domingo, 16 de janeiro de 2022

Bahia: Febaju promove Credenciamento Técnico e anuncia inscrição para atividade


A Federação Baiana de Judô (Febaju) promove no dia 29 de janeiro (sábado) o Credenciamento Técnico – 2022 para técnicos (as) e árbitros (as). Os interessados e interessadas devem se inscrever até o dia 24, através da plataforma Zempo (www.zempo.com.br). É importante destacar que a participação é obrigatória para o Credenciamento Oficial, conforme Regulamento Estadual de Eventos da FEBAJU – 2022.

A graduação mínima permitida para atuar na função de técnico (a) e árbitro (a) é de faixa preta 1º Dan. No entanto, poderão participar do curso judocas com a graduação de faixa marrom, porém, os mesmos, não estarão aptos a atuar nas competições da Febaju.

A atividade será promovida no canal do Youtube da entidade e a taxa de inscrição é no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais).

Para mais informações, os interessados e interessadas devem entrar em contato com os canais de comunicação da Febaju.

Prazos e demais Informações:

Inscrições
Até dia 24 de janeiro às 23h59, através da plataforma Zempo (zempo.com.br).

Pagamento
Valor: R$50,00 (cinquenta reais).
Prazo: Até o dia 26 de janeiro, às 17h.
Forma de pagamento
Boleto, transferência, pix, cartão de débito ou crédito à vista (com taxa da operadora).

Importante:
Destaca-se que será imprescindível a adimplência da anuidade 2022.


China abre ciclo olímpico com o técnico espanhol Felipe Sanchez


O caminho para os Jogos Asiáticos e Jogos Olímpicos de Paris 2024 já começou para a Seleção Chinesa de Judô. Felipe Sanchez foi nomeado treinador da China Team.

Sanchez: “Estou honrado e orgulhoso por poder ser o treinador principal da Seleção Chinesa. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Associação Chinesa de Judô pelo fato de poder enfrentar um desafio tão grande. A China aspira a se tornar uma potência líder no mundo dos esportes e tenho certeza de que juntos poderemos lutar por medalhas nas Olimpíadas no judô”.

Sanchez começou seu papel há algumas semanas e agora ele está liderando seu primeiro campo de treinamento em Pequim com um total de 80 atletas.

Durante este acampamento o novo treinador é ajudado por treinadores nacionais de diferentes províncias. “É uma equipe muito jovem, mas com muita vontade de ajudar a nova geração a conquistar coisas importantes”, disse Felipe.

O técnico japonês Hirofumi Yamamoto, campeão mundial júnior e medalhista em Grand Slams, e os técnicos chineses Cheng Xunzhao, bronze no Rio 2016, Shi Junjie, campeão mundial em 2007, Lu Tonjuang e Yang Junxia ambos atletas olímpicos em Tóquio são alguns dos treinadores que vão ajudar para desenvolver este novo projeto.

O futuro do judô chinês continua brilhante, mas em 2022 será hora de começar a transformar promessas em resultados. Xu Shiyan, Ma Zhenzhao ou Qing Daga são chamados para serem alguns dos principais atletas.

Os primeiros gols de Felipe estão na mesa. A primeira é conquistar a medalha de ouro nos Jogos Asiáticos 2022, que serão realizados em Hangzhou, e a segunda é qualificar atletas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, onde buscará levar as medalhas.

“A corrida de qualificação começará em junho de 2022 e continuará até junho de 2024. Espero que possamos participar do IJF Tour em breve, apesar da atual situação de pandemia”.

Sanchez é um treinador espanhol que iniciou sua carreira como treinador principal na Universidade de Oviedo (Espanha) há 20 anos. Ele também passou algum tempo como Coordenador de Esportes do RGCC e como assistente técnico na Seleção Espanhola de Sambo, antes de se mudar para o Comitê Olímpico Chinês como treinador de desempenho e depois para a Equipe de Judô de Xangai como treinador principal.

Além de sua Licença de Treinador de Judô, Felipe possui mestrado em Ciências do Esporte com ênfase em Alto Rendimento pelo Comitê Olímpico Espanhol.


sábado, 15 de janeiro de 2022

CBDV: A primeira etapa do Grand Prix e da Copa Loterias Caixa de Judô foi antecipada para março. Confira!


A primeira etapa do Grand Prix e da Copa Loterias Caixa (iniciantes) de Judô Paralímpico, que estava marcada para abril, em São Paulo, foi antecipada para março: será dos dias 18 a 20, no CT Paralímpico.

A segunda etapa permanece agendada para setembro!

O calendário completo de 2022 pode ser encontrado em no site da CBDV, na aba "Eventos" do menu superior.

#Acessibilidade: o judoca @wiltonmjr derruba seu oponente puxando o adversário pela gola e caindo com o lado direito do corpo no tatame durante o Grand Prix realizado no mês passado.

Por: CBDV


Alemanha: Campeã Mundial Alemã Anna-Maria Wagner vive a depressão Pós Olímpica


A campeã mundial e medalhista de bronze olímpica Anna-Maria Wagner finalmente foi liberada de sua quarentena. Para ela foi um bom momento para relembrar o ano turbulento que foi o de maior sucesso da minha carreira, isso é apenas do ponto de vista esportivo, mas a perspectiva mental é outra.

Wagner: “Tive três anos de qualificação muito difíceis. Eu estava constantemente sob pressão e tinha que entregar resultados, até o fim. Nesta fase, consegui manter meu foco e poder o tempo todo porque tinha apenas um objetivo em mente: as Olimpíadas de Tóquio. Então fiz o inacreditável: me tornei campeã mundial seis semanas antes dos jogos! Um sucesso que realmente deve ser comemorado. Mas não havia tempo para isso, pois eu tinha que me concentrar totalmente nos Jogos Olímpicos. Tive um dia quase perfeito lá. Tudo correu como nós (eu e minha equipe) havíamos imaginado e treinado: ganhei o bronze no individual e dois dias depois outra medalha no time misto. O ano dificilmente poderia ter corrido melhor para mim.

As semanas que se seguiram foram emocionantes e lindas: muitos compromissos, recepções, entrevistas e muitas comemorações. Mas o que acontece depois?

Eu tinha um objetivo em mente todos esses anos, eu consegui - e depois? Vazio. A chamada depressão pós-olímpica me pegou. Pode ser difícil para muitos "não atletas" entenderem e eu nunca me senti mal o tempo todo. Eu ainda tive tantos grandes momentos, mas assim que eles terminaram, o vazio me pegou novamente. Eu não queria saber nada sobre judô nos primeiros meses. Fiz reabilitação e treinamento porque estava no plano e havia pontos a serem trabalhados.

No final do ano, havia perdido o desejo e a paixão pelo esporte, e brinquei com a ideia de desistir completamente do esporte competitivo. Felizmente nunca estive sozinha durante este tempo! Eu tinha um ótimo ambiente e meus treinadores nunca me pressionaram sobre quando eu tinha que voltar. Claro, também conversei muito com meu psicólogo esportivo. Em última análise, no entanto, você realiza a luta interior sozinho.

Durante minhas férias percebi como estava melhorando aos poucos e encontrei meu desejo de treinar novamente. Com o réveillon quis colocar uma linha simbólica sob o ano de 2021 e entrar em 2022 com energia renovada. Deve começar com meu primeiro campo de treinamento desde os jogos em Colônia, Alemanha. Mas então veio o teste PCR positivo... e novamente derrubou o tapete debaixo dos meus pés. Todas as minhas resoluções e planos para o ano novo se foram..

A primeira semana de quarentena foi muito difícil. Eu estava apática, apenas deitei na cama e pensei em desistir do meu judô novamente...

As coisas foram melhorando lentamente desde a segunda semana e eu tive muito o que pensar. Resta saber como começará o treinamento. É importante para mim encontrar diversão nos treinos novamente.

Não posso dizer exatamente quando estarei de volta ao tatame de competição. Mas uma coisa é clara: se eu entrar de novo, então estou 100% focada e estou pronta para vencer.”


Judô Paralímpico, o que muda?


O ano de 2022 trará mudanças importantes para o #judôparalímpico. As novas normas aprovadas pela ibsa judô dividirão os atletas em dois grupos de classificações oftalmológicas distintas e reduzirão a quantidade de categorias. Por outro lado, haverá mais medalhas em disputa nos eventos.




Até então, judocas das três classificações oftalmológicas – B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem) – lutavam entre si dentro de cada peso. A partir de agora, quem for cego total (B1) só lutará contra cego total em uma nova categoria que se chamará J2. Quem era B2 e B3 lutará apenas contra oponentes dessas mesmas classificações em outra categoria chamada J1.




Também foram extintas quatro divisões por peso no masculino e criada uma nova, de 90 kg para cima, que reunirá os pesados. No feminino, foram extintas duas divisões. Ou seja, a partir de agora, haverá quatro pesos em cada categoria.

Masculino
🥋 -60 kg
🥋 -73 kg
🥋 -90 kg
🥋 +90 kg

Feminino
🥋 -48 kg
🥋 -57 kg
🥋 -70 kg
🥋 +70 kg

Assim, os torneios agora distribuirão mais medalhas, já que antes eram sete pesos no masculino e seis no feminino, totalizando 13 pódios. Nas novas regras, haverá oito pódios em disputa na classe J1 e oito na J2, totalizando 16 eventos por medalha.


As alterações já valem para 2022, tendo em vista o ciclo para @paris2024. A organização dos próximos Jogos Paralímpicos, inclusive, já divulgou a programação da modalidade seguindo as novas diretrizes.

#Acessibilidade: sequência de cards explica todas as mudanças mencionadas no post utilizando texto e desenhos. Para tratar da classificação visual, por exemplo, o B1 é representado por um desenho de um olho com um traço contínuo passando por cima indicando a cagueira total. O B2 e B3, por um olho com um traço tracejado. As divisões por peso são representadas por desenhos de quimonos. Todos os cards têm fundo azul e texto e desenhos em branco.

Por: CBDV

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Felipe Kitadai será o técnico da seleção júnior da Áustria


Segundo informado no site JudoInside, depois de contratar a treinadora e campeã olímpica Yvonne Bönisch no início de 2021, a Associação Austríaca de Judô anunciou a próxima surpresa para treinador: o brasileiro Felipe Kitadai foi convidado para ser o técnico da seleção júnior (U21 e U23). O novo técnico de 32 anos era competidor e amigo do desbravador austríaco Ludwig Paischer. Paischer esteve entre os adversários que mais lutou assim como Ashley McKenzie, Ganbat Boldbaatar, Nabor Castillo e Aaron Kunihiro que foi o seu adversário mais frequente.

Seu histórico é impressionante: Kitadai conquistou o bronze olímpico em 2012 em Londres (até 60kg), o bronze no Mundial de 2019 em Tóquio (na competição por equipes mistas) e é bicampeão pan-americano (2011, 2015). Kitadai anunciou sua aposentadoria da carreira esportiva no final do ano passado. Agora ele está prestes a iniciar sua carreira de treinador na Áustria.

No fim de semana, Felipe Kitadai foi anunciado com visita da matriz em Viena. A associação de judô espera que em breve os canais oficiais sejam concluídos positivamente.

O diretor esportivo Markus Moser e o presidente Martin Poiger estão convencidos: "Felipe seria a escolha ideal como técnico da seleção juvenil e o complemento perfeito para a equipe técnica de Yvonne (Bönisch). Ele treinou inúmeras vezes ao lado de Sabrina Filzmoser e Ludwig Paischer na Áustria e sabe a maioria dos nossos jovens talentos de randori treinando juntos.”

Profile Kitadai

Felipe Kitadai do Brasil ganhou o bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Ele terminou em sétimo nos Jogos Olímpicos de 2016. Kitadai ganhou ouro nos Jogos Pan-Americanos em 2011 e prata em 2015 em Toronto. Ele competiu em Campeonatos Mundiais desde 2010, 5º em 2015. Ele ganhou o Campeonato PanAm seis vezes 2011-2016 e foi Campeão Mundial Militar em 2015. Ele conquistou a medalha de ouro no Grand Slam em Baku em 2019 e o bronze por equipe mista mundial em Tóquio em 2019. Aposentou-se em 2021 e tornou-se treinador júnior na Áustria.




Projeto Budô: Confira as técnicas de Renraku-Henka-Waza


O professor Vinícius Erchov, 5º dan (tori) e Guilherme Izquierdo, 3º dan (uke), da Associação Projeto Budô de São Paulo apresentam um vídeo com técnicas de Renraku-Henka-Waza. O vídeo pertence ao Canal do Projeto Budô, onde é possível conferir vídeos com técnicas de Go Kyô e muito conteúdo da modalidade.

O Projeto Budô é uma academia de Judô situada no bairro da Lapa em São Paulo. Com mais de 15 anos de história é reconhecida em todo o território nacional como uma das academias mais tradicionais no ensino do Judô. O sensei responsável pela academia, Vinicius Erchov, é o único atleta das Américas a possuir um Certificado de Excelência de Nage-no-kata, concedido pela Kodokan (órgão máximo do Judô).

Seja um Aluno em 2022!

(11) 9-8222-0115 Rua Antonio de Mariz, 123 Lapa, São Paulo - SP

www.projetobudo.com.br

O Projeto Budô faz parte da equipe de sponsors do Boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI






ICI Judô: Aulas para adultos e crianças.


O Instituto Camaradas Incansáveis (ICI), sediado na Rua Barão do Bananal 475 – Pompéia, oferece aulas de judô de segunda à sextas-feiras para jovens e adultos, das 20h00 às 21h30. Às terças e quintas-feiras, das 9h às 10h30 e segunda, quarta e sextas-feiras das 18h30 às 20h, são oferecidas aulas para crianças. Com supervisão e treinos ministrados pelos Senseis Rodrigo Motta (faixa vermelha e branca 6º DAN), Bagé (faixa preta 5º DAN) e Cristian Cezário (faixa preta 2º DAN), a comissão técnica responsável é composta por judocas com inúmeras conquistas em campeonatos mundiais, pan-americanos, sul-americanos, brasileiros e estaduais. 



Com o objetivo de promover a busca incessante pelo ippon (golpe perfeito), as portas do ICI estão abertas para todos os interessados em aprender o judô.


O ICI faz parte da equipe de Sponsors do boletim OSOTOGARI

Serviço:
ICI - Instituto Camaradas Incansáveis
Rua Barão do Bananal, 475, Vila Pompéia, São Paulo
contato@icijudo.com.br
11 98067 8942

Por: Boletim OSOTOGARI


Promoção "Volta às Aulas" com Kimono Judô Kids Shihan


No retorno às aulas, a Kimonos Shihan lança uma promoção de kimonos de judô kids, 100% algodão, com preço imbatível. E com a facilidade de realizar sua compra por whats app: 11 99443 0067.

A Kimonos Shihan faz parte da equipe de sponsors do boletim OSOTOGARI.

Por: boletim OSOTOGARI


quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Grécia continua desenvolvendo sua estrutura de kata


No fim de semana de 17 e 18 de dezembro de 2021, a Grécia organizou seu torneio nacional de kata. Este evento de kata foi combinado com os campeonatos de ne-waza.

Este campeonato de kata foi aberto às diferentes categorias; jovens e seniores e nada menos que 56 casais manifestaram-se com o objetivo de chegar ao pódio.

A atividade começou em 2018 e desde então, os eventos cresceram para mais competições, cursos de formação e seminários, um juiz também obteve uma licença europeia.



A Federação Grega de Judô com o Presidente Dimitros Michailidis e a liderança do kata de Nikos Papadakis e Nikos Pararis, estão trabalhando para promover a atividade e melhorar sua qualidade. Também são organizados seminários com o apoio da EJU, em particular com a Comissão Kata da EJU e os especialistas (Jean-Phillipe e Nicolas Gilon) em Nage e Katame-No-Kata.

Esse tipo de cooperação começou também na Polônia em 2015 com o sucesso que conhecemos hoje, medalhistas europeus e mundiais, juiz europeu de kata. A Polônia sediou com sucesso o Campeonato Europeu 2021 mesmo em tempo de pandemia.

Após a competição, foi organizado um seminário onde atletas, treinadores e juízes puderam conversar com Michel Kozlowski (EJU) como moderador.


Os participantes demonstraram grande interesse pelas perguntas e trocas que ocorreram. Só podemos encorajar essas iniciativas que mostram um progresso real em apenas 3 anos.

Encorajamos mais nações a entrar em contato com os especialistas em Kata da EJU para organizar esses seminários.

Autor: Michel Kozłowski / Thea Cowen - EJU

FIJ: Neil Eckersley destaque nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim


Neil Eckersley está orgulhoso e tem boas razões para estar. Nascido em 5 de abril de 1964, o artista britânico também é judoca e não é anfitrião de nenhum judoca, pois foi medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Esta é, na verdade, uma das razões pelas quais ele foi escolhido pela Fundação Olímpica para Cultura e Patrimônio (OFCH) será apresentado por ocasião da segunda edição da Ágora Olímpica que levará aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.


" Para ser destaque você tem que ser um atleta olímpico. Isso é obrigatório, mas além disso você tem que ser um artista. Por muitos anos eu dediquei minha vida ao judô e à arte, " explica Neil, cujo trabalho já foi apresentado várias vezes em Exposições de arte da FIJ, geralmente realizadas antes dos campeonatos mundiais.

O primeiro contato entre Neil e o COI data de alguns anos atrás, mas para este projeto específico ele foi contatado há 5 meses. " Desde que fui contatado, foi realmente um pesadelo manter isso em segredo. Eu já fazia parte do programa Olympian Artists-in-Residence, que é uma espécie de plataforma que apresenta o trabalho de atletas olímpicos. Você pode ser um dançarino, um performer , um pintor, um músico; você só precisa ter uma abordagem artística. Depois da primeira edição em Tóquio no verão passado, a exposição de Pequim será a segunda e a partir de agora acontecerá em todos os Jogos ” .

Quando Neil apresentou seu trabalho pela primeira vez, ele não tinha certeza de que o OFCH estaria interessado, " Minhas criações não são necessariamente relacionadas a esportes, mesmo que eu já tenha criado 9 peças que tenham uma ligação direta com o judô, mas acredito que não seja a obra de arte que é a parte mais importante, mas o artista, por isso fiquei tão empolgado e surpreso que o movimento olímpico se interessasse pelo que faço.


Para esta exposição específica decidi focar na cidade de Pequim, que é uma cidade incrível, muito inspiradora. Acho que abre uma nova dimensão para esse tipo de apresentação. Sim, somos desportistas e desportistas, mas também somos artistas e temos uma mensagem a transmitir que vai além do desporto. "

Neil enviou três obras de arte que ele produziu em tela, mas por causa da crise de saúde em todo o mundo, a exposição será principalmente digital, " Por isso tivemos que tirar fotos de cada peça. Eu gosto muito dessa dimensão digital. Nós' conseguiremos alcançar mais pessoas em todo o mundo. "

Se ele é um artista orgulhoso, Neil ainda continua sendo um judoca em seu coração, " Para mim, representar o judô nos Jogos Olímpicos de inverno é uauuuuuuu! Não tenho outras palavras. Para nosso esporte de verão fazer parte dos Jogos de inverno é Incrível, cria pontes entre as disciplinas. Para mim, mais pessoalmente, participar de Pequim é como participar dos Jogos Olímpicos novamente, depois de Los Angeles 1984. Isso é muito emocionante.


Você sabe que o judô é tudo para mim. Sofro de dislexia desde criança e o judô me deu tudo para superar essas dificuldades. Eu pude, por muitos anos, criar como atleta e agora estou criando como artista. 

O judô ainda está muito presente na minha vida. É realmente agora que eu entendo o que é o esporte. É sobre amizade e respeito. Quando você é um concorrente, você realmente não entende, mas com o passar dos anos, você entende. "

Depois de 7 anos na Noruega, Neil Eckersley está de volta ao Reino Unido, em Lancaster, " Meu pai me apoiou durante toda a minha carreira e é hora de eu estar de volta em casa para ajudá-lo agora. Posso fazer isso e dedicar meu vida ao que mais amo: criar. "


Quando você visita as mídias sociais de Neil, você pode ler: ' O que os artistas fazem o dia todo? ' e descobrir que o homem é produtivo. Fazer parte da exposição em Pequim não é o fim do caminho, longe disso, é o início de um novo caminho e não há dúvida de que continuará a inspirá-lo por muitos anos. 

Facebook:  https://www.facebook.com/neil.eckersley.7

Instagram: eckersleyneil_

Twitter: @necks01



Olympic Agora

Após a inauguração da Ágora Olímpica Tóquio 2020 e na preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, a Fundação Olímpica para a Cultura e o Patrimônio (OFCH) apresenta a segunda edição da Ágora Olímpica. 

O programa apresenta sete atletas olímpicos criativos e suas obras de arte. Devido ao estado atual da pandemia de Covid-19, o programa Olympic Agora para Pequim 2022 será quase inteiramente digital.

Com trabalhos que abrangem pintura, design gráfico, fotografia artística e pintura com pincel chinês, os sete artistas olímpicos da Olympic Agora são: Christopher Coleman (EUA, Bobsleigh, Albertville 1992 e Lillehammer 1994); Neil Eckersley (Grã-Bretanha, Judô, Los Angeles 1984 e Seul 1988); Gao Min (China, Mergulho, Seul 1988 e Barcelona 1992); Kader Klouchi (Argélia, Salto em Distância, Barcelona 1992); Cameron Myler (EUA, Luge, Calgary 1988, Albertville 1992, Lillehammer 1994 e Nagano 1998); Laurenne Ross (EUA, Esqui, Sochi 2014 e PyeongChang 2018); Ye Qiaobo (China, Patinação de Velocidade, Albertville 1992 e Lillehammer 1994).

O Olympic Agora também apresenta dois eventos educacionais ao vivo, baseados no Programa de Educação de Valores Olímpicos (OVEP), liderados pelos artistas olímpicos Neil Eckersley e Kader Klouchi, nos dias 9 e  16 de fevereiro,  respectivamente. O currículo usa a arte como uma abordagem de ensino informal para incentivar as crianças a explorar os valores e ideais olímpicos por meio da expressão criativa.

Eckersley, que agora é um artista profissional baseado em Lancaster, no Reino Unido, disse: “Tudo o que pinto vem dos valores olímpicos. Eles significam tudo para mim. Eu uso os valores especialmente durante os momentos difíceis e desafiadores da minha vida, tanto como treinador quanto como artista. Os valores olímpicos têm sido um conforto e um recurso constante para mim.”

Nas oficinas do OVEP, os dois ex-atletas olímpicos refletirão sobre suas trajetórias profissionais e as ligações entre os valores olímpicos, arte, cultura, educação e esporte. As sessões estarão disponíveis para um público online.


Artistas Olímpicos Residentes

Lançado pela OFCH em Pyeong Chang 2018, o programa Olympian Artists-in-Residence celebra a ligação entre esporte e cultura, oferecendo oportunidades para atletas com interesses artísticos produzirem e apresentarem novas obras de arte durante e entre as edições dos Jogos Olímpicos. Cada edição do programa é uma oportunidade para o público descobrir uma comunidade de atletas olímpicos multifacetados e suas histórias inspiradoras.

Mais informações:  CLIQUE AQUI 

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos © Brenainn Shackleton

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

CBJ lança Programa de Desenvolvimento das Equipes de Transição do judô brasileiro


A Confederação Brasileira de Judô lançou no final de 2021 um manual de formação de atletas com foco no desenvolvimento competitivo internacional, documentando todos os processos aplicados pela instituição na gestão das equipes de transição. Nomeado como “Programa de Desenvolvimento das Equipes de Transição: Uma proposta Metodológica”, o documento foi apresentado a treinadores e atletas na abertura da Seletiva Nacional - Projeto Paris 2024, em dezembro, e agora está disponível em formato digital para download na Biblioteca online da CBJ.  

“O sucesso do judô brasileiro na história dos Jogos Olímpicos, sendo a modalidade que mais deu medalhas ao Brasil (24 ao todo), passa pelo investimento contínuo da CBJ nas categorias de transição, seja com a realização de eventos nacionais para as classes Sub-13, Sub-15, Sub-18 e Sub- 21, seja na participação em eventos internacionais com os jovens judocas integrantes das seleções Juvenis, Juniores e de Transição para o Sênior”, destaca o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges, na apresentação do manual. “Esperamos que o Programa de Desenvolvimento Esportivo das Equipes de Transição da CBJ seja mais uma ferramenta para contribuir com um trabalho de qualidade realizado por treinadoras e treinadores de judô no Brasil na formação dos nossos futuros campeões.” 

Para Marcelo Theotônio, gerente das Equipes de Transição da CBJ e responsável pela coordenação do projeto, o método CBJ, que vem sendo aplicado em jovens judocas como o medalhista olímpico Daniel Cargnin e a medalhista mundial Beatriz Souza (+78kg) que, como tantos outros talentos recentes, passaram pelas seleções Juvenil e Júnior nos últimos anos e já se estabeleceram na equipe principal, pode servir de norteador para o trabalho de professores na base do judô brasileiro, em clubes e associações.  

“Entendemos que o Judô nacional alcançou o atual patamar de crescimento em face da autonomia que clubes e academias promovem seus trabalhos. Contudo, também existem muitas dificuldades específicas para cada instituição e suas respectivas federações estaduais. Neste sentido, buscamos, nesse documento, apresentar alguns indicativos de modo a auxiliar a organização de programas de treinamento e a realização de controles de forma alinhada às ações desenvolvidas na Seleção Brasileira de Transição”, explica Theotonio.  

A metodologia foi construída a muitas mãos por uma equipe formada pelos técnicos das equipes de transição da CBJ ao lado de especialistas nas áreas de saúde, nutrição, preparação física e com consultoria acadêmica dos professores Emerson Franchini (USP) e Leandro Mazzei (UNICAMP).  

Outra contribuição significativa veio de atletas medalhistas olímpicos e mundiais que compartilharam um pouco de sua experiência em depoimentos sobre cada fase de suas carreiras no tatame. Luciano Corrêa, Sarah Menezes, João Derly, Mayra Aguiar, Tiago Camilo, Leandro Guilheiro, Ketleyn Quadros, Rafael Silva e Érika Miranda deixaram conselhos aos treinadores e atletas em formação para seguirem um caminho de sucesso no judô.  

“Eu fui uma atleta que não tive grandes resultados no Júnior, mas me preocupava em construir minha carreira e em desenvolver meu judô. Hoje alguns atletas se pressionam muito para conseguir resultado na base, o que é importante, mas não é determinante. No Sub-21, o atleta precisa focar em desenvolver sua carreira e em treinar forte para ter o resultado quando a hora chegar”, é o que diz a multimedalhista mundial, Érika Miranda, em seu depoimento.  

“É essencial aprender com o treino, com os colegas, com os adversários e principalmente com cada derrota; nada ensina mais do que uma derrota. Eu odeio perder e sou muito competitiva. Então, quando eu perco, eu busco avaliar tudo o que deu errado para tentar corrigir e na próxima poder acertar. Por isso, nesta fase que tem a escolha de ser atleta, precisa entender que sua carreira é curta e ela deve estar em primeiro lugar, com foco e trabalho duro! Por isso quando tu entrares no tatame para fazer judô, não há nada mais importante que fazer judô”, ensina a bicampeã mundial e três vezes medalhista olímpica, Mayra Aguiar.  

Para acessar a metodologia completa CLIQUE AQUI. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Turquia: Antalya dá boas vindas à atletas para preparação da nova temporada


Na ausência do tradicional Mittersill OTC, os atletas estão em busca de um novo acampamento para aumentar seu randori e garantir que estejam totalmente preparados, pois o IJF Tour começará em apenas duas semanas e meia.

Existem 258 atletas que participarão do treinamento de  campo de cinco dias da EJU em Antalya, com várias sessões de treinamento disponíveis todos os dias e vários tatamis para sessões individuais também. Quanto à saúde e segurança, as sessões são divididas para homens e mulheres, embora nenhum caso positivo tenha sido detectado até o momento.

A equipe turca anfitriã inclui o finalista mundial e campeão europeu de 2019, Mihael ZGANK. O atleta de até 90kg está sempre em movimento, mas está feliz por estar em Antalya esta semana.

Para mim, um acampamento de judô é sempre a melhor maneira de começar o ano. Este ano em um ambiente um pouco mais quente que o normal, mas no dojô isso não muda nada. Estamos felizes por podermos organizar um treinamento de campo da EJU como este e receber alguns dos melhores judocas do mundo.

Mihael ZGANK (TUR). © Thea Cowen

No tatame feminino está a medalhista olímpica e mundial de bronze, Sanne VAN DIJKE (NED), ansiosa para voltar à forma de luta, pois pretende competir no Grand Slam de Tel Aviv.

Estou feliz por começar o novo ano com um bom treinamento de campo para me preparar para minha primeira competição após as Olimpíadas. Eu tive meu melhor ano até agora, mas sinto que ainda não atingi meu potencial, estou muito ansiosa para começar novamente. E é claro que -70kg é uma categoria tão boa na Holanda que não consigo ficar parada por muito tempo, tem muitos jovens batendo na porta, ansiosos por aquela passagem para Paris também. Mittersill é um ótimo camp para começar normalmente, infelizmente não foi possível este ano, mas ficamos muito felizes por ainda podermos fazer um camp. Para mim, um treinamento de campo é a melhor maneira de recuperar meu foco, porque tudo o que você precisa pensar é em treinamento e recuperação.

Sanne VAN DIJKE (NED). © Gabi Juan

Foi um período de transição difícil, pois o último ciclo se transformou em um período de cinco anos e, como já estamos em 2022, a contagem regressiva está agora para Paris 2024. Pode não ter sido um período de descanso, mas para alguns dos atletas que estão no circuito há muitos anos, pode funcionar a seu favor que potencialmente seu último ciclo tenha se tornado significativamente mais curto e o poste da meta tenha se aproximado de certa forma.

Por: Thea Cowen - EJU

Áustria: A ruptura obrigatória de Mittersill


Se você precisar de algo da Federação Austríaca de Judô nos dias de hoje, pode ser difícil alcançá-los. Por 28 vezes consecutivas, eles organizaram o Treinamento de Campo Olímpico (TCO) em Mittersill em janeiro. O que começou em 1993 com algumas centenas de judocas, se transformou no maior treinamento de campo de judô da Europa, com até 1.100 participantes de cerca de 70 países. Até o tricampeão olímpico francês Teddy RINER ficou surpreso, quando chegou à aldeia montanhosa austríaca há dois anos: “Nunca vi nada tão grande como este treinamento de campo de judô antes. Estou realmente impressionado.” Este ano, embora, é diferente.

O antecessor do TCO em Mittersill era um pequeno campo de treinamento na aldeia vizinha de Rauris com até 100 judocas, a maioria alemães e austríacos. De manhã praticavam judô, à tarde iam esquiar. Foi uma mistura de treinamento (meio) sério de judô e um curso de esqui combinado com longas noites. Quando a infraestrutura de Rauris se tornou muito pequena para as necessidades da comunidade de judô, Ali Gmeiner, membro da Comissão Esportiva da EJU, interveio e transferiu o campo para sua cidade natal: “Mittersill tem tudo o que você precisa para um treinamento internacional adequado. Um salão interno de tênis, que pode ser convertido em um dojo (com cerca de 1.300 tapetes), ambulância e hospital nas proximidades, muitas acomodações de 3 a 4 estrelas e várias atividades de tempo livre!”

Graças à hospitalidade austríaca e vistas espetaculares da montanha, o TCO Mittersill tornou-se rapidamente uma marca de judô. As seleções da Alemanha, Israel, Holanda e Rússia acabaram sendo convidados regulares. Mais de 70 diferentes hotéis, pousadas e apartamentos foram utilizados para acomodar os atletas e treinadores de judô. Até seis blocos de treinamento ocorreram diariamente. Ali Gmeiner e os funcionários da Federação de Judô da Áustria estavam cuidando da organização no local, bem como de todo o trabalho de preparação necessário. Um transporte do aeroporto para Munique (3 horas de carro)? Certo. Quartos de hotel o mais próximo possível do campo de treinamento? Nenhum problema também. Você poderia nos arranjar um passeio de montanha no Parque Nacional? Claro, reservado.

Até 1.100 participantes por 10 dias, isso significava milhares de perguntas e solicitações todos os dias. Em dezembro e janeiro, o pessoal da AJF trabalhou mais de 10 horas diárias, com exceção do Natal. Qualquer dia de folga em dezembro ou janeiro era proibido.

Este ano tudo está diferente. O corpo de bombeiros não precisará fornecer as esteiras de judô para 1.300 metros quadrados. Os ônibus locais serão usados ​​principalmente para os moradores. O número de turistas que chegam à cidade é baixo devido à pandemia. Não haverá TCO este ano devido às restrições locais do COVID-19.

A família européia de judô precisa ir para Antalya (Turquia) e Samorin (Eslováquia). Os funcionários da AJF tiveram férias adequadas e horário normal de trabalho pela primeira vez em dezembro e janeiro em muitos anos. Uma boa sensação. Mas faltam treinamento exaustivo de judô e talento esportivo internacional.

Desnecessário dizer. Ali Gmeiner e a AJF já estão planejando a retomada em 2023. O início do ano do judô sem o TCO Mittersill não parece o mesmo.

Por: Wolfgang Eichler - EJU

FIJ: Entrevista com o judoca espanhol Nikoloz Sherazadishvili


Ele deixou crescer a barba; ele não tem mais o rosto de uma criança em cuja boca a manteiga não derreteria. Não falávamos com ele desde as Olimpíadas e isso não é um assunto do seu agrado, mas não queremos começar por aí; mais tarde veremos como esse golpe se encaixa.

Nikoloz Sherazadishvili em judogi branco

No momento temos uma linha direta com Nikoloz Sherazadishvili e sabemos que esse espanhol é paciente com os jornalistas. Portanto, a primeira pergunta é a mais importante: você engordou? 

"Não estou mais gordo, mas ganhei peso." Sortudo. "Sem sorte; muito trabalho e muito suor."

Atribuir adjetivos ao Niko 2021 não é uma tarefa fácil. Para ele foram doze meses descendo um deslizamento de sensações e não terminou como ele esperava. "Ganhei meu segundo título mundial, mas não alcancei meu objetivo de uma medalha olímpica." Dito assim soa como uma sinceridade plana, quase chata, mas Niko fecha a porta. “Ainda não estou pronto para falar sobre Tóquio, ainda não. Outro dia, se estiver tudo bem para você." Bem, bem, o tema olímpico é a única coisa que não se encaixa bem. Não tem problema, não se trata de torturar o homem. 

Para ele, os fundamentos começam agora. Niko mudou de categoria. Até agora ele era o chefe em -90kg. Ele é o número um do mundo há tanto tempo que parecia que ele estava preso ao trono. Muitos gostariam de ter a mesma consistência. A mudança de categoria também significa outro status. Ele tem que começar de baixo. 

“Na verdade, é uma evolução lógica. Tanto eu quanto meu treinador, Quino Ruiz, queríamos a mudança de categorias no ano passado, como havíamos planejado”, mas foram planos que a pandemia desfez. Eles tiveram que esperar, como todo mundo, e pelo caminho embolsaram um ouro mundial, o segundo em quatro anos.  

Nikoloz Sherazadishvili em judogi branco

"Sempre lutei contra o peso e, com -90 kg, estava literalmente morrendo de fome." Por causa de sua altura, sendo 190 centímetros de altura, ele precisa comer! “É bom ter mudado, pelo menos o mais agradável. Agora não tenho mais fome, mas tenho que comer bem, de forma saudável. A chave é ganhar massa muscular, não gordura.” Isso é algo que todos os judocas entendem, pois também sabem que a tentação sempre está à espreita. É uma questão de disciplina, algo que os competidores deste esporte integram desde o início. 

Niko também estuda seus futuros rivais e tira conclusões. “Com -90kg fui um dos mais altos e em geral isso é uma vantagem. Vi que também serei um dos mais altos com -100kg. A diferença está no poder. Aqui há mais força." 

Falar de força e fazê-lo com um campeão do mundo faz-nos pensar no Jorge Fonseca. O judoca português também foi coroado no Mundial de Budapeste e é puro granito, um animal poderoso e rápido. Se Niko cuida e mima seus uchi-mata, o osoto-gari de Jorge é tão grande quanto e será em Portugal, no primeiro torneio do ano, onde talvez eles se vejam na cara. 

Jorge Fonseca de judogi azul

“Conheço muito bem o Jorge, é um amigo e já nos encontrámos em muitas competições de clubes. Conheço o estilo dele e ele conhece o meu." É sempre bom, até recomendado, ter várias técnicas na mochila, principalmente quando todo mundo já estudou o seu estilo. Niko sabe que tem que experimentar coisas novas. "Estamos trabalhando nisso , tenho duas ou três novidades, mas não vou falar delas agora; Prefiro falar no tatame.” Claro, esse homem tem o dom do mistério. Ele poderia se dedicar a escrever roteiros. 

Não queremos sair com mel nos lábios, então tentamos de outra forma, perguntando sobre os outros. 

“Existem pessoas muito boas, Jorge Fonseca claro, mas também o coreano Cho ou o russo Adamian e sobretudo o atual campeão olímpico japonês Aaron Wolf. Para mim ele é o melhor porque seu repertório técnico é mais amplo e também busca sempre o ippon." Nesse sentido, Niko pode ficar feliz porque tanto Wolf quanto Fonseca sempre querem vencer marcando, assim como ele. "Todo mundo tem força , não há dúvida quanto a isso, basta saber usá-lo." 

Ele está convencido de que –100kg é seu habitat natural, onde ele pode se estabelecer na zona nobre a longo prazo. A partir de 2022 ele espera muito porque não é daqueles que faz cálculos. “Olha, quando competi dou tudo, não economizo energia. Seria ridículo da minha parte dizer que espero ganhar dois ou três torneios, quero ganhar todos! Outra coisa é que é possível, mas não desenho a temporada com base em um punhado de vitórias." 

Aaron Wolf

Ok, mensagem recebida, mas o Campeonato Mundial de Tashkent é prioridade ou não? "Claro que eles são! Um título mundial não é pouca coisa, mas não vou com a ideia de ganhar um ou dois eventos para preparar outro mais especial. Não, eu quero ganhar tudo." 

Este é o Niko habitual, aquele que fala de vontade e não esconde a sua ambição. Não é arrogância, é ter ideias claras e coragem para dizer as coisas.

Aqui mudamos de rumo para ver se conseguimos tirar algo mais, algo importante: você sabe alguma coisa sobre Varlam? 

Niko fica em silêncio, surpreso. O silêncio dura cinco segundos, o que pode ser muito longo. Varlam é Liparteliani, Lipo para amigos e Niko é muito próximo do georgiano. Liparteliani é um dos melhores judocas de sua geração, vice-campeão mundial e olímpico e há anos líder do ranking na categoria em que Niko agora estreia. "Estou falando a verdade, não sei. Os Jogos Olímpicos o afetaram muito. Passamos muito tempo juntos, saímos de férias até, mas garanto que não falamos de judô nem uma vez porque queríamos nos oxigenar. Não sei o que ele vai fazer, se vai continuar ou se ao contrário vai se retirar." 

Varlam Liparteliani

Por enquanto estamos satisfeitos. Teremos tempo para observar a passagem de Niko por esta categoria. É um novo desafio que muitos atletas assumem, embora nem todos cumpram os mesmos objetivos. Para Niko, no momento, podemos apenas dizer que ele não está mais com fome.  

Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio
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