocação no Rio 2016.

O judô em Tóquio 2020 termina com, entre outras categorias de peso, os pesos pesados ​​masculino e feminino no domingo (29 de agosto).

Fotos: IBSA

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Rio Grande do Sul: Seletiva Sub 21 reunirá 81 atletas e contará com transmissão ao vivo


Primeiro evento presencial em Porto Alegre desde o início da pandemia, a seletiva para o Campeonato Brasileiro sub-21 amanhã, sábado (28) irá reunir 81 judocas. A disputa, que formará a equipe que representará o Rio Grande do Sul, será realizada no Ginásio do Sesc.

Claro, ainda não será uma competição “normal” aos moldes nos quais a Federação Gaúcha de Judô costuma realizar. Todos os participantes, entre atletas, treinadores e árbitros, passarão por teste de antígeno antes do evento e entrarão em uma bolha de proteção. O grupo passará o dia inteiro no mesmo ambiente e, se por ventura alguém deixar o local, não poderá retornar.

“Mantemos as medidas de segurança para garantir que este evento não seja isolado”, destacou o presidente da FGJ, Luiz Bayard. “Estamos todos com saudades deste ambiente competitivo e queremos, pouco a pouco, retomar essa rotina de torneios. Para isso, neste momento é fundamental a colaboração de todos e estou certo que a teremos.”

Pelos tatames montados no Sesc, passarão atletas de clubes de mais de dez equipes filiadas à FGJ. “Já será possível ter uma ideia de como está o ritmo de nossos atletas”, apontou Bayard, lembrando: “São judocas da categoria sub-21. Atletas que estão nesta faixa etária vão disputar vagas na equipe olímpica do Brasil para Paris”, frisou. “É bom se preparar, porque teremos um ciclo olímpico mais curto desta vez.”

O Campeonato Brasileiro sub-21 é o próximo evento presencial a ser realizado pela CBJ. A competição será dividida em duas etapas, uma para cada naipe. De acordo com o calendário da CBJ, a primeira parte será entre os dias 18 e 20 de outubro, com as atletas do sexo feminino. A última está prevista para ser entre 8 e 10 de novembro. As lutas ocorrerão em Pindamonhangaba.

Seletiva sub-21 será transmitida ao vivo nas redes da FGJ

Primeiro evento presencial da Federação Gaúcha de Judô a ser realizado em Porto Alegre desde o início da pandemia, a seletiva sub-21 será transmitida ao vivo pelas redes da FGJ. O evento, que terá uma bolha de proteção para atletas, árbitros e professores, não terá presença de público.

A transmissão ocorrerá pelo Facebook e pelo Instagram da FGJ. Cada rede irá disponibilizar as lutas das duas áreas que serão montadas no Ginásio do Sesc, em Porto Alegre.

De acordo com a programação, todos os participantes envolvidos na seletiva serão testados a partir das 7h. A pesagem está marcada para as 8h30 e os combates estão previstos para começar às 10h. Mais de 80 atletas se inscreveram para a disputa.

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô

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Por: Boletim OSOTOGARI

ICI: Podcast Os Incansáveis com Silvio Uehara


A épica história de superação do ICI, o Instituto Camaradas Incansáveis, e pautada em cinco pilares: Mente de Campeão, Ser Evolutivo, Longevidade Saudável, Ninguém Põe a Mão no Meu Kimono e Ninguém Fica Para Trás.

Quando lançamoso livro "Os Incansáveis" escrito em co autoria com Sérgio Xavier, decidimos contar para a comunidade um pouco sobre cada pilar.

Foram realizados bate papos com Incansáveis ou "agregados" dos Incansaveis sobre cada pilar. E agora essas conversas podem ser ouvidas no Spotfy.

A primeira delas é com o Incansável Silvio Uehara, engenheiro e bi-campeão mundial veterano, sobre Mente de Campeão.

Clique aqui e ouça o podcast.

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Por: ASOM ICI


Paralimpíada: Emoções no Budokan com ouro para o Azerbaijão, Argélia, Uzbequistão


O dia de abertura do judô nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 trouxe cenas emocionantes dentro das paredes sagradas do Nippon Budokan na sexta-feira (27 de agosto).

Sonhos foram feitos e terminaram no tatame: o Azerbaijão conquistou duas medalhas de ouro, enquanto a argélia e o judoca uzbequistanês também subiram ao pódio.

Até 48 kg feminino

Um confronto brutal entre a campeã paralímpica feminina de até 52kg Sandrine Martinet da França e Shahana Hajiyeva do Azerbaijão teve um fim emocional quando Hajiyeva saiu vitoriosa.


Ambas as mulheres chegaram muito perto de dar o golpe decisivo, mas nenhuma delas conseguiu encontrar a vantagem definitiva. Hajiyeva conseguiu um ponto, mas sua liderança era frágil.

Com 22 segundos para salvar seu título paraolímpico, Martinet aumentou o calor. Com quatro segundos restantes no relógio, o árbitro parou a partida e pediu uma revisão do vídeo antes de conceder a Martinet um ponto por sua jogada anterior. Hajiyeva parecia mortificado e teve que enfrentar o Golden Score.

O azeri de 21 anos precisava encontrar algo. Como Martinet se recusou a desistir sem lutar, Hajiyeva recebeu o ippon após outra crítica de vídeo por transformar a francesa. Martinet parecia inconsolável enquanto Hajiyeva se enrolava na bandeira de seu país.

“Estou muito feliz por ser um campeão paraolímpico tão jovem”, disse Hajiyeva.

“Eu sempre tive esperanças por isso e sabia que se eu colocar tudo para vir aqui, vou colocar tudo de mim para ir para o topo depois disso. Não havia outra maneira a não ser essa.

“Isso sempre será uma motivação para mim e acredito que seria capaz de repeti-lo e realmente quero repeti-lo nas Paraolimpíadas de Paris [2024] também.”

Martinet, apesar da contrariedade inicial, depois se sentiu mais otimista: “É muito bom ter esse tipo de medalha na minha vida. Eu amo isso. Estou muito orgulhoso. Eu estava competindo em uma categoria diferente (de peso). É um desafio difícil, é um grande dia.

“Mesmo que meus filhos não estivessem esperando por este, será tão bonito para eles.”

Viktoriia Potapova, do Comitê Paraolímpico Russo (RPC), recebeu sua última medalha paraolímpica com bronze. Potapova mostrou sua experiência com um excelente estrangulamento em Kai Lin Lee do Taipé Chinês.

“Este é o meu terceiro bronze. Demorou muito trabalho para chegar aqui, nem mesmo quatro anos, mas cinco anos. Foi um momento muito difícil, não apenas para mim, mas para todos ”, disse Potapova, referindo-se aos longos dias longe de sua filha enquanto ela treinava para Tóquio 2020.

“Eu realmente queria ouro, queria tanto ouro, mas estava destinado a ser bronze e isso é um sinal de que precisamos competir pelo ouro em Paris [2024] e depois.”

Depois de vencer o atual campeão paraolímpico da China por uma vaga na disputa pela medalha de bronze, o medalhista de prata de Londres 2012, Lee Lin, perdeu por pouco o retorno ao pódio.

O segundo bronze foi para a ucraniana Yuliia Ivanytska, pela terceira medalha paralímpica.

Até 66 kg masculino

A partida de Uchkun Kuranbaev do Uzbequistão com o espanhol Sergio Ibanez foi para o Golden Score antes que o uzbeque conseguisse apenas inclinar a balança a seu favor.


O ouro é a primeira grande medalha de Kuranbaev e a primeira de seu país em Tóquio 2020.

O masculino de até 66kg contou com a alegria da torcida após um ippon fantástico para o japonês Yujiro Seto, de 21 anos, conquistar o bronze.

Namig Abasli, do Azerbaijão, garantiu o segundo bronze contra o medalhista de bronze paraolímpico da Ucrânia Davyd Khorava.

Até 60 kg masculino

O Azerbaijão garantiu o segundo ouro da tarde, cortesia de Vugar Shirinli.


Shirinli e seu oponente Anuar Sariyev, do Cazaquistão, prenderam a respiração pelo ippon em vários momentos da partida. Mas foi Shirinli quem no final foi recompensado por seus esforços com o ouro.

“Tenho muito orgulho de estar aqui. Fiz tudo o que pude. Os meus adversários também não eram fracos, eram muito fortes, mas graças a Deus me tornei campeão porque apostei tudo nisso.

“Esse era um dos meus maiores sonhos e estou muito feliz por estar aqui porque é uma motivação muito boa para eu planejar participar das próximas Paraolimpíadas. Tenho muita vontade de estar lá e de ser campeão lá também. ”

Recep Citfci, da Turquia, conquistou o outro bronze após vencer o venezuelano Marcos Dennis Blanco.

Blanco havia nocauteado o campeão paraolímpico do Uzbequistão, Sherzod Namozov, que lutou para voltar ao pódio como um consolo.

Mas não foi o que aconteceu, já que Alex Bologa, da Romênia, foi colocado em seu caminho em uma partida pela medalha de bronze que durou quase seis minutos, forçando Namozov a ficar frustrado após um dia já estressante.

O número 1 do mundo, Bologa, estava ele mesmo determinado a se recuperar por perder a chance de ganhar o ouro e conseguiu repetir sua atuação cor de bronze no Rio 2016 contendo os nervos. Ele venceu por ippon depois que Namozov foi desclassificado.

“Foi uma competição muito difícil e um período muito difícil que tínhamos antes”, disse Bologa. “Queria passar na final e vencer na categoria, mas estou muito feliz com essa medalha de bronze.

“Foi muito difícil se levantar depois de perder a semifinal [contra o Shirinli] com um placar de ouro em uma luta muito difícil. Fui motivado pelo meu treinador e por mim mesmo para ganhar outra medalha e colocar a coroa neste particular cinco anos desde o Rio. ”

Feminino até 52 kg

A argelina Cherine Abdellaoui ficou absolutamente encantada com a medalha de ouro na categoria feminina até 52kg, superando a terceira colocação no Rio 2016.


A argelina superou a medalhista de bronze nº 2 do Canadá e no Campeonato Mundial Priscilla Gagne, conseguindo um ippon. . No entanto, Gagne ainda ficará satisfeita com sua primeira medalha paraolímpica.

A categoria também causou desgosto para o Japão, quando Alesia Stepaniuk, da RPC, segurou Yui Fujiwara pelo ippon e pelo bronze.

A ucraniana Nataliya Nikolaychyk venceu a medalha de prata paralímpica da Alemanha Ramona Brussig por ippon, repetindo seu desempenho em Londres 2012.

O judô em Tóquio 2020 segue no sábado (28 de agosto) com o masculino até 73kg e até 81kg e o feminino até 57kg e 63kg.

Por: IBSA
Fotos: IBSA


quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Amapá: Fim de semana com Clínica de Arbitragem, Palestra e Treinamento de Campo


Com início nesta sexta-feira, 27 de agosto, Judô Veteranos Amapá em parceria com a Federação Amapaense de Judô realizarão ações que movimentarão os judocas do estado.

No cronograma da organização está programado uma Clínica de Arbitragem com o professor Welinton Lima, Palestra com o coordenador nacional de veteranos, professor Cristian Cesário. E treinamento em dois horários no sábado, pela manhã os veteranos e na parte da tarde de Sub 18 até veteranos.

Confira os cronogramas com datas e horários no card.

Por: Assessoria de Imprensa da FAJ




Gêmeas alemãs do judô juntas novamente na Paralimpíada


As gêmeas alemãs Ramona e Carmen Brussig muitas vezes podem ser vistas de mãos dadas, envolvidas em seu próprio mundo privado, compensando o ano passado, quando as irmãs foram separadas pela pandemia de Covid-19. “Sempre precisamos uma da outra porque somos muito próximas. Não podemos ficar sozinhas e, quanto mais velhas ficamos, mais próximas nos tornamos ", disse Brussig." Portanto, o ano passado foi muito difícil. Não podíamos nos ver, apenas telefonar. "

As irmãs compartilham tudo, desde seus aniversários e looks até sua jornada de 35 anos no judô e históricos de sucesso em vários Jogos Paraolímpicos. Carmen mudou-se para a Suíça há 19 anos, enquanto sua irmã permaneceu na Alemanha.

A distância nunca foi um problema, pois muitas vezes elas se encontraram e treinaram juntas na seleção nacional. Mas isso mudou durante a pandemia de Covid, pois elas não puderam se encontrar pessoalmente.

“A viagem não foi possível. Eu não poderia ir para a Alemanha e ela não poderia vir até mim ”, disse Carmen. “Em 2021 é possível, mas em 2020 não foi possível. Durante o coronavírus, só tínhamos o FaceTime. "

No entanto, elas estão reunidas para os Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020. As gêmeas pisaram no tatame de judô pela primeira vez no mesmo dia, quando tinham nove anos.

"Amamos judô", disse Carmen. “Quando éramos mais jovens, começamos com o xadrez. Nossa família é uma família do xadrez e era como uma competição entre o xadrez e o judô, e dizíamos: 'Não, o judô é melhor'.“ Nunca quisemos mudar o esporte. É só judô, sempre. "

A irmã Ramona disse: “O judô é um esporte em que os movimentos são mais variados. Não é como nadar 100m ou correr 100m. O judô é sempre diferente. Nadar ou correr é tão monótono”.

Tóquio 2020 será o quarto Jogos Paraolímpicos em que as Brussigs competem juntas. Ramona também representou a família sozinha em Atenas 2004.

Cada uma delas ganhou uma medalha em todos os Jogos Paraolímpicos em que participou, incluindo a dupla de ouro em Londres 2012 - Ramona na categoria de peso de -52kg feminino e Carmen na de -48kg.

E embora suas medalhas sejam mantidas em países separados, a contagem ainda é compartilhada.

“Agora, conquistamos tudo o que é possível em nossas carreiras”, disse Carmen. “Eu tenho minhas medalhas na Suíça, e ela tem suas medalhas na Alemanha, mas somos uma família, então as contamos como sete medalhas”.



Lançamento: Livro Quarentena sem Pijama de Sintya Motta


Na próxima segunda-feira, 30 de agosto, haverá um encontro com a autora Sintya Motta para falar sobre o seu primeiro livro “Quarentena sem Pijama”. O livro conta com a coautoria da professora Dra. Leila Rabello. A publicação foi resultado do trabalho de conclusão da Pós-Graduação em Consultoria de Imagem e Beleza, realizado no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

O livro é uma ótima dica de leitura para você que deseja saber mais sobre imagem, estilo, autoconhecimento e produtividade na pandemia.

Será que quarentena de judogi pode? Acompanhe a live e descubra!

Serviço
Live de lançamento do livro "Quarentena se Pijama" com Sintya Motta
Data: 30 e agosto de 2021
Horário: 17h
Local: Instagram @editoralabrador

Por: Boletim OSOTOGARI



Santa Maria: Maria Portela visita projeto social, se emociona e 'brinca' de judô com a criançada


A pequena Antônia Brasil, de 8 anos, treina judô no projeto social Mãos Dadas desde os 5 anos. Antes da pandemia, chegava a frequentar as atividades de segunda a sábado. Agora, por causa das restrições, reduziu a intensidade de treinamento, mas não o sonho:

- Quero ser a Antônia Portela.

A inspiração da pequena é a judoca olímpica Maria Portela, cria do mesmo projeto social. Maria esteve em sua terceira Olimpíada neste ano. Na noite de terça-feira, ela revisitou o Mãos Dadas e recebeu o carinho de 60 crianças que, assim como Antônia, se espelham na "Raçudinha dos Pampas".

- A Antônia adora muito a Maria Portela. Ficou acordada até tarde para ver a luta e chorou muito com a derrota. Minha filha é muito dedicada, não falta a nenhum treino. Quem sabe um dia não consegue chegar longe também? - conta a mãe Juliana Brasil.


Com olhares atentos, as crianças sequer piscavam para não perder nenhum segundo da fala da judoca. Com autógrafos, selfies e muitos abraços, Maria Portela viveu uma noite de estrela. 

ENTREGA DE CARTINHAS

Durante o encontro, as crianças entregaram para Maria Portela as cartinhas que escreveram para a judoca antes da Olimpíada. Na época, o Diário convidou os integrantes do projeto e a treinadora Aglaia Pavani para desejarem boa sorte à atleta. Como não foi possível entregar os recados antes do embarque para Tóquio, as crianças gravaram vídeos que emocionaram Maria. Agora, com as cartas em mãos, ela mais uma vez ficou tocada com o carinho dos pequenos.

- Eu já conquistei muitas medalhas, de diversas competições. E elas estão lá penduradas. Mas a pessoa que eu sou hoje, a inspiração que eu sou para vocês, isso eu carrego comigo. Não tem validade, não vai enferrujar nem ficar pendurado numa parede - destacou.

O projeto Mãos Dadas conta, atualmente, com cerca de 400 participantes. Criado há cerca de 30 anos pela professora Aglaia Pavani, o projeto revelou Maria Portela como atleta olímpica e já fez a diferença na vida de muitas crianças.

- Ver a Maria sempre é uma grande emoção. Ver ela aqui me desperta boas lembranças, da época em que ela treinou aqui neste mesmo Ginásio do Oreco. Meu coração transborda de emoção em ver esse carinho recíproco entre a Maria e as crianças - afirma Aglaia.

"LUTA" COM AS CRIANÇAS
Pela primeira vez desde os Jogos Olímpicos, Maria vestiu novamente um quimono. Ela fez questão de "brincar" de judô com a criançada. E até deixou que os atletas mirins aplicassem alguns ippons.


- Levei um cansaço dessas crianças, foi muito bom. Eu queria muito que a primeira vez que eu colocasse o quimono de novo fosse numa situação especial. Foi muito divertido. Me vi muito em cada uma dessas crianças quando mais nova. Só que, na época, não tinha nenhuma pessoa a me inspirar tão perto de mim. Por isso, faço tanta questão de dar atenção às crianças - contou, sem fôlego, após a brincadeira.

FUTURO
Em uma disputa polêmica e eliminação considerada injusta, caiu nas oitavas de final dos Jogos de Tóquio. Aos 33 anos, Maria hesita em confirmar ou descartar a busca por mais uma vaga olímpica. Como o próximo ciclo será mais curto, de três anos, ela ainda irá analisar a possibilidade. Mas, o que pesa contra é a rotina regrada de treinos e abdicação de momentos com a família, que ainda vive em Santa Maria:

- Eu estou de férias pela primeira vez nos últimos cinco anos. Por enquanto, quero aproveitar para descansar e refletir. Eu queria muito essa medalha e me preparei demais. Infelizmente, não veio. 

Foto: Pedro Piegas

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