terça-feira, 22 de junho de 2021

Tóquio 2020: Lista Oficial de Qualificação Olímpica


Hoje, 22 de junho, a Federação Internacional de Judô divulgou a lista oficial de atletas qualificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Este é o momento que há vários anos aguardam centenas de atletas e todas as federações nacionais. 

O período de qualificação que estava inicialmente previsto para terminar em junho de 2020, foi estendido para junho de 2021, terminando imediatamente após o Campeonato Mundial de Judô Hungria 2021. Calculados todos os pontos ganhos pelos participantes do Circuito Mundial de Judô, a lista de atletas está agora conhecido.

Qualificação por continente e categoria de peso

Os Comitês Olímpicos Nacionais, em coordenação com as federações nacionais, terão agora que escolher seus representantes nos casos em que vários atletas de uma mesma nação estejam dentro da cota de qualificação. 

Classificação para Jogos Olímpicos
HOMENS - MULHERES - EQUIPES (+ Equipe Olímpica de Refugiados)

Por três anos, atletas dos cinco continentes, representando 110 nações, incluindo o Japão como país anfitrião, competiram para ganhar o direito de competir no palco olímpico.

Qualificação em evento de equipe mista

Mais 20 países serão convidados a participar do Budokan neste verão, bem como seis atletas refugiados como membros da equipe olímpica de refugiados.

Desejamos boa sorte a todos e estamos ansiosos para vê-los em breve em Tóquio.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

Judoca Nacif Elias viaja hoje para a Turquia, para começar sua preparação para a olimpíada de Tóquio.


O atleta de judô capixaba, que passou essa última temporada no Minas Tênis Clube, mas que representa a Seleção do Líbano, embarca hoje para Turquia, em preparação para as olimpíadas. Ele ficará até o dia 29 de junho, em treinamento de campo, aonde estarão reunidos atletas de vários países. 

A Turquia hoje é referência no cenário mundial, vários atletas medalhistas no circuito mundial, medalhistas em campeonato mundial, ou seja, que são qualificados em várias categorias, estão lá. O judoca Albayrak, que representa a Turquia, na categoria 81 quilos, é um dos que estarão neste treinamento. E além disso, terão outros atletas de outros países que também são referência no judô. Sendo assim, será um treinamento forte. 

Após este treinamento, Nacif Elias irá para Portugal, fazer mais um treinamento de campo e em seguida, irá treinar na Espanha, finalizando seu camping. E após este último treinamento, Nacif Elias segue para o Japão. O judoca pretende chegar na melhor performance possível.  
Quem irá acompanhar seus treinos é seu atual técnico Francois Saade Junior, dando o suporte necessário para os treinamentos. 

“Nessas últimas competições que participei, sempre fiquei no quase, perdendo no golden score (pontuação de ouro), quem toma a primeira punição ou marca a primeira pontuação, acaba perdendo; e eu acabei perdendo nisso. A minha última competição foi até 9 minutos de luta, bastante tempo... perdi para o judoca do Cazaquistão, que foi campeão dos jogos asiáticos. Estamos no caminho, mas falta ajustar os detalhes. O treinamento de campo irá impulsionar esta reta final e acredito que chegarei mais forte para obter um bom resultado.” esclarece o judoca.  

Sobre a classificação olímpica: 
“Eu acredito que a Federação Internacional de Judô dê o resultado o mais breve possível. O Brasil já anunciou os classificados, o Líbano também já anunciou que estou classificado. Agora, só esperar a Federação Internacional confirmar. Outros países também já anunciaram, pois existe um ranking, mas, é necessário esperar o resultado final.” explica Nacif Elias. 

A expectativa de Nacif Elias é a melhor possível, buscando a evolução constante, ajustando as falhas das últimas competições, ajustando a parte técnica, para chegar melhor fisicamente. Nacif está bem, mas quer chegar melhor ainda. Serão tempos de ajustes e estudos, para conquistar uma medalha nas olimpíadas de Tóquio e fazer uma nova história. 

Por: Raquel Lima - Assessoria de Comunicação

ICI: Livro "Jornadas Heroicas" em pré-venda na Amazon. Confira!


Dia 29, das 17h30 às 20h30, Rodrigo Motta e Wagner Castropil lançarão o livro "Jornadas Heróicas" na sede do Instituto Camaradas Incansáveis (ICI). O convite é aberto a todos os judocas e os autores informam que acontecerá um treino também, portanto, todos de judogui, faixa e máscara! Será seguido os protocolos sanitários.

Mas o livro já está em pré-venda na Amazon.

Clique aqui e garanta seu exemplar.

Serviço:
Lançamento do livro "Jornadas Heroicas"
Data: 29 de junho de 2021
Horário: das 17h30 às 20h30
Local: ICI - Rua Barão do Bananal, 475, Vila Pompéia, São Paulo

Por: ASCOM ICI



Araras: Uma parte da Associação Mercadante na Olimpíada. Conheça a história de Eduardo Yudi!


Em setembro de 2013, em um estágio internacional do Projeto Kimono de Ouro no Japão, o sensei Marcos Mercadante conheceu o brasileiro Eduardo Yudy Santos, que estudava na Universidade Internacional Budo onde os atletas ararenses estavam treinando.

Yudy nasceu no Japão e a família Santos mora e trabalha na Terra do Sol Nascente. Lá conquistou tudo o que podia, inclusive a vaga da seletiva para defender o Japão em competições nacionais. Mas, por possuir dupla nacionalidade, é considerado estrangeiro e o país não permitia que competisse em tatames internacionais.


Após uma conversa, Yudy demonstrou interesse em competir no Brasil e tentar viver seu sonho no judô. Então o sensei Marcos o convidou para vir para Araras e competir a Seletiva Nacional das Categorias da Base em dezembro daquele mesmo ano. Era uma grande oportunidade pois, se ele se classificasse, faria parte da Seleção Brasileira Sub 21 e começaria a competir pelo nosso país.

E foi o que aconteceu: Yudy veio para Araras em novembro de 2013, se hospedou na casa do sensei Marcos e fez a sua preparação na Mercadante, juntamente com os atletas do Projeto Kimono de Ouro. Em dezembro competiu a Seletiva Nacional pela Associação Marcos Mercadante de Judô, foi campeão e integrou a Seleção Brasileira Sub 21 para as competições de 2014. Na mesma competição, o sensei Marcos intermediou sua contratação para o Esporte Clube Pinheiros, por onde compete até hoje, devido ao maior recurso de material humano para treinar.


No último dia 16, Yudy foi convocado para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na categoria meio médio (- 81kg), e a alegria por ter feito parte dessa trajetória é imensurável para o mestre kodansha Marcos Mercadante.


"O meu maior objetivo é colocar um atleta que foi formado na Mercadante, em seus projetos, nas Olimpíadas. Saber que eu tenho uma parte de mim nessa conquista me motiva ainda mais para proporcionar uma estrutura de cada vez mais excelência, sei que é possível.", finaliza o mestre kodansha Marcos Mercadante.

Confira o vídeo de agradecimento de Yudi:




Por: Associação Mercadante de Araras

FIJ: Harriet Bonface se sente humilde e honrada


Durante os últimos campeonatos mundiais em Budapeste, aconteceu um evento importante para a família do judô: a eleição da Comissão de Atletas da IJF. Entre os atletas eleitos para fazer parte da comissão está Harriet Bonface, do Malaui, representando a África.

Osaka Grand Slam 2019, ROUND 1 MAW BONFACE vs AZE GURBANLI, -48 kg

Quinto colocada no último Campeonato Africano de Dakar, Harriet fez uma bela campanha para ser eleita e a partir de agora, junto com as demais integrantes, atuará como uma ponte entre os atletas e a executiva da Federação Internacional de Judô. 

"Sinto-me humilde e honrado por fazer parte da Comissão de Atletas da IJF", disse Harriet, antes de acrescentar: "É uma grande conquista para mim. Isso mostra que tenho me saído bem como judoca e usarei minha posição para despertar o interesse de meus colegas competidores de judô na África e no Malauí em particular ”.

Harriet nasceu a terceira criança em uma família de oito, 3 meninas e 5 meninos, "Fui criada pelo meu avô porque éramos muitos em nossa família, então foi difícil para meus pais nos fornecerem os fundamentos básicos. Hoje minha única ocupação e objetivo na vida é ser judoca. " Ela começou no judô em 2010 porque "eu não era boa no atletismo", disse a judoca de -48kg.

Campeonato Mundial Sênior Baku 2018, ROUND 1 ARG PARETO vs MAW BONFACE, -48 kg

Para Harriet “o judô é diferente dos outros esportes porque não é apenas uma atividade física, é um modo de vida. Ensina os valores morais como respeito, honestidade, disciplina e muitos outros”.

Para o judô no Malauí, também é uma grande honra ter um de seus atletas representado na organização da IJF. "O judô tem se desenvolvido muito ultimamente no Malaui. Com a minha eleição como Comissário de Atletas da IJF na África, vou tentar o meu melhor e esta oportunidade ajudará a levar a comunidade de judô do Malaui a outro nível."

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Marina Mayorova

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Livro "Jornadas Heroicas" será lançado em 29 de junho, no ICI


Dia 29, das 17h30 às 20h30, Rodrigo Motta e Wagner Castropil lançarão o livro "Jornadas Heróicas" na sede do Instituto Camaradas Incansáveis (ICI). O convite é aberto a todos os judocas e os autores informam que acontecerá um treino também, portanto, todos de judogui, faixa e máscara! Será seguido os protocolos sanitários.

Sobre o livro:

VIDAS NUTRIDAS COM AS COMPETÊNCIAS DO ESPORTISMO.

Dar vida a uma teoria e preenchê-la de histórias ricas de emoção e sentido é a grande finalidade deste Jornadas Heroicas. Como alicerce conceitual de suas narrativas, a obra traz a teoria do Esportismo, formulada por Rodrigo Motta e Wagner Castropil, segundo a qual, a vivência do esporte competitivo dota as pessoas de cinco competências para a vida: Atitude, Visão, Estratégia, Execução e Teamwork (trabalho em equipe). Com texto do jornalista Wagner Hilário, o livro se divide em duas linhas narrativas. Na primeira, os autores contam como lançaram mão das competências do Esportismo, Motta como paciente e Castropil como ortopedista, para superar uma gravíssima lesão. Na segunda, a obra apresenta seis perfis biográficos que também traduzem as competências: Marilia Rocca (CEO da Hinode), José Salibi Neto (fundador da HSM), José Vicente Marino (presidente da Avon), José Carlos Brunoro (gestor de projetos esportivos), Flávio Canto (presidente do Instituto Reação) e Jorge Paulo Lemann (sócio da AB Inbev). Jornadas Heroicas é a prova de que teorias não nascem de reflexões frias e racionais, mas de experiências práticas cheias de vida, emoção, história e significado.

SEIS GRANDES PERSONALIDADES

A obra traz o perfil biográfico de seis personalidades, altos executivos, empresários e empreendedores, todos atletas ou ex-atletas (profissionais ou amadores), que encontraram no esporte fonte de inspiração e de desenvolvimento de competências para uma vida de realizações pessoais e profissionais. São eles Marilia Rocca, hoje CEO da Hinode, praticante de enduro equestre; José Salibi Neto, fundador da HSM, um dos maiores palestrantes do país sobre o tema gestão e tenista; José Vicente Marino, presidente da Avon e cavaleiro, competidor de hipismo; José Carlos Brunoro, ex-atleta, técnico de vôlei e gestor de projetos esportivos, incluindo o Palmeiras da “Era Parmalat”; Flávio Canto, judoca medalhista olímpico, fundador e presidente do Instituto Reação e Jorge Paulo Lemann, sócio da AB Inbev, maior cervejaria do mundo e tenista.

Serviço:
Lançamento do livro "Jornadas Heroicas"
Data: 29 de junho de 2021
Horário: das 17h30 às 20h30
Local: ICI - Rua Barão do Bananal, 475, Vila Pompéia, São Paulo

Por: ASCOM ICI

domingo, 20 de junho de 2021

FIJ: Ruvalcaba vs Maldonado - O Capítulo Mais Recente


O último capítulo de uma das maiores rivalidades do judô foi escrito no Grande Prêmio de Judô da Federação Internacional de Esportes para Cegos, em Warwick, Grã-Bretanha, no domingo, 20 de junho.

A campeã paralímpica Lenia Ruvalcaba do México e a campeã mundial brasileira Alana Maldonado se enfrentaram mais uma vez na final dos -70kg feminino, para dar aos fãs um gostinho da ação que virá na Paraolimpíada de Tóquio 2020.

Maldonado teve a vantagem, entrando na luta mais fresco. Ruvalcaba suportou exaustivos 3 minutos de gol de ouro na semifinal contra o Vasila Aliboeva, que só terminou quando o uzbeque se lesionou.

Tanto Ruvalcaba quanto Maldonado tiveram suas chances no tempo normal na final, mas nenhum deles conseguiu marcar. À medida que o relógio marcava para ouro, era o brasileiro com mais energia, mas infelizmente para Maldonado, Ruvalcaba conseguiu cavar fundo e agarrar o ponto decisivo.

A vitória significou claramente uma grande quantia para o mexicano, depois de perder o pódio no Grande Prêmio de Baku no mês passado. Ruvalcaba comemorou em lágrimas nos braços de seu treinador.

A estreante da Geórgia em 2021, Ina Kaldani, conquistou sua segunda medalha consecutiva no Grande Prêmio do ano com o bronze. Aliboeva se recuperou o suficiente de sua lesão anterior para fechar os medalhistas.

A medalhista de bronze mundial da Itália Carolina Costa forçou a brasileira Meg Emmerich a cometer um erro na categoria feminina acima de 70kg. Depois de Costa registrar um placar, alguns momentos depois Emmerich tentou virar-se, mas perdeu o equilíbrio e caiu de costas. Costa aproveitou para garantir o ippon, faltando apenas oito segundos para o término do cronômetro. A brasileira Rebeca Silva e a ucraniana Anastasiia Harynk ficaram com o bronze.

A medalhista de prata mundial da Ucrânia Iryna Husieva executou um enorme ippon e conquistou o ouro na categoria até 63kg feminino contra Nafisa Sheripboeva (UZB).


A relativa novata Liana Mutia mostrou mais uma vez porque ela poderia lutar pelo pódio em Tóquio, ganhando seu primeiro bronze no Grande Prêmio. Daí a quinta colocação em Baku e o título pan-americano na estreia continental, em 2020. Em Warwick Mutia enfrentou a medalhista europeia sueca Nicolina Pernheim, batendo-a por ippon. A espanhola Marta Arce Payno completou o pódio.

Com o início das categorias masculinas, o francês Helios Latchoumanaya teve um grande dia no tatame na categoria de -90kg masculino, mostrando grande forma faltando pouco mais de dois meses para os Jogos Paralímpicos. Ele superou Zhanbota Amanzhol do Cazaquistão, ele próprio animado depois de derrotar o campeão mundial da Ucrânia Oleksandr Nazarenko no início da competição.

No entanto, Nazarenko terminou o dia com uma medalha de bronze, batendo Shukhrat Boboev do Uzbequistão.

Houve um confronto totalmente britânico entre Cameron Bradley e Elliot Stewart pelo bronze. Uma luta dura terminou com o medalhista mundial de bronze Stewart levando o lugar do pódio e a dupla compartilhando um abraço e um sorriso.

Revaz Chikoidze, da Geórgia, forçou o cubano medalhista de bronze do Rio 2016, Yordani Fernandez Sastre, a bater na final do masculino acima de 100kg. Depois de perder para Fernandez Sastre na semifinal, o sul-coreano Gwang Geun Choi, campeão paraolímpico de -100kg, garantiu o bronze. O brasileiro Wilians Araujo venceu Jack Hodgson e levou o outro lugar do pódio.

Kanan Abdullakhanli do Azerbaijão venceu Sulaymon Alaev do Uzbequistão pelo ouro na categoria de -100kg masculino.

O medalhista de bronze mundial da Grã-Bretanha, Chris Skelley, voltou da decepção no início do dia para reivindicar o bronze com um lançamento impressionante contra o companheiro de equipe de Alaev Sharif Khalilov. Oliver Upmann, da Alemanha, garantiu o outro bronze.

O campeão mundial sul-coreano Jung Ming Lee não enfrentou o campeão paralímpico Eduardo Avila Sanchez na final da categoria até 81kg. Lee ficou com o ouro por omissão depois que Avila Sanchez se retirou devido a lesão. A situação foi a mesma em uma das partidas pela medalha de bronze, já que o britânico Daniel Powell também se machucou, dando a vitória ao Cazaquistão Galymzhan Smagululy. O ucraniano Dmytro Solovey, no entanto, lutou contra o cubano Gerardo Rodriguez Reyes pelo outro bronze, vencendo por ippon.

O Grande Prêmio IBSA de Judô de 2021, em Warwick, ocorreu de 19 a 20 de junho. Foi a última chance para o judoca ganhar pontos no ranking mundial para se qualificar para as Paraolimpíadas de Tóquio em 2020.


CBDV: Brasil vai ao pódio quatro vezes e deixa GP inglês com cinco medalhas


A Seleção Brasileira de judô paralímpico encerrou em grande estilo sua participação no IBSA Grand Prix de Warwick, na Inglaterra. Neste domingo (20), o país foi quatro vezes ao pódio graças às conquistas de Alana Maldonado (até 70 kg) e Meg Emmerich (mais de 70 kg), que ficaram com a prata, e Rebeca Silva (mais de 70 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg), que faturaram o bronze. Tais resultados somados ao ouro de Lúcia Araújo (até 57 kg) do dia anterior fizeram o Brasil terminar o evento com cinco medalhas ao todo.

Assim, a Seleção finalizou sua turnê europeia, que já dura mais de um mês e havia passado pelo Azerbaijão anteriormente, com dez medalhas na bagagem. O foco total a partir de agora serão as fases de treinamento restantes até a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto.

"Foram duas competições muito importantes depois de mais de um ano sem lutar. Na primeira, em Baku, cheguei à final e conquistei o ouro. Aqui na Inglaterra fico com a prata. Agora é focar, ajustar e chegar em Tóquio para ser campeã paralímpica", disse Alana, derrotada na final do GP britânico pela mexicana Lenia Ruvalcaba Alvarez. Antes, ela havia passado por três oponentes: a uruguaia Mariana Mederos – mesma rival que vencera na estreia em Baku –, a croata Lucija Breskovic, Lucija e Ina Kaldani, da Geórgia.

"Senti que ainda tenho algumas coisinhas a melhorar. Me sinto preparada para Tóquio, mas há pequenos detalhes para corrigir", analisou Meg, que perdeu para a italiana Carolina Costa, a mesma oponente da decisão em Baku, quando a brasileira levou a melhor. Aliás, os caminhos de Meg nos dois Grand Prix foram exatamente os mesmos: vitórias nas respectivas estreias sobre a americana Katie Davis e, nas semifinais, diante da conterrânea Rebeca Silva. Beca, por sinal, repetiu o feito do Azerbaijão e conseguiu o bronze depois de bater a ucraniana Anastasiia Harnyk. "Sinto que meu ciclo foi muito bom", falou a atleta de 20 anos, a "caçula" desta Seleção.

"Só eu sei o que passei para estar aqui, a minha família, minha esposa. A perda do meu pai foi um ippon que a vida me deu. Essa medalha aqui é para ele. Foi um ciclo conturbado, com duas cirurgias. Só pude participar de quatro competições das sete que valiam pontos para Tóquio. E saio daqui classificado. Para mim, é uma vitória muito grande", disse Wilians, bastante emocionado depois do bronze conquistado graças a um lindo ippon sobre o atleta da casa Jack Hodgson já no chamado golden score, a prorrogação do judô. Wilians perdeu o pai, Severino, no ano passado.

#Acessibilidade: Wilians, que é branco e usa o cabelo quase raspado, mostra a medalha de bronze com a mão direita. Na mão esquerda, ele segura o bicho de pelúcia do mascote do evento, que é um leão vestido de quimono. Ao fundo, o banner da competição.

Mais Brasil
Os demais brasileiros não tiveram a mesma felicidade e acabaram ficando fora da briga por pódio neste domingo.

Ainda buscando sua melhor forma após longa recuperação contra a Covid-19, o multicampeão Antônio Tenório estreou perdendo para Kanan Abdullakhanli, do Azerbaijão, na categoria até 100 kg. Na repescagem, derrotou o holandês Daniel Knegt, mas parou no confronto seguinte, para o uzbeque Sharif Khalilov.

Entre os pesos até 90 kg, Arthur Silva venceu na estreia Lasha Kizilashvili, da Geórgia, mas perdeu em seguida para o atleta da casa Elliot Stewart. Na repescagem, derrota para o uzbeque Shukhrat Boboev, o mesmo que o havia batido em Baku.

Na categoria até 81 kg, Harlley Arruda ganhou do uzbeque Abylay Adilbekov em seu primeiro combate, porém, não passou pelo sul-coreano Jung Min Lee, terceiro melhor do mundo, no outro desafio. Na repescagem, o tropeço foi para o cubano Gerardo Reyes.

Renan Cacioli - Comunicação CBDV

sábado, 19 de junho de 2021

Judoquinhas: Onde o Judô está?


Onde o Judô está?

Está lá no seu dojo? Está lá no Google? Onde o Judô está?

O Judô está no nosso coração!

Essa é uma certeza que precisamos transmitir para as crianças, porque nem sempre poderemos fazer judô nas condições mais favoráveis do mundo. E a vida é assim, precisamos nos adaptar e seguir em frente mesmo quando as condições não ajudam muito. Mais do que isso, ainda precisamos aprender ver beleza e aprendizado nas condições que não são perfeitas ou como gostaríamos que fosse. 

No caso do judô, é  claro que é mais gostoso praticar com os amigos no tatame. Mas, se não temos a "aula de judô perfeita",  temos agora as condições perfeitas para exercitar o verdadeiro valor do judô no desenvolvimento da habilidade de superação. Aprender a superar desafios a gente aprende na prática. E a prática não precisa ser no tatame, mas pode continuar sendo no judô mesmo fora dele. Desistir da aula online é um erro. Podemos ensinar: "está difícil, mas vamos conseguir juntos!" A aula online pode não ser perfeita. Mas o mais importante é continuar a jornada. E podemos ensinar isso agora, para as nossas crianças, no tatame ou fora dele, pois o judô mora dentro de nós. 

Pergunta: Muito utópico? 

Por: Patrícia Amaral - Família Judoquinhas

IBSA: Sandrine Martinet e Giorgi Kaldani impressionam em Warwick


A campeã paralímpica francesa Sandrine Martinet conquistou o ouro em seu retorno ao tatame no Grande Prêmio de Judô da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) 2021 em Warwick, Grã-Bretanha, no sábado, 19 de junho.

Martinet, a detentora do título de -52kg feminino, perdeu o Grande Prêmio do mês passado em Baku, no Azerbaijão, mas não deu sinais de enferrujamento por não competir desde setembro de 2019.

Uma partida difícil contra a ucraniana Yuliia Ivanytska terminou com Martinet segurando sua oponente por ippon.

A medalhista de prata do Rio 2016, Ramona Brussig, da Alemanha, venceu sua disputa pela medalha de bronze contra a brasileira Giulia Pereira por ippon. Lobar Khurramova, do Uzbequistão, ficou com a outra medalha de bronze.

Os resultados completos podem ser encontrados clicando aqui. Toda a ação também pode ser assistida no canal do IBAS no YouTube aqui.

Giorgi Kaldani, da Geórgia, impressionou mais uma vez na categoria masculina de até 73kg, encerrando um grande dia de ação na Universidade de Warwick.

Kaldani virou o jogo contra o campeão mundial do Uzbequistão e o judoca mais bem classificado, Feruz Sayidov. Sayidov liderava a menos de 10 segundos do fim e parecia estar no controle, mas Kaldani conseguiu forçá-lo a cometer um erro com ippon, conseguindo derrubá-lo.

Kaldani fez um grande sucesso desde sua estreia em 2019, ganhando mais recentemente o ouro no Grande Prêmio IBAS de Judô em Baku, no Azerbaijão, em maio.

O espanhol Alvaro Gavilan Lorenzo e o ucraniano Rufat Mahomedov completaram o pódio.


feminino
 campeã asiática do Uzbequistão e medalhista de bronze paralímpica Sevinch Salaeva precisava do período de ouro contra Basti Safarova do Azerbaijão nos -52kg feminino, para triunfar no final, executando um lançamento de quadril perfeito para garantir o ouro.

A medalhista de prata da Alemanha, Ramona Brussig, conquistou o bronze depois que a canadense Priscilla Gagne se retirou da partida devido a uma lesão. A ucraniana Nataliya Nikolaychyk, atualmente em 14º lugar no ranking mundial, mostrou grande técnica para conquistar a medalha de bronze contra a brasileira Karla Cardoso, a nº 5 mundial.

A brasileira Lucia Araujo acabou de chegar ao ouro na partida contra a argentina Laura Candela Gonzalez no grupo feminino de até 57kg. Depois de uma disputa acirrada que chegou ao ponto de ouro, até mesmo uma crítica de vídeo viu um lance de Araujo como limite, mas após uma consideração cuidadosa foi premiado com o waza-ari.

A bielorrussa Elena Bogdanova e Dayana Fedossova do Cazaquistão foram as medalhas de bronze.

Masculino
 Com um minuto no cronômetro, ainda não houve placar, apesar dos melhores esforços dos dois judocas na final dos -60kg masculinos. Marcos Blanco, da Venezuela, mostrou grande resistência aos ataques do número 2 do mundo georgiano, Zurab Zurabiani, e continuou voltando para mais, lançando suas próprias tentativas em resposta. No final, porém, Zurabiani foi o vencedor ao segurar Blanco para ippon.

O uruguaio Henry Borges ficou encantado com a medalha de bronze contra o espanhol Borja Pahissa. A Espanha teve mais sorte na outra partida pela medalha de bronze, graças a Luis Daniel Gavilan Lorenzo.

Uchkun Kuranbaev, do Uzbequistão, provou ser forte demais para o espanhol Sergio Ibanez Banon na disputa pela medalha de ouro masculina de -66kg, conquistando a vitória.

Marcos Jose Falcon Tovar levou apenas oito segundos para conquistar o segundo bronze da Venezuela. Em um grande dia no tatame para o judoca das Américas, Luis Jabdiel Perez Diaz, de Porto Rico, conquistou o último lugar no pódio.

No final do dia Esther Stam, comentando ao vivo no evento, disse: "O melhor judoca foi Kaldani da Geórgia no grupo de -73kg. Em todas as lutas ele estava atrás e ainda poderia voltar no último minuto. Ele até derrotou o atual campeão mundial. Acabou de subir para o peso de -73kg em Baku e venceu todas as partidas desde então. Além disso, o Pan-América se saiu excepcionalmente bem, com a maior surpresa vindo da equipe da Venezuela, com 2 medalhas e algumas muito técnicas e atraentes judô."

O 2021 IBSA Judo Grand Prix continua em Warwick no domingo, 20 de junho, concluindo com mais oito eventos de medalhas.


Austrália: Judô para prestígio e diversão!


O Campeonato Mundial de Judô Hungria 2021 veio e se foi, com novos campeões agora no topo do mundo, remendos nas costas vermelhas e um olhar final para Tóquio como nosso próximo destino, um destino final neste ciclo inesperado de 5 anos.

On-line, pode parecer que apenas um estreito fio de judô competitivo está sobrevivendo, com a maioria dos países ainda restringindo o esporte competitivo de contato total. A Austrália, no entanto, tendo sido rigorosa e protetora desde a pandemia na primavera do ano passado, está vendo um ressurgimento e enquanto o Mundial estava em plena atividade, também estava seu Campeonato Nacional, sendo disputado pela primeira vez em dois anos .

Verificando a configuração

Kate Corkery, presidente da Judô Australia, estava animada para falar sobre o evento, “O Judô na Austrália voltou à vida no Nationals Gold Coast no último fim de semana. Havia sons familiares e maravilhosos da multidão aplaudindo e ippon sendo marcado, enquanto amigos que estavam ausentes por dois anos puderam se abraçar como se o tempo não tivesse passado ”. 

Em um ambiente agora muito familiar, como nenhuma situação vem sem referência a Covid nesta época, o judoca do estado de Victoria não estava presente, preso em um confinamento e incapaz de viajar.  

“Através dos gritos, das lágrimas, das vitórias e das derrotas reconhecemos que o tempo tinha passado e sentíamos saudades dos nossos colegas de Victoria, por isso, embora fosse familiar, não era o mesmo. No entanto, havia esperança de que este era o começo de uma reconexão por meio de nosso amor pelo judô ”, disse o presidente do judô da Austrália.

Emma Taylor, CEO da Judô Austrália foi prática e clara ao ajudar nas operações do evento, “A oportunidade de voltar ao tatame no Campeonato Nacional de Judô de 2021 foi emocionante para nossa comunidade. Ficamos arrasados ​​porque nossa família vitoriana não pôde comparecer, devido às restrições de fronteira lideradas por Covid e espero que possamos nos reunir em breve.

Já se passaram 2 anos desde nosso último evento nacional e as mudanças feitas nos últimos 18 meses, devido à Covid, foram evidentes. Em 2019, nosso evento teve cerca de 1.000 inscrições. Em 2021, tivemos quase 800 inscrições originalmente, que caíram para 650 quando nossos membros vitorianos não puderam comparecer. ”

Judô em alta no Campeonato Nacional da Austrália

Com uma entrada a dois terços da capacidade normal, parece que embora a pandemia tenha apresentado um custo, também está passando e realizar o evento foi corajoso, progressivo e necessário, a exemplo da IJF, que trouxe de volta o World Judo Tour desde outubro de 2020. Como nos eventos da IJF, o reinício australiano não foi considerado levianamente e mudanças no protocolo tiveram que ser feitas para garantir a segurança de todos os participantes. 

Emma Taylor continuou: “A comunicação e a conscientização sobre os sintomas de Covid foram fundamentais nos estágios iniciais da organização. Uma vez no local, encorajamos o distanciamento social e obrigamos a limpeza regular dos tapetes. A equipe de gerenciamento de eventos concluiu os planos de segurança. A Austrália tem tido sorte em nossa gestão geral da Covid e com tudo no lugar, foi ótimo ter nossa comunidade de judô de volta ao tatame, competindo. ”

A Judo Australia também tomou a decisão de remover pontos do ranking do evento e fazer tudo sobre o prestígio e diversão do evento em si, garantindo acesso justo aos sistemas de seleção nacional para o estado de Victoria e garantindo que o espírito do evento fosse envolvido apenas em valores de judô e judô. 

Judogi, medalhas e sorrisos

Anna Rasmussen, a treinadora principal de Queensland, disse: “Queensland é conhecida como o Estado do Sol, no entanto, a Covid-19 lançou uma nuvem negra sobre nosso esporte e nos atingiu com força. Perdemos muitos judocas, pelo menos temporariamente, enquanto todos administrávamos a crise de saúde com prioridade. Muitos de nossos atletas de elite não puderam viajar internacionalmente para tornar seu judô mais forte.  

A comunidade de judô de Queensland é grata pelo que podemos conquistar agora e nunca nos debruçarmos sobre o passado. Estamos avançando para promover nosso esporte dinâmico e explosivo, seguindo nosso código moral e integrando essa disciplina para o resto da vida. ”

Angus Baird, do clube de judô da UWA, na Austrália Ocidental, disse: “Eu vi a oportunidade de competir com os melhores do país. Você não pode testar seu judô e medir sua qualidade relativa sem uma variedade de parceiros e oponentes e se isso for importante para você, você aproveitará todas as oportunidades para fazer isso, então viemos. ”

Parece unânime que esta etapa é bem-vinda tanto a nível administrativo como para treinadores e atletas. Rourke Thiedeman de 12 anos, um competidor tanto em eventos individuais quanto em equipes mistas, disse: “Os eventos de equipe são meus favoritos, eles são tão emocionantes e todos nós treinamos uns aos outros e torcemos por nossos amigos e todos em nosso estado foram muito barulhentos. Perdemos, mas não importava, ainda era minha parte favorita do torneio. ”

Times mistos na Austrália

Rourke participou na competição de equipes mistas, que foi a primeira do gênero a nível nacional. Tendo agora competido nesse formato, ele está ansioso para assistir a competição olímpica de equipes mistas em Tóquio em apenas algumas semanas. 

Celeste Knoester, treinador principal da Austrália Ocidental e um dos treinadores de Rourke disse: “Normalmente, teríamos mais de 110 atletas, mas este ano tivemos 45 do estado. Normalmente nosso clube ganharia tantas medalhas! No total, perdemos cerca de 20% dos atletas do nosso país com o Victoria fechando e eles geralmente são uma força a ser reconhecida. 

É uma pena não podermos ter toda a gente presente, mas no final das contas temos que levar a competição de onde pudermos. 

Tenho orgulho dos meus atletas por todo o esforço que fizeram. É fácil ver quem se apaixonou pelo esporte, são os que aparecem dia após dia sem questionar o mundo circunstâncias."

Um evento de sucesso pode abrir caminho para outros eventos no futuro próximo. Muito foi conquistado no último fim de semana na Gold Coast!


ICI: Podcast Jornadas Heróicas no Spotfy com Marcelo Costa


Segundo a teoria do Esportismo, há 5 competências que você pode desenvolver no esporte e aplicar de forma bem sucedida na vida profissional: atitude, visão, estratégia, execução e trabalho em equipe.

Enquanto o livro não é lançado (Jornadas Heróicas será o segundo volume da pesquisa, que começou com Esportismo em 2010), realizamos conversas com ícones da gestão e do esporte sobre uma competência onde ele e referencia.

Essa conversa é com Marcelo Costa executivo e empreendedor consagrado, sobre EXECUÇÃO.

Espero que gostem. Acessem, acessem o canal do YouTube e compartilhem. 

Clique aqui e ouça o podcast: 

Por: ASCOM ICI

CBDV: Lúcia Araújo é ouro na Inglaterra e se mostra pronta para Tóquio


Dona de duas medalhas de prata em Paralimpíadas (Rio 2016 e Londres 2012), a paulista Lúcia Araújo, que completou 40 anos de idade nesta semana, mostrou estar mais do que preparada para buscar a terceira, nos Jogos de Tóquio, que começarão em agosto, no Japão. Neste sábado (19), ela venceu o IBSA Grand Prix de Warwick, na Inglaterra, após ganhar os dois combates feitos na chave da sua categoria (até 57 kg).

Na decisão pelo ouro, ela derrotou a argentina Laura González no golden score – como é conhecida a prorrogação no judô. A oponente tem sido uma rival constante de Lúcia, que levou a melhor em todos os encontros dos últimos anos. As duas se enfrentaram na final do último Parapan, em Lima 2019, e no GP de Baku, disputado em maio, no Azerbaijão – ocasião em que a brasileira faturou a medalha de bronze.

"A felicidade já não cabe no peito. Vou voltar ao Brasil com um ouro e um bronze, estou vendo que o trabalho vem sendo bem-feito em todos os sentidos. De todos esses meus anos de Seleção, nunca me senti tão preparada como estou agora", disse a atleta do Cesec-SP, já projetando a Paralimpíada japonesa.

Último qualificatório para Tóquio, o GP britânico acabou não sendo tão bom para os demais brasileiros que lutaram neste primeiro dia de competição. Giulia Pereira (até 48 kg), Karla Cardoso (até 52 kg) e Thiego Marques (até 60 kg) até conseguiram disputar o bronze, mas todos perderam suas respectivas lutas e ficaram fora do pódio. Maria Núbea Lins (até 52 kg) e Luan Pimentel (até 73 kg) foram derrotados nas estreias e ainda viram seus algozes ficarem pelo caminho no torneio, o que impediu os brasileiros de irem para a repescagem.

No domingo, o GP seguirá com mais sete atletas da Seleção nos tatames: Alana Maldonado (até 70 kg), Rebeca Silva e Meg Emmerich (mais de 70 kg), Harlley Arruda (até 81 kg), Arthur Silva (até 90 kg), Antônio Tenório (até 100 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg).

Os combates começam às 6h e as finais serão disputadas a partir das 10h30 (horários de Brasília). A IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) transmite tudo ao vivo em seu canal no YouTube (LINK AQUI).

+ ENTENDA: Brasileiros buscam na Inglaterra últimas vagas do judô na Paralimpíada


Por: Renan Cacioli - Comunicação CBDV

sexta-feira, 18 de junho de 2021

JudoCast: Novo episódio no ar!

 


Já escutou o quarto episódio falando sobre OS 10º DAN JAPONESES MODERNOS?

Nesse episódio os judocas Galileu Paolo e Luiz Pavani conversam sobre a história dos judocas japoneses que chegaram a última graduação do judô.
Clique nos links abaixo. Depois em |SEGUIR| e no botão de |PLAY|

Spotify No sábado disponível também nos canais do YouTube youtube.com/luizpavani youtube.com/judotatami

Por: Luiz Pavani - Santa Maria - RS

Dia do Orgulho Autista | 5 coisas sobre o autismo que ninguém te contou


Hoje, sexta-feira (18), comemora-se o Dia do Orgulho Autista. Mas o que você sabe sobre esse transtorno? Descubra quais são os principais mitos sobre ele e o que dizem os especialistas em relação ao tratamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA), uma em cada 59 crianças apresenta traços de autismo.

Conheça alguns fatos pouco conhecidos sobre o autismo:

Cada indivíduo tem diferentes dificuldades
Quando falamos de autismo, nos referimos a um transtorno do neurodesenvolvimento que faz parte de um espectro, ou seja, ele pode se manifestar de diversas formas em pessoas diferentes, que podem necessitar de mais ou menos suporte.

A psicóloga Julia Sargi, analista do comportamento e supervisora do Grupo Conduzir, menciona a importância de enfatizar que o transtorno do espectro autista evidencia algumas características comuns, mas que cada indivíduo é único e apresenta suas próprias habilidades e dificuldades:

“Alguns indivíduos têm, sim, uma habilidade incrível para algo em específico, e muitas vezes isso pode se dar devido ao hiperfoco, ou seja, o interesse restrito por determinado assunto. Mas uma grande porcentagem das pessoas que se encontram no espectro apresenta déficits cognitivos significativos, que dificultam a aquisição de novos repertórios", afirma.

Não é verdade que o autista não gosta de socializar
A especialista ressalta que uma outra expressão, considerada mito, é de que o autista "vive no seu próprio mundo", e não gosta de estar com outras pessoas. "A verdade é que a dificuldade na interação social é uma característica significativa muito comum aos indivíduos com autismo, mas isso não significa que eles não queiram se relacionar com outras pessoas, e sim que apresentam dificuldades em iniciar ou manter a interação, entender algumas regras sociais, entre outras habilidades que são extremamente importantes nas relações", esclarece a psicóloga.

"E. mais uma vez, precisamos olhar individualmente para cada um e entender qual a dificuldade e qual a motivação para se relacionar com os outros. Lembrando que isso representa uma parte do todo quando tratamos do espectro”, aponta.

A ''genialidade'' não é regra
No Transtorno do Espectro Autista, todos os indivíduos têm potencial para aprender e desenvolver novos repertórios, e, para isso, basta saber a forma correta de ensiná-los. Ao serem observadas as características dessas pessoas, algumas podem até ser interpretadas como vantagens competitivas.

Há alguns indivíduos com TEA que têm uma condição diferente (e rara) conhecida como "savantismo" ou Síndrome de Savant, que é uma "grande capacidade intelectual", entendida como genialidade. A psicóloga explica que "savants", apesar de apresentarem uma inteligência acima da média e talentos notáveis em alguns aspectos, como cálculos ou memorização, podem também enfrentar dificuldades e limitações em outros, como dificuldades nos repertórios sociais ou de independência. "Vale ressaltar que a inteligência acima da média não é uma regra", aponta a profissional.

A caminhada é lenta, com "pequenos orgulhos"
Josiane Mariano (36) é mãe do Heitor (10), que foi diagnosticado com autismo aos 2 anos. Ela conta que o dia a dia com o filho é vivenciado de “pequenos orgulhos”, e isso torna a caminhada cheia de superações e vitórias.

“Todos os dias, quando avançamos um passinho rumo a uma qualidade de vida melhor, quando ele aceita experimentar algo novo, quando se sente à vontade em locais que antes talvez despertasse uma agitação maior, quando responde a uma interação social de forma adequada, por exemplo, temos um grande sentimento de vitória. Meu filho, assim como qualquer filho para uma mãe, me enche de orgulho. E eu só conheço ele dentro do espectro autista, não existe um Heitor dissociado disso, ele é assim e está tudo bem", revela.

Não há cura, apenas intervenções
Muito tem se disseminado sobre a “cura do autismo”, reforçando o mito de que se trata de uma doença. Sem contar que é possível encontrar profissionais vendendo “fórmulas mágicas” e soluções para cessar ou diminuir o transtorno. Já se sabe que isso não existe. São informações falsas que devem ser desmentidas e rebatidas por toda a sociedade, meios de comunicação e especialistas da área.

O que existe são intervenções que ajudam a desenvolver e aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida.

“Não existem estudos que comprovam a cura do diagnóstico por meio de qualquer tratamento, e qualquer afirmação diferente a essa pode gerar confusão e expectativas frustradas aos pacientes e seus responsáveis. Porém, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma intervenção que maximiza o potencial do indivíduo, através da ampliação de habilidades e redução de possíveis barreiras comportamentais que podem dificultar o aprendizado, tendo em vista que, a partir da avaliação, é possível mapear e respeitar a singularidade de cada um", conclui Julia Sargi.


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