Para chegar até a maior conquista da carreira, Marcelo passou por três anos de adaptação e evolução no esporte paralímpico. O judoca possui um alto grau de déficit visual, ocasionado pelo albinismo, mas competiu no judô convencional até os 10 anos, quando chegou a ser convocado para a seleção brasileira de base. Depois da mudança para a modalidade paralímpica, o gaúcho se destacou e logo ingressou nas principais competições mundiais. Em 2022, conquistou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos, repetindo o feito em 2023 na edição de Santiago, no Chile. No último ano, também garantiu a medalha de bronze nos Jogos Mundiais da Federação Internacional de Esportes para Cegos, principal evento do judô paralímpico antes da Olimpíada.
Marcelo será um dos cabeças de chave na categoria nas terras francesas, em razão de uma boa posição no ranking. O bom resultado fará com que o gaúcho pegue adversários que estão abaixo no ranking nas fases iniciais. "Quem chegou lá, fez por merecer, não vai ter luta fácil. Tem que respeitar os adversários, mas vou impondo meu estilo. Eu sei o quanto eu me dediquei para conseguir minha vaga e o quanto vou lutar para chegar o mais longe, para buscar uma medalha", afirmou Marcelo. "O Recreio me deu um grande suporte, com a comissão técnica, preparação física, fisioterapia e nutricionista para que eu me concentrasse só em entregar o meu melhor, e é isso que vou fazer na Paralimpíada", completa o judoca.
Os Jogos Paralímpicos de Paris ocorrem entre 28 de agosto e 8 de setembro.
Por: Correio do Povo