sábado, 15 de maio de 2021

O Judogui azul de Isao Okano


A boa publicação da página "Budô e Judô" no Facebook sobre o judogi (link ao final), me levou a escrever esse pequeno relato baseado no excelente artigo da Kano Society (link ao final), sobre um acontecimento que talvez não seja do conhecimento de todos e que envolve o surgimento do judogi colorido.

Desde o início dos anos 70, o lendário judoca holandês, Anton Geesink (pronuncia-se /reissink/) vinha defendendo uma reforma estrutural no judô com mudanças que envolviam uma nova classificação das técnicas de judô baseadas em uma nova abordagem pedagógica com o intuito de aumentar a segurança, além de outras mudanças para melhorar a arbitragem do esporte.

Entre essas mudanças estaria a adoção do judogi colorido. Sua proposta previa que nas competições um atleta usaria um judogi azul e o outro usaria um judogi vermelho.
A revista France Judo publicou uma extensa reportagem sobre as ideias de Geesink em sua edição de abril de 1975, mas mais do que as palavras, foi a capa da edição que causou grande furor no judô mundial.

A edição trazia na imagem de capa (reproduzida em um poster interno em tamanho duplo), os atletas campeões olímpicos em 1964, Anton Geesink e Isao Okano, cada um vestindo as novas cores de judogi defendidas pelo gigante holandês. Foi o que bastou para descarrilar a, até então, brilhante carreira de Isao Okano, um dos maiores judocas de todos os tempos.

Okano havia sido o primeiro campeão olímpico até 80kg em 1964, e no ano seguinte ganhou o campeonato do mundo disputado no Rio de Janeiro. Mas talvez ainda mais impressionante seja seu desempenho no Campeonato Aberto Japonês que é disputado sem limite de peso e historicamente dominado pelos atletas pesados do Japão. 

Entre os anos de 1967 e 1969, Isao Okano fez as três finais, se sagrando campeão em duas oportunidades. Mas o que faz desse feito algo tão extraordinário é ter sido bicampeão com menos de 80 quilos, o atleta mais leve na história a conseguir esse feito.

Ao encerrar sua carreira de atleta com apenas 25 anos, Okano passou a a se dedicar ao ensino do judô. Após formar um campeão olímpico em 1972, foi convidado a ser o responsável técnico da seleção japonesa para o ciclo olímpico de 1976. Uma brilhante carreira que teria o levado aos mais altos níveis de reconhecimento e graduação (no mínimo ao 9º dan), mas não era pra ser.

Sem entender plenamente a repercussão que teria a foto (pelo que se sabe), Okano posou para o ensaio da revista vestindo o judogi azul. Isso foi visto como uma grave afronta aos costumes japoneses e como um ato de insubordinação à Kodokan. O resultado foi grave, ele foi dispensado sumariamente como técnico da seleção que representaria o Japão no mundial de 1975 (ainda atuou na delegação japonesa na Olimpíada de 1976) e foi congelado na sua graduação de 6º dan. Ele ainda permanece nessa graduação quase 50 anos depois.

O judogi azul idealizado por Geesink e vestido por Okano passaria a fazer parte do mundo do judô em 1997. O judogi vermelho jamais seria adotado.

Luiz Pavani (24/set/20)

Fontes: 
Kano Society, The Bulletin, Edição 24, Maio de 2014.
http://www.kanosociety.org/.../pdf.../bulletinx24.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/Isao_Okano
https://en.wikipedia.org/wiki/Anton_Geesink
https://www.howtopronounce.com/dutch/anton-geesink
* Recomendação: post sobre o judogi da página Budô e Judô.
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=801794130612780&id=108374020843929

Por: Luiz Pavani - Judô Santa Maria - RS

Russia: Murad Chopanov é o homem Uchimata


No Grand Slam de Tel Aviv ele obteve o 5º lugar. Depois, no Grand Slam de Antalya, obteve o 3º lugar. Finalmente, em casa, no Grand Slam de Kazan, ele conseguiu o primeiro lugar. O relativamente desconhecido Murad Chopanov da Rússia cresceu continuamente este ano, culminando em sua primeira medalha de ouro no circuito FIJ.

Em suas lutas, ele tem se mostrado um homem uchimata capaz, com sua execução muito parecida com a de Shohei Ono, às vezes quase parece que está dando um mergulho de cabeça. Porém, como Ono, ele vira a cabeça no último momento, então é o lado de sua cabeça que atinge o tapete, não o topo. Isso evita que um hansoku-make seja dado.

Seu uchimata sempre é feito quando ele tem uma pegada alta. Quando ele se deparou com um georgiano, ficou mais difícil para ele, porque os georgianos gostam de se arriscar. No entanto, nas duas ocasiões em que arremessou seu oponente georgiano com uchimata, foi no momento preciso em que ele conseguiu obter a vantagem e garantir uma pegada forte. Sabendo que isso não vai durar muito, ele ataca imediatamente com uchimata e nas duas vezes acerta, dando a ele um waza-ari-awasete-ippon.

Este jovem lutador de 66kg é definitivamente alguém a olhar para o futuro.


sexta-feira, 14 de maio de 2021

FIJ: A última fronteira


Se fosse fácil, todos fariam. Se fosse fácil, não teria mérito, nem graça. Ser campeão mundial é outra coisa. Ser campeão mundial é uma recompensa pela perseverança e consistência e ser campeão mundial em tempos de pandemia e com os Jogos Olímpicos chegando, é um ato de coragem; a reivindicação de um status e uma competição que muitos cobiçam e apenas alguns alcançam.


Já Zinédine Zidane o disse quando lhe perguntaram, há alguns anos, sobre a dificuldade de ganhar uma Liga dos Campeões em comparação com um campeonato nacional de futebol. Para o gênio francês, o mais difícil é conquistar a competição nacional porque é disputada todas as semanas durante dez meses e no final ganha os melhores, prova dos mais perseverantes. 

O mesmo pode ser dito para o Mundial de Judô. É comemorado todos os anos como o culminar de uma temporada intensa. Alguns dirão que, em última análise, é um dia de competição. Porém, no judô tudo é dia de competição. O que torna o Mundial um evento realmente difícil é a sua repetição anual, como se fosse qualquer outro torneio e, obviamente, os melhores sempre comparecem a este evento. 

Além da medalha de ouro e de um belo prêmio em dinheiro, há algo que torna o título algo especial e diferente: a faixa vermelha. Um campeão mundial tem o direito de competir por um ano inteiro com o nome pintado de vermelho. É uma distinção, algo como um título nobre, a assinatura daqueles que se destacaram dos demais. É uma assinatura que desaparece durante os Jogos, onde todos os atletas vestem o mesmo judogi, sem distinção e reaparece posteriormente. 

Em 6 de junho de 1944 ocorreu o maior pouso da história. No dia 6 de junho de 2021  os melhores atletas desembarcarão em Budapeste, para lutar pelo tão esperado título, em um país que se tornará a última fronteira, o fim de um caminho cheio de obstáculos, com um objetivo final do outro lado da planeta. Além de reunir os melhores, Budapeste será a última chance para quem ainda sonha com as Olimpíadas. O título mundial também é uma montanha de pontos de qualificação, pontos que podem mudar muito. 


Vencer em Budapeste significa dois mil pontos. Para quem precisa ou quer subir posições no ranking mundial para obter um sorteio olímpico favorável, o Mundial é um wild card, uma oportunidade única que não se repetirá porque em tempos normais não se comemora no ano de jogos Olímpicos.  

Portanto, temos pontos, uma medalha de ouro, dinheiro e a famosa mancha vermelha, tudo em jogo apenas um mês antes de viajar para Tóquio. Por isso será muito mais do que um Campeonato Mundial. Será um encontro estratégico, um último trem que muitos vão querer embarcar. 

O Mundial de Budapeste, entre 6 e 13 de  junho, já é um épico, a vitória do judô sobre Covid, o nascimento da próxima leva de campeões e o prelúdio dos Jogos de Tóquio. Resta pouco, apenas algumas semanas, antes de pousar na última fronteira.

Fotos: Nicolas Messner


Canal do Projeto Budô atinge 2500 inscritos!


Com o objetivo de ajudar quem se interessa pela parte técnica do judô e difundir tudo o que for possível, de forma organizada e com qualidade, o Projeto Budô mantém seu canal no Youtube, com história do judô e suas técnicas.

Esta semana o canal atingiu a marca de 2500 inscritos. Motivo de comemoração! Uma marca importante em um canal de nicho, exclusivo do judô que tem contribuído para aulas de lutas em uma faculdade.

O Projeto Budô é uma academia de Judô situada no bairro da Lapa em São Paulo. Com mais de 10 anos de história é reconhecida em todo o território nacional como uma das academias mais tradicionais no ensino do Judô. O sensei responsável pela academia, Vinicius Erchov, é faixa-preta 5º dan, reconhecido pela Federação Paulista de Judô (FPJ) e Confederação Brasileira de Judô (CBJ). É também o único atleta das Américas a possuir um Certificado de Excelência de Nage-no-kata, concedido pela Kodokan (órgão máximo do Judô).

Clique aqui e conheça o Canal do Projeto Budô. Se inscreva e ative o sininho para receber notificações de novos vídeos.

Por: ASCOM Projeto Budô

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Qual é o objetivo de uma Olimpíada durante uma pandemia?


Enquanto o Japão faz a contagem regressiva para as Olimpíadas neste verão, o ar em Tóquio está repleto de algo incomum para a preparação para um espetáculo esportivo global: dúvidas e silêncio, pontuado pelo som de sirenes de ambulâncias distantes. O torneio de Judô começa no dia seguinte à cerimônia de abertura, no dia 24 de julho, com as duas categorias de peso leve e terá duração de oito dias.

Pouco mais de dois meses antes dos Jogos de Tóquio começarem em 23 de julho, após terem sido adiados em 2020, o mundo ainda está lutando com a devastação deixada pelo coronavírus. Normalmente, as Olimpíadas são onde a nata da cultura se reúne para competir enquanto o mundo inteiro assiste com a respiração suspensa. Mas os jogos deste ano, que proíbem espectadores estrangeiros e confinam os atletas aos perímetros da Vila do Atleta, serão muito diferentes.

De acordo com alguns dos atletas em treinamento para o evento, as Olimpíadas podem ser exatamente o tipo de distração comemorativa de que o mundo precisa. Para Teddy Riner , duas vezes medalhista de ouro olímpico da França no judô, os jogos significam mais do que simplesmente quebrar seus inúmeros recordes.

“Os Jogos Olímpicos de Tóquio são, sem dúvida, o que mais esperei. Eles representam muito: a maior competição em nossas carreiras no judô - este é o Japão, a terra do judô. Não há símbolo mais bonito para mim ”, disse Riner, o único judoca do mundo a ganhar 10 medalhas de ouro no Campeonato Mundial, ao VICE World News.

Foto: Emanuele Di Feliciantonio / Federação Internacional de Judô

FIJ: Franco Capelletti - o único (4)


Entrevistar Franco Capelletti é entrar em um mundo de proporções oceânicas. Não é uma tarefa fácil porque há muito a cobrir. Quando ainda não sabíamos por onde começar, ele próprio forneceu a solução. Fizemos as perguntas, Franco respondeu e Bertoletti Giacomo Spartaco, jornalista e membro da comissão de kata da Federação Internacional de Judô, embelezou o artigo à sua maneira. O resultado é tão denso que preferimos publicá-lo por episódios. Aí vem o último capítulo, ao conhecer uma lenda do judô, enciclopédia universal e professor entre professores.

A Itália tem uma seleção forte, uma mistura de experiência e juventude. Você acredita que os italianos terão um bom desempenho nos Jogos Olímpicos?

Como já expliquei, a mágica está no DNA dos italianos. Quando realmente estamos contra isso, é hora de as melhores coisas acontecerem. Assim é na vida, assim como no esporte! Cada competição é um assunto separado e as Olimpíadas são uma 'super competição', ou melhor, um 'super campeonato mundial'. Basicamente, você pode ganhar o campeonato continental ou talvez o mundial e ainda assim não vencer as Olimpíadas. O oposto também pode ser verdadeiro. 

Vou citar Ezio Gamba, que nunca ganhou um campeonato mundial, mas trouxe uma medalha de ouro dos Jogos de Moscou (1980) e uma prata das Olimpíadas de Los Angeles em 1984. Pelo contrário, Neil Adams, também nascido em 1958 como Gamba ganhou vários títulos mundiais e europeus, mas nenhuma medalha de ouro olímpica.

Eu acredito que as Olimpíadas são o 'supercampeonato mundial' onde apenas os primeiros nos campeonatos continentais e mundiais devem competir. Os dias de competição seriam mais curtos para os esportes mais populares e importantes, como o atletismo e a natação, e também para o judô, abrindo espaço para novas modalidades esportivas que estão surgindo em toda a universidade do esporte. Uma medalha de ouro olímpica, esse é o sonho!

Como você vê o futuro do judô e do mundo nos próximos meses e anos?

Será a utopia do renascimento?

Assim, a proposta educacional de Jigoro Kano foi enterrada. No final da guerra, com os Estados Unidos e toda a Ásia cientes das atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, uma proposta moral em relação à educação, formulada pelo Japão, não pôde ser considerada pela nova ordem mundial. Os livros do fundador também desapareceram no Japão e o judô se espalhou principalmente por meio de estruturas esportivas militares, em todo o mundo.

Hoje o mundo redescobriu a proposta de Kano. Digamos que a Itália ganhou algum crédito por traduzir todo o diálogo pedagógico, para chegar à criação de um sistema educacional que não esteja a serviço de ideologias parciais.

O judô Kodokan, interpretado como uma ideia de judô-educação, tem organizações estruturadas em países europeus, que hoje dão vida a campeonatos nacionais e mundiais.

Acreditamos que o Japão está ampliando esta iniciativa, pois a atividade competitiva voltada para fins educacionais é útil para os jovens. Os objetivos do ensino de judô são envolver outras disciplinas, mudar o equilíbrio do mundo para 'estarmos todos juntos, de forma inteligente.

Já foi dito que o futuro é um confronto dramático entre a educação e o caos.

Por: Jo Crowley e Pedro Lasuen - Federação Internacional de Judô
Foto: Nicolas Messner

Rio Grande do Sul: Judô Santa Maria divulga premiação da 21ª Super Copa Santa MAria de Judô On-Line


21ª Super Copa Santa Maria de Judô On-Line 2021, waza e kata, individual e duplas.

Vai perder uma premiação como essa?

  • Medalhas do Jigorō Kanō para os atletas maiores. 
  • Medalhas do panda para as crianças. 
  • Troféus para as melhores equipes. 
Não fique de fora, evento aberto a todos os atletas do Brasil e exterior! 
INSCRIÇÕES PRORROGADAS ATÉ 26/MAIO!

Um evento da *Master Esportes* | O atleta  sempre em 1º lugar!
www.masteresportes.com

Por: Judô Santa Maria - RS

Campanha do Agasalho 2021: Mais uma ação social desenvolvida pela Associação Mercadante


A Associação Marcos Mercadante de Judô está realizando a Campanha do Agasalho de 2021, que é uma das ações sociais que são desenvolvidas anualmente pela instituição, onde são arrecadas roupas de frio, cobertores e similares para doar as famílias necessitadas do município de Araras.

A campanha foi iniciada em 04/5 e vai até 28 (última sexta-feira do mês).  O ponto de arrecadação é a Academia Mercadante, que fica localizada na Rua das Esmeraldas, n° 311 no Jardim Santa Cruz em Araras.

“É sempre uma honra organizar esta ação social que tanto ajudar as famílias mais vulneráveis de Araras. Precisamos muito ajudar quem mais precisa. Tive fase da minha vida, que pude receber este tipo de ajuda, por esse motivo, quero sempre retribuir toda ajuda que tive no passado”. Finalizar o mestre kodansha Marcos Mercadante.

Por: Associação Mercadante de Araras

#TBT: Saiu a Simplesmente JUDÔ #12 com lembranças de 2020!


A Simplesmente JUDÔ número 12 é o resultado de um grande desafio. Na mesma pegada da edição 11, desta vez o #TBT foi, acreditem, de 2020! 

Ano que prometia ser intenso, ano de olimpíada, de muitas competições e eventos. E começou forte nos três primeiros meses. Depois, um hiato de alguns meses... Tudo parou! 

Foi a hora do judô se reinventar. De professores e dirigentes usarem da criatividade e da tecnologia para dar opções para os judocas. Ninguém poderia ficar parado. Hora das competições virtuais e funcionais. Novembro e dezembro, alguns eventos realizados com cuidados e protocolos, alguns em formato "bolha", e mais eventos virtuais. 

Um ano complicado, que não gostaríamos de lembrar. Mas se formos lembrar, que seja com o que aconteceu de bom. E para isso, fomos um pouco além das nossas coberturas e fomos buscar notícias de eventos que aconteceram pelo Brasil e pelo mundo. 

Assim, guardamos em nossas memórias bons momentos que aconteceram e mostramos que  judocas são criativos e se adaptam às circunstâncias. 

Na tradição, a capa sempre terá um judoca da seleção. Nesta homenageamos o judoca Rafael "Baby" Silva, com a história de sua trajetória na modalidade.

Continuamos tomando todos os cuidados necessários para a volta plena das atividades que no momento está sendo gradativa. Vamos com paciência e esperança. Saúde pra todos!  

Clique aqui e leia a revista na plataforma Issuu, de qualquer dispositivo de mídia.

Clique aqui e leia a revista na versão PDF.

Por: Boletim OSOTOGARI




ICI: Podcast Jornadas Heroicas no Spotfy - Com Antônio Américo

 
Rodrigo Motta entrevista um dos maiores especialistas de M&A do Brasil, Tonico, sobre uma das competências que ele aprendeu no esporte e que depois utilizou de forma vendedora na vida profissional: Execução.

Acessem o canal do Spotfy e ouçam o bate papo. Quem se interessar, pode também acessar o canal do YouTube para ter acesso a esse e outros conteúdos!

https://open.spotify.com/episode/4Gq4uX62QLpGjd1tH1wfY6?si=3cMK7bnHTwSepiPP7ovdpg&dl_branch=1

Por: ASCOM ICI


quarta-feira, 12 de maio de 2021

Judô bate recorde no Canal Olímpico do Brasil


O fã do judô que assistiu ao Campeonato Pan-Americano de Guadalajara, em abril, pelo Canal Olímpico do Brasil ficou, em média, uma hora e 56 minutos vidrado na tela acompanhando os ippon e waza-ari da nossa seleção. Esse tempo médio assistido, de acordo com o COB, foi o recorde entre todas as transmissões ao vivo exibidas pela plataforma de streaming do Comitê.  

A competição, que contou com os principais judocas do país e distribuiu pontos no ranking de classificação olímpica, aconteceu nos dias 15 e 16 de abril. O Canal transmitiu todas as lutas na íntegra, com narração de Guilherme Maia e comentários do medalhista olímpico e mundial, Leandro Guilheiro.  

No primeiro dia, a transmissão teve 6.510 visualizações, enquanto no segundo o total foi de 3.830. A audiência total dos dois dias ficou em 4.759 expectadores únicos.  

“Isso tudo significa muito. Escancara uma demanda reprimida gigantesca, abre uma oportunidade valiosa de relacionamento com esse público e deixa claro o potencial de consumo incrível que existe por parte desses fãs do esporte ávidos por conteúdo e interação. Ajuda a fazer o esporte olímpico crescer”, escreveu Manoela Penna, diretora de Comunicação do Comitê Olímpico do Brasil, em artigo publicado pela Máquina do Esporte, nesta quarta-feira, 12, analisando a importância do streaming para o esporte olímpico do Brasil. LEIA AQUI

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Rio Grande do Sul: Com volta de Mayra Aguiar, Sogipa tem sete convocados para o Mundial


Em uma temporada atípica, os atletas de judô terão em sequência as duas principais competições da modalidade quase em sequência, o Mundial e os Jogos Olímpicos, entre junho e julho. E o judô gaúcho estará presente em ambas as disputas. Nesta terça-feira, a CBJ confirmou a convocação de sete atletas da Sogipa para o Mundial, que será realizado em Budapeste, entre 6 e 13 de junho.

A lista de convocados conta com Mayra Aguiar (78kg), que retorna aos torneios após se recuperar de lesão e tentará um inédito tricampeonato mundial para o judô brasileiro. Além dela, o judô gaúcho teve convocados Aléxia Castilhos (63kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Daniel Cargnin (66kg), Rafael Macedo (90kg) e Leonardo Gonçalves (100kg).

Além deles, o Brasil contará com outros 11 atletas: Gabriela Chibana (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Ketelyn Nascimento (57kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg); Eric Takabatake (60kg), Eduardo Barbosa (73kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva (+100kg) e David Moura (+100kg).

CBJ utilizou ranking para convocação

Para o Mundial, a CBJ usou como critério o ranking mundial. Cada país pode inscrever, no máximo, nove atletas mulheres e nove atletas homens. Dessa forma, foram chamados os melhores brasileiros em todas as 14 categorias. Para as dobras, foram selecionados os dois melhores do Brasil por pontos por gênero.

Por meio deste critério, Aléxia e Leonardo se garantiram no grupo, assim como Beatriz e David. Para os Jogos Olímpicos, no entanto, é permitido apenas um judoca por peso.

O Campeonato Mundial é a etapa do circuito da FIJ que mais dá pontos no ranking de classificação olímpica. São 2 mil pontos para o campeão, o dobro de um Grand Slam, por exemplo. Para estar em Tóquio, o atleta precisa figurar entre os 18 melhores de sua categoria ou conseguir uma cota continental pelo ranking do seu continente que classifica apenas um atleta por país.

“Grande feito”

Entre o fim do Mundial e o início dos Jogos Olímpicos, em 24 de julho, são cerca de 40 dias. O calendário atípico chama a atenção, mas o diretor técnico da Sogipa, Antônio Carlos Pereira, o Kiko, garante o grupo focado. “Será um bom treino para os Jogos Olímpicos”, afirmou ele. “Importante é que praticamente já confirmadas cinco vagas nas Olimpíadas. Para o Leonardo, o Mundial será a oportunidade para ele se garantir como o nosso sexto nome em Tóquio.”

A Federação Gaúcha de Judô é a segunda entidade com maior número de filiados na delegação da Seleção Brasileira, atrás apenas de São Paulo, que tem dez. O elevado número foi destacado pelo presidente Luiz Bayard. “Demonstra o trabalho sério desenvolvido aqui no Estado e o crescimento do judô gaúcho”, avaliou. “É um grande feito para a Sogipa e para o RS.”

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô


terça-feira, 11 de maio de 2021

Brasil vai com força máxima para o Mundial de Judô, última competição classificatória para Tóquio


A Confederação Brasileira de Judô convocou, nesta terça-feira, 11, os judocas que representarão o Brasil no Campeonato Mundial Sênior Individual e por Equipes, em Budapeste, Hungria, no período de 06 a 13 de junho. Na disputa, que será a última etapa classificatória para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção terá sua força máxima, com atletas em todas as categorias de peso. Destaque para o retorno de Mayra Aguiar (78kg/Sogipa/FGJ) às competições após passar por cirurgia no joelho esquerdo em setembro de 2020 e ficar afastada do Circuito Mundial desde então. 

“Apesar das incertezas e desafios gerados pelo contexto da pandemia, a CBJ, em parceria com o COB, conseguiu oferecer aos atletas condições de treinamento em ambiente controlado em Pindamonhangaba, além de treinamentos de campo com europeus no Kosovo, na Geórgia e, agora, na Rússia, onde estamos treinando com as seleções do Azerbaijão, Japão, Cazaquistão e Grécia. Os resultados mais recentes, como os quatro pódios no Grand Slam de Tbilisi e os cinco pódios no Grand Slam de Kazan, mostram nossa evolução e indicam que o planejamento está no caminho certo. Esperamos alcançar nossos objetivos nesse Mundial. Queremos melhorar o ranking das categorias que ainda estão fora da zona de classificação olímpica e definir as disputas internas pelas vagas do Brasil”, explicou Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da CBJ. 

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO

Para o Mundial, a CBJ usou como critério o ranking mundial. Cada país pode inscrever, no máximo, 9 atletas mulheres e 9 atletas homens. Dessa forma, foram chamados os melhores brasileiros em todas as 14 categorias. Para as dobras, foram selecionados os dois melhores do Brasil por pontos por gênero. 

Encaixaram-se nesse critério das dobras, portanto, Aléxia Castilhos (63kg/Sogipa/FGJ), Beatriz Souza (+78kg/EC Pinheiros/FPJudo), Leonardo Gonçalves (100kg/Sogipa/FGJ) e David Moura (+100kg/Instituto Reação/FJERJ). 

ACESSE AQUI o ranking IJF 

O Campeonato Mundial é a etapa do Circuito IJF que mais dá pontos no ranking de classificação olímpica. São 2000 mil pontos para o campeão, o dobro de um Grand Slam, por exemplo. Para estar em Tóquio, o atleta precisa figurar entre os 18 melhores de sua categoria ou conseguir uma cota continental pelo ranking do seu continente que classifica apenas um atleta por país. 

Pela classificação atual, o judô brasileiro teria representantes em 12 das 14 categorias disputadas nos Jogos mais a equipe para a inédita competição mista. Apenas os pesos Leves, masculino e feminino, estão fora da zona de ranqueamento. Por isso, o Mundial será decisivo para Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg/Clube Paineiras do Morumby/FPJudo) e Ketelyn Nascimento (57kg/EC Pinheiros/FPJudo), que são os brasileiros mais próximos do ponto de corte olímpico. Eduardo Yudy Santos (81kg/EC Pinheiros/FPJudo), que tem, atualmente, a vaga pela cota continental, também pode buscar uma segurança maior a partir de um bom resultado em Budapeste. 

Por outro lado, nos pesos 63kg, +78kg, 100kg e +100kg o Brasil tem dois atletas dentro da zona de classificação olímpica e todos eles estarão neste Mundial. Vice-campeã do Grand Slam de Kazan nesse final de semana, Ketleyn Quadros(Sogipa/FGJ) tem maior vantagem sobre Aléxia Castilhos (Sogipa/FGJ) na corrida por Tóquio entre as meio-médios (63kg). As disputas mais acirradas e que se resolverão em Budapeste estão com Beatriz Souza (+78kg/EC Pinheiros/FPJudo), Maria Suelen Altheman (+78kg/EC Pinheiros/FPJudo), Leonardo Gonçalves (100kg/Sogipa/FGJ), Rafael Buzacarini (100kg/Clube Paineiras do Morumby/FPJudo), Rafael Silva (+100kg/EC Pinheiros/FPJudo) e David Moura (+100kg/Instituto Reação/FJERJ). 

Em casos de disputas mais equilibradas, o ranking não será o único critério considerado pela CBJ para definir quem vai aos Jogos. Confira aqui TODOS OS CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO OLÍMPICA TÓQUIO 2020.  

SELEÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ - CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE 2021 

FEMININA
48kg - Gabriela Chibana (EC Pinheiros/FPJudo)
52kg - Larissa Pimenta (EC Pinheiros/FPJudo)
57kg - Ketelyn Nascimento (EC Pinheiros/FPJudo)
63kg - Ketleyn Quadros (Sogipa/FGJ)
63kg - Aléxia Castilhos (Sogipa/FGJ)
70kg - Maria Portela (Sogipa/FGJ)
78kg - Mayra Aguiar (Sogipa/FGJ)
+78kg - Maria Suelen Altheman (EC Pinheiros/FPJudo)
+78kg - Beatriz Souza (EC Pinheiros/FPJudo)

MASCULINA
60kg - Eric Takabatake (EC Pinheiros/FPJudo)
66kg - Daniel Cargnin (Sogipa/FGJ)
73kg - Eduardo Katsuhiro Barbosa (Clube Paineiras do Morumby/FPJudo)
81kg - Eduardo Yudy Santos (EC Pinheiros/FPJudo)
90kg - Rafael Macedo (Sogipa/FGJ)
100kg - Rafael Buzacarini (Clube Paineiras do Morumby/FPJudo)
100kg - Leonardo Gonçalves (Sogipa/FGJ)
+100kg - Rafael Silva "Baby" (EC Pinheiros/FPJudo)
+100kg - David Moura (Instituto Reação/FJERJ)

PROGRAMAÇÃO - CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE 2021 
06/06 - 48kg, 60kg
07/06 - 52kg, 66kg
08/06 - 57kg, 73kg
09/06 - 63kg, 81kg
10/06 - 70kg, 90kg
11/06 - 78kg, 100kg
12/06 - +78kg, +100kg
13/06 - Equipes Mistas 

12h00 (horário de Brasília) - Finais 
Transmissão ao vivo - Live.Ijf.org 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Vacinação de brasileiros para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 começa em 14 de maio


O Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Ministério da Defesa, o Ministério da Saúde e o Ministério da Cidadania definiram que a vacinação dos brasileiros que trabalharão ou representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 terá início no próximo dia 14 de maio. O prazo-limite para a aplicação da segunda dose a todos os integrantes dos Jogos Tóquio 2020 é 21 de junho, a 15 dias do primeiro embarque para o Japão e a 33 da abertura dos Jogos Olímpicos. Por meio desse acordo, serão beneficiados também os participantes dos Jogos Paralímpicos, de 24 de agosto a 5 de setembro, no Japão.

As vacinas serão repostas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que ofereceu doses a todos os Comitês Olímpicos Nacionais, além de vacinas suficientes para imunizar mais dois cidadãos dos países beneficiados pela doação. A previsão é que sejam vacinados em torno de 1.800 brasileiros que irão ao Japão, o que equivale a aproximadamente 7 mil doses adicionais entregues ao SUS e cerca de 3.600 pessoas beneficiadas com a doação das vacinas através do Plano Nacional de Imunização. 

anúncio foi feito nesta terça-feira, 11, em Brasília, em evento que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ministro da Cidadania, João Roma, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, e o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro Isaias Carvalho, além do vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta Júnior.

“O COB sempre se posicionou a favor de seguir o Plano Nacional de Imunização. Além disso, só abrimos conversas sobre a possibilidade de imunizar a delegação quando confirmamos que, para cada atleta ou oficial vacinado, o país receberá mais duas doses para imunizar a população brasileira. Esta é uma grande contribuição do Movimento Olímpico neste momento tão difícil que o mundo enfrenta”, diz La Porta, chefe de Missão do COB nos Jogos Olímpicos. “Mesmo sem a obrigatoriedade da vacina para a participação nos Jogos, não há dúvidas de que nos sentiremos mais seguros para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos”, completa.

Antes do início da vacinação, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica incluindo a delegação no Plano Nacional de Imunização. Cerca de 190 credenciados já foram imunizados e outros 200 estão no exterior, portanto fora da lista de vacinação entregue ao Governo Federal. O Ministério da Defesa será responsável pela logística da vacinação e ofereceu instalações militares em seis cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O COB, por sua vez, levará os atletas até a capital mais próxima de onde estão para receber a aplicação.

“Realizamos várias reuniões com o Ministério da Defesa para facilitar a logística das Forças Armadas. Por exemplo, o vôlei estará concentrado em Saquarema (RJ), e a ideia é que essa vacina vá até lá. Temos muitos atletas treinando no Centro de Treinamento Time Brasil nesse momento e, por isso, queremos usar também esse espaço como ponto de vacinação”, explica o presidente do COB, Paulo Wanderley. “O esporte tem essa capacidade de passar uma mensagem de esperança, de virada, nesse momento difícil pelo qual estamos passando. Ter os atletas protegidos dos sintomas mais graves e, ao mesmo tempo, beneficiar a população é algo muito vantajoso”, completa.

No início de março, o presidente do COI, Thomas Bach, informou que a China havia oferecido vacinas a todos os atletas e oficiais participantes dos Jogos de Tóquio, assim como para aqueles que disputarem os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022. Segundo o COI, as doses serão disponibilizadas através de colaboração com parceiros internacionais ou direto nos países onde já há acordos com o governo chinês. 

Diversos países informaram a intenção ou já iniciaram a imunização suas delegações, como Alemanha, Bélgica, Canadá, Espanha, Itália, México e Nova Zelândia, entre outros. O COI afirmou recentemente que acredita que a vacinação em massa de atletas, apesar de não ser uma exigência do Comitê Organizador Tóquio 2020 e nem do próprio COI para a participação nos Jogos, será importante para criar um ambiente mais seguro em Tóquio.

“Estamos ajudando a colocar mais vacinas no sistema público. Inclusive, acreditamos que os atletas podem incentivar a população a se vacinar, principalmente para a segunda dose, que muitos estão deixando de tomar. Todos saem ganhando com essa ação”, afirma o campeão olímpico e diretor geral do COB, Rogério Sampaio.

Perguntas Frequentes

- Quando a delegação será vacinada?

A vacinação começa em 14 de maio e será realizada nas seguintes cidades: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O prazo-limite para a aplicação da segunda dose a todos os integrantes dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 é 21 de junho, a 15 dias do primeiro embarque para o Japão e a 33 da abertura dos Jogos.

 

- Quantas pessoas estão na lista de vacinação?

Ao todo, serão em torno de 1800 pessoas vacinadas, o que equivale a aproximadamente 7 mil doses adicionais entregues ao SUS e cerca de 3.600 pessoas beneficiadas com a doação das vacinas através do Plano Nacional de Imunização.

- Como foi feita a avaliação de pessoas elegíveis para a vacinação que não sejam os atletas?

Foram incluídos na lista todos os atletas e oficiais já classificados ou com chances de participação nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020. 

Além deles, foram incluídos também os brasileiros que trabalharão no Japão durante os Jogos, como membros da mídia credenciada e de empresas que confirmaram a participação do profissional brasileiro em Tóquio através de documentação enviada pelo COI.

Foram excluídos da lista os brasileiros já vacinados ou que estão no exterior.

- Como será realizada a vacinação?

O Ministério da Defesa é responsável pela logística da vacinação e ofereceu instalações militares em seis cidades brasileiras – Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo - para atender aos participantes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. 

O COB disponibilizou o Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro, e, em parceria com a Confederação Brasileira de Vôlei, o Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema. Além disso, o Comitê Paralímpico Brasileiro cedeu o seu Centro de Treinamento em São Paulo.

O COB levará os atletas, integrantes das comissões técnicas e seu staff para a capital mais próxima de onde estão para tomar essa vacina. 

Os demais credenciados serão liberados para se vacinarem nas capitais mais próximas de suas cidades de origem, com o deslocamento por conta própria.

- Quais vacinas serão aplicadas, de qual estoque?

Tendo em vista as doações do COI, podem ser usados os imunizantes da Sinovac ou da Pfizer, de acordo com a disponibilidade. Todos serão repostos pelo COI, que acrescentará doses suficientes para mais dois brasileiros a cada membro da delegação vacinado.

- Essas vacinas já foram importadas pelo Ministério da Saúde, ou ainda vão ser solicitadas/importadas?

COB e Ministério da Saúde estão em tratativas visando a observar todas as determinações da legislação brasileira no que se refere às doações e garantir que as doses cheguem ao SUS o mais breve possível.

- Outros países além do Brasil já começaram a vacinação?

Sim. Países como Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Grã-Bretanha, Israel, Lituânia, México e Nova Zelândia, entre outros, já iniciaram a imunização de suas delegações.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)

FIJ: Franco Capelletti - o único (3)


Entrevistar Franco Capelletti é entrar em um mundo de proporções oceânicas. Não é uma tarefa fácil porque há muito a cobrir. Quando ainda não sabíamos por onde começar, ele próprio forneceu a solução. Fizemos as perguntas, Franco respondeu e Bertoletti Giacomo Spartaco, jornalista e membro da comissão de kata da Federação Internacional de Judô, embelezou o artigo à sua maneira. O resultado é tão denso que preferimos publicá-lo por episódios. Aí vem o terceiro, ao conhecer uma lenda do judô, enciclopédia universal e professor entre professores.

O judô também é educação. Qual é o segredo do sucesso dos italianos no judô?

Loucura ou utopia? Sem dúvida contra a corrente, uma nova oferta aparece no contador de disciplinas de combate. A proposta de uma nova educação, formulada no final dos anos 1800 por Jigoro Kano, torna-se atual nos dias de hoje.

O que atualmente é chamado de 'judô tradicional' ou 'educação do judô' é a ideia do judô Kodokan, criado no final do século 19 pelo professor Jigoro Kano. A palavra judô, atualmente utilizada para denominar o esporte que nasceu dessa proposta educacional, requer um esclarecimento que remete à história da ideia e também à história do mundo moderno. Compreender uma proposta que visa mudar a forma de ser e de ver a vida implica um determinado nível cultural; é querer saber que você ainda não sabe tudo, que existem outras experiências e pontos de vista. Acho que essa atitude é rara, como evidenciado pelo fato de que 'judô' (referindo-se ao conceito de esportes ocidentais) é aceito e o judô Kodokan (com isso quero dizer a ideia de educação universal, não a exploração do mesmo,

O segredo do sucesso é mesmo que no judô a conquista só vem progredindo em grupos, convivendo em harmonia com o próximo e com aquele recanto do universo que nos cerca.

Utilizando as formas definitivas das técnicas individual e coletivamente, o judoca pode atingir o estágio mais elevado e ao mesmo tempo desenvolver o corpo e aprender a arte do ataque e da defesa.

Quando considero o judô dualisticamente, 'prosperidade e bem-estar mútuo' é considerado o objetivo final, enquanto 'eficácia máxima' é o meio para atingir esse objetivo, mas também podemos reduzi-lo a um único princípio e, em seguida, ao objetivo, 'prosperidade e bem-estar mútuo ”, serão incluídos na ideia de“ eficácia máxima ”.

Assim, mesmo o judô parece ter dois aspectos, essencialmente inspirados por uma única doutrina, o da unidade universal, ou seja, a máxima eficácia aplicável a todas as atividades e coisas humanas; isso e nada mais.

A afirmação de que o princípio de 'prosperidade e bem-estar mútuo' pode ser entendido diretamente por meio do estudo e treinamento do judô pode ser difícil de entender. Pode-se sugerir que o judô é basicamente uma arte de luta e que seu objetivo é vencer vencendo o oponente e, portanto, esse princípio parece inconsistente e puxado pelos cabelos, mas 'prosperidade e bem-estar mútuo' é a máxima ideal do Judô Kodokan , o objetivo final, que só pode ser alcançado por aqueles que, tendo dominado completamente a arte e o espírito de combate, superaram as noções de vitória e derrota.

O judô é uma grande história na Itália. Qual é o segredo do sucesso dos italianos no judô?
 

SHU - HA - RI

Acredito que o sucesso italiano depende da imaginação. Nosso país tem origens com grandes pintores, escultores, navegadores e poetas. Em todas essas vozes, o conceito de fantasia gira. O que é o mundo sem fantasia e criatividade?

Há também a implicação de um conceito confucionista, com os princípios de transmissão: SHU HA RI. No livro "A Origem da Consciência", a mente ocidental analisa o profundo, enquanto com Shu-ha-ri a intuição oriental resume a experiência empírica de dar. Shu-ha-ri vai além da educação para expressar a transmissão de uma experiência específica. Shu-ha-ri é modelado como a primeira educação recebida na família, com o plágio inicial (por exemplo, quando somos conduzidos à postura ereta e à higiene elementar), para o qual segue a adolescência e então a nova família é formada.

Os segredos de uma escola

No ensino do judô, a animação é um evento improvisado que entusiasma e amplia as ideias, o equivalente a uma conferência ou participação em um fim de semana de prática. O ensino é a comunicação metódica de conceitos, prolongada no tempo. Transmissão é o compartilhamento de uma experiência profunda e absoluta, que transcende até mesmo o assunto em questão e pode levar anos ou acontecer instantaneamente. A comunicação tem diferentes níveis de interpretação; entre eles alguém escolhe aquele que lhes convém. O aparecimento de shu-ha-ri prescreve a morte do mestre, mas observo que outros mestres escolhem versões menos envolventes, pregando a aceitação de outras formas. 

Depois, há os fanáticos (termo que deriva de fanum, templo). A transmissão segue os caminhos misteriosos do coração (espírito). Zeami Motokyo aplicou o conceito didático que 300 anos depois foi denominado su-ha-ari pelo mestre do cha-no-yu, Kawakami Fuaku (1784-1855). Nos tempos modernos, Jigoro Kano foi o maior intérprete.
 
Shu  - derivado do verbo 'mamoru:' defender, proteger, manter, observar, obedecer, cumprir, cumprir, ser verdadeiro para proteger, preservar, observar uma regra. Isso pode ser ilustrado quando um professor conhece um aluno. Para o professor pode haver uma conexão emocional, mas suas ações não são alteradas.

Ha - de 'yaburu:' rasgar, rasgar, rasgar, quebrar, esmagar, destruir, violar, transgredir, derrotar, confundir, frustrar, destruição, ruptura, transgressão. Nas parábolas chinesas ele pode ser usado como flecha ou espada e então para nós podemos atirar, mas também é para desconectar, retirando-o da consciência.

É apenas uma fase destrutiva superficial, porque o sedimento é profundo. A fase pode durar anos, dissolvendo-se e procurando por si mesmo. A antítese é uma fase de desenvolvimento da Idéia: 'É preciso procurar o próprio rio.'

Ri  - 'hanaru:'  separar, aparte de, saia, torne-se desmembrado, divague, fique livre, torne-se distante , separação, partida, transcendência. O aluno se torna o professor. Diante da realidade, sempre diferente, o profundo é explorado. Eles vão ainda mais longe, interpretando melhor o presente. A arte avança com eles. No Japão, durante o período Muromachi (1336-1573), o mestre deu a transmissão ao melhor aluno. Essa singularidade colocou em risco a continuidade e ficou claro que transmitir conhecimento a mais pessoas seria mais bem-sucedido. Assim nasceram os ramos colaterais.

Por: Jo Crowley e Pedro Lasuen - Federação Internacional de Judô
Foto: Nicolas Messner

Eleições FPJ: Chapa Renova Judô realizou live em 10 de maio.


Concorrendo ao pleito na Federação Paulista de Judô (FPJ), a chapa RenovaJudô realizou nesta segunda-feira, 10 de maio, uma live para debater suas propostas e posicionamentos. 

A conversa foi com Vinícius Erchov, Markinho Almeida e Everson Índio.

Clique aqui para assistir a live na íntegra.

O boletim OSOTOGARI reitera o compromisso de divulgar as propostas da chapa Avança Judô Paulista caso desejarem. Basta enviar o material que estaremos à disposição para divulgar.

Por: Boletim OSOTOGARI




segunda-feira, 10 de maio de 2021

Judoquinhas lança "Meu Caderno de Estudo do Judô (2021)"


NOVIDADE DO MÊS DE MAIO 2021! "MEU CADERNO DE ESTUDO DO JUDO" - Judoquinhas! (e-book .PDF ACESSO IMEDIATO!) 

1º Kyu do Gokyo + 6 Imobilizações + Certificados + Matéria de Estudo para troca de faixa conforme o regulamento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

(Lembrando que você, sensei, pode afiliar-se para revender para seus alunos agora mesmo!)

Link da loja: https://space.hotmart.com/caiogabriel

O "Meu Caderno de Estudo do Judô" Judoquinhas® foi criado para você, que é um judoquinha raiz, estudar as técnicas do 1º Kyu do Gokyo + 6 Imobilizações!

Cada técnica do Gokyo possui:
- 1 página com uma explicação geral sobre a técnica e um link para você assistir a técnica em execução;
- 1 página com a explicação detalhada da execução da técnica;
- 1 ficha de acompanhamento do aperfeiçoamento da técnica;
- 1 espaço para anotação das dicas do sensei sobre a técnica, seus objetivos de estudo e link para um vídeo do Canal Judoquinhas sobre a técnica que você está estudando.
- Certificado da técnica

Imobilizações:
- Página explicativa + link para assistir a execução da técnica
- Certificado da técnica

Técnicas: 
Kesa-gatame, Kusure kesa-gatame, makura kesa-gatame, yoko shiho-gatame, kami-shiho-gatame, tate-shiho-gatame

Matérias de Estudo conforme regulamento da CBJ:
Faixa branca ponta cinza;
Faixa cinza;
Faixa cinza ponta azul;
Faixa azul;
Faixa azul ponta amarela;
Faixa amarela;
Faixa amarela ponta laranja

Mais:
Exercícios
Desafio Uchi-komi
Figurinhas para recortar e colar
Total: 90 páginas


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