quinta-feira, 30 de julho de 2020

Treinos virtuais unem judocas paralímpicos de Argentina e Brasil durante a pandemia


Treinos individualizados e transmitidos de forma online já não são nem mais novidade em meio ao "novo normal" provocado pelo coronavírus. Foi a maneira que atletas e comissões técnicas encontraram de manter corpo e mente ativos até que os torneios voltem a ser disputados. Mas no caso do judô paralímpico os trabalhos virtuais têm ido um pouco além. 

Na última quinta-feira (9), dois países se uniram remotamente para treinarem juntos. A convite do técnico da Seleção Brasileira Jaime Bragança, que já vinha promovendo encontros semanais, membros da comissão técnica e atletas da Seleção Argentina dividiram as telinhas do computador e do celular para suar seus quimonos.

"O vínculo de Argentina e Brasil em todos os âmbitos – socias, culturais e esportivos – é muito importante. Os dois países se fortalecem compartilhando encontros, aulas e aprendizado", destaca Walter Dzurovcin, técnico da Seleção paralímpica argentina. 

Cerca de 60 pessoas, incluindo nomes históricos do paradesporto argentino, como o veterano Fabian Ramirez, de 43 anos e dono de duas medalhas em Jogos Paralímpicos (bronze em Pequim 2008 e prata em Atlanta 1996), participaram do treino. Do lado brasileiro, marcaram presença o também lendário Antônio Tenório (seis medalhas em Paralimpíadas), Lúcia Araújo, Meg Emmerich, entre outros.

"Inicialmente, não era treino de alto rendimento, mas o pessoal foi pegando condicionamento", explica Bragança, que tem conduzido as aulas virtuais com seus alunos do Centro Esportivo Mooca, muitos deles integrantes da Seleção, três vezes por semana. "Temos um aluno argentino que enviou o link para o Guillermo Traba (coordenador técnico da Seleção Argentina). Ele mobilizou todo mundo para treinar. E saiu um baita treino, motivante, o pessoal gostou muito", elogia o brasileiro.

"A intenção é que os atletas façam suas atividades físicas da forma mais parecida possível. E com o que tiverem em casa. Assim, o que tentamos é continuar trabalhando para manter a motivação", emenda o argentino Dzurovcin, agradecido pela experiência.

Por: Surto Olímpico

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