A seleção brasileira de judô se apresentou nessa terça-feira, 23, para a concentração, em Mangaratiba, para os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, que acontecem em julho. Neste período, os 14 judocas convocados terão uma rotina de treinamentos diários na estrutura móvel montada no hotel com o apoio do Comitê Olímpico do Brasil e do Ministério do Esporte.
A precisão nos detalhes tem uma razão especial. Medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, a ex-judoca Daniela Polzin é, atualmente, uma das arquitetas do COB e foi responsável pelo projeto de adaptação das instalações do hotel para receber a seleção de judô. Um trabalho que ficará como legado para 2016, já que o local será utilizado novamente como sede da concentração do judô brasileiro para os Jogos Olímpicos.
Ela conta que o maior destaque do projeto é justamente o coração da estrutura: o dojô, onde os atletas passarão a maior parte do tempo. E que tem uma novidade. O tatame foi projetado com uma plataforma de amortecimento que garante maior conforto e ajuda no desempenho do atleta durante os treinamentos.
“Eu fui atleta e eu sei que faz muita diferença. Nessa fase de preparação, cair não é a coisa mais prazerosa. Com o amortecimento, evita-se que o atleta sofra microlesões durante as quedas que acontecem, geralmente, quando se tem o tatame diretamente no piso, por exemplo”, resume.
Polzin conta também que o maior desafio no projeto foi a organização da montagem, desde a saída das peças do Maria Lenk, onde estavam armazenadas, até o hotel em Mangaratiba. Trabalho que foi concluído em quatro dias com turnos diários das 7h às 22h, sem interrupções.
Treinamentos específicos
Aproveitando o conforto dessa estrutura de ponta, então, a comissão técnica da seleção traçou um planejamento específico para o Pan, com estratégias individuas visando os principais adversários de cada atleta do Brasil.
“Estamos fazendo estudos sobre cada atleta de destaque na Panamérica. Existem categorias como a médio e a meio-pesado femininas que têm judocas muito fortes como a Kelita Zupancic (CAN), Yuri Alvear (COL), a Kayla Harrison (USA) e agora é a hora de focar nesses principais adversários”, explica Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ. “Além disso, quando o atleta chega nesse tipo de concentração como a que estamos vivendo agora, ele tem tranquilidade para pensar apenas na competição, já que está fora do ambiente de casa sem precisar lidar com os problemas do dia-a-dia que podem interferir na sua preparação. Esses são os nossos objetivos nessa fase final.”
O Brasil embarca no dia 2 de julho para o Canadá. A base da equipe será na Universidade de York, em York. A partir do dia 9 de julho começam as saídas graduais dos atletas para Toronto, onde acontecem as competições.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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