quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Após treinos em Pinda, judô brasileiro volta as atenções para o Grand Slam de Tel Aviv


Depois de digerir os resultados do World Masters de Doha e reestruturar os treinos, a seleção brasileira de judô retorna à corrida olímpica neste mês de olho nos primeiros pódios do ano. Os principais atletas com chances de classificação para Tóquio passaram dez dias concentrados em Pindamonhangaba, São Paulo, no período de 25 de janeiro a 03 de fevereiro e embarcam no próximo domingo, 13, para Israel, onde acontecerá o Grand Slam de Tel Aviv. A competição está marcada para os dias 18, 19 e 20 de fevereiro e, para essa etapa, a CBJ convocou 15 atletas.  

Nas chaves masculinas, a seleção contará com dobradinhas no 60kg, 73kg e 81kg: Phelipe Pelim e Allan Kuwabara, no ligeiro; David Lima e Eduardo Katsuhiro, no leve; e João Macedo e Victor Penalber, no meio-médio. Fecham a equipe Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Willian Lima (66kg).  

“A gente teve algumas mudanças nos treinos após os resultados do Masters e os treinadores conseguiram montar um treinamento melhor para que a gente consiga desempenhar um resultado melhor nas próximas competições”, ponderou o campeão mundial Júnior, Willian Lima. “Contamos também com a presença do Leandro Guilheiro e do João Derly, que são grandes ídolos, que conseguiram agregar muito nesse treinamento com coisas que a gente precisava ouvir, não só na parte técnica, mas de motivacional também.” 

Já no time feminino, a única categoria com mais de uma atleta será o peso Leve (57kg), com Ketelyn Nascimento e Jéssica Pereira. Elas terão a companhia das experientes Eleudis Valentim (52kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).  

Atual número três do ranking mundial no peso pesado feminino e com a experiência de três ciclos olímpicos com a seleção, Suelen sabe da importância das próximas competições.  

“É um Grand Slam e agora não tem mais competição fraca. Todas estão muito fortes. E o fato de podermos estar vindo sempre à Pinda treinar está nos ajudando muito a nos preparar. Agora é uma competição de cada vez. A gente nem tem certeza se as outras competições vão acontecer, por que tem muitas fronteiras fechadas. Então, é participar como se fosse a última para Tóquio”, projeta.  

O Grand Slam de Tel Aviv é a segunda etapa do calendário internacional da FIJ em 2021. O Circuito Mundial tem outros quatro Grand Slam previstos (Tashkent, Antalya, Tbilisi e Paris), além de um Campeonato Pan-Americano e do Campeonato Mundial, que fechará a classificação para Tóquio, em junho. 

ACESSE AQUI os protocolos de saúde e a programação do evento.  

SELEÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ - GRAND SLAM TEL AVIV/ISR - 18 A 20 FEV 

Categoria

Nome

Clube

Federação

52kg

Eleudis Valentim

Instituto Reação

FJERJ

57kg

Jéssica Pereira

Instituto Reação

FJERJ

57KG 

Ketelyn Nascimento

E. C. Pinheiros

FPJUDO

63kg

Ketleyn Quadros

Sogipa

FGJ

70kg

Maria Portela

Sogipa

FGJ

78kg

Maria Suelen Altheman 

E. C. Pinheiros

FPJUDO

60kg

Allan Kuwabara

Paineiras do Morumby

FPJUDO

60kg 

Phelipe Pelim

E. C. Pinheiros

FPJUDO

66kg

Willian Lima

E. C. Pinheiros

FPJUDO

73kg

David Lima

Sogipa

FGJ

73kg 

Eduardo Katsuhiro Barbosa

Paineiras do Morumby

FPJUDO

81kg

João Pedro Macedo

Sogipa

FGJ

81kg 

Victor  Penalber 

Instituto Reação

FJERJ

90kg

Rafael Macedo

Sogipa

FGJ

100kg

Leonardo Gonçalves

Sogipa

FGJ

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ / Foto: Lara Monsores


Time Judô Rio divulga calendário provisório de competições e eventos para 2021


Devido à pandemia de Covid-19, as datas das competições poderão sofrer alterações, dependendo dos protocolos e liberação de realização de eventos pelo governo

Não poderia ser diferente. Com algumas observações, o Time Judô divulgou nesta terça-feira, 02/02, o calendário de competições e eventos para 2021. Contudo, devido à pandemia de Covid-19, as datas das competições poderão sofrer alterações, dependendo dos protocolos e liberação de realização de eventos pelo governo.

A primeira competição do Circuito será o Campeonato Estadual, nos dias 15 e 16 de maio. Outras cinco competições estão previstas, com o Torneio de Encerramento fechando a temporada nos dias 20 e 21 de novembro. Os outros quatro torneios são: Campeonato Carioca, Troféu Rio de Janeiro, Copa Rio e Campeonato Estadual por Equipes e Katas. O Festival de Iniciantes segue na programação, com duas etapas. Mas vale destacar que as competições começam com o I Campeonato Estadual Funcional nos dias 27 e 28 de março.

Vale destacar que em Fevereiro e Março uma série de eventos movimenta os bastidores do Judô Rio. Começando com o Credenciamento Técnico e reunião com os professores de candidatos à Faixa Preta 2021; pelo Credenciamento de Arbitragem; o Exame Admissional e Assembleia Geral Ordinária.

Há cerca de duas semanas, baseado no calendário da Federação Internacional de Judô, a Confederação Brasileira de Judô também informou as datas de suas competições.

“O primeiro semestre de 2021 será dedicado à organização dos calendários estaduais. Os Campeonatos Brasileiros por Região, que envolvem cinco classes de idade e mobilizam uma grande quantidade de pessoas, acontecerão somente em 2022. A retomada das competições nacionais atenderá às estratégias de estruturação do calendário, pautadas na retomada responsável e segura dos eventos, garantia de iguais condições de participação dos filiados, austeridade e a disponibilização de mais datas para a realização dos eventos estaduais”, explicou a CBJ em comunicado.

Confira abaixo os Calendários:

Calendário FJERJ

Calendário CBJ

Calendário FIJ

Por: Valter França - Time Judô Rio

FIJ: All Japan Judo Championship - Tradicionalmente Emocionante


Para todos os entusiastas do judô e não apenas os japoneses, o All Japan Judo Championship for Men and Women é imperdível no calendário.

Tradicionalmente o evento acontece no Budokan durante um período de descanso em meio ao Circuito Mundial de Judô (abril), mas este ano o evento foi realizado no final da temporada (26 a 27 de dezembro) a portas fechadas, no Kodokan. Mesmo assim, a competição atraiu muitos torcedores, duas semanas após a já lendária partida pela seleção olímpica de -66kg, entre Hifumi Abe e Joshiro Maruyama.

Depois de longos meses de inatividade dos melhores atletas do país, podíamos temer que o nível ficasse um degrau abaixo do que estamos acostumados, mas não foi assim e a competição atingiu um nível geral muito bom.

O Campeonato Japonês Masculino, 'Zen Nihon', foi realizado pela primeira vez em 1948, quando o Campeonato Japonês Feminino de Judô 'Kougouhai' foi realizado pela primeira vez em 1986.

Até agora é o atual presidente da AJJF e do NOC japonês, o lendário Yasuhiro YAMASHITA, que mais títulos conquistou, com 9 medalhas de ouro consecutivas entre 1977 e 1985. No feminino, no topo do ranking de medalhas, está Maki TSUKADA, também com 9 títulos consecutivos, entre 2002 e 2010.

O vencedor mais jovem foi Noriko ANNO, de apenas 16 anos e 11 meses, em 1993.

O Campeonato Japonês de Judô 'Zen Nihon' e o Campeonato Japonês Feminino de Judô 'Kougouhai' é uma competição nacional de judô com apenas uma categoria: absoluto. Antes que o judô ganhasse amplo reconhecimento internacional como esporte olímpico, as competições eram organizadas sem categorias de peso. Assim, essas duas competições mantêm a tradição do absoluto. O judoca japonês considera esta competição um dos três maiores títulos, junto com o Campeonato Mundial e os Jogos Olímpicos. O judoca ganha o direito de participar da competição ao se classificar por meio de suas respectivas eliminatórias regionais de peso aberto.

Dado o formato da competição, fica sempre curioso para saber se pesos mais leves podem interferir na hierarquia dos pesos pesados. Este foi o caso várias vezes e até o momento os homens mais leves a ganhar o Zen Nihon foram medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964 (-80kg), Isao OKANO (1967, 1969) e o medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 (-80kg) Isao Sekine SHINOBU (1972). Já no feminino, a campeã mais leve foi em 1986, Kaori HACHINOHE (-61kg).

Por último, mas não menos importante em nossos destaques estatísticos, está Yasuyuki MUNETA, que participou 13 vezes do evento entre 1999 e 2013.

Aproveite o show da edição 2020 do evento:

Todos os homens do campeonato japonês - 'Zen Nihon'


Campeonato Japonês Feminino 'Kougouhai'


Ambos os vídeos estão atualmente definidos como estreias, prontos para ir ao ar em 12 de fevereiro.

A produção deste vídeo foi apoiada pelo programa SPORT FOR TOMORROW. É uma contribuição internacional por meio de iniciativas esportivas, lideradas pelo governo japonês, que promove o esporte para mais de 10 milhões de pessoas em mais de 100 países, o que levou a Tóquio como sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de verão. Seu objetivo é transmitir os valores do esporte e promover o movimento olímpico e paralímpico para pessoas de todas as gerações, em todo o mundo.

Filme SPORT FOR TOMORROW: CLIQUE AQUI

Página inicial: CLIQUE AQUI

Atividades de Budo do Esporte para o Amanhã: CLIQUE AQUI

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Presidente do Comitê Olímpico de Madagascar concorre à liderança da União Africana de Judô

 

O presidente do Comitê Olímpico de Malagasy (COM), Siteny Thierry Randrianasoloniaiko, anunciou sua candidatura à presidência da União Africana de Judô (AJU).

Randrianasoloniaiko lidera o COM desde 2011 e também é presidente da Federação de Judô de Madagascar.

"Juntos vamos implementar a reforma do judô africano seguindo o modelo da IJF [Federação Internacional de Judô]", disse Randrianasoloniaiko em um vídeo anunciando sua candidatura.

“Vamos aumentar a participação e os resultados no judô na África.

“Estaremos unidos e nossa equipe trabalhará muito para desenvolver nosso esporte e educação de acordo com nossos valores.

"Serei o presidente da África Unida, para todos vocês, para o judô."

Habib Sissoko, do Mali, é o atual presidente da AJU, foi eleito em 2016 e assumiu o cargo após as Olimpíadas de 2016 no Rio.

Os presidentes da AJU normalmente cumprem mandatos de quatro anos que terminam quando um Congresso Ordinário é realizado após as Olimpíadas, mas os Jogos de Tóquio 2020 foram adiados até 2021 devido à pandemia do coronavírus.

O anúncio da campanha de Randrianasoloniaiko foi compartilhado nas redes sociais da COM, que também promoveu Madagascar como um destino para eventos esportivos efervescentes.

Madagascar sediou com sucesso o Campeonato Africano de Judô na capital Antananarivo no mês passado e "está recebendo organizações e atletas de todo o mundo cujos treinamentos, eventos e seminários estão sendo afetados pelo vírus COVID-19", disse o COM.

Por: JudoNoticias


Jogos frente a frente: Kim Polling x Sanne Van Dijke

Sanne Van Dijke e Kim Polling

Embora a maioria da equipe holandesa já tenha sido selecionada para as Olimpíadas de 2021 em Tóquio, três categorias de peso permanecem em uma batalha heads-up em casa. Um deles é o de menos de 70 Kg entre Kim POLLING e Sanne VAN DIJKE.

Older Polling ficou para trás no ranking devido a lesão, sem prejudicar o sucesso de seu rival Van Dijke, que está atualmente em # 2 no IJF WRL com Polling em # 4.  Embora os holandeses tenham muitas opções para escolher, é claro esta batalha os deixa com uma decisão extremamente difícil. 

O coordenador do Judo Bond Nederland, Pascal Bakker, explicou o processo de seleção para a seleção holandesa.

"Existe um comitê de seleção que decidirá quem representa o país. Estamos muito orgulhosos desse status de luxo em várias classes de peso. O comitê de seleção tomará uma decisão após o Campeonato Europeu de Lisboa, após entrevistar todos os nossos treinadores olímpicos pela primeira vez para coletar suas opiniões e argumentos".

Mais recentemente, a dupla se enfrentou em uma disputa difícil pela medalha de bronze no evento Masters em Doha, com o Polling levando para casa a medalha. Na verdade, a dupla já lutou várias vezes no circuito, assim como o que se pode esperar, inúmeras vezes durante o treinamento, mas o recorde está balançando a favor de Polling. 

A votação levou a vitória contra seu companheiro de equipe Van Dijke no Masters de Doha.

Van Dijke vem subindo na classificação com ótimos resultados no circuito e com o par igual será uma escolha muito difícil para a comissão de seleção, mas talvez seja um pouco mais fácil com os resultados restantes de 2021 e outro Campeonato de A Europa no horizonte. 

Por: JudoNoticias


FIJ: Nosso código de vestimenta, uma língua que todos falamos


Como começamos a nos aproximar de cada dia quando ainda relutamos em aceitar nossas circunstâncias?

Em todos os países do mundo há perturbação, perda e sofrimento; até mesmo os refúgios seguros tiveram que engolir o bloqueio, como vimos na Austrália na semana passada. Nenhum lugar está isento de convulsões e por isso estamos aqui, um ano depois, ainda sem saber como será nosso futuro, vagamente nos agarrando à única visão que podemos entender, de que voltaremos ao 'normal', 'em breve'. Esses termos são aqueles que todos nós usamos, mas eles realmente não significam nada e ainda assim eles de alguma forma se infiltraram em nossa presença inconsciente em conversas sonolentas. "Como você está?" "Bem, obrigada!" "Sim, tudo bem, ansioso para voltar ao normal em breve." “Sim, tenha uma boa noite. Fique seguro." 


É desesperador e cheio de esperança e talvez apenas nosso café da manhã possa dizer a diferença. Acorde, role, café, exercício, banho, café da manhã, role. O dia passa, os dias passam.

Então, o que é que nos une à medida que cada um de nossos países e estados experimenta ondas de mudança e estabilidade desconhecida? Onde podemos nos sentir instalados e em casa? Onde nossos companheiros de equipe, amigos e colegas podem se encontrar, metaforicamente e digitalmente, para ficarem juntos? Onde todos nós sentimos o mesmo?

A resposta? Como judoca, temos uma casa móvel, que pode estar conosco, não importa onde estejamos. É como uma armadura, protegendo-nos e dando-nos força, alimentando nossa confiança e envolvendo todo o nosso ser. Nosso judogi é reconhecível. É nosso escudo, nossa arma escolhida e também nossa câmara de meditação.

Arma e escudo

“Quando visto meu uniforme, sinto que sou o homem mais orgulhoso da Terra.” ~ Roberto Clemente, hall-of-famer do beisebol.


E não é um orgulho singular. O orgulho coletivo é sentido por todos nós e é compartilhado e reconhecido a cada ajuste de reverência e judogi. Sentimo-nos como os pais vigilantes sobre o nosso belo esporte, ao mesmo tempo que nos sentimos como um aluno, um novato; vulnerável e aberto.

Quando forçamos a mão na manga e cruzamos a lapela, aceitamos uma comunidade global inteira, uma história, uma ética de trabalho. Somos lembrados de nossos valores e temos orgulho em garantir o nó perfeitamente todas as vezes.

Um uniforme emite a mensagem de compromisso com um grupo, um movimento, um conjunto de valores. ” ~ Ciara Lowe-Thiedeman, Treinadora de Imagem, Austrália Ocidental


Sim! Devemos admitir que nos sentimos seguros em nosso traje de judô. Ela nos abraça quando estamos em nosso estado mais competitivo e brilha como os indicadores oscilantes em qualquer veículo com uma intenção; em nosso caso, a intenção de superar nossos desafios com integridade. O judogi mostra que não vamos desistir, vamos aprender.

“Colocar o judogi é um ato físico para pedir uma mudança de mentalidade.” ~ Ciara Lowe-Thiedeman

Então, nós estamos aqui, agora, no presente e conforme o temporário se torna mais longo e mais longo e podemos respirar novamente, mas em um novo ambiente, nosso judogi é nossa constante e dentro dele todos sabemos onde estamos. É nosso nivelador.

“... não há mais empresário ou trabalhador, nem qualquer afiliação étnica ou religiosa. Não existe mais discriminação de gênero ou deficiência, mas existe uma comunidade de judocas, uma família em trajes brancos ”. ~ Nicolas Messner, FIJ.


Podemos acalmar nossas dúvidas e resolver nossos protocolos desconhecidos, resguardados pela segurança que nos envolvem nossos faixas-pretas... nossas faixas-brancas, nossas faixas-azuis ...

“Motivação é quando os sonhos são colocados na roupa de trabalho.” ~ Benjamin Franklin, ex-presidente dos EUA

Sua expectativa é trabalho, é honestidade, é respeito. Somos todas essas coisas e as oferecemos aos nossos amigos e colegas. Devemos também oferecer esses temas às nossas reflexões, especialmente agora.

“Não há grandes ocasiões sociais para vestir agora. Use o judô como sua única ocasião para se vestir adequadamente, honrar a ocasião, o esporte, os valores. ” ~ Ciara Lowe-Thiedeman

É isso aí! Coloque seu judogi, amarre o cinto com um acabamento nítido, dobrando as pontas perfeitamente em seu usual nó liso e afiado e treine criativamente, com honra, com orgulho. Olhe-se nos olhos e saiba que, independentemente das circunstâncias, seu judogi sempre o aterrará e o colocará firmemente dentro do familiar. É um lar.

Por: Jo Crowley -Federação Internacional de Judô



A equipe tunisiana de judô se prepara para as Olimpíadas de Tóquio


A Federação Tunisiana de Judô está organizando um campo de treinamento em Hammamet para preparar seus atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Com a pandemia Covid-19 continuando a se espalhar pelo mundo, algumas federações nacionais estão assumindo a liderança para criar um espaço dentro dos padrões, permitindo que os atletas treinem.

Diante das rígidas restrições de saúde impostas na Tunísia e com a aproximação das primeiras classificatórias para as Olimpíadas do Campeonato Africano de Judô, em abril, organizado no Marrocos, os atletas tunisianos estão colocando todas as chances do seu lado.

Anis Lounifi, treinadora: "Estamos agora em um acampamento em Hammamet por duas semanas. Nosso programa é ter uma aula no Uzbequistão no dia 3 de março e depois iremos para a Geórgia. No final de março, participaremos do Grand Slam da Turquia. No próximo Ramadã, teremos um acampamento de duas semanas na França. Depois, a Liga dos Campeões da África no Marrocos, o Grand Slam em Paris, o Campeonato Mundial em Budapeste e, em seguida, um acampamento de três semanas no Japão antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio " .

Neste campo de treinamento onde se impõe o uso de máscara e o cumprimento do toque de recolher, os atletas podem treinar duas vezes ao dia. Condições que pouco significam para eles. Eles já estão focados em seus objetivos, a cinco meses da grande competição dos Jogos Olímpicos.

O sucesso de Nihel Cheikhrouhou no judô na categoria até 78kg a torna a melhor chance de medalha para a Tunísia em Tóquio. Esta esperança encorajou a Federação Tunisiana de Judô a alocar fundos significativos para ajudar na preparação para os Jogos.

Por: AfricaNews


Associação de Judô de Divinolândia aposta em projeto de ICMS para o Judô em 2021


Associação de Judô de Divinolândia teve aprovado no ano de 2020 um projeto de ICMS para funcionar em 2021 na cidade de Aguaí - SP. O projeto "Criança Ativa" conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Aguaí e terá à frente das atividades do projeto os professores Danilo Pietrucci e Diego Souza.

Com 200 crianças atendidas atualmente, com o lançamento da nova fase do projeto irá agregar mais 130 crianças.

E para a preparação do lançamento dessa nova fase do "Criança Ativa", o professor Danilo Pietrucci realizou uma live em 05 de fevereiro para passar as instruções pertinentes ao projeto, a retomada das aulas, as inscrições, quem poderá participar e qual a faixa etária permitida.

Assim que for definida a data de lançamento oficial do projeto publicaremos aqui no boletim OSOTOGARI.

Por: boletim OSOTOGARI




Kimonos Shihan lança Máscara de Proteção 100% Algodão Lavável

 
Toda gama de artigos esportivos para lutas você encontra na Shihan Kimonos. As compras podem ser presencialmente na loja de fábrica na Rua Bento Vieira, 69 - Ipiranga - São Paulo ou pelo site oficial da marca.

E para proteção nos treinos, a Shihan também fabrica máscaras em tecido duplo de algodão, laváveis, nas cores branco, preto e rosa e em dois tamanhos: G e GG.

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A Shihan faz parte da equipe de sponsors do boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI


Campeã olímpica Rafaela Silva lança curso de judô online

 

Campeã olímpica nos Jogos do Rio 2016, a judoca Rafaela Silva não vai participar das Olimpíadas de Tóquio, a partir de 23 de julho, porque está suspensa por doping --ela foi punida com dois anos exclusão após teste positivo no Pan de Lima, em 2019. Sem poder competir, Rafaela abriu na última um curso de judô em uma plataforma online.

Para quem se candidatar a ser aluno da campeã olímpica, são dez aulas que custam no total R$ 147,00. Segundo o anúncio, "os alunos devem ter conhecimento de nível básico a intermediário de judô, incluindo o entendimento de cada fundamento, a filosofia e as regras da modalidade". As aulas são disponibilizadas em vídeo para o aluno assistir de casa ou da academia por um computador ou telefone celular, por exemplo.

É a primeira vez que Rafaela divide sua experiência em aulas desse tipo. No curso, ela diz que vai ensinar "golpes e contragolpes, técnicas e movimentos repetidos, de forma bastante didática". O curso tem duração de 50 minutos e está dividido em 10 vídeo-aulas. Na mesma plataforma, há disponíveis aulas de vôlei com o bicampeão olímpico Giovane Gávio, atualmente treinador.


Efeitos da Pandemia: Judô espanhol perde 90% de seus federados

O presidente da Real Federação Espanhola de Judô e Esportes Associados (RFEJYDA), Juan Carlos Barcos Nagore, reconhece que quase nenhum outro esporte na Espanha sofreu uma queda tão acentuada na federação devido à pandemia.

O judô, assim como os demais esportes de contato praticados na Espanha, ainda estão na "UTI". Embora não haja dados oficiais publicados, os órgãos federativos estimam uma queda de 90% na federação em disciplinas que pagam caro para serem esportes de contato.

Os esportes de contato, incluindo o judô, continuam com sua agonia particular devido à pandemia. Enquanto os atletas de alto rendimento têm conseguido retomar boa parte das planejadas competições estaduais e internacionais, a grande maioria dos clubes de treinamento sofre com a falta de jovens que não se inscrevam por medo do contágio e de não poder competir.

A pandemia forçou as competições não profissionais a serem suspensas por vários meses e, desde a diminuição da escalada, apenas judocas de elite voltaram a competir. “Estamos relativamente felizes porque conseguimos mobilizar 500 pessoas para fazer um campeonato na Espanha sem nenhum positivo”, comemora o presidente da Real Federação Espanhola de Judô e Esportes Associados (RFEJYDA), Juan Carlos Barcos Nagore.

APLICAÇÃO DE PROTOCOLOS RIGOROSOS

Esta federação acolhe com agrado as condições de segurança criadas para a celebração deste e de outros torneios, como o Masters de Doha, realizado em Janeiro passado, o Campeonato da Europa de Juniores e Sub-23 ou o Grand Slam de Budapeste. Em todas essas consultas foi constatado que, seguindo protocolos rígidos, a prática do judô pode ser segura e, portanto, você pode manter sua atividade.

“Somos muito cuidadosos e prudentes na hora de organizar campeonatos, porque fazer de acordo com o que pode ser irresponsável. Além disso, temos de ter em consideração os elevados custos ao nível da realização dos testes PCR para todos ”, afirma Barcos Nagore.

QUEDA NO NÚMERO DE FEDERADOS

Do outro lado da moeda estão os praticantes amadores e de base dos esportes de contato, que representam a grande maioria das licenças federativas. Segundo dados do Conselho Superior de Esportes (CSD), em 2019 havia 108.145 atletas na Espanha com licença de judô e outras modalidades associadas.

As diferentes federações, estaduais e regionais, colocaram o contador a zero em outubro passado. Quatro meses depois, Barcos Nagore sugere que terão apenas 10% dos licenciados que tinham antes da pandemia. Quase nenhum outro esporte sofreu um declínio tão acentuado devido à pandemia. Em números absolutos, representa uma diferença de cerca de 90.000 arquivos federativos.

“Em 2021 teremos que ir aos poucos. Uma pequena reativação está sendo notada, mas certamente muito lenta e trabalhosa. Até termos certeza de que as vacinas podem ser aplicadas com segurança, alguns meses se passarão. Viemos de alguns meses difíceis e os que virão também serão ”, avisa o presidente do RFEJYDA.

SETEMBRO SKYLINE

Barcos Nagore considera que é muito difícil retomar a atividade escolar e de base nos ginásios antes dos “dois ou três meses”. O líder máximo do RFEJYDA presume que não será até pelo menos em setembro próximo, quando a vacina permitirá que os clubes voltem a funcionar "em plena capacidade".

Entretanto, a própria federação recomenda que os clubes e seus treinadores implementem os treinos sem contato com os mais pequenos, que continuarão impossibilitados de competir até novo aviso.

O EXEMPLO DO JUDO CLUB SOTILLO

Um dos clubes mais representativos do país, o Judô Clube Sotillo, é um reflexo vivo da dura realidade vivida pelos centros que hospedam esportes de contato. Eleito o melhor clube espanhol de judô de 2019, antes da pandemia abrigava 1.200 usuários. Até à data, recebe cerca de 50 adultos e cerca de 40 crianças, para além dos outros 50 utilizadores da piscina que possuem. Em outras palavras, a pandemia os fez perder mais de 90% de seus parceiros e profissionais.

Seu gerente, Carlos Sotillo, explica que “tínhamos 23 escolas e cerca de 20 creches e agora não temos nada disso. Somos abertos, mas se antes vivíamos apenas com a quantidade de gente que tínhamos, imagine agora ”.

O Judô Clube Sotillo ficou fechado por sete meses, de março a outubro. O diretor do centro reabriu as instalações coincidindo com o início do novo curso, mas a falta de usuários continua colocando suas finanças em risco. “As pessoas estão se reincorporando, mas aos poucos”, admite. O diretor do centro presume que vai demorar "anos" para recuperar os números que eles tinham.

A salvação temporária deste ginásio foram os subsídios que recebeu da Comunidade e da Câmara Municipal de Madrid para as várias equipes que o clube possui nas ligas nacionais. “Se não os tivesse recebido, já estaria na rua. Estou aguentando graças a eles ”, confirma.

Estas bolsas, que variam entre 5.000 e 6.000 euros por equipe, dão ao Judô Clube Sotillo algum oxigénio para resistir até o verão.

OS GYMS, CONTRA AS CORDAS

Dojô do Judô Club Sotillo

O Judô Club Sotillo está localizado no bairro de Usera, em Madrid. Local onde, segundo a diretora deste centro, não deixaram de fechar ginásios nos últimos meses. “O Centro Esportivo Humano, de propriedade de um carateca histórico, Ángel López, um GreenFit, outro com três andares ... todos os centros independentes fecharam”, afirma.

A desvantagem do Judô Clube Sotillo é que, ao focar a sua atividade no judô e na piscina, não dispõe de sala de fitness específica para atrair grande parte dos inscritos que não poderão frequentar os ginásios que já  fecharam na área. “Eles irão para as duas grandes redes que ainda estão abertas”, assume Sotillo.

Por: CMD Sport


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Eleições na CBJ: Presidente da FPJ lança candidatura e se reúne com apoiadores

Francisco de Carvalho Filho

Conforme anunciou na reunião anual de início de temporada da Diretoria da FPJ com os Delegados Regionais, ocorrido em 30 de janeiro em São Bernardo do Campo, ABC Paulista, o presidente da entidade, Francisco de Carvalho Filho sairá como candidato da oposição para a Eleição da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) que acontecerá em 06 de março.

Política é onde tem voto

E a corrida eleitoral está caminhando a passos largos, tanto que, em  06 de fevereiro, sábado, o dirigente paulista se reuniu novamente em São Bernardo do Campo para um encontro com lideranças de outros estados e alguns apoiadores diretos de São Paulo para traçar o plano eleitoral na busca dos preciosos votos.

Com o dirigente paulista, reunidos no Pampas Hotel, estavam o ex-presidente da Federação Amapaense de Judô (FAJ), Antonio Viana, por vídeo conferência, o ex-presidente da Federação Baiana de Judô (FEBAJU) Marcelo França, o presidente da Federação de Judô do Estado do Tocantins (FEJET), Georgton Pacheco, o presidente da Federação Mato-grossense de Judô (FMTJ), Fernando Moimaz, o presidente da Federação Paraibana de Judô (FEPAJU), Adjailson Fernandes Coutinho, o presidente da Federação Catarinense de Judô (FCJ), Moisés Gonzaga Penso, o presidente da Federação de Judô do Estado do Acre (FJEAC), Delfino Batista, o coordenador do Conselho Fiscal da FPJ, Arnaldo Queiroz, o judoca medalhista olímpico Henrique Guimarães e o assessor jurídico da FPJ, Alan Camilo Garcia.

Chapa definida?

Se analisarmos os nomes presentes na reunião, podemos arriscar os possíveis nomes dos candidatos a vice-presidentes da chapa de Francisco: O presidente da FEPAJU, Adjailson Fernandes e o medalhista Olímpico Henrique Guimarães podem ser as opções caso a chapa tenha um mote de renovação na entidade (Renova Judô na CBJ?). O terceiro não arriscaremos dizer, vamos aguardar o anúncio oficial da "Chapa Resgate União do Judô" e ver se acertamos pelo menos nossos dois palpites. 

Como será o pleito

Em 04 de fevereiro a  CBJ fez a convocação para a Assembleia Geral Ordinária Eletiva (AGO) que acontecerá em 06 de março. 

O pleito definirá os seguintes membros dos poderes da CBJ para o quadriênio 2021-2024: Presidência (Presidente e 03 Vice-presidentes), 03 membros independentes do Conselho de Administração e 05 membros do Conselho de Ética.

Quem pode votar

O Colégio Eleitoral será formado pelas Federações Estaduais filiadas à CBJ, por seis Entidades de Prática Desportiva (clubes) e pelos membros da Comissão de Atletas Eletiva do Judô - CAJE.  

De acordo com o estatuto, os clubes com direito a voto nessa eleição são os quatros melhores colocados do Grand Prix Nacional de Judô de 2019 - Esporte Clube Pinheiros (SP), Judô Comunitário Instituto Reação (RJ), Sogipa (RS) e Minas Tênis Clube (MG) - e os dois melhores da Taça Brasil Sub-21 de 2019 que, descartando os que já entraram pela cota do Grand Prix, são o SESI (SP) e a Associação Desportiva São Caetano (SP).  

Agora é esperar até o dia 19 de fevereiro para a confirmação da composição das chapas que concorrerão ao pleito e acompanhar a disputa política que acerca essa importante eleição.

E o boletim acompanhará e informará o desenrolar da campanha até o dia da AGO em 06 de março. Boa sorte aos candidatos!

Por: Boletim OSOTOGARI



Baku sediará Grande Prêmio de Judô para qualificação de atletas paralímpicos


Azerbaijão constituirá um retorno ao judô e servirá como qualificação para os Jogos Paraolímpicos de Tóquio em 2020, a ser realizado agora em 2021, afirma a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBAS). A competição será realizada em Baku nos dias 24 e 25 de maio. Baku sediou o Grande Prêmio por vários anos e pela última vez em 2019. O judô paralímpico sempre foi estimulado pelo governo azeri e Baku também foi o anfitrião dos Jogos Europeus de 2015, incluindo um programa de Judô Paraolímpico.

Ele marcará a primeira competição oficial de judô do IBAS desde janeiro de 2020, quando o Campeonato Americano foi realizado em Montreal, no Canadá.

“O ano passado foi um longo caminho cheio de altos e baixos, incluindo reprogramação das competições apenas para que não fossem possíveis”, comentou o presidente do Comitê de Judô do IBAS, Norbert Biro.

"Somos gratos ao Comitê Organizador Local - o Comitê Paraolímpico Nacional do Azerbaijão - por sua flexibilidade e compromisso em sediar este evento extremamente importante.

“É claro que também agradecemos à comunidade do judô por sua compreensão e paciência enquanto trabalhamos para colocar o calendário de volta nos trilhos.

"Estamos entusiasmados com o fato de Baku 2021 marcar o retorno à competição após uma longa espera.

"Como antes, estaremos em contato direto com os organizadores para garantir a segurança dos participantes, com base nas Diretrizes de Volta à Competição que lançamos em 2020, e monitoraremos a situação de perto."

O evento foi originalmente um qualificador de Tóquio 2020 antes de ser adiado no ano passado.

O presidente do Comitê Paraolímpico Nacional do Azerbaijão, Rahimov Ilgar, acrescentou que o país está "buscando uma política eficaz na luta contra o COVID-19, o que gerou condições favoráveis ​​para tais eventos".

Por: JudoInside


Malta: Segundo Marcon Saywell, a vontade deve ser mais forte do que a habilidade.

 

Marcon Saywell (Bezzina) nasceu em 11 de setembro de 1985. Ela é casada com o judoca Jeremy Saywell, que ainda está competindo e eles são os orgulhosos pais de Craig, de dois anos.


Marcon começou esta entrevista falando sobre seus dias de infância, que ela descreve como normais. “Venho de uma família relativamente grande e sou o mais velho de quatro. Cresci em San Gwann, onde morei com minha família até me casar há quatro anos. Minha mãe era praticamente nossa taxista pessoal, levando a mim e a meus irmãos para treinar entre outras tarefas. Freqüentei a St Catherine's School em Pembroke e a San Gwann School durante meus anos primários e me mudei para a St Monica School em Gzira para cursar o ensino médio. Meu personagem era bastante tímido e tímido quando criança e também quando adolescente, o que contradiz com o esporte que acabei praticando. ”

Depois de terminar o ensino médio, Marcon queria tentar encontrar um equilíbrio entre o aspecto acadêmico e o esporte. “Na época, as oportunidades eram bastante limitadas. A Escola Nacional de Esportes, por exemplo, era inexistente. Portanto, na escola, o foco estava mais nas realizações acadêmicas do que nos esportes. Felizmente, a Federação de Judô de Malta, o Comitê Olímpico de Malta e a Solidariedade Olímpica sempre me apoiaram em meus esforços e me incentivaram a conseguir uma bolsa de estudos em tempo integral em esportes no exterior. Aproveitei a oportunidade e frequentei a University of Bath, no Reino Unido, para um curso de Performance Esportiva ”.

“Nessa universidade tive a oportunidade de, além de estudar, treinar em tempo integral com outros atletas profissionais de todo o mundo. Estávamos sob a supervisão do treinador de judô mundialmente conhecido, Jurgen Klinger. Obviamente, isso aumentou minha resistência e minha carreira. Em Malta eu não poderia ter tido essa oportunidade e, se não tivesse aproveitado a bolsa, teria ficado limitado aos judocas locais onde já havia atingido meu potencial. Isso obviamente não foi fácil, já que passei três anos longe da minha família e amigos. No entanto, não me arrependo de nenhum momento desse período da minha vida. Ao longo desta experiência conheci novas pessoas, aprendi com várias experiências e, no final do curso, consegui finalmente obter a licenciatura em Performance Desportiva e agora pude também treinar. ”


Mas como começou seu interesse pelo judô? Houve algum interesse em algum outro esporte? “Nenhum dos meus pais ou parentes próximos tinha parentesco com esportes ou é entusiasta do esporte. Mesmo assim, sempre gostei de esportes. Experimentei várias modalidades esportivas, como vôlei e netball, mas preferia esportes individuais em vez de esportes coletivos.”

“Comecei a praticar judô e depois de um dia minha amiga me pediu para acompanhá-la a um treino que ela iria. Nunca disse não para tentar novos empreendimentos e embora na época não tivesse ideia do que era o judô, ainda assim fui para esse treinamento. Eu imediatamente me apaixonei pelo esporte e nunca mais olhei para trás. Ironicamente, meu amigo não continuou praticando o esporte enquanto eu prosseguia nessa jornada. Quando criança, tentei encontrar um equilíbrio entre as sessões de treinamento, que às vezes eram intensas, assim como o trabalho escolar. Na época, eu tinha apenas nove anos e era o início de uma longa jornada ”.

“Lembro-me de ter gostado de todos os treinos que fizemos. Comecei com o Sensei Joe Muscat e o Sensei Ray Fava com o Tigne Judo Club. ”

Conversamos sobre o início e como é difícil atingir certos níveis. “Todo atleta tem o sonho de ser campeão. Mas, para isso, é preciso estar preparado para fazer muitos sacrifícios para ter sucesso no esporte. A preparação mental, a capacidade de permanecer focado, a força de vontade para continuar, mesmo quando as coisas ficam difíceis, são tudo o que é preciso ter em mente para seguir em frente. Gosto de pensar no que Muhammad Ali disse . “Os campeões não são feitos em ginásios.   Os campeões são feitos de algo que eles têm dentro de si; um desejo, um sonho e uma visão. Eles têm que ter resistência de última hora, têm que ser um pouco mais rápidos e têm que ter habilidade e vontade. Mas a vontade deve ser mais forte do que a habilidade. ”

Com uma carreira tão ilustre, Marcon mergulhou fundo e fez um relato detalhado de sua carreira. “Entrei para a seleção ainda muito jovem e fiz meu primeiro evento internacional na Sicília, onde ganhei o ouro na minha categoria. Poucos meses depois, competi nos jogos da Ilha e o European Youth Olympic Festival (EYOF).”

“Mas acho que minha plataforma de lançamento foram os Jogos dos Pequenos Estados em 2003, que aconteceram em Malta. Lá ganhei bronze e prata no evento por equipes. Naquela época, eu tinha apenas 17 anos. O fato de estarmos a competir em Malta foi benéfico para nós, visto que tínhamos todo o público a apoiar-nos e isso ajudou imensamente. Jogar em casa com todo o apoio maltês nos apoiando foi uma experiência que sempre guardarei com carinho. 2003 foi a primeira vez que eventos de equipe foram realizados e lutar em equipe foi uma experiência totalmente nova e trouxe muito mais responsabilidade. Jamais esquecerei, lutando até o fim, para que nossa equipe avançasse e ganhasse uma medalha ”.

Desde então, foi uma montanha-russa de emoções e competições. “Apenas um ano depois, fui premiado com um wild card e representei Malta nos Jogos Olímpicos de Atenas.”

“Minha segunda experiência competitiva no Games of the Small States of Europe (GSSE) veio dois anos depois em Andorra, onde ganhei o ouro. Foi uma grande surpresa para mim porque, embora estivesse bem preparado, tive que lutar com a favorita da casa, Mari-Carme Fernandez Lopez. Não foi uma luta fácil contra um judoca da casa, pois tinha toda a multidão contra mim e a emoção de estar na final da medalha de ouro tornou tudo ainda mais difícil. ”

“A terceira experiência foi em Mônaco em 2007. Nessa sessão subi de categoria e comecei a competir na categoria até 63kg. Ganhei a minha segunda medalha de ouro GSSE depois da medalha de até 57kg de Andorra. Na final, enfrentei Laura Lopez Sales. Foi uma luta dura e muito disputada. Na verdade, foi para o golden score e levou quase nove minutos. Este jogo parecia não ter fim, no entanto, finalmente, eu estava do lado vencedor e a conquista foi muito maior. ”


Para a Marcon 2008, foi um ano inesquecível, pois ela foi novamente premiada com o Wild Card dos Jogos Olímpicos, onde foi a porta-bandeira de Malta na cerimônia de abertura. “Foi uma sensação incrível e fiquei extremamente orgulhoso de liderar o Team Malta na frente de todas aquelas pessoas.”

De volta ao GSSE e mais experiências… “A minha quarta experiência foi no Chipre em 2009. Senti que estava bem preparada, mas no dia da competição consegui ganhar a medalha de bronze. Não foi um mau resultado, sendo a minha quarta medalha individual, mas já me habituando a medalhas mais coloridas. A quinta experiência foi no Liechtenstein em 2011. Admito que esta foi uma das piores memórias e a competição mais decepcionante da minha carreira desportiva. Tive uma lesão dura nesta competição. Eu sofri uma lesão no cotovelo na minha luta inicial e acabei perdendo esta disputa devido a essa lesão. No entanto, apesar da lesão, perseverei e não desisti das competições. Decidi fazer meu segundo jogo embora obviamente não com minha saúde melhor, mas consegui vencer essa luta contra o Mônaco para minha maior surpresa.  Isso me deu um impulso, apesar de ainda estar machucada, para continuar os jogos. No entanto, na última luta, perdi minha disputa pela medalha de bronze nos últimos 20 segundos, onde estava vencendo por waza-ari. ”

Após a decepção em Liechtenstein, Marcon superou a lesão que sofreu e, portanto, competiu no GSSE de Luxemburgo em 2013; e desta vez conseguiu conquistar a medalha de bronze.

E finalmente para a participação final nos Jogos das Pequenas Nações. “Islândia 2015. Aqui consegui manter a medalha de bronze, que havia obtido em 2013. A atmosfera da GSSE é tão especial por ter um grande contingente e cada atleta de diferentes modalidades se apóia como uma Equipe Malta. Na época, esses eram os jogos que cada atleta costumava admirar para poder participar. ”

Outro momento importante para Marcon foi o ano de 2014. “Sim, competi nos Jogos da Commonwealth e minha última competição foram os primeiros jogos europeus em Baku. Ambas as competições foram uma experiência incrível. Depois de Baku, decidi que era hora de encerrar meu capítulo de alto desempenho e me retirar da competição. ”

Mas depois de se aposentar, Marcon encerrou tudo que se refere ao judô? “Tendo me aposentado, não fechei meu capítulo com o judô. Decidi começar a apoiar a equipe técnica e de treinadores, onde ajudo os selecionadores nacionais, principalmente os mais jovens, e também comecei a experiência com o treino de técnica matside, o que era algo totalmente novo para mim. Você está bem ali, ao lado do tatame, mas não pode lutar contra si mesmo e o atleta no meio do tatame depende do seu conselho.

“Tive uma pequena pausa na carreira para criar meu filho, Craig, que também está crescendo no tatame, apoiando o pai. No final, voltarei para retribuir um pouco da enorme experiência que adquiri ao longo dessas décadas no judô internacional. ”

Outros marcos em sua carreira foram os Jogos Olímpicos de 2004, realizados em Atenas e Pequim 2008. “O sonho de todo atleta é competir nos Jogos Olímpicos onde tive a sorte de competir em duas Olimpíadas. Em 2004 competi na categoria até 57kg e em 2008 competi na categoria até 63kg. Ambas as edições foram incríveis e uma experiência inesquecível. A atmosfera na Vila Olímpica é incrível, todos os atletas de todos os países em um só lugar. Lá se encontram e conhecem os melhores atletas de todas as disciplinas do mundo ”.

Marcon também ganhou o bronze no Campeonato da Commonwealth de 2006. Isso é considerado a melhor conquista de sua carreira? “Definitivamente, é uma medalha de que vou lembrar, mas ganhar duas medalhas de ouro no GSSE é o meu favorito.”

Outro aspecto para um atleta é ser reconhecido pelo setor esportivo durante o Sport Malta Awards. “Ser atleta em geral não é fácil. Sendo um atleta em Malta, principalmente até a minha época, como houve avanços desde então, os atletas eram vistos como amadores, e você tinha que de alguma forma encaixar o seu treinamento entre o trabalho e a vida privada. Ser reconhecido a nível nacional, entre todos os atletas, pelos jornalistas e pelo público, dá-lhe mais inspiração e coragem. ”

“Porém, não ter conquistado o título não significa que você não o merecesse como atleta: seu esporte pode ser um esporte de nicho ou não bem compreendido pelos jornalistas ou mais exigente do que outros, por isso os resultados são mais difíceis de alcançar. No final das contas, o que há dentro disso conta. O que é bom nesses prêmios é que mais categorias foram introduzidas, que abrangem também jovens atletas. É importante que os atletas tenham a cobertura que merecem! ”


Há algum momento particular que ainda está criptografado em sua mente? “Momentos que ainda estão criptografados em minha mente são ganhar duas medalhas de ouro no GSSE enquanto ouço o hino nacional maltês e competir nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008. Além disso, ser o porta-bandeira de Malta para os Jogos Olímpicos de 2008 e, a nível pessoal, me casar com alguém que entende o meu esporte. Além disso, o nascimento de Craig há dois anos é um momento que nunca esquecerei. ”

Mas Marcon continua praticando judô depois de uma carreira tão ilustre? “Atualmente, estou muito menos envolvido devido ao fato de ter um filho pequeno enquanto equilibro a vida familiar e profissional. No entanto, às vezes ainda encontro tempo para treinar, apoiando meu marido, que ainda treina regularmente para participar das próximas Olimpíadas. Eu também ajudo no treinamento quando necessário, embora no momento eu tenha um tempo limitado ”.

E o futuro do Judô em Malta. “O judô evoluiu com o tempo. No cenário internacional, o judô está se tornando um esporte mais compreensível, com regras mais fáceis e mais amigável para a televisão. Em Malta, principalmente graças ao nosso presidente, Envic Galea e ao diretor de esportes, Alex Bezzina, agora temos instalações novas e de última geração. Na minha época, treinávamos em um 64m de tatami, que é bem menor do que uma área de competição. Hoje temos duas áreas de competição onde podemos treinar e realizar nossas competições nacionais. Os times são divididos por categoria de idade e têm suas próprias sessões de treinamento dedicadas ”.

“A federação também oferece o serviço de um técnico nacional Denis Braidotti, 24 horas por dia, sete dias por semana, para que os atletas possam se encaixar nos treinos de acordo com o trabalho e a vida pessoal. Também é muito mais fácil nos dias de hoje entrar em contato com clubes e federações estrangeiras para intercâmbios de treinamento. Então, se continuarmos com essa tendência, o judô em Malta deve voltar ao seu apogeu muito em breve. ”

Voltando nossa atenção para aspectos mais pessoais, Marcon mencionou a importância que sua família tem em sua vida. “Para mim, minha família é tudo. Apoiamos uns aos outros para realizar nossos sonhos, embora tenhamos um filho pequeno. Eu também tive total apoio de meus pais e irmãos ao longo da minha carreira esportiva e isso me trouxe até onde estou e o que tenho conquistado até hoje. ”

Saywell adora comida variada, mas obviamente tem seus pratos favoritos. “Eu adoro todos os tipos de comida, no entanto, prefiro carnes e massas, principalmente, embora praticamente viciada em sorvete.”

E quando se trata de viajar? “ Essa resposta definitivamente seria o Japão. Eu amo a cultura deles e o lugar em si é extraordinário, com muitos lugares para visitar, tornando-o um dos destinos perfeitos para férias longas. ”

O tempo livre é destinado ao relaxamento e também aos hobbies. E ela encontra tempo para ambos. “ Definitivamente esportes e atividades de aventura com minha família. Também adoro correr sempre que tenho tempo livre e assistir filmes com minha família. ”

Encerrando esta entrevista interessante, Marcon tem uma mensagem final. “Às vezes o judô é visto como um esporte de luta e perigoso. Embora possa haver alguma verdade nisso, no entanto, isso não deve determinar um indivíduo, especialmente crianças pequenas que experimentam este esporte. Pela minha experiência, posso dizer com orgulho que o Judô inspira em você muita autodisciplina, coordenação e amadurece holisticamente como pessoa. ”

“Além disso, gostaria de ressaltar que esse esporte não é voltado apenas para o homem, porque às vezes essa é a percepção. Como você pode ver como atleta feminina, consegui superar todos os tabus que esse esporte representa para os homens. Além disso, um conselho aos pais que lêem este artigo “se os seus filhos mostrarem algum interesse pelo judô, não os impeça de pelo menos tentar”.

Por:MaltaIndependent

domingo, 7 de fevereiro de 2021

IV Desafio Internacional de Judô Veteranos mostra a força e engajamento da classe

 
Na sua quarta edição, o Desafio Internacional de Judô Veteranos 2021 foi realizado em 06 de fevereiro, sábado, com um engajamento surpreendente em vista de todas as dificuldades impostas pela crise sanitária mundial. A edição 2021 foi totalmente online, seguindo os protocolos sanitários e de isolamento, o que contribuiu para que o número de participantes não ultrapassasse a terceira edição, a maior até o momento. O recorde não foi batido mas os números impressionam. Vale lembrar que o desafio marca também as comemorações do Dia do Judô Veterano, que é todo segundo sábado de fevereiro.

Participantes na plataforma Zoom

Presentes no desafio, através da plataforma Zoom, Silvio Acácio Borges - Presidente da CBJ, Edison Minakawa - Coordenador Nacional de Arbitragem da CBJ, Cristian Cezário - Coordenador Nacional de Veteranos da CBJ, Everton Monteiro - Boletim OSOTOGARI, Bruno Maia - Segunda Gaveta e Canal Golden Score (transmissão e suporte geral), Luciano Correia - Campeão Mundial e professor responsável pelo treinamento e Diego Santos - Atleta da Bahia líder do Ranking Nacional - 66 kg. 

Também na plataforma Zoom, os Coordenadores Estaduais de Veteranos: Sandro Almada - MG, Alexandre Leocadio - AM, Airton Leite - AM, Adriano Lins - AP, Antonio Milhazes - AL, Jorge Aquino - BA, Francisco Bento - CE, Rosana Barros - ES, Oswaldo Simões - RJ, Sildomar Ivson - PE, Walter Luis Paixão - GO, Denisson de Azevedo - SE, Cassius Cariglio - TO, Jose Oliveira - RO, Leonardo Fraga - PR, Marco Leite - MA, Fabieldo Torres - PI, Daniela Rodrigues - MS e Alex Russo - SP.


O número de Países participantes aumentou

Além do Brasil, que é o carro chefe neste desafio, mais 23 Países tiveram representantes neste desafio: Argentina, Austrália, Bolívia, Chile, Colômbia, Croácia, Equador, Inglaterra, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Honduras, Itália, México, Panamá, Peru, Portugal, Republica Dominicana, Uruguai, Venezuela, Irlanda, Bélgica e Costa Rica.

Após a cerimônia virtual de abertura, com o Presidente da CBJ Silvio Acácio Borges dando boas vindas à todos, o treinamento foi conduzido pelo campeão mundial Luciano Correia, diretamente da Bélgica. Luciano colocou os veteranos para suar em um treinamento de aproximadamente 90 minutos. Todos os participantes do treinamento acompanharam pelo canal dos veteranos no Youtube.


"Muitos atletas nos procuraram após o treino informando que não acessaram o link do treino porque estavam acompanhando na academia pelo telão ou TV e outros que não conseguiram preencher o formulário a tempo. Assim, não conseguimos chegar a um número real e fizemos uma estimativa, considerando o número de acessos e número de academias participantes, e apuramos um número de aproximadamente três mil atletas nesta edição", disse o Coordenador Nacional de Veteranos Cristian Cezário. 

Na esperança de que o processo de imunização global seja estabilizada ainda em 2021, poderá acontecer um reencontro de todos com um pouco mais de liberdade na edição de 2022 para que o número de participantes volte a crescer e mais judocas da classe tenham a oportunidade de participar desta grande festa do judô mundial.

Por: Boletim OSOTOGARI






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