domingo, 20 de junho de 2021

CBDV: Brasil vai ao pódio quatro vezes e deixa GP inglês com cinco medalhas


A Seleção Brasileira de judô paralímpico encerrou em grande estilo sua participação no IBSA Grand Prix de Warwick, na Inglaterra. Neste domingo (20), o país foi quatro vezes ao pódio graças às conquistas de Alana Maldonado (até 70 kg) e Meg Emmerich (mais de 70 kg), que ficaram com a prata, e Rebeca Silva (mais de 70 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg), que faturaram o bronze. Tais resultados somados ao ouro de Lúcia Araújo (até 57 kg) do dia anterior fizeram o Brasil terminar o evento com cinco medalhas ao todo.

Assim, a Seleção finalizou sua turnê europeia, que já dura mais de um mês e havia passado pelo Azerbaijão anteriormente, com dez medalhas na bagagem. O foco total a partir de agora serão as fases de treinamento restantes até a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto.

"Foram duas competições muito importantes depois de mais de um ano sem lutar. Na primeira, em Baku, cheguei à final e conquistei o ouro. Aqui na Inglaterra fico com a prata. Agora é focar, ajustar e chegar em Tóquio para ser campeã paralímpica", disse Alana, derrotada na final do GP britânico pela mexicana Lenia Ruvalcaba Alvarez. Antes, ela havia passado por três oponentes: a uruguaia Mariana Mederos – mesma rival que vencera na estreia em Baku –, a croata Lucija Breskovic, Lucija e Ina Kaldani, da Geórgia.

"Senti que ainda tenho algumas coisinhas a melhorar. Me sinto preparada para Tóquio, mas há pequenos detalhes para corrigir", analisou Meg, que perdeu para a italiana Carolina Costa, a mesma oponente da decisão em Baku, quando a brasileira levou a melhor. Aliás, os caminhos de Meg nos dois Grand Prix foram exatamente os mesmos: vitórias nas respectivas estreias sobre a americana Katie Davis e, nas semifinais, diante da conterrânea Rebeca Silva. Beca, por sinal, repetiu o feito do Azerbaijão e conseguiu o bronze depois de bater a ucraniana Anastasiia Harnyk. "Sinto que meu ciclo foi muito bom", falou a atleta de 20 anos, a "caçula" desta Seleção.

"Só eu sei o que passei para estar aqui, a minha família, minha esposa. A perda do meu pai foi um ippon que a vida me deu. Essa medalha aqui é para ele. Foi um ciclo conturbado, com duas cirurgias. Só pude participar de quatro competições das sete que valiam pontos para Tóquio. E saio daqui classificado. Para mim, é uma vitória muito grande", disse Wilians, bastante emocionado depois do bronze conquistado graças a um lindo ippon sobre o atleta da casa Jack Hodgson já no chamado golden score, a prorrogação do judô. Wilians perdeu o pai, Severino, no ano passado.

#Acessibilidade: Wilians, que é branco e usa o cabelo quase raspado, mostra a medalha de bronze com a mão direita. Na mão esquerda, ele segura o bicho de pelúcia do mascote do evento, que é um leão vestido de quimono. Ao fundo, o banner da competição.

Mais Brasil
Os demais brasileiros não tiveram a mesma felicidade e acabaram ficando fora da briga por pódio neste domingo.

Ainda buscando sua melhor forma após longa recuperação contra a Covid-19, o multicampeão Antônio Tenório estreou perdendo para Kanan Abdullakhanli, do Azerbaijão, na categoria até 100 kg. Na repescagem, derrotou o holandês Daniel Knegt, mas parou no confronto seguinte, para o uzbeque Sharif Khalilov.

Entre os pesos até 90 kg, Arthur Silva venceu na estreia Lasha Kizilashvili, da Geórgia, mas perdeu em seguida para o atleta da casa Elliot Stewart. Na repescagem, derrota para o uzbeque Shukhrat Boboev, o mesmo que o havia batido em Baku.

Na categoria até 81 kg, Harlley Arruda ganhou do uzbeque Abylay Adilbekov em seu primeiro combate, porém, não passou pelo sul-coreano Jung Min Lee, terceiro melhor do mundo, no outro desafio. Na repescagem, o tropeço foi para o cubano Gerardo Reyes.

Renan Cacioli - Comunicação CBDV

sábado, 19 de junho de 2021

Judoquinhas: Onde o Judô está?


Onde o Judô está?

Está lá no seu dojo? Está lá no Google? Onde o Judô está?

O Judô está no nosso coração!

Essa é uma certeza que precisamos transmitir para as crianças, porque nem sempre poderemos fazer judô nas condições mais favoráveis do mundo. E a vida é assim, precisamos nos adaptar e seguir em frente mesmo quando as condições não ajudam muito. Mais do que isso, ainda precisamos aprender ver beleza e aprendizado nas condições que não são perfeitas ou como gostaríamos que fosse. 

No caso do judô, é  claro que é mais gostoso praticar com os amigos no tatame. Mas, se não temos a "aula de judô perfeita",  temos agora as condições perfeitas para exercitar o verdadeiro valor do judô no desenvolvimento da habilidade de superação. Aprender a superar desafios a gente aprende na prática. E a prática não precisa ser no tatame, mas pode continuar sendo no judô mesmo fora dele. Desistir da aula online é um erro. Podemos ensinar: "está difícil, mas vamos conseguir juntos!" A aula online pode não ser perfeita. Mas o mais importante é continuar a jornada. E podemos ensinar isso agora, para as nossas crianças, no tatame ou fora dele, pois o judô mora dentro de nós. 

Pergunta: Muito utópico? 

Por: Patrícia Amaral - Família Judoquinhas

IBSA: Sandrine Martinet e Giorgi Kaldani impressionam em Warwick


A campeã paralímpica francesa Sandrine Martinet conquistou o ouro em seu retorno ao tatame no Grande Prêmio de Judô da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) 2021 em Warwick, Grã-Bretanha, no sábado, 19 de junho.

Martinet, a detentora do título de -52kg feminino, perdeu o Grande Prêmio do mês passado em Baku, no Azerbaijão, mas não deu sinais de enferrujamento por não competir desde setembro de 2019.

Uma partida difícil contra a ucraniana Yuliia Ivanytska terminou com Martinet segurando sua oponente por ippon.

A medalhista de prata do Rio 2016, Ramona Brussig, da Alemanha, venceu sua disputa pela medalha de bronze contra a brasileira Giulia Pereira por ippon. Lobar Khurramova, do Uzbequistão, ficou com a outra medalha de bronze.

Os resultados completos podem ser encontrados clicando aqui. Toda a ação também pode ser assistida no canal do IBAS no YouTube aqui.

Giorgi Kaldani, da Geórgia, impressionou mais uma vez na categoria masculina de até 73kg, encerrando um grande dia de ação na Universidade de Warwick.

Kaldani virou o jogo contra o campeão mundial do Uzbequistão e o judoca mais bem classificado, Feruz Sayidov. Sayidov liderava a menos de 10 segundos do fim e parecia estar no controle, mas Kaldani conseguiu forçá-lo a cometer um erro com ippon, conseguindo derrubá-lo.

Kaldani fez um grande sucesso desde sua estreia em 2019, ganhando mais recentemente o ouro no Grande Prêmio IBAS de Judô em Baku, no Azerbaijão, em maio.

O espanhol Alvaro Gavilan Lorenzo e o ucraniano Rufat Mahomedov completaram o pódio.


feminino
 campeã asiática do Uzbequistão e medalhista de bronze paralímpica Sevinch Salaeva precisava do período de ouro contra Basti Safarova do Azerbaijão nos -52kg feminino, para triunfar no final, executando um lançamento de quadril perfeito para garantir o ouro.

A medalhista de prata da Alemanha, Ramona Brussig, conquistou o bronze depois que a canadense Priscilla Gagne se retirou da partida devido a uma lesão. A ucraniana Nataliya Nikolaychyk, atualmente em 14º lugar no ranking mundial, mostrou grande técnica para conquistar a medalha de bronze contra a brasileira Karla Cardoso, a nº 5 mundial.

A brasileira Lucia Araujo acabou de chegar ao ouro na partida contra a argentina Laura Candela Gonzalez no grupo feminino de até 57kg. Depois de uma disputa acirrada que chegou ao ponto de ouro, até mesmo uma crítica de vídeo viu um lance de Araujo como limite, mas após uma consideração cuidadosa foi premiado com o waza-ari.

A bielorrussa Elena Bogdanova e Dayana Fedossova do Cazaquistão foram as medalhas de bronze.

Masculino
 Com um minuto no cronômetro, ainda não houve placar, apesar dos melhores esforços dos dois judocas na final dos -60kg masculinos. Marcos Blanco, da Venezuela, mostrou grande resistência aos ataques do número 2 do mundo georgiano, Zurab Zurabiani, e continuou voltando para mais, lançando suas próprias tentativas em resposta. No final, porém, Zurabiani foi o vencedor ao segurar Blanco para ippon.

O uruguaio Henry Borges ficou encantado com a medalha de bronze contra o espanhol Borja Pahissa. A Espanha teve mais sorte na outra partida pela medalha de bronze, graças a Luis Daniel Gavilan Lorenzo.

Uchkun Kuranbaev, do Uzbequistão, provou ser forte demais para o espanhol Sergio Ibanez Banon na disputa pela medalha de ouro masculina de -66kg, conquistando a vitória.

Marcos Jose Falcon Tovar levou apenas oito segundos para conquistar o segundo bronze da Venezuela. Em um grande dia no tatame para o judoca das Américas, Luis Jabdiel Perez Diaz, de Porto Rico, conquistou o último lugar no pódio.

No final do dia Esther Stam, comentando ao vivo no evento, disse: "O melhor judoca foi Kaldani da Geórgia no grupo de -73kg. Em todas as lutas ele estava atrás e ainda poderia voltar no último minuto. Ele até derrotou o atual campeão mundial. Acabou de subir para o peso de -73kg em Baku e venceu todas as partidas desde então. Além disso, o Pan-América se saiu excepcionalmente bem, com a maior surpresa vindo da equipe da Venezuela, com 2 medalhas e algumas muito técnicas e atraentes judô."

O 2021 IBSA Judo Grand Prix continua em Warwick no domingo, 20 de junho, concluindo com mais oito eventos de medalhas.


Austrália: Judô para prestígio e diversão!


O Campeonato Mundial de Judô Hungria 2021 veio e se foi, com novos campeões agora no topo do mundo, remendos nas costas vermelhas e um olhar final para Tóquio como nosso próximo destino, um destino final neste ciclo inesperado de 5 anos.

On-line, pode parecer que apenas um estreito fio de judô competitivo está sobrevivendo, com a maioria dos países ainda restringindo o esporte competitivo de contato total. A Austrália, no entanto, tendo sido rigorosa e protetora desde a pandemia na primavera do ano passado, está vendo um ressurgimento e enquanto o Mundial estava em plena atividade, também estava seu Campeonato Nacional, sendo disputado pela primeira vez em dois anos .

Verificando a configuração

Kate Corkery, presidente da Judô Australia, estava animada para falar sobre o evento, “O Judô na Austrália voltou à vida no Nationals Gold Coast no último fim de semana. Havia sons familiares e maravilhosos da multidão aplaudindo e ippon sendo marcado, enquanto amigos que estavam ausentes por dois anos puderam se abraçar como se o tempo não tivesse passado ”. 

Em um ambiente agora muito familiar, como nenhuma situação vem sem referência a Covid nesta época, o judoca do estado de Victoria não estava presente, preso em um confinamento e incapaz de viajar.  

“Através dos gritos, das lágrimas, das vitórias e das derrotas reconhecemos que o tempo tinha passado e sentíamos saudades dos nossos colegas de Victoria, por isso, embora fosse familiar, não era o mesmo. No entanto, havia esperança de que este era o começo de uma reconexão por meio de nosso amor pelo judô ”, disse o presidente do judô da Austrália.

Emma Taylor, CEO da Judô Austrália foi prática e clara ao ajudar nas operações do evento, “A oportunidade de voltar ao tatame no Campeonato Nacional de Judô de 2021 foi emocionante para nossa comunidade. Ficamos arrasados ​​porque nossa família vitoriana não pôde comparecer, devido às restrições de fronteira lideradas por Covid e espero que possamos nos reunir em breve.

Já se passaram 2 anos desde nosso último evento nacional e as mudanças feitas nos últimos 18 meses, devido à Covid, foram evidentes. Em 2019, nosso evento teve cerca de 1.000 inscrições. Em 2021, tivemos quase 800 inscrições originalmente, que caíram para 650 quando nossos membros vitorianos não puderam comparecer. ”

Judô em alta no Campeonato Nacional da Austrália

Com uma entrada a dois terços da capacidade normal, parece que embora a pandemia tenha apresentado um custo, também está passando e realizar o evento foi corajoso, progressivo e necessário, a exemplo da IJF, que trouxe de volta o World Judo Tour desde outubro de 2020. Como nos eventos da IJF, o reinício australiano não foi considerado levianamente e mudanças no protocolo tiveram que ser feitas para garantir a segurança de todos os participantes. 

Emma Taylor continuou: “A comunicação e a conscientização sobre os sintomas de Covid foram fundamentais nos estágios iniciais da organização. Uma vez no local, encorajamos o distanciamento social e obrigamos a limpeza regular dos tapetes. A equipe de gerenciamento de eventos concluiu os planos de segurança. A Austrália tem tido sorte em nossa gestão geral da Covid e com tudo no lugar, foi ótimo ter nossa comunidade de judô de volta ao tatame, competindo. ”

A Judo Australia também tomou a decisão de remover pontos do ranking do evento e fazer tudo sobre o prestígio e diversão do evento em si, garantindo acesso justo aos sistemas de seleção nacional para o estado de Victoria e garantindo que o espírito do evento fosse envolvido apenas em valores de judô e judô. 

Judogi, medalhas e sorrisos

Anna Rasmussen, a treinadora principal de Queensland, disse: “Queensland é conhecida como o Estado do Sol, no entanto, a Covid-19 lançou uma nuvem negra sobre nosso esporte e nos atingiu com força. Perdemos muitos judocas, pelo menos temporariamente, enquanto todos administrávamos a crise de saúde com prioridade. Muitos de nossos atletas de elite não puderam viajar internacionalmente para tornar seu judô mais forte.  

A comunidade de judô de Queensland é grata pelo que podemos conquistar agora e nunca nos debruçarmos sobre o passado. Estamos avançando para promover nosso esporte dinâmico e explosivo, seguindo nosso código moral e integrando essa disciplina para o resto da vida. ”

Angus Baird, do clube de judô da UWA, na Austrália Ocidental, disse: “Eu vi a oportunidade de competir com os melhores do país. Você não pode testar seu judô e medir sua qualidade relativa sem uma variedade de parceiros e oponentes e se isso for importante para você, você aproveitará todas as oportunidades para fazer isso, então viemos. ”

Parece unânime que esta etapa é bem-vinda tanto a nível administrativo como para treinadores e atletas. Rourke Thiedeman de 12 anos, um competidor tanto em eventos individuais quanto em equipes mistas, disse: “Os eventos de equipe são meus favoritos, eles são tão emocionantes e todos nós treinamos uns aos outros e torcemos por nossos amigos e todos em nosso estado foram muito barulhentos. Perdemos, mas não importava, ainda era minha parte favorita do torneio. ”

Times mistos na Austrália

Rourke participou na competição de equipes mistas, que foi a primeira do gênero a nível nacional. Tendo agora competido nesse formato, ele está ansioso para assistir a competição olímpica de equipes mistas em Tóquio em apenas algumas semanas. 

Celeste Knoester, treinador principal da Austrália Ocidental e um dos treinadores de Rourke disse: “Normalmente, teríamos mais de 110 atletas, mas este ano tivemos 45 do estado. Normalmente nosso clube ganharia tantas medalhas! No total, perdemos cerca de 20% dos atletas do nosso país com o Victoria fechando e eles geralmente são uma força a ser reconhecida. 

É uma pena não podermos ter toda a gente presente, mas no final das contas temos que levar a competição de onde pudermos. 

Tenho orgulho dos meus atletas por todo o esforço que fizeram. É fácil ver quem se apaixonou pelo esporte, são os que aparecem dia após dia sem questionar o mundo circunstâncias."

Um evento de sucesso pode abrir caminho para outros eventos no futuro próximo. Muito foi conquistado no último fim de semana na Gold Coast!


ICI: Podcast Jornadas Heróicas no Spotfy com Marcelo Costa


Segundo a teoria do Esportismo, há 5 competências que você pode desenvolver no esporte e aplicar de forma bem sucedida na vida profissional: atitude, visão, estratégia, execução e trabalho em equipe.

Enquanto o livro não é lançado (Jornadas Heróicas será o segundo volume da pesquisa, que começou com Esportismo em 2010), realizamos conversas com ícones da gestão e do esporte sobre uma competência onde ele e referencia.

Essa conversa é com Marcelo Costa executivo e empreendedor consagrado, sobre EXECUÇÃO.

Espero que gostem. Acessem, acessem o canal do YouTube e compartilhem. 

Clique aqui e ouça o podcast: 

Por: ASCOM ICI

CBDV: Lúcia Araújo é ouro na Inglaterra e se mostra pronta para Tóquio


Dona de duas medalhas de prata em Paralimpíadas (Rio 2016 e Londres 2012), a paulista Lúcia Araújo, que completou 40 anos de idade nesta semana, mostrou estar mais do que preparada para buscar a terceira, nos Jogos de Tóquio, que começarão em agosto, no Japão. Neste sábado (19), ela venceu o IBSA Grand Prix de Warwick, na Inglaterra, após ganhar os dois combates feitos na chave da sua categoria (até 57 kg).

Na decisão pelo ouro, ela derrotou a argentina Laura González no golden score – como é conhecida a prorrogação no judô. A oponente tem sido uma rival constante de Lúcia, que levou a melhor em todos os encontros dos últimos anos. As duas se enfrentaram na final do último Parapan, em Lima 2019, e no GP de Baku, disputado em maio, no Azerbaijão – ocasião em que a brasileira faturou a medalha de bronze.

"A felicidade já não cabe no peito. Vou voltar ao Brasil com um ouro e um bronze, estou vendo que o trabalho vem sendo bem-feito em todos os sentidos. De todos esses meus anos de Seleção, nunca me senti tão preparada como estou agora", disse a atleta do Cesec-SP, já projetando a Paralimpíada japonesa.

Último qualificatório para Tóquio, o GP britânico acabou não sendo tão bom para os demais brasileiros que lutaram neste primeiro dia de competição. Giulia Pereira (até 48 kg), Karla Cardoso (até 52 kg) e Thiego Marques (até 60 kg) até conseguiram disputar o bronze, mas todos perderam suas respectivas lutas e ficaram fora do pódio. Maria Núbea Lins (até 52 kg) e Luan Pimentel (até 73 kg) foram derrotados nas estreias e ainda viram seus algozes ficarem pelo caminho no torneio, o que impediu os brasileiros de irem para a repescagem.

No domingo, o GP seguirá com mais sete atletas da Seleção nos tatames: Alana Maldonado (até 70 kg), Rebeca Silva e Meg Emmerich (mais de 70 kg), Harlley Arruda (até 81 kg), Arthur Silva (até 90 kg), Antônio Tenório (até 100 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg).

Os combates começam às 6h e as finais serão disputadas a partir das 10h30 (horários de Brasília). A IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) transmite tudo ao vivo em seu canal no YouTube (LINK AQUI).

+ ENTENDA: Brasileiros buscam na Inglaterra últimas vagas do judô na Paralimpíada


Por: Renan Cacioli - Comunicação CBDV

sexta-feira, 18 de junho de 2021

JudoCast: Novo episódio no ar!

 


Já escutou o quarto episódio falando sobre OS 10º DAN JAPONESES MODERNOS?

Nesse episódio os judocas Galileu Paolo e Luiz Pavani conversam sobre a história dos judocas japoneses que chegaram a última graduação do judô.
Clique nos links abaixo. Depois em |SEGUIR| e no botão de |PLAY|

Spotify No sábado disponível também nos canais do YouTube youtube.com/luizpavani youtube.com/judotatami

Por: Luiz Pavani - Santa Maria - RS

Dia do Orgulho Autista | 5 coisas sobre o autismo que ninguém te contou


Hoje, sexta-feira (18), comemora-se o Dia do Orgulho Autista. Mas o que você sabe sobre esse transtorno? Descubra quais são os principais mitos sobre ele e o que dizem os especialistas em relação ao tratamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA), uma em cada 59 crianças apresenta traços de autismo.

Conheça alguns fatos pouco conhecidos sobre o autismo:

Cada indivíduo tem diferentes dificuldades
Quando falamos de autismo, nos referimos a um transtorno do neurodesenvolvimento que faz parte de um espectro, ou seja, ele pode se manifestar de diversas formas em pessoas diferentes, que podem necessitar de mais ou menos suporte.

A psicóloga Julia Sargi, analista do comportamento e supervisora do Grupo Conduzir, menciona a importância de enfatizar que o transtorno do espectro autista evidencia algumas características comuns, mas que cada indivíduo é único e apresenta suas próprias habilidades e dificuldades:

“Alguns indivíduos têm, sim, uma habilidade incrível para algo em específico, e muitas vezes isso pode se dar devido ao hiperfoco, ou seja, o interesse restrito por determinado assunto. Mas uma grande porcentagem das pessoas que se encontram no espectro apresenta déficits cognitivos significativos, que dificultam a aquisição de novos repertórios", afirma.

Não é verdade que o autista não gosta de socializar
A especialista ressalta que uma outra expressão, considerada mito, é de que o autista "vive no seu próprio mundo", e não gosta de estar com outras pessoas. "A verdade é que a dificuldade na interação social é uma característica significativa muito comum aos indivíduos com autismo, mas isso não significa que eles não queiram se relacionar com outras pessoas, e sim que apresentam dificuldades em iniciar ou manter a interação, entender algumas regras sociais, entre outras habilidades que são extremamente importantes nas relações", esclarece a psicóloga.

"E. mais uma vez, precisamos olhar individualmente para cada um e entender qual a dificuldade e qual a motivação para se relacionar com os outros. Lembrando que isso representa uma parte do todo quando tratamos do espectro”, aponta.

A ''genialidade'' não é regra
No Transtorno do Espectro Autista, todos os indivíduos têm potencial para aprender e desenvolver novos repertórios, e, para isso, basta saber a forma correta de ensiná-los. Ao serem observadas as características dessas pessoas, algumas podem até ser interpretadas como vantagens competitivas.

Há alguns indivíduos com TEA que têm uma condição diferente (e rara) conhecida como "savantismo" ou Síndrome de Savant, que é uma "grande capacidade intelectual", entendida como genialidade. A psicóloga explica que "savants", apesar de apresentarem uma inteligência acima da média e talentos notáveis em alguns aspectos, como cálculos ou memorização, podem também enfrentar dificuldades e limitações em outros, como dificuldades nos repertórios sociais ou de independência. "Vale ressaltar que a inteligência acima da média não é uma regra", aponta a profissional.

A caminhada é lenta, com "pequenos orgulhos"
Josiane Mariano (36) é mãe do Heitor (10), que foi diagnosticado com autismo aos 2 anos. Ela conta que o dia a dia com o filho é vivenciado de “pequenos orgulhos”, e isso torna a caminhada cheia de superações e vitórias.

“Todos os dias, quando avançamos um passinho rumo a uma qualidade de vida melhor, quando ele aceita experimentar algo novo, quando se sente à vontade em locais que antes talvez despertasse uma agitação maior, quando responde a uma interação social de forma adequada, por exemplo, temos um grande sentimento de vitória. Meu filho, assim como qualquer filho para uma mãe, me enche de orgulho. E eu só conheço ele dentro do espectro autista, não existe um Heitor dissociado disso, ele é assim e está tudo bem", revela.

Não há cura, apenas intervenções
Muito tem se disseminado sobre a “cura do autismo”, reforçando o mito de que se trata de uma doença. Sem contar que é possível encontrar profissionais vendendo “fórmulas mágicas” e soluções para cessar ou diminuir o transtorno. Já se sabe que isso não existe. São informações falsas que devem ser desmentidas e rebatidas por toda a sociedade, meios de comunicação e especialistas da área.

O que existe são intervenções que ajudam a desenvolver e aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida.

“Não existem estudos que comprovam a cura do diagnóstico por meio de qualquer tratamento, e qualquer afirmação diferente a essa pode gerar confusão e expectativas frustradas aos pacientes e seus responsáveis. Porém, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma intervenção que maximiza o potencial do indivíduo, através da ampliação de habilidades e redução de possíveis barreiras comportamentais que podem dificultar o aprendizado, tendo em vista que, a partir da avaliação, é possível mapear e respeitar a singularidade de cada um", conclui Julia Sargi.


CBDV: Brasileiros buscam na Inglaterra últimas vagas do judô na Paralimpíada


Este fim de semana vai definir quais judocas representarão o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na Inglaterra, a Seleção Brasileira buscará classificar o máximo possível de atletas ao longo de dois dias de batalhas no IBSA Grand Prix de Warwick, o último qualificatório da modalidade. Alguns representantes do país já estão matematicamente assegurados no Japão, e outros ainda sonham com a vaga.

Para facilitar, a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) traz, categoria por categoria, a situação de cada um dos 13 judocas brasileiros que estão há um mês na Europa – disputaram o GP de Baku, mês passado, e seguiram no Azerbaijão se preparando antes da viagem ao Reino Unido.

As lutas começarão neste sábado, às 10h locais (6h de Brasília), com seis brasileiros nos tatames: Giulia Pereira (até 48 kg), Maria Núbea Lins e Karla Cardoso (até 52 kg), Lúcia Araújo (até 57 kg), Thiego Marques (até 60 kg) e Luan Pimentel (até 73 kg). As finais começam às 16h30 locais (12h30 de Brasília). Haverá transmissão ao vivo pelo canal da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) no YouTube (LINK AQUI).

No domingo, nos mesmos horários, será a vez de Alana Maldonado (até 70 kg), Rebeca Silva Meg Emmerich (mais de 70 kg), Harlley Arruda (até 81 kg), Arthur Silva (até 90 kg), Antônio Tenório (até 100 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg).

Antes de acompanhar a situação de cada um deles na briga, é bom lembrar quantos pontos estarão em jogo no Grand Prix:

Campeão: 210 pontos
Vice: 150
Terceiro: 120
Quarto: 90
Quinto: 60
Sétimo: 30
(Observação: Se algum judoca ficar entre os sete classificados sem ganhar nenhuma luta, ganha metade da pontuação).

Além disso, cada luta rende pontos extras ao vencedor, de acordo com as classificações visuais:

B1 ganha de B3: 50 pontos
B1 ganha de B2: 40
B1 ganha de B1: 30
B2 ganha de B3: 40 pontos
B2 ganha de B2: 30
B2 ganha de B1: 20
B3 ganha de B3: 30 pontos
B3 ganha de B2: 20
B3 ganha de B1: 10

Para ilustrar, vamos dar um exemplo fictício de um judoca B3 que seja campeão derrotando um oponente B2, um B3 e outro B2. Neste caso, ele ganha 210 pontos pelo título + 20 pela vitória sobre o rival B2 + 30 pela vitória sobre o rival B3 + 20 pela vitória sobre o outro rival B2, totalizando 280 pontos que serão computados no ranking mundial.

Confira agora, peso por peso, a situação de cada atleta brasileiro:

MULHERES

Categoria: Até 48 kg
Representante: Giulia Pereira
Classificação visual: B1
Posição no ranking: 15ª
Situação: o peso de Giulia concede duas vagas às atletas B1. As seis restantes são para as mais bem ranqueados. Pela classificação visual, a brasileira é a quarta B1, mas a terceira é uma atleta da casa, portanto, já classificada como representante do país-sede. O foco dela, então, está na russa Viktoria Potapova, hoje quem levaria a segunda vaga B1 para os Jogos. A diferença de pontos entre as duas está em 199 (305 a 106).

#Acessibilidade: Giulia Pereira tenta imobilização contra adversária em Lima, 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 52 kg
Representantes: Karla Cardoso e Maria Núbea Lins
Classificação visual: B3 (Karla) e B2 (Núbea)
Posição no ranking: 13ª e 20ª
Situação: também são duas vagas a quem é B1 e seis pelo ranqueamento. Hoje, a sexta e última vaga via ranking está nas mãos de Basti Safarova, atleta do Azerbaijão, que soma 510 pontos. Karla tem 182 e Núbea, 82.

#Acessibilidade: Karla Cardoso tenta puxar o braço da oponente durante luta de solo em Lima, 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 57 kg
Representante: Lúcia Araújo
Classificação visual: B3
Posição no ranking: 4ª
Situação: duas vagas para B1 e seis via ranking. A campanha no GP anterior, em Baku, quando faturou o bronze, levou a brasileira a uma confortável quarta colocação no ranking, com 740 pontos, distante de quem poderia impedi-la de ir ao Japão.

#Acessibilidade: Lúcia derruba Liana Mutia em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 70 kg
Representante: Alana Maldonado
Classificação visual: B2
Posição no ranking: 1ª
Situação: o peso de Alana permite duas vagas para B1 e seis via ranking. Com 1.520 pontos no topo da lista, a brasileira vai aproveitar o GP britânico para avaliar possíveis oponentes em Tóquio e se manter em ritmo de competição.

#Acessibilidade: Alana luta contra Nadia Boggiano em Lima, 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Mais de 70 kg
Representantes: Meg Emmerich e Rebeca Silva
Classificação visual: B3 (ambas)
Posição no ranking: 3ª e 4ª
Situação: a categoria pesada do feminino prevê uma vaga para B1 e cinco às mais bem qualificadas. Cada país só poder classificar um atleta por peso, mas o regulamento do judô prevê exceções e a IBSA ainda convida uma atleta por peso, o que não descartaria a ida das duas brasileiras a Tóquio, pois ambas teriam pontuação suficiente para isso. Meg acabou se favorecendo dos duelos diretos com Rebeca nos últimos torneios, incluindo o GP de Baku, quando eliminou a conterrânea na semifinal antes de garantir o seu ouro – Rebeca ficou com o bronze. A distância entre elas é de 290 pontos.

#Acessibilidade: Meg luta contra Kate Davis, dos EUA, em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.

HOMENS

Categoria: Até 60 kg
Representante: Thiego Marques
Classificação visual: B3
Posição no ranking: 9º
Situação: o peso de Thiego concede três vagas aos atletas B1. As sete restantes são aos mais bem ranqueados – descartando o Japão, país-sede. O brasileiro é o nono, com 363 pontos, mas, como há dois atletas do Cazaquistão à sua frente, ele ganha automaticamente uma posição na luta pela vaga. O foco, portanto, fica no mongol Yadamdorj Sukhbaatar, que soma 420 e seria hoje o último classificado da lista via ranking. Ou seja, ele precisa tirar 57 pontos de diferença para seu oponente e ainda ficar ligado em que vem atrás. O turco Recep Ciftci soma 362 pontos, e Zurab Zurabiani, da Geórgia, 360. Deverá ser a categoria mais disputada do qualificatório.

#Acessibilidade: Thiego faz a entrada de golpe com a perna esquerda em Justin Karn, do Canadá, em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 73 kg
Representante: Luan Pimentel
Classificação visual: B3
Posição no ranking: 12º
Situação: também são três vagas a quem é B1 e sete pelo ranqueamento. O brasileiro é o 12º, com 322 pontos, mas há dois lutadores da Geórgia e dois da Rússia à sua frente, o que o leva para o décimo posto na briga.

#Acessibilidade: Luan ergue as mãos para o alto e fecha os olhos durante luta em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 81 kg
Representante: Harlley Arruda
Classificação visual: B1
Posição no ranking: 10º
Situação: três vagas para judocas B1 e sete via ranking. O brasileiro é o 10º do mundo, com 277 pontos, sendo o terceiro B1. Porém, um dos oponentes à sua frente é japonês, que entra como representante do país-sede e abre uma lacuna para Harlley entrar como o segundo B1 mais bem qualificado. Precisa ficar atento ao chinês Yurong Wu, o próximo B1 da lista, que está 84 pontos atrás, e ao cazaque Abylay Adilbekov, a 125 pontos de distância do brasileiro.

#Acessibilidade: Harlley tenta dar o golpe no cubano Gerardo Rodriguez em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 90 kg
Representante: Arthur Silva
Classificação visual: B1
Posição no ranking: 6º
Situação: três vagas para judocas B1 e sete via ranking. O brasileiro é o segundo B1 mais bem colocado, com 632 pontos. O quarto B1, que é o argelino Abderrahmane Chetouane, é somente o 22º do mundo, com 52 pontos.

#Acessibilidade: Arthur aplica o ippon em oponente durante luta em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Até 100 kg
Representante: Antônio Tenório
Classificação visual: B1
Posição no ranking: 
Situação: o peso do melhor judoca paralímpico de todos os tempos prevê duas vagas aos B1 e seis pelo ranking mundial. Tenório é o primeiro B1 da lista, muito à frente de quem poderia ameaçar sua ida ao Japão.

#Acessibilidade: Tenório luta contra Cristian Alderete, da Argentina, em Lima 2019. Crédito: Alexandre Schneider/EXEMPLUS/CPB.


Categoria: Mais de 100 kg
Representante: Wilians Araújo
Classificação visual: B1
Posição no ranking: 7º
Situação: entre os peso-pesados do judô, há duas vagas para B1 e seis via classificação pelo ranking. O brasileiro é o segundo B1 da lista, com 530 pontos, contra 283 do chinês Song Wang, o terceiro B1 do ranking.

#Acessibilidade: Wilians está no solo com oponente durante treino no CT Paralímpico. Crédito: Alê Cabral/ CPB.


Por: Renan Cacioli - Comunicação CBDV


FIJ: Koka Kids Judo Books para todas as idades e níveis


Não importa onde estejamos no mundo ou quão diferentes sejamos, no judô falamos a mesma língua. A forma de ensinar, entretanto, pode ser diferente. Existem inúmeros exercícios criativos e metodologias para ensinar. Com a 'IJF World Teaching Tour', a IJF Judo for Children aborda grandes exemplos de ensino de todo o mundo. Neste artigo, vamos nos concentrar em Nicola (Nik) Fairbrother e sua iniciativa Koka Kids.

Quem é Nik?
Nik Fairbrother ganhou a prata olímpica em 1992. Um ano depois, ela alcançou sua ambição de se tornar campeã mundial em Hamilton. Durante sua carreira competitiva, ela também ganhou três títulos europeus e em 1994 foi eleita a Melhor Judoca Europeia em todas as categorias de peso feminino. Quando ela se aposentou das competições, ela queria retribuir o esporte que tanto lhe dera. Ela criou o Koka Kids.

Ganhe com gratidão e perca com graça
 Nik começou o judô quando ela tinha apenas 8 anos, no m Pinewood Judo Club. Ela foi ensinada pelo Sensei Don Werner, 7º Dan. “Don era um professor incrível que me ensinou muito sobre a vida e também sobre o judô.” Nik diz que seus dias como judoca júnior estão cheios de ótimas lembranças. “O que mais me lembro daqueles dias foi o espírito fantástico do clube, os bons momentos viajando no microônibus do clube, a camaradagem e a amizade. O judô me ensinou a ser quem sou hoje. Isso me deu a base para acreditar em mim mesma e me mostrou como me esforçar para ser o melhor que posso ser pessoalmente e como competir com honra e graça. Me ensinou como ganhar com gratidão e perder com graça. Acho que judô e vida são a mesma coisa. Muito do que aprendemos no tatame pode ser aplicado à vida. ”

Valor favorito do judô
 Para a pergunta 'Qual é o seu valor favorito para o judô e por quê?' Nik respondeu: “CORAGEM!” Nik era tímido quando criança e o judô a ajudou a ter mais coragem para fazer coisas pequenas, mas importantes. “Coragem não envolve necessariamente apenas os grandes momentos da vida. Geralmente é necessário para tarefas diárias, como falar na frente de um grupo de pessoas ou ter a coragem de seguir seus próprios princípios. Com um pouco de coragem tudo se torna possível. ”


Koka Kids: ajude os professores e inspire o judoca
 Nik fundou o Koka Kids há mais de 20 anos. Os objetivos principais eram educar e envolver as crianças por meio do judô, com a esperança de aumentar a participação. “Esses objetivos ainda me orientam em tudo que faço com o negócio hoje.” 

Nik criou e imprimiu milhares de livros e revistas de judô. Seu objetivo é duplo. “Em primeiro lugar, é ajudar os treinadores de judô. O treinador de judô é uma pessoa ocupada. Talvez algumas das pessoas mais ocupadas que conheço sejam treinadores de judô e simplesmente não tenham tempo para criar recursos adicionais. ”

Em segundo lugar, ela quer inspirar o judoca júnior. “Espero que uma criança lendo um dos livros se inspire, que algo nos livros desperte a paixão pelo judô e faça com que ela volte ao tatame para mais. Recentemente, um treinador que deu livros a todos os seus membros como um presente durante o bloqueio me disse: 'O livro foi muito bem recebido e um dos meus filhos conseguiu aprender o-soto-guruma usando o livro e seu uke caseiro!' Não é uma ótima notícia? ”

Um livro de judô para todas as idades e níveis
 Durante o bloqueio, Nik criou uma nova gama de livros de judô para crianças, oito no total. “Cada um dos livros cobre uma área diferente de aprendizado, como aprender como evitar a queda, osae-komi básico (contenção) ou movimentos de base mais avançados e arremessos.” Um dos livros que ela escreveu se chama “40 lances de judô” e é um guia de 100 páginas para o gokyo completo, que também é totalmente ilustrado. Neste livro, cada técnica é dividida em pelo menos quatro estágios, para mostrar a pegada, a entrada, o levantamento e a finalização do arremesso. “Este livro também tem um recurso online de apoio no site Koka Kids, onde todos os arremessos de judô são animados. Para as crianças mais novas, existem dois livros de colorir que estão a revelar-se muito populares. ”



85 Japanese Judo Words
 O livro com o qual Nik está mais animado é '85 Japanese Judo Words '. “Este projeto começou como um livro direto com 85 comandos de judô japoneses comuns e seus significados em inglês, como uma forma de ajudar as crianças a entender a terminologia do judô, mas se desenvolveu em muito mais do que um livro.” Há uma versão interativa online do livro, incluindo um vídeo para os treinadores usarem como recurso de ensino em seus dojos. Ambos os recursos são gratuitos para os treinadores usarem e compartilharem com seus membros.

A chave do sucesso de Nik…
 Não é emburrecer o material. “Embora os livros sejam visualmente atraentes, brilhantes e parecidos com desenhos animados, eles na verdade contêm informações de judô de alto nível. Existe algo para todas as faixas etárias. Uma criança de 5 anos pode aprender simplesmente com as ilustrações dos desenhos animados, enquanto um judoca avançado de 12 anos vai aprender as pepitas de informações e dicas, algumas das quais eu usei enquanto treinava para meus títulos mundiais. Acho que o Koka Kids é lançado no nível certo e na qualidade de que as crianças precisam. ”

O futuro do Koka Kids
 No futuro, Nik espera traduzir os livros para diferentes idiomas. Dessa forma, os livros se tornarão um recurso verdadeiramente internacional para todos os judocas.

Mensagem de Nik para outros professores
 “Gostaria de agradecer a todos que estão trabalhando no judô no nível de base e gostaria que soubessem que seu trabalho terá um impacto por toda a vida nas crianças que estão ensinando.”

Por: Nicolas Messner e Esther Stam - Federação Internacional de Judô

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Pesquisa personalizada