A primeira competição oficial da seleção brasileira de judô será disputada neste final de semana (9 e 10 de fevereiro) nos tatames do Ginásio de Bercy, em Paris. O Grand Slam Paris 2013 reunirá 390 atletas de 55 países e faz parte do Circuito Mundial. O Brasil será representado por 12 atletas: os medalhista olímpicos de Londres 2012, Sarah Menezes (48kg), Felipe Kitadai (60kg) e Rafael Silva (+100kg), ao lado de Gabriela Chibana (48kg), Eleudis Valentim (52kg), Ketleyn Quadros (57kg), Claudirene Cezar (+78kg), Charles Chibana (66kg), Bruno Mendonça (73kg), Victor Penalber (81kg), Nacif Elias (90kg) e Renan Nunes (100kg).
E nada mais simbólico do que o mítico Ginásio de Bercy, com seus 20 mil lugares sempre lotados de fãs do esporte, para dar início à caminhada olímpica:
“Tenho ótimas lembranças de Paris. Foi aqui, em 2008, que dei início à minha caminhada para os Jogos de Pequim. Mesmo sem ter ganho uma medalha, tive uma boa performance e acabei indo aos Jogos”, lembra a leve Ketleyn Quadros, que acabou, na China, conquistando a primeira medalha olímpica individual feminina da história do esporte brasileiro.
“Em Paris disputei minha primeira competição internacional na categoria adulto. Foi um marco. É bom estar de volta”, comenta o meio-médio Victor Penalber, que tinha 18 anos quando subiu ao tatame em Paris, em 2008.
Já a campeã olímpica Sarah Menezes voltará a competir depois de quase seis meses de descanso, treinos e compromissos profissionais pós-medalha em Londres. No Mundial de 2011, realizado em Paris, no mesmo local, a piauiense conquistou a medalha de bronze batendo no caminho uma das principais atletas locais, a experiente e multi-medalhista Frederique Jossinet. Felipe Kitadai e Rafael Silva também lutam em Paris, após terem subido ao pódio no Grand Slam de Tóquio, em dezembro passado.
O Grand Slam de Paris marcará, também, o início dos testes das novas regras de competição adotadas pela Federação Internacional de Judô. A experimentação se dará até agosto, no Campeonato Mundial do Rio de Janeiro. Entre as novidades estão a pesagem na véspera das lutas e o fim do Golden Score, entre outros.
“Mais do que iniciarmos um ciclo olímpico e estarmos testando novas regras, o Grand Slam de Paris será importante também para uma nova geração de atletas brasileiros que estará na arquibancada acompanhando a competição. Sempre olhávamos para o Japão, que trazia jovens judocas aos principais torneios, como modelo. E hoje temos a mesma estrutura e investimento, podendo trazer as seleções masculina e feminina júnior, após período de treinamento e competição na Europa, para acompanhar o Grand Slam de Paris. Bercy é o berço do nosso esporte e estar aqui, dentro ou fora do tatame, é especial”, afirma Ney Wilson.
Fora do tatame, além das seleções de base, o Brasil conta ainda com uma equipe de sete pessoas enviadas pela Confederação Brasileira de Judô para acompanhar a parte organizacional e administrativa da competição. A delegação do Comitê Organizador do Mundial Rio 2013 fará reuniões com a Federação Francesa de Judô e a Federação Internacional de Judô com o objetivo é observar e ajustar cada detalhe para usar como referência para a realização do Campeonato Mundial Individual e por Equipes, em agosto, no Rio de Janeiro.
Competem no sábado, dia 9, as categorias 60kg, 66kg e 73kg masculino, e 48kg, 52kg, 57kg e 63kg feminino. No domingo, dia 10, lutam entre os homens os pesos 81kg, 90kg, 100kg e +100kg, e entre as mulheres 70kg, 78kg e + 78kg.
Por: Imprensa CBJ
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