quarta-feira, 3 de junho de 2020

Rotina transformada por Covid-19 obriga atletas a superar limitações para treinar

Sabrina Mazzola da natação, Bruna Tomaselli do automobilismo e Maria Portela do judô enfrentam problema em comum 

Espalhados pelas mais diversas atividades esportivas, atletas amadores e profissionais acabam unidos por um mesmo problema, durante os tempos de pandemia da Covid-19. O que seria capaz de unir estes esportistas, que inclusive têm aspirações diferentes, em torno de uma mesma angústia? Com calendários de competição em xeque, precisam manter a forma ideal e a saúde em meio ao isolamento social e ao risco representado pelo coronavírus. Para a judoca Maria Portela, a piloto Bruna Tomaselli e a nadadora Sabrina Mazzola há a mesma incerteza: quando será possível retomar a vida normal para competir? 

Rio de Janeiro, 2016. 

A manhã agradável que se apresentava no inverno de agosto, na capital esportiva do planeta naqueles dias, contrastava com a tensão da espera por uma decisão do japonês responsável pela arbitragem da luta. Na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, o cronômetro ainda marcava apenas 13 segundos do “golden score”, o ponto de ouro do judô. Nas oitavas de final da categoria até 70 quilos, a gaúcha  Maria Portela buscava avançar para manter vivo o sonho da medalha olímpica dentro de casa. 

Minutos antes, a técnica Rosicleia Campos, sentada em uma cadeira à direita das câmeras de transmissão que levavam as imagens das Olimpíadas para o mundo todo, próxima ao placar que ainda mostrava as pontuações zeradas com apenas uma advertência para cada judoca, gritava com sua atleta. Uma característica já conhecida da treinadora da seleção brasileira de judô, a qual estão acostumados os fãs que acompanham o esporte. 

Até o começo da “morte súbita”, Portela parecia bem fisicamente. Tanto quanto a sua rival, a austríaca Bernardette Graf, número quatro do mundo naquele 10 de agosto, era a favorita a avançar. Mas isso não intimidava a então número 14 da categoria.

No entanto, no começo do “golden score”, o erro. Portela abraçou diretamente a cintura da rival, sem estabelecer a pegada antes, como manda a regra, na tentativa de jogá-la ao solo. Após a conferência no vídeo, os árbitros aplicaram a segunda punição para a judoca brasileira, resultando na eliminação da atleta. 

A cena seguinte ficou marcada. A brasileira, com seu quimono azul, escorou testa com testa na vencedora e, no tatame amarelo da Arena Carioca, foi às lágrimas. O espírito olímpico, norteador de atletas de alto nível, falou alto, e Graf, alguns centímetros mais alta em seu quimono branco, fez-se ainda maior ao dar o carinho necessário para quem precisava naquele momento. 

Daquele momento em diante, Portela passou a contar os dias para ter uma nova chance no principal evento esportivo do planeta. Em 2020, ela esperava repetir algumas das sensações vividas na capital fluminense há quatro anos, ou mesmo no ciclo olímpico anterior, quando esteve nos Jogos pela primeira vez, apesar de voltar de Londres eliminada ainda na primeira rodada. 

Dessa vez ela sonhava em ir mais longe. Mais experiente, a atleta de 32 anos da Sogipa caminhava para seu último ciclo olímpico, em Tóquio, nos Jogos que estavam marcados para julho deste ano. No entanto, a pandemia do coronavírus, que assola o planeta, adiou todos os eventos esportivos e paralisou competições ao redor do mundo, incluindo as Olimpíadas, que até o momento deverão ser realizadas em 2021.

No fim, Graf não levou o ouro no Rio. A vencedora na categoria foi a japonesa Haruka Tachimoto. O objetivo de Portela era ir a Tóquio para devolver na mesma moeda: “Ia lá na casa dela buscar a medalha que ela tirou de mim aqui”, declarou. 

Mas a rotina foi alterada significativamente com a pandemia. Até o dia 5 de maio, os treinos ocorriam por video conferência, com acompanhamento do fisioterapeuta e do preparador físico, à distância. No dia 5 de maio, ainda que de forma parcial, os treinos foram retomados na Sogipa. “Estávamos fazendo trabalhos mais direcionados, com o que a gente tem em casa”, explica.

Desde março até o retorno recente, os trabalhos de entrada de golpes, antes feitos com parceiros no tatame, na Sogipa, aconteciam com elástico e borracha. Portela explica como funcionava “ O elástico tem pressão, mas não é a mesma coisa comparado à força do colega. Tínhamos o movimento de ação e reação, mas não era possível comparar”, detalha

O aspecto mental também sofreu interferência com a nova rotina. Sem poder sair de casa, a motivação diária dos colegas e companheiros, algo que ocorria presencialmente, já não acontece mais. “Um motiva o outro, empurra pra cima. A videoconferência tem nos aproximado, para que a gente consiga treinar mais e melhor. Tentamos nos adaptar”, assegura.

Antes da Olimpíada, Portela disputaria seis competições internacionais. No entanto, não há nenhum tipo de definição sobre a retomada das disputas. “Eu me preocupo. Há rumores de que não vão mais ter, e a pontuação pode ficar apertada”, projeta. Para tentar recuperar o tempo perdido, ela aposta no acompanhamento dos profissionais que estão auxiliando à distância: “Eles vão me ajudar, estamos trabalhando juntos para que eu esteja na melhor forma possível”.

A indefinição quanto à realização dos Jogos de Tóquio deixa a gaúcha apreensiva. Inicialmente, o evento foi transferido para 2021. Porém, possíveis novas ondas da pandemia colocam em xeque seu acontecimento, já que não há a possibilidade de ser novamente remarcado. Seria, então, o provável fim da última chance dela de disputar as Olimpíadas. “Não gosto nem de cogitar essa possibilidade.” 

Por ora, tenta manter a calma, já que o trabalho psicológico é tão importante quanto os aspectos físicos e técnicos. E, enquanto a pandemia não passa, tenta tirar lições durante o confinamento. “Espero que as coisas que a gente precisa aprender com isso sejam aprendidas, e que possamos voltar o mais rápido possível, sendo pessoas melhores”, destaca. 

Manaus 2020

O cenário que Sabrina esperava encontrar na capital do Amazonas em agosto é muito diferente daquele vivido no Norte do país nos dias atuais. As capas dos principais jornais de uma das cidades brasileiras mais atingidas pela voracidade mortal da Covid-19 estampam o horror que já havia sido antecipado em outras partes do planeta: valas comuns abertas para conseguir enterrar os mortos pela doença, já que tanto o sistema de saúde quanto o funerário colapsaram no local. 

O rio Negro, cuja nascente está localizada na Colômbia, tem sua origem nas bacias do rio Orinoco, a terceira maior do continente. Seus mais de 1700 quilômetros cortam também o território da Venezuela, e é o segundo maior em volume de água, atrás apenas do Amazonas, que ajuda a formar mais adiante em sua extensão. 

Nas águas turvas que cortam o Norte do país e depois se juntam ao rio Solimões para formar o Amazonas, chegando até Manaus, Sabrina Mazzola, de 38 anos, pretendia ser a primeira gaúcha a participar do Amazon Challenge 30km. A pandemia, contudo, adiou a prova. 

Conhecido pelas adversidades, o trajeto impõe vários desafios. A alta temperatura, o elevado grau de acidez, água densa e fortes correntezas. A janela de realização do evento estava prevista para os dias 7 a 11 de agosto. Agora, não há previsão de quando ela irá acontecer, diante do novo cenário imposto pelo coronavírus. 

São três as ultramaratonas na modalidade solo, de desafio, no país. As outras duas, no mar e em águas de baixa temperatura, Sabrina já cumpriu. Caso ninguém realize a prova até agosto, será a primeira mulher a completá-las. Ela nada desde os 13 anos, quando realizou sua primeira prova em águas abertas, com uma travessia de 3 quilômetros em Tapes, na metade Sul do Estado. 

Começou a aumentar os desafios a partir dos 31, quando resolveu encarar as ultramaratonas. De lá para cá, quando deixou o seu foco principal, as competições em piscinas, realizou provas importantes. A primeira foi a Travessia 14 Bis 24km, em São Paulo, em 2016. Um ano depois, tornou-se a segunda mulher a nadar a travessia do Leme ao Pontal 36km, no Rio de Janeiro. Em 2019, fez a Travessia da Ilha do Arvoredo, em Santa Catarina, com 25 km. 

Ela se preparava para um dos grandes desafios de sua vida como atleta amadora, quando a pandemia interrompeu boa parte dos trabalhos. E a rotina mudou completamente desde a parada. Ela explica que são necessários pelo menos seis meses de preparação para o desafio. Eram treinos seis vezes por semana, de segunda a sábado, aumentando gradativamente o volume e a intensidade. “Naquela semana antes de começar a quarentena, estava fazendo 5,5km por dia, em 1h30min. No sábado, cheguei a quase 9km, em 2h30min”, detalha.

Ela lamenta o adiamento do desafio, já que perdeu muito treinamento na água desde o início da quarentena. A ideia era chegar a seis ou sete treinos por semana, aos poucos, até chegar em 16 quilômetros por treino. 

Além do trabalho em águas abertas, também fazia treinos na piscina, uma vez por semana. Como parte da preparação física, também faz terapia funcional do esporte e pilates uma vez por semana. Há, ainda, o reforço com elástico, exercícios em geral e bicicleta ergométrica. Esses últimos, mantidos no isolamento, em casa, para garantir o bom condicionamento quando puder retomar os treinos na água.

Por não ser atleta profissional, a questão dos custos é uma das grandes preocupações de Sabrina. Ela já estava com passagem aérea comprada para Manaus para ela e para o namorado, que iria acompanhá-la nos dias do desafio. Após conversar com seu agente de viagens, ainda não sabe se irá conseguir cancelar o trecho sem multa, o que representaria um prejuízo. Caso o voo seja cancelado, o ressarcimento ocorre por parte da companhia. 

Além disso, outros gastos estão previstos, como alimentação e hospedagem. Outros custos de preparação também interferem no planejamento, como as despesas com treinador, fisioterapeuta, nutricionista e suplementos.

Para tentar compensar as perdas, Sabrina criou um projeto de vendas de produtos e patrocínios, com diferentes valores e contrapartidas. As cotas bronze, prata e ouro, com valores de R$ 250, R$ 500 e R$ 1000, respectivamente, preveem desde espaços para estampar as marcas em camisetas e toucas, até postagens nas redes sociais. “Mas não cheguei a produzir, estava finalizando os acordos com as gráficas e patrocinadores, e parei tudo”, lamenta-se. 

Enquanto espera pelo fim do isolamento social, Sabrina mantém o foco na preparação física e mental, e segue na busca por patrocínios. Através do Instagram @atletasamazolla, interessados podem fazer o contato para contribuir com a realização do desafio no Amazonas. “Sou nadadora amadora, ou seja, nado nas horas vagas do meu trabalho, então faço um grande esforço para encaixar tudo na minha rotina e no meu orçamento. É sacrificante, mas amo nadar e amo desafios. Não consigo imaginar minha vida sem isso”, frisa. 

Milão 2020

As ruas da cidade ao Norte da Itália, berço da moda no planeta, costumam ser preenchidas por azul e preto em noites europeias de futebol. No entanto, naquele fim de tarde de fevereiro, o azul e preto que rumava ao estádio Giuseppe Meazza era outro. Os italianos que encantavam a Europa com seu futebol vistoso e ao mesmo tempo agressivo desta vez trajavam uniforme parecido, mas vinham de Bérgamo, distante pouco mais de 50 quilômetros de Milão.

De lá, mais de 45 mil torcedores deixaram a cidade para ver de perto a página mais bonita da história da Atalanta e, com um pouco de pretensão, quem sabe, de Bérgamo. Esperavam um resultado positivo no primeiro jogo das oitavas de final, diante do Valencia. Para piorar, teria que abrir o confronto fora de seus domínios, apesar de contar com a certeza do deslocamento da fiel torcida rumo a Milão. Seu estádio, de 22 mil lugares, não preenchia os requisitos.

A Atalanta vivia seu próprio conto de fadas, daqueles que parecem restritos às agremiações enormes. Para pequenos, representam apenas sonhos distantes, vistos pela TV e comemorados apenas por seus vizinhos mais prósperos e de cifras milionárias. E o quarto gol, aos 17 minutos do segundo tempo, dava a certeza da vaga. Nas arquibancadas, muita festa: beijos, abraços e comemorações efusivas pela quarta vez na noite, que terminou com placar de 4 a 1. A Atalanta encaminhava sua classificação, e a história permaneceria viva pelo menos por mais 180 minutos. 

Poucas semanas depois, o resultado seria catastrófico. A partida de Milão foi considerada por especialistas e autoridades sanitárias europeias como uma “bomba biológica”, responsável por ajudar a detonar o coronavírus no norte de Itália e acelerar o contágio em meio a pandemia, resultando em colapso do sistema de saúde e milhares de mortes no país. Com o retorno dos torcedores à cidade, Bérgamo foi severamente atingida. As comemorações deram lugar a uma das cenas mais tristes vividas no mundo desde o início da pandemia, no final de dezembro. Caminhões do Exército retiraram os corpos da cidade, em uma comitiva silenciosa e dolorida. 

O elenco do Valencia, adversário naquela tarde, não escapou ileso. A vítima da Atalanta nas oitavas de final da Champions League teve 35% do seu elenco diagnosticado com Covid-19 após a partida, entre jogadores e comissão técnica. A Espanha não demorou para ser atingida em cheio pelos efeitos da pandemia: mais de 29 mil pessoas morreram no país, que enfrentou um lockdown rígido, deixando as cidades fechadas com a quarentena. 

E era justamente lá que Bruna Tomaselli esperava abrir caminho para a sua própria jornada europeia. A piloto de 22 anos, natural de Caibí, município no Oeste catarinense com pouco mais de 7 mil habitantes, se preparava para estrear na WSeries, categoria de fórmula do automobilismo feminino. 

Mesmo com a pouca idade, Bruna acumula muita experiência no esporte. Iniciou sua jornada aos sete anos, onde competiu no kart até os 15, quando passou para os fórmulas. Foram dois anos no sul-americano, até ir para os Estados Unidos, onde permaneceu esse mesmo tempo em uma das categorias de acesso à Fórmula Indy. 

Agora, vinha se preparando para competir no WSeries, onde pilotaria nesta temporada pela primeira vez em pistas europeias, experiência pela qual ainda não passou em sua carreira. E a abertura da preparação aconteceria justamente na cidade de Valencia, na Espanha, onde teriam início os treinos preparatórios no início de maio. 

A temporada de 2020 da WSeries começaria no fim do mês, com uma corrida em São Petersburgo, na Rússia. Das oito etapas no total, seis aconteceriam na Europa. As duas últimas seriam realizadas na América do Norte, com corridas em Austin, no Texas, e na Cidade do México, já no mês de outubro. As etapas finais seriam realizadas junto com a Fórmula 1. 

A rotina de Bruna também mudou. A viagem de cerca de 50 quilômetros, da cidade onde mora, até Frederico Westphalen, no Norte do Estado, onde fica a pista de kart onde treinava duas vezes por semana e cursa faculdade de jornalismo, não está mais acontecendo.

Agora, os treinos acontecem em um simulador, bastante parecido com a realidade das pistas, e utilizado por pilotos amadores e profissionais não apenas durante a pandemia, mas no trabalho do dia-a-dia, com o objetivo de dar conhecimento sobre as pistas: seus pontos de freada, ultrapassagem e outros aspectos importantes da realidade durante as competições.

Ela elogia o equipamento, e a capacidade dele em simular condições reais, mas também faz ponderações sobre seu uso. “Claro que não vai conseguir 100% das reações do carro, e mesmo as pistas algumas vezes têm distâncias diferentes. Mas, longe do carro, sem poder treinar, é o que ajuda a conhecer e pegar o jeito”, conforma-se. 

Mas nem só da parte prática vive um piloto. Para conduzir e manter um fórmula na pista, é preciso dar muita atenção ao aspecto físico. Bruna conseguiu manter a rotina de treinos na academia, três vezes por semana, sendo duas delas com personal trainer. A rotina inclui bicicleta e esteira. 

Sobre os efeitos da pandemia na região em que mora, Bruna relata preocupação com alguns casos em Chapecó, distante cerca de 100 quilômetros. Mas garante que a população da cidade está mantendo os cuidados necessários para evitar o contágio do coronavírus. 

Apesar disso, garante ter boas expectativas para a retomada. “Espero que isso passe logo. Aí vai abrir a pista novamente, e eu vou voltar a me preparar”, finaliza ela, em poucas palavras, com a certeza de quem quer manter vivo o sonho de sua própria jornada nos autódromos europeus.

Por: Nicholas Lyra - Correio do Povo


Devido à pandemia, COB enviará 200 atletas para treinarem na Europa


O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) decidiu que 200 atletas irão treinar na Europa, entre julho e dezembro deste ano. Devido ao isolamento social e às demais medidas para conter a disseminação do novo coronavírus, boa parte do atletas foram obrigados a interromper a preparação física de alto rendimento. A medida, publicada no site do COB, faz parte do Programa Emergencial de Apoio ao Sistema Olímpico, que teve início em 18 de maio, data que marcou dois meses de isolamento social. 

O primeiro destino do atletas brasileiros será Portugal, escolhido pelo COB por apresentar números positivos no que diz respeito ao combate à Covid-19. Além disso, Portugal também será a base principal de aclimatação do Time Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

De acordo com o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta Júnior, o objetivo é manter os atletas em um ambiente seguro. 

“Para o COB é preocupante ver nossos atletas sem condição de treinamento em virtude da necessidade real de mantermos o isolamento para controle da pandemia no país. Sabemos o quão importante é vencermos a batalha contra o coronavírus, ao mesmo tempo que trabalhamos para que o Time Brasil esteja em pé de igualdade com seus principais adversários”.

Os custos - passagens, hospedagens e alimentação - serão pagos pelo COB durante seis meses. A verba destinada ao pagamento destas despesas sairá do Programa de Preparação Olímpica, proveniente da Lei das Loterias, que prevê um orçamento de R$ 15 milhões para a entidade.

Além da chamada Missão Portugal, o COB vai destinar R$ 7 milhões às Confederações Olímpicas, de forma igualitária, para o combate à pandemia de Covid-19. Este aporte servirá para aquisição, por exemplo, de testes e equipamentos de proteção individual (EPIs).

O Programa Emergencial de Apoio ao Sistema Olímpico também confirmou a liberação de R$ 10 milhões para projetos ligados à área de desenvolvimento esportivo junto às Confederações.

Por: Agência Brasil


Instituto Tiago Camilo ajuda famílias durante pandemia


Com cestas básicas e kits de higiene pessoal, Instituto Tiago Camilo irá atingir famílias em estado de vulnerabilidade por causa da pandemia

O Instituto Tiago Camilo, em parceria com o patrocinador Banco BTG Pactual, lança a campanha Consciência Cidadã. O principal objetivo é realizar doações de cestas básicas para todas as famílias vinculadas ao projeto e que estão em estado de vulnerabilidade durante a pandemia.

Além das entregas de cestas básicas, estão sendo feitas a distribuição de kits de higiene pessoal e uma mensagem de solidariedade para as famílias. No mês de maio foram entregues 700 doações e no mês de junho está programado ainda mais 700 kits, com possibilidade da campanha se estender para o mês de julho.

“A mensagem que queremos passar é de solidariedade e esperança para as nossas crianças. Vocês não estão sozinhas neste momento crítico que estamos vivendo, isso passará, mas a lição de fazer o bem ficará gravada em suas almas. Receber o bem, fazer o bem”, disse o ex-judoca Tiago Camilo, fundador do projeto.

Instituto Tiago Camilo ajuda com doações famílias durante pandemia

Mas além das famílias do atendidas pelo Instituto Tiago Camilo, os alunos matriculados nas escolas dentro dos CEUs (Centro Educacional Unificado) de Paraisópolis, Jaguaré, Aricanduva, Heliópolis e Vila Olímpica Mário Covas, locais onde o projeto é desenvolvido, também serão atendidas.

Entregas
A logística foi realizada por uma transportadora parceira da Ambev, enquanto as cestas básicas está armazenadas nas unidades CEUs autorizado pela Secretaria de Educação. As entregas feitas pelos colaboradores do Instituto Tiago Camilo. Todo o processo cumpriu as orientações do Ministério da Saúde em meio à pandemia.

Por: João Fraga - Olimpíada Todo Dia

terça-feira, 2 de junho de 2020

Federação Alagoana de Judô realizará o 1º Meeting Alagoano Online de Judô


A Federação Alagoana de Judô foi atrás de inovação para engajar e motivas seus judocas filiados. Com as competições oficiais paralisadas por causa das medidas de prevenção à COVID-19, a FAJU cirou o Meeting Alagoano Online de Judô, uma competição virtual, cujo shiai-jo será no Instagram. A primeira etapa do desafio, que começará no próximo dia 08, contará pontos para o ranking estadual de Judô e será com as judocas do Sub-18 feminino. 
As disputas do Meeting Alagoano Online serão realizadas por meio de votação no perfil oficial da FAJU, no Instagram. Em um formato eliminatório, a participante que obtiver o maior número de votos em cada rodada avançará de fase na competição.
“É uma ideia que nós tivemos para mobilizar os clubes. Vai ter aquela concorrência, então todo mundo vai estar ligado para votar. Vai mobilizar os familiares, técnicos e amigos. Essa foi a ideia que tivemos para fazer essa movimentação”, explicou o presidente da FAJU, Antônio Milhazes. “Como estímulo, nós colocamos uma pontuação que será adicionada no ranking estadual. Terá uma pontuação por participação e uma pontuação para as 3 primeiras posições”, complementou.
O evento é gratuito e as inscrições podem ser realizadas pelos clubes até as 18h (horário de Brasília) desta segunda-feira, 1 de junho, na plataforma Zempo.com.br. A validação das inscrições e os sorteios das chaves serão realizados posteriormente, no dia 2 de junho.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Sábado tem Live com o judoca maranhense Marco Leite



Neste sábado, 06 de maio, acontece a live "V Copa Paulo Leite de Judô Veteranos" com o professor maranhense Marco Leite.

A live acontecerá no Instagram @leite.marquinho a partir das 10h.

Por: Boletim OSOTOGARI






Campinas: 15ª Delegacia Regional realiza reunião virtual com a equipe de arbitragem



A 15ª Delegacia Regional, realizou no último sábado, 30 de maio, através da plataforma Zoom, mais uma reunião virtual, só que agora, com o Departamento de Arbitragem, com seus coordenadores e os árbitros nacionais e acima,  com 24 participantes, sendo eles: Celso de Almeida Leite, Delegado Regional e mediador da reunião, Tomio Takayama e Marcos Fernandes, Coordenadores de Arbitragem,  Éder Felício dos Reis, Fernando Nakazato, Roberto Sette, Luiz Paulo Rouanet, Carlos José da Silva, Eric de Gusmão Tomson,  Lilian Dias, Mauricio Gomes da Silva, Rosilene Dourado, João Luiz Silvani, Ângela Cerqueira, Jairo de Godoy, Renato Mattos, Aparício Couto da Silva, Marcelo Antonio Correia da Silva, Fernando Infante, Marco Antonio Domingues, Katsuhiko Komura, Edmilson Aparecido da Silva Evandro Luiz Simões e William Araujo.

A Reunião foi iniciada pelo Delegado Regional, que em seguida passou para os Coordenadores Tomio, Marcos Fernandes e Éder.  Após fazerem suas  explanações, foi colocado a palavra a todos os participantes que puderam fazer todos os seus comentários e possíveis dúvidas, que prontamente foram sanadas.

Na explanação dos participantes, tivemos um relato de um dos membros participantes, que infelizmente, foi acometido pela COVID 19, mas que felizmente, já passou a sua quarentena, estando amplamente recuperado, para alívio e bem estar de todos. 

Os Coordenadores lembraram que durante essa epidemia, um dos fatores relevantes, é a troca de informações via Internet, inclusive incentivando-os a participar de eventos, tais como aconteceu na CPJ, tendo como palestrante um das maiores autoridades da arbitragem Sr. Ovídio Garnero, que inclusive alguns deles participaram.

Os Coordenadores de Arbitragem também enfatizaram que tem colocado constantemente diversos vídeos no grupo de whats app, para que os membros possam opinar, e que continuarão a manter a colocação desses vídeos para que todos se mantenham sempre ativos.

Após todos se manifestarem, foi encerrado a reunião, mantendo a disposição de programar uma nova reunião em breve, esperando que mais participantes possam participar.


Por: 15ª Delegacia Regional Grande Campinas




segunda-feira, 1 de junho de 2020

Capacitação Profissional: Conheça os Cursos EAD do "Judô de Base"


Em um momento de pandemia o meio do judô segue se reinventando para atender as demandas, assim como os técnicos de todo o mundo buscam se capacitar para poder oferecer algo cada vez melhor aos seus judocas. 

Neste sentido, os professores Marcus Agostinho e José Olívio organizaram o “Judô de Base” um braço educacional do Blog de mesmo nome criado em 2010 por Marcus Agostinho.

A concepção nasceu de uma necessidade identificada em relação a vários contatos com treinadores, conforme relata Agostinho: “Nossa ideia inicial foi organizar conceitos e experiências sobre temas relevantes para o treinamento no judô, desenvolvendo cursos online com o conteúdos aplicáveis. Acreditamos que assim estaríamos contribuindo para a capacitação dos senseis”.

Partindo desta ideia, Agostinho propôs a parceria com o colega de Seleção Brasileira de Base José Olívio. “Já conversamos sobre treinamento de judô com um olhar acadêmico há mais de 10 anos, período que eu iniciava o mestrado e o Marcus foi para Rússia estudar. Com o tempo, nos tornamos colegas nas seleções de base, além de uma experiência na Universíade em 2017. Desta forma, já conhecíamos os conceitos e a linha de trabalho um do outro, ficando mais fácil de aceitar a parceria”, disse o professor Olívio. Os professores relatam ter linhas de estudo diferentes, mas complementares quando se trata de aspectos pedagógicos e de controle do treinamento.

Em cima desta ideia surgiu o primeiro curso intitulado “Pedagogia Complexa e Monitoramento Integrado no judô.” O curso traz informações sobre a organização do treinamento baseado no livro do mesmo nome com autoria do Olívio junto ao Professor Dr. Alexandre Drigo (UNESP) e conceitos de monitoramento e análise de desempenho, que são a linha de estudo de Agostinho (incluindo sua dissertação de mestrado na USP). O curso foi organizado e proposto na plataforma Hotmart em formato EAD. 

Os professores relatam que demanda do curso os surpreenderam, pois a aceitação dos treinadores foi boa e os feedbacks foram positivos, o que gerou interesse de outros treinadores, superando suas expectativas iniciais. Com isso, novos projetos foram criados e a dupla lançou o braço educacional do Judô de Base, lançando o segundo curso online com a temática Iniciação e Direcionamento, direcionado para treinadores que atuam com jovens judocas entre 7 e 14 anos.

Os cursos tem sido acessado por diversos treinadores de todas as regiões do Brasil e por treinadores de outros países (Portugal, Itália, Paraguai, República Dominicana, etc.), conforme os relatos dos renomados senseis:

Andrea Berti - Técnica da Seleção Brasileira Sub 21 Feminina:



Thiago Valadão -  Técnico da APAJA de Atibaia:



Floriano de Almeida - Técnico do Flamengo, ex treinador do Projeto Futuro, Minas Tênis Clube e da Seleção Brasileira:



Marcos Morais - Técnico da Seleção Portuguesa:



Os cursos encontram-se abertos pelos links:

Pedagogia Complexa e Monitoramento Integrado no Judô
https://www.hotmart.com/product/pedagogia-complexa-e-monitoramento-do-treinamento-de-judo/N26465871P

Iniciação e Direcionamento no Judô: Pedagogia Complexa e Monitoramento Integrado aplicados de 7 a 14 anos
https://www.hotmart.com/product/pcmi2/Q30006659Y

Por: Judô de Base

Apoio:

domingo, 31 de maio de 2020

COB vai lançar em junho manual para retorno do esporte: "Entrar, treinar e sair"


Na primeira quinzena de junho o Comitê Olímpico do Brasil (COB) vai lançar um Manual Técnico do Esporte de Formação e Alto Rendimento em um Ambiente de Covid-19. É assim que o diretor de esportes da entidade, Jorge Bichara, define o documento de 200 páginas elaborado por uma equipe de 20 pessoas, entre médicos e profissionais do esporte, que deve servir de base para outras instituições esportivas na retomada das atividades nos próximos meses.

Em entrevista ao Globoesporte.com, Bichara explicou que o manual apresenta "orientações operacionais, normas de segurança para convívio profissional e a prática esportiva, estudos médicos referentes ao impacto do Covid-19 no ambiente esportivo e um protocolo aplicado para o retorno das atividades no centro de treinamento do Time Brasil, e que pode ser utilizado como base de consulta e referência de procedimentos e recomendações adaptados a outras instalações".

- O nosso objetivo é compilar informações e oferecer como foco de consulta. Em outros aspectos, preconizar o que o COB conseguiu verificar em outros países o que é válido e importante, como é o caso dos testes - diz o diretor do comitê que cita protocolos do Instituto Australiano de Esportes, do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Comitê Olímpico da Suécia, da Federação Portuguesa de Natação, entre outros, como base para o do Brasil.

A conclusão do documento ocorre na semana em que houve a primeira reunião entre 48 médicos e 30 confederações para discutir apenas aspectos médicos relacionados ao retorno dos treinamentos esportivos no Brasil. O encontro passará a ser semanal.

Em relação à abertura do CT do Time Brasil, onde ficam desde as piscinas do Parque Aquático Maria Lenk até o centro de treinamento da ginástica artística brasileira, dentro do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o COB diz que seguirá as regulamentações dos governos estadual e municipal. Hoje, não está autorizada a abertura do local, que pode receber cerca de mil pessoas, mas, quando reabrir, na chamada fase 2, terá cerca de 20 atletas no máximo. Lá a entidade bancará os testes recomendados: o de diagnósticos de sorologia, para verificar a resposta imune, e RT-PCR, considerado padrão ouro na resposta ao Covid-19.

Clique aqui e leia matéria na íntegra

Por: Globo Esporte

Canto lembra que quarentena depende de quem mora na favela


“É muito importante a gente dar a cara”. Responsabilidade social e empatia. Essas são as bases de Flávio Canto, fundador do Instituto Reação e um dos idealizadores do movimento Vencendo Juntos, que está distribuindo cestas básicas para famílias que moram em favelas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Em live para o Olimpíada Todo Dia deste sábado (30), Flávio Canto falou sobre o momento e de seu papel. “Porque a real é que a quarentena é um luxo. Eu estou aqui fazendo tranquilo, três ou quatro meses eu consigo ficar em casa. E quem me garante, de certa maneira, essa minha quarentena é a favela.”

“Nessa hora não é o quanto eu tenho que permite ficar de quarentena, é quantas pessoas estão lá fora trabalhando em supermercados, fazendo comida, ou que estão em postos de gasolina. E tem outras que nem trabalho têm, é nessas pessoas que a gente está tentando chegar com as cestas básicas.”

O ex-judoca Flávio Canto sempre teve a consciência de que o esporte é uma ferramenta de mudança social e reuniu um grupo grande de esportistas para arrecadar fundos em “um momento tão complicado como este que estamos passando.”
“É o mínimo que a gente deveria fazer agora. Então esse movimento é um apoio para essa galera que não tem como não trabalhar. O trabalho deles é que me permite ficar em quarentena.”

Vencendo Juntos

Hortência, Guga, Lars Grael, Gabriel Medina, Rodrigou Minotauro e tantos outros esportistas estão no Vencendo Juntos. Mas mais importante do que nomes, Flávio Canto busca ação e a realização de ideias. “É uma ação que tem tanta gente junta. Acho que a riqueza está nisso mesmo. A ideia tem que ser maior do que qualquer nome. As pessoas mais interessantes são mais propícias a seguir uma ideia do que um nome.”
O objetivo do movimento é dar cestas básicas para cerca de 33 mil famílias. “Nossa meta é de R$ 10 milhões. 33 mil famílias, três cestas básicas em três meses. Temos R$ 3 milhões e alguma coisa, e a gente segue na busca. Cada cesta básica a mais é mais uma família que ganha um alento nesses tempos difíceis.”

O momento

“É um período meio complicado, até meu pai que é uma fortaleza, está meio para baixo. Eu não consigo parar, então não deu tempo da depressão chegar, mas claro que está difícil lá fora.”
Flávio Canto tem noção de que a vida é dura e que cada um pode fazer a diferença. “É um momento bom para a gente reforçar a empatia nas pessoas. Eu exerço meu papel dentro do que puder, é uma responsabilidade social e é um caminho. E todos podem ajudar, sem distinção.”
Para fazer a doação, basta acessar o site do Vencendo Juntos. “As pessoas acreditam no nosso trabalho. Elas sabem que o dinheiro doado será convertido em cestas básicas e chegará no seu propósito, isso é credibilidade.”

O papel do esporte

Por que esportistas? Por que o esporte? “A vida é dura. E o esporte tem essa capacidade. Nesses momentos de apreensão da sociedade e da polarização, guerra política para todos os lados, até mais que a cultura, o esporte meio que fica neste meio, entre direita e esquerda, e isso facilita mobilizar as pessoas, trazê-las para a causa. O esporte tem esse poder, esse alcance.”
E ele pode falar por experiência própria. “Em 2000 eu estava no fundo do poço, tinha perdido a vaga olímpica, foi meu ponto mais baixo. E nessas horas, as pessoas tendem a buscar a força interna, eu fiz o contrário, fui procurar a força nas outras pessoas.”
O ex-judoca subiu na favela da Rocinha para dar sua contribuição, dando aulas de judô e entendeu que para se fortalecer era preciso agir e provocar uma reação nas pessoas. “Eu subi na favela como faixa preta, desci como faixa branca. Eu tinha muito a aprender e isso me fez recuperar a força interna.”
Não à toa, os melhores resultados na carreira vieram depois que ele começou dando os primeiros passos para a criação do Instituto Reação. “Me falavam que isso seria uma distração, que eu não conseguiria, mas foi o contrário. A reação que eu precisava veio das pessoas que eu ajudo na favela.”
Flávio Canto foi bronze em Atenas-2004 e ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo-2003.


sábado, 30 de maio de 2020

Com o filho Théo, Gabriela Clemente e Tácio Santos vivem em Portugal há dois anos.

Gabriela e Tácio com o filho Théo

Gabriela Clemente e Tácio Santos partiram do Brasil para Portugal há dois anos em busca de oportunidades no judô. Os dois já tinham espaço em grandes clubes no país, mas a aventura na Europa tinha um objetivo: a Olimpíada. A vida longe de casa, porém, foi mais difícil do que imaginavam. Na cidade de Lisboa, a dupla precisou se bancar sozinha, e até que a situação financeira fosse estabilizada não foi possível dedicar tempo ao judô.


Quando estava tudo nos eixos para voltar ao esporte, veio uma surpresa. Gabriela e Tácio, que também são um casal, engravidaram de seu primeiro filho. Théo nasceu em fevereiro, e pôde aproveitar pouco seus dias de liberdade em Portugal. Nos primeiros meses de vida, o primogênito da família ficou quase todo tempo dentro de casa com os pais para obedecer ao rigoroso esquema de isolamento social imposto pelo governo local por causa do novo coronavírus.

Portugal é um dos países na Europa com melhor resposta ao controle da pandemia. Logo que o primeiro caso foi confirmado, foi determinada a quarenta e, pouco tempo depois, o estado de emergência. Todos os serviços não essenciais permaneceram fechados por quase dois meses até que a contaminação pelo vírus chegasse a um nível que oferecesse menos risco à população. O país teve mais de 29 mil casos confirmados da Covid-19, mas com um número de pouco mais de 1.200 casos fatais. Um número muito menor em comparação com seus vizinhos, como a Espanha, por exemplo, onde a pandemia teve reflexos muito mais graves.

Théo abriu um sorrisão durante a gravação

Há duas semanas Portugal iniciou o processo de reabertura em várias fases. Enquanto o país volta à sua atividade, a dupla Gabriela e Tácio segue com os cuidados e também na torcida para que a situação no Brasil se resolva em breve para que eles possam viajar e apresentar o Théo à família e aos amigos. Atualmente, todos vivem em Mogi das Cruzes.

Clique aqui e confira o vídeo com a entrevista de Gabriela e Tácio.

Por: Globo Esporte


Força mental pode contar a favor do judô brasileiro na Olimpíada


No comando da seleção brasileira masculina de judô desde 2018, a sensei Yuko Fujii, nascida na cidade de Toyoake (Japão), chegou ao Brasil cinco anos antes, após uma atuação de destaque na equipe técnica da equipe britânica na Olimpíada de Londres 2012. Antes de se tornar a primeira mulher a assumir o time masculino na história da modalidade no país - Yuko Fujii assumiu a função com a saída do do sensei Fúlvio Myata - a treinadora passou por todas as equipes de base do judô brasileiro. Na última quarta-feira (27), durante uma live (transmissão ao vivo) no perfil oficial da Federação Piauiense de Judô (FPIJ), a treinadora minimizou o fato de ser uma mulher a treinar uma equipe composta exclusivamente por homens. 

"A gente viaja muito para compartilhar o trabalho. Converso bastante com várias pessoas do judô em todo país. Foi aí que eu consegui entender como funciona o esporte por aqui. Isso facilitou muito o meu ingresso na seleção. Tive um contato grande com o sensei Luiz "Jun" Shinohara e com o próprio sensei Fúlvio Myata. A Confederação tem também uma equipe multidisciplinar que divide essa pressão comigo”.

Quando chegou ao país em 2013, Yuko Fujii lembra que se surpreendeu ao se deparar com o nível técnico do judô brasileiro "Vi que vocês têm um judô limpo, bonito, parecido com o praticado no Japão".

Mesmo sem fazer uma projeção de medalhas a serem conquistadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão), adiados para o ano que vem, Yuko Fujii salientou um ponto que pode pesar a favor da seleção. "Os brasileiros têm a parte mental e psicológica muito forte. Nesse período de pandemia, todos estão mantendo o treino o mais próximo possível do ideal, mesmo estando dentro de casa. O nosso foco, agora, é a parte física. E eles ‘compraram’ a nossa ideia. Queremos que os atletas tenham a menor perda [física] possível. Hoje, não temos competição. Então, ficamos sem referência. Por isso, a orientação é manter o trabalho dia a dia. E eles estão fazendo isso", elogiou.

Início de 2020 promissor

Segundo a treinadora, a temporada passada foi um ano de paciência. "Tivemos realmente uma fase difícil em 2019". Mas, Yuko Fujii destaca que os resultados começavam a aparecer no início deste ano.. "Começamos lá em janeiro com as medalhas conquistadas na primeira competição do ano, o Grand Prix de Tel Aviv (Israel). Foi muito bom. Tivemos uma participação destacada, principalmente, com os jovens". 

A competição em Tel Aviv distribuiu até 700 pontos no ranking olímpico. O judoca  Leonardo Gonçalves, de 24 anos, conquistou a prata na categoria até 100 quilos. O Brasil faturou ainda quatro bronzes com Daniel Cargnin, de 22 anos (66 kg),  Eduardo Yudy Santos, de 25 anos (até 81 kg), Rafael Macedo, de 25 anos (90 kg). Vale destacar que, desse grupo, apenas Buzacarini já acumulava experiência olímpica.

As conquistas seguiram em fevereiro. No Aberto de Sófia (Bulgária), teve dobradinha verde e amarela entre os ligeiros (60kg): Phelipe Pelim foi  ouro, e Allan Kuwabara, bronze. No outro Aberto, o de Oberwart (Áustria), mais duas medalhas: Leonardo Gonçalves, faturou o ouro, e Rafael Buzacarini, a prata, ambos na categoria até 100 kg. Enquanto isso, o desempenho brasileiro nos dois Grand Slams, principais competições do circuito, foi de apenas uma medalha. Depois de passar em branco na competição de Paris (França), no início de fevereiro, a delegação nacional trouxe o bronze de Düsseldorf (Alemanha), com Rafael Silva (categoria acima de 100 kg), no final do mesmo mês.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues
Foto: Abelardo Mendes Jr/redeesporte.com.br
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil - São Paulo / Agência Brasil EBC


Rio Grande do Sul: Sensei Eliane Pintanel é a nova coordenadora do Kata


Uma das mais experientes senseis no RS, a kodansha Eliane Pintanel assumiu neste fim de maio uma nova função. Ela passará a ser coordenadora dos Katas no Rio Grande do Sul. A nova função foi comunicada oficialmente à CBJ nessa quinta-feira.
“A professora Eliane é um dos principais nomes do Kata gaúcho, que, além de sua experiência no dia a dia, conta com participações em diversas competições em níveis estadual, nacional e internacional”, exalta o presidente da FGJ, César Cação. “Trata-se de alguém que agregará muito nesta função.”
Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Segunda tem Workshop Internacional de Judô. Confira!


Nesta segunda-feira, 01 de junho, acontecerá um workshop internacional, online, com o tema "Judô: Da Base ao Alto Rendimento, caminhos para a Formação de Atletas", com os palestrantes Floriano Almeida, Brasil e Pedro Dias, Portugal.

Na mesa redonda, presença de representantes de vários estados do Brasil:

Norte
Alam Saraiva - Pará
Aron Oliveira - Amazonas
Nordeste
Expedito Falcão - Piauí
Euder Lima - Sergipe
Centro-Oeste
Alessandro Nascimento - Mato Grosso do Sul
Robert Marques - Distrito Federal
Sudeste
Jefferson Santos - São Paulo
Leonardo Lima - Rio de Janeiro
Sul
Rafael Garcia - Rio Grande do Sul
Alan Vieira - Paraná

Organização e mediação do evento:
João Neto - Paraíba
Ibsen Perttersen - Espírito Santo

Inscrições no link abaixo:

Por: João Neto

Três representantes brasileiros ministrarão curso para treinadores organizado pela Confederação Pan-Americana de Judô


Três representantes do Judô brasileiro conduzirão um curso online organizado pela Confederação Pan-Americana de Judô, neste sábado. Marcelo Theotônio, getor das Equipes de Base da CBJ, Amadeu de Moura Jr, supervisor técnico da gestão de Alto Rendimento da CBJ, e o campeão mundial, Luciano Corrêa, atual técnico das equipes de base do Minas Tênis Clube são os convidados da CPJ para compartilhar seus conhecimentos com alguns dos principais treinadores pan-americanos.
Serão abordados temas acerca do Judô brasileiro e as aulas serão divididas em três módulos. O primeiro terá como tema principal "Planejamento Geral dos Processos da Base do Judô brasileiro". O encontro começa às 12h (horário de Brasília), por meio da plataforma de vídeo online Zoom.
A participação no curso é gratuita, basta se inscrever na página do evento, no Zoom. Após realizar seu registro, será liberado um link para acesso à sala virtual do treinamento. 
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Domingo tem Seminário "Judô na Escola: Caminho para o Sucesso"


Domingo tem seminário online gratuito com o tema "Judô na Escola: Caminho para o Sucesso.
A criança e o Judô podem ser a chave para uma sociedade melhor. Trilhe os caminhos do sucesso do Judô na Escola.

Moderador: 
Medalhista Olímpico e Kodansha 7º Dan Douglas Vieira
Mesa Redonda:
2º Dan Francisco Camilo
4º Dan Dr. Leonardo Mataruna
4º Dan Ibsen Pettersen
Comentários :
5º Dan Alexandre Drigo

Quer garantir a sua vaga no Seminário e no grupo de Telegram Meiji Brasil? Acesse o link abaixo:



Serviço:
Seminário por um judô cada vez melhor
Data: Domingo, 31 de maio
Horário: 17h.
Certificado em PDF, emitido pela UNIFEB.

Por: Douglas Vieira

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Pesquisa personalizada