As equipes do Esporte Clube Pinheiros/SP, no masculino, e Clube de Regatas Flamengo/RJ, no feminino, se consagraram neste domingo, dia 18, em São Paulo, campeões da nona edição do Grand Prix Nacional Interclubes por Equipes de Judô. O Pinheiros conquistou o campeonato no masculino ao bater 3 por 2 o Minas Tênis Clube/MG, com vitórias de Charles Chibana (66kg), Felipe Costa (81kg) e Rafael Silva (+90kg). Já no feminino, o Flamengo venceu a Sogipa pelo mesmo placar e faturou o título. Minas Tênis Clube, no feminino, e Sogipa, no masculino, ficaram com a medalha de bronze ao vencer, respectivamente, o Esporte Clube Pinheiros e a Universidade Gama Filho/RJ.
O Pinheiros conquistou o pentacampeonato do Grand Prix (2005/2006/2008/2011 e 2012) e voltou a fazer história no evento. A luta decisiva aconteceu entre Rafael Silva, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres 2012, e Luciano Corrêa, campeão mundial em 2007.
“O Grand Prix é a vitrine do judô brasileiro e um evento muito disputado. É um feito importante para o clube e estou feliz em ter ajudado o Pinheiros a mais uma vez ser campeão”, diz Rafael Silva.
Para o diretor de judô do Esporte Clube Pinheiros, Sérgio Baldijão, o penta do clube paulista comprova que, mesmo sem contar com todas suas estrelas, o Pinheiros manteve a escrita.
“Não pudemos contar com o Leandro Cunha, Leandro Guilheiro e Tiago Camilo, que estavam lesionados, mas o trabalho de base que estamos fazendo vem dando resultado e este título é uma comprovação e um prêmio para um trabalho de grupo”, diz o dirigente.
Se o Pinheiros se consagrou pentacampeão, o Flamengo fez história e conquistou o primeiro título do Grand Prix para um clube do Rio de Janeiro. O mística do manto sagrado rubro-negro levou ao título um grupo de atletas que há menos de três anos teve seu departamento de judô renovado.
“No papel o grupo do Flamengo não era mais forte, mas o Grand Prix é coração e todas as meninas entraram com muita garra, além da torcida gritando e nos apoiando. Fico muito feliz em fazer parte disso tudo”, diz Érika Miranda, que em 2011 foi campeã do GP pelo Minas Tênis Clube.
O Grand Prix Nacional Interclubes 2012 teve a participação de 12 equipes e aconteceu em três dias na cidade de São Paulo. Após rodadas classificatórias no masculino e feminino, os clubes foram se afunilando para chegar à decisão. Entre as mulheres, o Flamengo obteve vaga na final inédita ao vencer o Pinheiros por 3 lutas a 2. A Sogipa, bateu o Minas Tênis Clube pelo mesmo placar. Já no masculino, outros confrontos emocionantes pelas semifinais. O Pinheiros superou a Universidade Gama Filho por 3 a 2, enquanto o Minas venceu a Sogipa, também por 3 a 2.
No feminino, a equipe de Inhumas/GO ficou com a quinta colocação no evento, surpreendendo por contar apenas com três atletas na reta final da competição. São José/SP, Santo André/SP e Kiai Kan/SP. No masculino, Santo André/SP foi o quinto colocado, com Jequiá/RJ em sexto, Vitória Sesc Bahia em sétimo e São José/SP em oitavo. Na sequência ficaram Flamengo/RJ, Osasco/SP e Inhumas/GO.
“Tivemos uma ótima competição, com excelente nível técnico e mais uma vez o Grand Prix mostrou ser um dos principais eventos de judô do Brasil. Nossa expectativa é de ter mais um grande torneio em 2013”, diz Robnelson Ferreira, diretor técnico do Grand Prix.
A primeira edição do Grand Prix Nacional Interclubes aconteceu em 2003 e contou apenas com a disputa masculina. São Caetano foi campeão da edição inaugural do evento. A equipe do ABC paulista voltou a ficar com em 2004. De 2005 a 2008 o Esporte Clube Pinheiros dominou o evento, consagrando-se tricampeão. Em 2009 o Minas Tênis Clube faturou o título quebrando a hegemonia paulista no torneio. O São Caetano voltou o a subir no lugar mais alto do pódio em 2010 e o Pinheiros ficou com o título da edição do ano passado. Entre as mulheres, o GP teve início em 2005, com o Pinheiros campeão. O São Caetano faturou o bicampeonato em 2006 e 2008, em 2009 e 2010 foi a vez da Sogipa ser bicampeã. O título de 2011 foi conquistado pelo Minas Tênis Clube.
