Romane DICKO disse: " Não sei o que aconteceu na semifinal. Estava esperando sua mudança, mas ela ainda o fez. Chorei muito, mas decidi lutar pelos meus companheiros de equipe porque uma medalha olímpica de bronze é importante. Tenho 3 anos para me vingar e o tempo passa rápido. "
sexta-feira, 30 de julho de 2021
Tóquio 2020 - Sone confirma e Krpalek surpreende a todos
Romane DICKO disse: " Não sei o que aconteceu na semifinal. Estava esperando sua mudança, mas ela ainda o fez. Chorei muito, mas decidi lutar pelos meus companheiros de equipe porque uma medalha olímpica de bronze é importante. Tenho 3 anos para me vingar e o tempo passa rápido. "
quinta-feira, 29 de julho de 2021
TÓQUIO 2020 - HISTÓRICO! Mayra Aguiar vence sul-coreana e conquista sua terceira medalha de bronze em Jogos Olímpicos
Tóquio, 29 de julho - Mayra Aguiar (78kg) chegou, pela terceira vez consecutiva, ao pódio olímpico e de forma emocionante, na madrugada desta quinta-feira, 29. Depois de vencer a primeira luta e cair nas quartas-de-final, a brasileira buscou uma recuperação na repescagem, vencendo Aleksandra Babintseva (RUS) e, em seguida, imobilizou Yoon Hyunji, da Coreia do Sul, por 20 segundos para assegurar sua terceira medalha de bronze olímpica. O feito é inédito entre as atletas mulheres de esportes individuais do Brasil.
A medalha vem dez meses após Mayra sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo que a fez passar por uma cirurgia e a afastou dos tatames até junho, quando lutou o Mundial, em Budapeste. As incertezas e as dificuldades superadas pela lesão e pela pandemia trouxeram um peso maior à essa conquista para a atleta.
“Nunca chorei tanto. Estava chorando igual criança ali. É que está muito entalado. Tudo o que eu vivi, foi muito tempo de superação, uma atrás da outra. E, hoje, poder concretizar com uma medalha é muito importante para mim. É a maior conquista que eu já tive em toda a minha carreira. Por tudo o que aconteceu, tudo o que vivi, poder estar com isso concretizado é muito gostoso, está sendo muito bom”, celebrou a atleta.
O caminho da medalha
Nas preliminares, Mayra venceu Inbar Lanir, de Israel, com um belo ippon e avançou às quartas-de-final, onde encarou a atual campeã mundial, Anna-Maria Wagner, da Alemanha. Em luta muito equilibrada, a brasileira acabou levando duas punições e precisou abrir ataques para não ser punida novamente. Em uma entrada, levou o contra-golpe, no golden score, e Wagner marcou o waza-ari que lhe garantiu nas semifinais.
Para manter vivo o sonho da terceira medalha, Mayra precisou, então, passar pela russa Aleksandra Babintseva, na repescagem. Levando vantagem nas trocas de pegadas, a brasileira conseguiu forçar três erros da russa que, por fim, levou uma punição por saída de área, o que garantiu Mayra na disputa de bronze.
Yoon veio das semifinais depois de perder, também nos shidos, para a francesa Madeleine Malonga. Mas, logos nos primeiros minutos de luta, Mayra se impôs e encaixou uma sequência de golpe com transição ao chão para imobilizar a coreana e garantir a 24ª medalha da história do judô brasileiro.
Buzacarini cai para campeão europeu
Na chave masculina do meio-pesado, o Brasil foi representado nesta quinta por Rafael Buzacarini, que lutava bem contra Toma Nikiforov, da Bélgica, mas caiu de waza-ari a 30 segundos do fim da luta.
"Eu já tinha enfrentado ele. Minha estratégia era deixar a lutar seguir, ir longe, eu tinha recurso, tinha físico e estava preparado para ir longe. Na luta, eu até senti que ele estava cansando, mas foi um momento ali que eu acabei errando, andando para cima e ele acertou um golpe. Tive que abrir no final da luta e acabei perdendo. Difícil. Foram cinco anos treinando, mesmo dentro das adversidades, treinando para chegar mesmo que fossem dez minutos eu aguentar. Queria sair com a medalha”, lamentou Buzacarini.
O judô brasileiro já conquistou uma medalha de bronze, com Daniel Cargnin, no segundo dia de competição, e um sétimo lugar, com Ketleyn Quadros, no quarto dia.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Tóquio 2020 - O Invencível Hamada e o Lobo
quarta-feira, 28 de julho de 2021
TÓQUIO 2020 - Portela e Macedo não avançam no individual, mas ainda podem buscar medalha com equipes, no sábado
Os dois brasileiros que lutaram nesta quarta-feira, 28, em Tóquio não conseguiram avançar em suas chaves. Maria Portela, em sua terceira participação olímpica, parou nas oitavas-de-final após levar o terceiro shido em combate com a russa Madina Taimazova. Macedo, que fez sua estreia em Jogos Olímpicos, caiu de ippon no primeiro combate contra Islam Bosbayev, do Cazaquistão.
Cabeça-de-chave no médio feminino, Portela teve uma primeira luta tranquila contra a representante do Time de Refugiados Olímpicos, Nigara Shaheen, vencendo-a por ippon em apenas 28 segundos de combate.
Nas oitavas-de-final, a brasileira encarou Madina Taimazova, contra quem já havia lutado e vencido neste ano na final do Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia. A luta foi muito parelha e estudada durante o tempo regulamentar de quatro minutos, com as duas atletas levando uma punição por falta de combatividade. Sem pontuação no placar, o combate foi para o Golden score, o ponto de ouro, e, novamente, ambas foram punidas, dessa vez, por evitarem a pegada.
No terceiro minuto, Maria conseguiu encaixar um golpe e projetou Taimazova que chegou a tocar os ombros no chão, girou e caiu de frente. O lance precisou ser revisado pelo vídeo replay e os árbitros da mesa não validaram o ponto da brasileira.
A luta seguiu indefinida até o décimo minuto de golden score, com as duas atletas já bastante desgastadas pelo longo combate. Taimazova arriscou algumas entradas e conseguiu, com isso, impor um volume suficiente de ataques para que a arbitragem punisse a brasileira por falta de combatividade, encerrando, ali, o sonho de Portela buscar sua primeira medalha olímpica.
Decepcionada, a brasileira deixou o tatame chorando e lamentou não ter conseguido evoluir na competição.
“Não consegui seguir na competição. Mas, agradeço a Deus, primeiramente, por ter me permitido chegar até aqui. Foram muitos desafios ao longo da classificação olímpica. E agradeço a todos aqueles que estiveram comigo nesse período de preparação, se doando cem por cento para que eu estivesse aqui da melhor forma possível”, resumiu.
Sobre as decisões da arbitragem em sua luta, Maria demonstrou verdadeiro espírito olímpico, avaliando tecnicamente as situações de luta, sobretudo o último shido que sacramentou a vitória da adversária.
"O árbitro, se a gente não define, ele tem que definir. E quem tiver um pouco mais de iniciativa, vai levar. Não foi culpa dele. Eu tinha que ter sido mais agressiva, imposto mais o ritmo, por mais que não fosse efetiva, que foi o que ela fez e acabou levando. Acredito que o que definiu, como a luta estava muito longa, ela teve um pouquinho mais de iniciativa ali naquele final e eu acabei tomando a punição. Mas, estava muito parecida a luta. Eu percebi que ela estava um pouco mais desgastada do que eu, só que ainda assim ela estava colocando mais golpe do que eu, mesmo que sem efetividade. Isso é como se ela tivesse dando um volume maior na luta, buscando mais a luta. E, por mais que eu quebrasse bastante o volume dela, eu quase joguei duas vezes, ainda assim não foi suficiente”, explicou Portela, que retornará ao tatame da Nippon Budokan no sábado, 31, para a competição por equipes mistas. “Agora quero ajudar a equipe para chegar no pódio. Sei que meu ponto é muito importante e o foco é esse, contribuir para que possamos evoluir na competição porque somos um time muito forte.”
A derrota doída definida em decisões difíceis da arbitragem, tanto nas punições, quanto na interpretação do waza-ari ou não, fez com que a brasileira recebesse muitas mensagens de incentivo e indignação de fãs e da comunidade do judô por meio das redes sociais. Neste sentido, é importante esclarecer que, no judô, não existe a possibilidade de recurso, apelação, cancelamento ou mudança do resultado decretado pela arbitragem em cima do tatame.
Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini lutam na madrugada desta quarta para quinta-feira
Os próximos brasileiros a lutarem na Budokan serão os meio-pesados Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini. Mayra tentará buscar sua terceira medalha olímpica, o que seria um feito inédito no judô e em modalidades individuais. Já Buzacarini, que participou dos Jogos do Rio, tentará subir ao pódio olímpico pela primeira vez.
As preliminares começam às 23h dessa quarta, 28, no Brasil, e o bloco final, com repescagem, semifinais e medalhas começará às 5h da manhã de quinta-feira, 28, também no horário de Brasília.
O judô brasileiro tem, até o momento, um bronze, de Daniel Cargnin (66kg) e um sétimo lugar, de Ketleyn Quadros (63kg), como melhores resultados.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Tóquio 2020 - Bekauri e Arai: um coquetel de juventude e experiência
A primeira semifinal, portanto, colocou dois favoritos, Mikhail IGOLNIKOV (ROC), ainda capaz de ganhar uma medalha para os atletas ROC e Lasha BEKAURI (GEO), claramente recuperado de sua lesão no ombro obtida em Budapeste durante o Campeonato Mundial de Equipes Mistas. Se tínhamos dúvidas sobre aquela lesão, temos a resposta, está tudo bem. BEKAURI se classificou para a final, com um único waza-ari que enviou IGOLNIKOV na luta pela medalha de bronze. Com apenas 21 anos, BEKAURI foi campeão mundial júnior e agora está em condições de conquistar o título olímpico.
terça-feira, 27 de julho de 2021
TÓQUIO 2020 - Ketleyn Quadros fica em sétimo após cair para holandesa na repescagem dos Jogos Olímpicos
“Difícil avaliar o que faltou neste momento. Mas, o que me deixa contente é ter dado o meu melhor. Eu realmente me preparei muito. Os obstáculos enfrentados para estar aqui no período de pandemia e ainda assim ter os meus melhores resultados e vir para uma Olimpíada com condição de medalha me deixam feliz. Foi uma jornada gigantesca, de muitas conquistas e eu tenho muito orgulho da caminhada. Óbvio que a gente numa competição, se preparando durante anos, seria, pelo menos para finalizar com uma chave de ouro todo esse caminho em cima do pódio. O meu máximo não foi suficiente para estar em cima do pódio. Mas dei o melhor que podia e isso me deixa tranquila, em paz”, avaliou Ketleyn ao sair do tatame.
Em Tóquio, a caminha da brasileira começou com uma vitória inusitada em Jogos Olímpicos, por fusen-gachi, que é o W.O. do judô. Sua primeira adversária, Cergia David, de Honduras foi hospitalizada na véspera da competição por problemas intestinais e não teve condições de lutar.
Nas oitavas-de-final, a Ketleyn fez um combate difícil com a mongol Ganchaik Bold e projetou a adversária duas vezes para avançar na chave. Em seguida, encarou a canadense Catherine Beauchemin-Pinard, em combate tenso na disputa pela melhor pegada. Ketleyn vinha bem na luta, mas acabou sendo projetada e imobilizada na sequência, o que deu à Pinard a vaga na semifinal.
Com isso, a brasileira precisaria de uma vitória na repescagem contra a holandesa Jull Franssen para se garantir na disputa por um dos bronzes da categoria. Ketleyn começou a disputa mais agressiva e forçou duas punições à holandesa, que recuperou-se na metade da luta e empatou as punições. Em seguida, Franssen conseguiu imobilizar Ketleyn para vencer a repescagem.
O gosto amargo de chegar tão próximo da medalha fez a brasileira deixar o tatame ainda avaliando seu futuro na seleção. Vivendo a melhor fase de sua vida esportiva aos 34 anos, quando questionada sobre a possibilidade de esticar a carreira até Paris, Ketleyn não descartou nenhuma opção.
“Porque não pensaria? A gente que é atleta de alto rendimento, pelo menos eu, eu não penso em fazer judô por hobby. Se eu continuar o caminho é esse, sempre buscar ser o melhor e estar dentro de uma Olimpíada com condição de medalha. Acredito que tudo pode acontecer”, disse.
O ouro do 63kg ficou com a pentacampeã mundial, Clarisse Agbegnenou, da França, em revanche da final de 2016 contra Tina Trstenjak, da Eslovênia. Os bronzes foram para Pinard (CAN) e Maria Centracchio (ITA).
No masculino, Eduardo Yudy parou em campeão mundial
No masculino, o Brasil foi representado pelo meio-médio Eduardo Yudy Santos, que teve uma primeira luta complicada com o campeão mundial e número dois do ranking, Sagi Muki, de Israel. Yudy começou bem, com golpes de perna que desequilibraram Muki. No entanto, o israelense encaixou o golpe perfeito e venceu o combate.
“Infelizmente não consegui fazer o que eu queria fazer. Deixei muito ele fazer o jogo dele, na verdade. Eu estava muito preocupado com o jogo dele e acabei ficando muito defensivo”, explicou o brasileiro ao deixar o tatame em sua primeira participação olímpica. “Só tenho que agradecer mesmo. Fico muito feliz com essa jornada para chegar aqui, mas na questão de resultado, de competição, tenho muitas coisas para corrigir. Primeiro, preciso errar menos. Meu ataque é forte. Então, tenho que colocar o adversário para se preocupar. Depois a parte física. Viemos num ritmo de competição muito forte e ficou um pouco difícil na questão de periodização. Estou triste pelo resultado, mas sou grato por tudo que aconteceu comigo até chegar aqui”.
Yudy é filho de pais brasileiros, mas nasceu no Japão, em Ibaraki. Lutar em Tóquio, portanto, representando o Brasil, teve um gosto especial para o atleta do Esporte Clube Pinheiros.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
