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domingo, 2 de setembro de 2012

Com quatro ouros na bagagem, Tenório fica com bronze em Londres


Antônio Tenório da Silva chegou a Londres com quatro ouros paralímpicos na bagagem, mas desta vez teve de trocar a cor da medalha. Na categoria até 100kg, o judoca paulista de São José do Rio Preto ficou com o bronze ao derrotar neste sábado o iraniano Hamed Alizadeh. Pela primeira vez nos Jogos, teve de lidar com uma derrota, mas se levantou após o tropeço nas quartas de final e garantiu seu quinto pódio.

Em sua estreia nos tatames londrinos, Tenório mostrou por que ganhou quatro medalhas de ouro em Paralimpíadas. O brasileiro derrubou Sahas Srijarung, da Tailândia, de forma perfeita, com um ippon.

A luta seguinte, já pelas quartas, era o embate entre duas escolas de judô bem diferentes e, mais que isso, o confronto entre a experiência e a juventude. De um lado, os 41 anos do brasileiro; do outro, os 25 de Vladimir Fedin, da Rússia. O maior vigor físico do russo sobrepujou a técnica do tetracampeão paralímpico. Desde o início, o russo não deixou Tenório gostar do combate. Sem permitir que o brasileiro aplicasse suas entradas, Fedin conseguiu cavar duas punições e sair vencedor por um yuko de vantagem.

Pela primeira vez em sua carreira, Tenório teria que buscar o bronze. E quem pagou o pato da superação foi o japonês Aramitsu Kitazono. Com uma tática parecida com a do russo, Kitazono tentava forçar punições ao brasileiro. Mas Tenório já tinha o antídoto e conseguiu um yuko. A vantagem garantiu ao paulista uma vaga na luta pelo bronze.

O capítulo final tinha um rival à altura. O iraniano Hamed Alizadeh vendeu caro a medalha. Era a vez de Tenório jogar com a regra e fazer um bom volume de luta para o iraniano receber penalidades por falta de combatividade. Após a quarta punição, a vitória foi dada ao atleta do Brasil.

Outros brasileiros chegam perto, mas não conseguem medalhar

Pela categoria até 90kg, Roberto Santos começou bem ao vencer o atleta do Azerbaijão Tofig Mammadov. Mas acabou caindo diante do hermano Jorge Lencina. O brasileiro ainda poderia conseguir o bronze, mas foi novamente vencido por Dartanyon Crockett, dos Estados Unidos, na repescagem, acabando com o sonho de medalha.

Wilians Silva, de 21 anos, também não conseguiu subir ao pódio em Londres. O caçula da equipe de judô do Brasil venceu o húngaro Gabor Papp na estreia e, em seguida, bateu Hamzeh Nadri, do Irã. Nas semifinais, caiu para o judoca da China Song Wang. Na disputa pelo bronze, o peso pesado não conseguiu se recuperar na competição e acabou derrotado por Ilham Zakiyev, do Azerbaijão.

A categoria pesada do feminino teve Deanne Almeida como a representante brasileira. A atleta chegou à semifinal ao derrotar Katie Davis, dos EUA. Mas na luta que garantiria ao menos a prata para a brasileira, veio a primeira derrota. Yanping Yuan, da China, imobilizou a Deanne por 20 segundos. Na disputa do bronze, a judoca do Brasil foi derrubada em duas oportunidades e perdeu o combate por dois wazaris.


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mais duas medalhas do judô nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012


O Brasil conquistou mais duas medalhas paralímpicas no judô nesta sexta-feira - uma prata e um bronze. Juntando com os resultados de ontem, quando a judoca Michele Ferreira conquistou o bronze na categoria até 52 kg, o País já soma três medalhas em dois dias de disputas da modalidade. Porém, para a medalhista de prata Lúcia Teixeira, sua conquista poderia ter sido maior.

"Ela ganhou em uma falha. Fui fazer um golpe que não estava acostumada e acabei errando", disse ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

Lúcia, que é deficiente visual devido a uma toxoplasmose congênita, foi derrotada na final da categoria até 57 kg do judô para a azerbaijana Afag Sultanova, por ippon, e por pouco o Hino Nacional Brasileiro não tocou pela primeira vez na Arena ExCel, em Londres.

"Fico triste por não ganhar o ouro, mas já sabia que esta luta seria assim, difícil. Quem errasse menos, ganharia", analisou.

A outra medalhista do dia foi Daniele Bernardes, que estreou vencendo a finlandesa Paivi Tolppanen, por ippon, nas quartas de final. No entanto, na luta seguinte, acabou derrotada pela chinesa Tong Zhou, por dois yukos e perdeu a chance de brigar pela medalha de ouro.
Na disputa pelo bronze da categoria até 63kg, Daniele começou perdendo, mas foi rápida em um contra-ataque para derrubar a venezuelana e atingir a pontuação máxima do judô: o ippon.

"Não posso dizer que era a medalha que eu esperava ganhar, pois vim aqui para buscar o ouro. Mas eu estou feliz. Entrei no tatame para vencer. Fui confiante e saio daqui com a medalha", disse Daniele, que é deficiente visual.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Paralimpíadas 2012: Judô repete Olimpíadas e garante a primeira medalha para o Brasil


Michele (terceira da esq. para dir.) ganhou o primeiro bronze do Brasil nos Jogos

Assim como nos Jogos Olímpicos, com Felipe Kitadai e, depois, Sarah Menezes, a primeira medalha do Brasil nas Paralimpíadas de Londres chegou pelo judô. Michele Ferreira conquistou o bronze no tatame da Arena Excel, na categoria -52kg. A brasileira passou por altos e baixos na competição, mas contou com a sorte na última luta. A francesa Sandrine Martinet, machucada, não conseguiu voltar à competição para a disputa do bronze.
Michele não começou bem sua campanha em Londres. Logo na primeira luta perdeu por yuko para a russa Alesia Stepaniuk. Na repescagem, conseguiu lançar Kilic Gulhan, da Turquia, ao chão por duas vezes e ganhou com dois wazaris de vantagem.

O bronze chegou após a desistência de Sandrine Martinet, que havia se machucado na semifinal, contra a ucraniana Nataliya Nikolaychyk. Ela lesionou a perna esquerda e passou todo o combate chorando. Deixou a arena logo depois.

Conquista 'estranha' consolida retorno após gravidez

Apesar de a adversária já nem estar mais no Excel, Michele não foi avisada de que já tinha garantido a medalha por antecipação. Ainda na adrenalina pela vitória na repescagem, a sul-mato-grossense controlou o nervosismo, fez todo aquecimento e, já no tatame, foi pega de surpresa.

- Foi uma coisa muito estranha. Nunca passei por isso. Ainda estou meio assim: “O que houve?”. Fiz uma luta (a primeira) muito difícil, de cinco minutos, e perdi. Aí, no final eu ganho a medalha sem nem lutar. Ninguém me avisou nada. Fui até pertinho de entrar no tatame sem saber. Corri, me preparei, aqueci, disse para meu técnico que estava nervosa. Fiquei o tempo todo pensando que ia lutar.

O bronze que “caiu no colo” coroou um ciclo olímpico curto e marcado pela superação, mas não por conta da deficiência visual. Também terceiro lugar nos Jogos de Pequim-2008, a judoca ficou dois anos longe dos tatames para dar a luz a filha Emily, hoje com três anos.

Com a carreira restabelecida, Michele voltou a competir internacionalmente somente no ano passado e o quinto lugar no Mundial da Turquia por pouco não a deixou fora dos Jogos de Londres. A vaga foi conquistada somente com o ouro no Parapan de Guadalajara-2011.

- Voltar foi a etapa mais difícil, mais até do que começar. Quando começamos, estamos aprendendo. Depois, é mais complicado recuperar o que perdeu, voltar a parte física. Na gravidez eu engordei uns 18 quilos. Recebi muito apoio do meu técnico neste período. Ele confiou em mim. Dedico a medalha a ele e a minha filha.

Karla perde bronze

A outra judoca brasileira em ação, Karla Ferreira teve um início de dia diferente de Michele. Com uma vitória sobre a chinesa, Xiaoli Huang, por um yuko, já pelas quartas de final, a atleta do Flamengo que por duas vezes ficou com a prata em Jogos Paralímpicos - Pequim e Atenas - teve a oportunidade de chegar em mais uma final, mas caiu por dois yukos a um diante de Kai-Lin Lee, de Taiwan.

Antes uma das favoritas para conquistar o ouro, Karla teria que se recuperar para brigar pelo bronze. Mas, com uma tática de luta que não encaixou contra Victoria Potapova, da Rússia, a brasileira acabou derrotada após sofrer um yuko faltando pouco mais de dois minutos para o final do confronto.

Pela categoria -66kg, Magno Marques também lutaria neste primeiro dia de competição, mas foi considerado inelegível pelo Comitê Paralímpico Internacional e não pôde participar.

Foto: Getty Images

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