A seleção brasileira principal tem mais dois desafios a partir desta sexta-feira. Nos próximos dois dias será disputado o Panamerican Open de Buenos Aires e no domingo o Campeonato Sul-americano. A equipe que vai representar o Brasil é a mesma que conseguiu 17 medalhas no Open de Santiago na semana passada, com uma exceção: Walter Santos (+100kg). O gaúcho vai lutar na categoria pesado. Serão as primeiras competições dele desde que voltou a seleção graças à classificação na Seletiva Nacional Rio 2016 – I Etapa, disputada no final do ano passado em São Paulo.
“Eu estou muito confiante porque, apesar de ser minha primeira competição no ano, fiz treinamentos muito bons com a seleção brasileira no Rio de Janeiro e em São Paulo. Voltar a viver o clima de seleção, com atletas novos e veteranos, é muito bom”, disse o gigante de 1,96m e 150 quilos, apelidado de Waltinho.
Além dele, a delegação que vai disputar o Campeonato Sul-americano, onde só é permitido um atleta de cada nação por categoria, é formada por Nathália Brígida (48kg), Raquel Silva (52kg), Juliene Aryecha (57kg), Katherine Campos (63kg), Nadia Merli (70kg), Talita Morais (78kg), Rochele Nunes (+78kg), Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Alex Pombo (73kg), Felipe Costa (81kg), Eduardo Santos (90kg) e Luciano Corrêa (100kg). Para a Panamerican Cup, o Brasil conta ainda com os atletas Andressa Fernandes (52kg), Mariana Barros (63kg), Nathália Bordignon (70kg), Rafael Minoru (60kg), Evandro Rosa (60kg), Andrey Araújo (60kg), Alessandro Pereira (66kg), Afonso Baldigen (66kg), Daniel Santos (66kg), Marcos Seixas (73kg), João Pedro Macedo (73kg), Luis Henrique Amorim (73kg), Eduardo Bettoni (90kg), Matheus Theotônio (100kg) e Horácio Antunes (100kg). Já a comissão técnica é formada pelos técnicos Amadeu Moura e Fulvio Myiata; pela nutricionista Roberta Lima; pelos fisioterapeutas Priscila Silva e Rafael Pereira; e pelo árbitro Aloisio Short.
O desempenho brasileiro no Uruguai foi motivo de comemoração já que foram conquistadas quatro medalhas de ouro (Marcos Seixas, Charles Chibana, Eduardo Santos e Rochele Nunes), seis de prata (Nathália Brígida, Eric Takabatake, Raquel Silva, Alex Pombo, Talita Morais e Luciano Corrêa) e sete bronzes (Juliene Aryecha, Daniel Santos, João Pedro Macedo, Felipe Costa, Eduardo Bettoni, Nádia Merli e Horácio Antunes). Mas repetir o bom desempenho não vai ser tão fácil porque um tradicional adversário desembarcou na Argentina com força máxima.
“Fomos muito bem na primeira competição, medalhando em 13 das 14 categorias. Agora, teremos um desafio maior já que, além de alguns países com tradição no esporte que estavam no Uruguai, a Copa Pan-americana na Argentina contará com a seleção principal da Rússia, uma das cinco principais forças do judô mundial. A dificuldade vai ser bem maior porque vamos enfrentar alguns medalhistas olímpicos. Apesar disso, a nossa expectativa é muito boa”, afirmou Amadeu Moura, técnico da seleção.
As antigas Copas do Mundo passaram a se chamar Continental Cups (Panamerican Cup, European Cup, Asian Cup, etc) depois das mudanças aplicadas pela Federação Internacional de Judô no começo deste ano. Mas não foi só o nome que mudou. As pontuações dadas aos atletas são diferentes. Agora, o campeão leva 100 pontos; o segundo, 60; e o terceiro, 40.
O sorteio das chaves da Panamerican Cup de Buenos Aires acontece nesta quinta, às oito da noite, horário de Brasília, e podem ser acompanhadas pelo site www.ippon.org. As disputas acontecem no Centro Nacional de Alto Rendimento Desportivo (CeNARD) e tem início às 10 da manhã, tanto na sexta quanto no sábado. No primeiro dia de competição, dia 22, entram no tatame as judocas dos pesos 52kg, 57kg, 63kg e 70kg e os atletas do 60kg, 66kg e 73kg. No sábado (23/3), acontecem as lutas das outras categorias. O Campeonato Sul-americano será disputado no mesmo local e horário, só que todas as lutas acontecerão no domingo.
Por: Imprensa CBJ
Fotos: Gaspar Nóbrega / MPIX
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