No destaque, professor Eduardo Duarte e o judoca Alexandre Soares, , do Rio de Janeiro, que é atleta da Seleção Brasileira de Judô para Surdos, que conquistou em setembro de 2009, em Taipei, Taiwan, a terceira colocação. Foi a primeira medalha olímpica para o Brasil em uma olimpíada de surdos. Projeto que promove a inclusão social de crianças carentes e com necessidades especiais, através do Judô.
O projeto Valorizando as Diferenças foi criado em 2004, pelo professor Eduardo Duarte, com o principal objetivo de proporcionar acessibilidade, inclusão e integração de pessoas com necessidades especiais (principalmente os surdos) e de jovens carentes. O trabalho realizado pelo projeto, visa diretamente, desenvolver a aptidão dos jovens para o esporte através da cultura e da cidadania, tirando-os das ruas e formando futuras potências olímpicas . O projeto é aberto para crianças e adolescentes à partir de 06 anos, que sejam portadores de necessidades especiais (deficiência mental, síndrome de down e surdos), e moradores de comunidades, que estejam, devidamente matriculados em escola pública.As aulas são ministradas pelo técnico e coordenador do projeto, Eduardo Duarte que possui, formação especializada para ensinar, judô e Wrestling, sendo graduado ainda em karatê e taekwondo, para pessoas com necessidades especiais. Três vezes por semana, jovens "especiais" e carentes, praticam o Judô, às segundas, quartas e sextas das 18h15 às 21h no 2º BPM no bairro de Botafogo, e às terças e quintas das 18h15 às 20h45 no Condomínio Santos Dumont, no bairro da Portuguesa, Ilha do Governador, Rio de Janeiro.O projeto tem várias jovens promessas, e outras que já são uma realidade para o judô olímpico. Do infantil ao adulto o projeto tem alunos/atletas com conquistas estaduais, interestaduais e Sul Americanas. Inclusive, um atleta do projeto, conquistou em setembro de 2009, a inédita medalha de bronze para o Brasil no 21º Jogos Olímpicos de Surdos em Taiwan, sendo a única do Desporto de Surdos do país.O "Valorizando as Diferenças" tem apoio e reconhecimento, também, de entidades como a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos – CBDC, Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro – FJERJ, Federação de Luta-Olímpica e Associadas do Estado do Rio de Janeiro – FLOAERJ e da Confederação Brasileira de Lutas Associadas – CBLA. Com uma idéia na cabeça e uma vontade única de fazer a diferença, o projeto foi criado; agora basta apenas, bom senso, e visibilidade, para que mais jovens possam ser beneficiados e passem também a valorizar as suas diferenças.