terça-feira, 19 de outubro de 2021

FIJ: Redenção!

Inal Tasoev e Cyrille Maret (judogi azul)

Um ano atrás, Cyrille Maret bateu em um carro. Um ano atrás, uma provação particular começou. Atletas vivem de seus corpos, é o que os alimenta. Quando o corpo não responde, a mente acentua a queda. No entanto, às vezes a tragédia é o começo de algo novo. Para Cyrille, a dor foi um choque, um renascimento, mas ele não sabia.

O francês estava rastejando no tatame há muito tempo. Trata-se de um tricampeão do torneio de maior prestígio do mundo, ex-número um mundial e uma referência de –100kg. Ele não é qualquer um, é um grande campeão com cicatrizes que o incomodam, pois são físicas e morais. "Eu estava muito perto de largar o judô." Cyrille teve que se reconstruir física e mentalmente. Posto assim, parece uma operação planejada, mas foi o contrário. Quando o corpo não responde, a mente retrocede e começa um ciclo vicioso do qual é muito difícil sair. "Além disso, tenho 34 anos. Os meus melhores momentos ficaram para trás e não conseguia ver o fim do túnel." 

Tem sido difícil, uma travessia clássica do deserto, longe dos holofotes, sem chamar a atenção, uma recuperação anônima. Por isso, quando seu nome apareceu no sorteio do Grand Slam de Paris e quando os presentes viram que ele estava inscrito na categoria superior, todos os alarmes dispararam, luzes vermelhas de curiosidade porque todos queriam ver se Cyrille havia decidido para se despedir ou, se ao contrário, tinha algo novo preparado, algo diferente. 

“Minha vida mudou para melhor. Sim, confesso que foi um processo longo e doloroso. Foi uma encruzilhada. Tive que escolher, mas primeiro tive que relativizar e mudar minha abordagem do judô. "Aqui está a chave para a ressurreição de Cyrille. Para chegar a um estado de realização intelectual, você precisa ser honesto na frente do espelho." Meu corpo doía e me perguntei se seria capaz de recuperar um nível aceitável. Então entendi que a solução estava em outro lugar. " 

Inal Tasoev e Cyrille Maret

Primeiro, o peso. “Durante anos sofri os rigores de uma categoria que me forçou a fazer esforços tremendos.” Foram períodos em que teve que perder entre dez e doze quilos entre os torneios. Ele estava se divertindo muito. “Agora posso desfrutar de um bom almoço, fazer uma festa sem a obsessão de emagrecer.” 

Depois, a forma de treinar. “Eu mudei de clube. É um pouco longe da minha casa, mas não me importo porque o ambiente é bom e familiar. Quanto ao ritmo, costumava me martirizar com duas sessões por dia. Agora treino menos, mas melhor. " 

Por fim, o mais importante foi recuperar a vontade de fazer judô. "O prazer", diz Cyrille. Ele repete, porque sabe que sua percepção do esporte que pratica há anos mudou irremediavelmente. “Agora eu gosto de uma maneira que não fazia há anos. Eu não defino metas ou objetivos para mim além de entrar no tatame e me divertir. " 

Em suma, é uma metamorfose, cujo capítulo mais recente aconteceu em Paris. O estádio da capital francesa é quase uma segunda casa para Cyrille. Claro, o público estava do seu lado. Havia mais amigos irredutíveis presentes a cada ano, disfarçados e com um senso de humor transbordante e contagiante; apoio incondicional. Cyrille avançou na competição, hesitante no primeiro round e mais confiante no segundo round. O francês melhorava a cada luta, distante de qualquer comportamento apático ou sentimento de desamparo refletido nas últimas edições. O novo Cyrille gosta de fazer judô; isso faz a diferença e pode ser visto. 

Para chegar à sua primeira final depois de uma eternidade, Cyrille teve que derrotar na semifinal seu compatriota e um de seus melhores amigos, Joseph Tehrec. A vitória desencadeou uma torrente de lágrimas; muitos continham sensações e muita frustração acumulada. Cyrille Maret estava de volta!   

Inal Tasoev e Cyrille Maret

A final foi o que parece ser o resultado de um grande torneio, uma aula de judô. De um lado, um revenant francês e, do outro, o russo Inal Tasoev. “Para mim ele é um dos melhores judocas da categoria. Ele é mais forte e mais pesado que eu, mas também pratica um judô lindo, sempre no ataque. Meu objetivo era dificultar para ele e, acima de tudo, gozar. "O concurso não decepcionou ninguém. Cyrille fez um sutemi-waza, muito inusitado para a categoria mais pesada. Foi uma forma de mostrar isso quando a cabeça tateia bom, tudo é possível. Tasoev reagiu e acabou vencendo no final de uma luta esplêndida. Ouro para o russo, a certeza de ter feito a coisa certa para o francês. 

“Agora gosto da minha família e do judô. Não penso em me aposentar, nem conheço o calendário. Acima está Teddy Riner e meu objetivo não é suplantá-lo, mas se ele não participar do próximo mundial e houver vaga gratuita, conte comigo. ” 

Cyrille é um veterano e os anos trazem sabedoria. Agora ele iniciou uma reconversão profissional, porque a vida de atleta de alto nível tem prazo de validade e você tem que pensar no futuro. A sua, principalmente a mais imediata, é uma aventura cega, tirando o melhor de cada situação. Se é verdade que grandes momentos nascem de grandes oportunidades, Cyrille superou um acidente que lhe deu a oportunidade de acreditar novamente. Quando fala, o faz com a tranquilidade de saber que tudo o que fez foi escolha sua e que não estava errado porque sua análise estava correta. A medalha de prata em Paris é uma recompensa por ter atingido a maturidade plena. Antes disso, ele tinha que ser honesto e assumir que uma mudança era necessária. 

Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio

Bahia: Simões Filho sedia eventos de judô com a participação de mais de 300 atletas


A Federação Baiana de Judô (Febaju) realizou no último sábado (16), no Ginásio Municipal Esportivo de Simões Filho, diversos eventos que compõem o calendário de atividades em 2021. A Super Etapa reuniu 363 atletas e no quadro geral de classificação a Assamaca, de Cruz das Almas, conquistou 32 medalhas de ouro; o Judô Ação de Jequié, 18 e o Judô Paulo Fraga, de Lauro de Freitas, 12. Nos tatames, estiveram presentes judocas das classes sub-11, sub-13, sub-15, sub-18, sub-21, veteranos, sênior e iniciante.


No Campeonato Baiano de Judô por equipes, cinco clubes inscreveram 49 atletas e o Judô Ação levou o ouro para casa no feminino e masculino. Já no Baiano Faixa Preta, 24 atletas entraram no tatame e deram o seu melhor e a Associação Judô Ação conquistou 5 medalhas de ouro.


No Dan-Gai, 66 competidores (as) fizeram combates incríveis que foram transmitidos ao vivo no canal do Youtube Golden Score, assim como todas as competições e o Clube Itapagipano de Judô subiu no lugar mais alto do pódio com 11 medalhas no total. E no Absoluto, 14 atletas participaram e os primeiros colocados foram: Luana Bahia (-57kg), da Associação Judô Ação; Jéssica Sá (+57kg), do Clube de Judô Juazeiro; Diego Santos (-73kg), da Associação Judô Ação e André Santiago (+73kg), da Associação Judô Ação.

Os eventos contaram com a apoio da MedVida Brasil, da Prefeitura Municipal de Simões Filho e da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia.

Por: Thaís Brandão - Assessoria de Comunicação da Federação Baiana de Judô (FEBAJU)

Rio Grande do Sul: Seleção Gaúcha feminina disputa o Brasileiro sub-21 na quarta


Depois de mais de um ano e meio suspensas, as competições nacionais voltam a partir desta semana. O retorno oficial ocorre nesta quarta-feira, com a realização do Campeonato Brasileiro sub-21, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. E a equipe gaúcha, que embarcou nesta terça-feira, estará presente com sete atletas.

Ainda em razão da pandemia, o Brasileiro será dividido em duas etapas. Nesta primeira, apenas o naipe feminino vai para o tatame. Em novembro, será a vez dos atletas do masculino disputarem a competição. A CBJ ainda irá realizar em 2021 o Brasileiro Sênior Feminino, o Brasileiro Sênior Masculino e a Seletiva Nacional – Projeto Paris 2024, que fechará o calendário da temporada.

A seleção gaúcha foi definida no fim de agosto, no que foi a primeira disputa presencial de judô no RS em mais de um ano. A equipe feminina foi definida com Maria Argemi (48kg/GN União), Isadora Abreu (52kg/GN União), Gabrielle Gonzaga (57kg/Sogipa), Camila Silva (63kg/TC Santa Cruz), Eduarda Vaz Rosa (70kg/GN União), Júlia Ramos (78kg/GN União) e Nicole Rosa (+78/ATC). Os senseis Rafael Garcia e Paulo Barros serão os responsáveis técnicos do time do RS.

O Brasileiro sub-21 é uma das portas de entrada para a Seleção Brasileira. Todos os todos os medalhistas (bronze, prata e outro) dos Brasileiros Sub-21 e Sênior estarão, automaticamente, classificados para a Seletiva Nacional, em dezembro. Nesta seletiva, serão conhecidos os atletas que defenderão o Brasil em torneios internacionais de 2022 e disputarão pontos no ranking mundial.

Canal Olímpico transmitirá todas as lutas ao vivo  

Outra grande novidade para o judô brasileiro será a transmissão de todas as lutas das cinco competições nacionais, ao vivo, pelo Canal Olímpico do Brasil. O streaming de todos os eventos nacionais do judô é um marco para a modalidade e só foi possível graças à parceria da CBJ com o Comitê Olímpico do Brasil, que ofereceu toda a estrutura do Canal Olímpico para exibir as disputas.

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Superando todas as dificuldades, brazucas disputarão o Mundial Veteranos 2021 em Lisboa


De 21 à 24 de outubro acontecerá o Campeonato Mundial de Veteranos da FIJ na cidade de Lisboa, em Portugal.

Superando todas as dificuldades, brasileiros embarcaram para o velho continente para mais um desafio internacional. A classe veteranos tem um toque especial, visto que são judocas experientes e que tem no judô uma das paixões que carregam consigo. A idade não limita esses judocas a se privarem do que mais fizeram em suas vidas, ou seja, competir.

Pandemia, crise financeira, alta do euro e dolar foram os primeiros desafios enfrentados pelos brasileiros para cumprirem a sua meta. Mas judoca é assim mesmo, se não tiver um friozinho na barriga e umas pedras pelo caminho, não há a menor graça. E lá estarão, enfrentando todos os protocolos de uma competição em formato bolha, em busca de uma medalha e principalmente escrever sua própria história na modalidade. O prazer de competir, de participar, de vencer os desafios já é a conquista mais desejada. A medalha será consequencia de todo esse esforço.

A delegação brasileira conta com Cristian Cezário - Chefe de delegação, Carlos Eurico da Luz Pereira - COVID Manager e Laedson Godoy - Arbitro. Dentre os atletas que viajam para Portugal estão Flavio Pinheiro (BA), Marcos Daud (SP), Carla Prado (SP), Marcio Barbosa (MA), todos campeões mundiais.

"Como parte da preparação fizemos no sábado (16) uma palestra para os atletas com o árbitro brasileiro que vai atuar no mundial, o Sensei Laedson Godoy, no sábado e na proxima quinta-feira, às 18 hrs, vamos ter outra palesta com o Bernardo Seabra do alto rendimento, para falar dos protocolos e procedimentos que serão seguidos em um evento bolha", disse o Coordenador Nacional de Veteranos Cristian Cezário.

"A competição tem até o momento 432 inscritos, em um ano atípico é um bom número e vamos em busca de muitas medalhas e de estar entre os primeiros na classificação geral, assim como nos anos anteriores", complementou Cezário.

Para que pudessem chegar até a competição a equipe verde e amarela contou com apoio logístico da CBJ, através da Thiara Mayer Bertoli e equipe do Departamento de Eventos.

Clique aqui e confira o OutLine da competição

Por: Boletim OSOTOGARI


domingo, 17 de outubro de 2021

Grand Slam de Paris: Resultados do segundo e último dia.


A edição de 2021 do Grand Slam de Paris terminou este domingo, 17 de outubro, com as últimas sete categorias do sorteio. Este reinício das competições em Paris após o encerramento devido à Covid e sendo apenas alguns meses após os Jogos Olímpicos de Tóquio, foi muito interessante em mais de um aspecto.

Em primeiro lugar, foi uma magnífica celebração dos cinquenta anos de história deste lendário torneio. Entre 1971 e 2021, os heróis do judô francês e mundial muitas vezes foram construídos em Paris, porque vencer na França foi e ainda é um passo necessário para uma carreira de sucesso. A lista de vitórias em campeonatos mundiais e Jogos Olímpicos pode estender-se por páginas; um título durante o Grand Slam de Paris marca a memória dos próprios atletas e dos fãs de judô.

Por longos minutos, os 8.000 espectadores puderam expressar sua alegria diante de um desfile de lendas mundiais do judô. Houve:

Lucie Decosse (FRA) 
Yvonne Boenisch (GER) 
Kate Howey (GBR) 
Keiji Suzuki (JPN) 
Masahi Ebinuma (JPN) 
Vitaly Makarov (RUS) 
Céline Lebrun (FRA) 
Jean-Luc Rougé (FRA) 
Haruki Uemura (JPN) 
Yasuhiro Yamashita (JPN)
Udo Quellmalz (GER) 
Cathy Fleury (FRA) 
Guiseppe Maddaloni (ITA)
Neil Adams (GBR) 
Ki-Young Jeon (KOR) 
Angelo PARISI (FRA) 
Emilie ANDEOL (FRA) 
Madeleine MALONGA (FRA) 
Gévrise EMANE (FRA)
Fabien CANU (FRA)
Frédéric DEMONTFAUCON (FRA)

O Judô da França, para o deleite do público, abriu espaço para a Seleção Francesa, que realizou a façanha histórica de conquistar o primeiro título olímpico por equipes mistas em Tóquio durante o verão: Amandine BUCHARD, Sarah-Leonie CYSIQUE, Margot PINOT, Madeleine MALONGA, Romane DICKO, Luka MHKEIDZE, Kilian LEBLOUCH, Guillaume CHAINE. 

A equipe francesa

Também estiveram presentes os medalhistas paralímpicos franceses Sandrine MARTINET e Hellios Latchoumanaia.

Se o público da capital francesa é sempre conciso e apaixonado é porque ama e conhece o judô e gosta do show produzido por atletas vindos de todos os cantos do globo. Eles também adoram celebrar seus heróis e ter um momento privilegiado com eles. Se alguns dos competidores hoje presentes competiram no fim de semana, como Guillaume Chaine, vários outros ainda estão se recuperando deste verão, mas todos garantiram ao público que logo estarão de volta. Amandine Buchard foi claro: “Estaremos aqui em fevereiro para o próximo Grand Slam de Paris!”

-81 kg: Sasaki demonstra seu talento

Era de se esperar uma final explosiva entre o prodígio Tato Grigalashvili (GEO) e o vencedor do Guangzhou Masters em 2018, Takeshi Sasaki (JPN). O georgiano continua a ser aos olhos de muitos especialistas um grande campeão em formação, capaz de atacar em todas as direções e com movimentos espetaculares.

Por enquanto, os resultados internacionais do número um mundial ainda estão um pouco abaixo do que se poderia esperar dele. Aos 21, ele ainda é jovem e tem vários anos para expandir seu histórico. Hoje ele encontrou alguém mais forte do que ele com Sasaki, que não deu chance a Grigalashvili ao arremessá-lo duas vezes, a primeira vez com um movimento reverso do ombro e a segunda vez com uma técnica espetacular de quadril. Grigalashvili pode esfregar um pouco a cabeça no final da final se perguntando o que aconteceu.

O atual campeão mundial, Matthias Casse voltou às competições em Paris e, sem dúvida, esperava melhor do que um quinto lugar. Os dois japoneses da categoria decidiram o contrário. Pela medalha de bronze foi Sotaro Fujiwara quem venceu Casse. Na segunda luta pela medalha de bronze, foi Bolor-Ochir Gereltuya (MGL) quem venceu Tizie Gnamien (FRA) depois de ser liderado por um waza-ari, mas depois marcando um ippon claro.


Resultados finais
1. SASAKI Takeshi ( JPN )
2. GRIGALASHVILI Tato ( GEO )
3. GERELTUYA Bolor-Ochir ( MGL )
3. FUJIWARA Sotaro ( JPN )
5. GNAMIEN Tizie ( FRA )
5. CASSE Matthias ( BEL )
7 GRAMKOW Tim ( GER )
7. HEIJMAN Jim ( NED )

-70 kg: Japão ataca novamente

Para Barbara Matic, o Grand Slam de Paris foi um teste interessante e, acima de tudo, importante. Campeã mundial em Budapeste em junho, a croata evitou o Grande Prêmio de Zagreb, em seu próprio país, para se preparar melhor para o encontro de Paris. Vestida pela primeira vez no circuito internacional com seu lindo babador vermelho, ela encarou a competição com seriedade e concentração, para chegar à final contra a japonesa Saki Niizoe.

Barbara Matic disse: “Eu estava me sentindo ótima, mas no final algo estranho aconteceu. Entramos em ne-waza, ela me estrangulou e comecei a ficar tonto. Está tudo bem agora, porém, ela estava mais forte hoje. ”

Depois de um início bastante equilibrado para a final, mesmo que Matic mostrasse alguns pequenos sinais de desequilíbrio, foi finalmente no chão, mais uma vez que Niioze encontrou a solução ao imobilizar Matic já travado por um potencial shime-waza do judoca japonês. E isso já dá seis medalhas de ouro para o Japão!

Depois de um longo placar de ouro e uma luta disputada, Yoko Ono ganhou a medalha de bronze. Ao mesmo tempo, Hilde Jager, quinta em Zagreb há algumas semanas, concluiu seu fim de semana com a medalha de bronze após ter derrotado Ellen Santana (BRA).


Resultados finais
1. NIIZOE Saki ( JPN )
2. MATIC Barbara ( CRO )
3. JAGER Hilde ( NED )
3. ONO Yoko ( JPN )
5. SANTANA Ellen ( BRA )
5. PETERSEN POLLARD Kelly ( GBR )
7. YEATS-BROWN Katie-Jemima ( GBR )
7. TSERENDULAM Enkhchimeg ( MGL )

-90kg: Nagasawa muito forte para os outros

Khusen Khalmurzaev (RUS) não tem a mesma lista de prêmios de seu ilustre irmão gêmeo Khasan, que foi campeão olímpico no Rio em 2016, mas ainda assim o russo é regular no circuito internacional. Desta vez, chegou à final contra o japonês Kenta Nagasawa, que mais uma vez conquistou a medalha de ouro. Com já sete medalhas de ouro sob a bandeira japonesa, Keiji Suzuki, que recentemente substituiu Kosei Inoue como treinador principal dos homens, pode estar satisfeito. A pátria do judô já está preparando o novo ciclo olímpico e, mesmo que não tenha vindo a Paris com o número um, está se mostrando no topo.

Vitaly Makarov, treinador de Khalmurzaev, disse: “Sabíamos que o adversário japonês iria esperar e contra-atacar e isso aconteceu. Khalmurzaev iniciou seu ataque; foi bom, mas Nagasawa parou bem e conseguiu devolver a situação. ”

As duas medalhas de bronze foram para Luka Maisuradze (GEO) e Anri Egutidze (POR).


Resultados finais
1. NAGASAWA Kenta ( JPN )
2. KHALMURZAEV Khusen ( RUS )
3. EGUTIDZE Anri ( POR )
3. MAISURADZE Luka ( GEO )
5. MURAO Sanshiro ( JPN )
5. MATHIEU Alexis ( FRA )
7. BORCHASHVILI Wachid ( AUT )
7. DIAO Abderahmane ( SEN )

-78 kg: Babintseva contra todas as probabilidades

Lembraremos que após uma impressionante colheita de medalhas de ouro pela seleção japonesa, Aleksandra Babintseva (RUS) conquistou o título contra Rika Takayama (JPN). Isso não diminui em nada o desempenho da equipe Nippon, mas destaca o de Babintseva que teve um dia perfeito hoje em Paris.

Babintseva disse: “Foi uma competição tática. A chave era o kumi-kata, mas eu estava bem preparado para isso. Vencer em Paris contra um oponente japonês, com um ippon massivo, é até agora a melhor conquista da minha carreira. ”

Pela medalha de bronze, Luise Malzahn da Alemanha conquistou sua décima segunda medalha em um Grand Slam, à qual devem ser adicionadas 22 medalhas em Grand Prix e uma medalha mundial. É uma coleção impressionante. A segunda medalha de bronze foi para Inbar Lanir, de Israel.


Resultados finais
1. BABINTSEVA Aleksandra ( RUS )
2. TAKAYAMA Rika ( JPN )
3. LANIR Inbar ( ISR )
3. MALZAHN Luise ( GER )
5. STEVENSON Karen ( NED )
5. BOEHM Alina ( GER )
7. POWELL Natalie ( GBR )
7. CAMARA Sama Hawa ( FRA )

-100 kg: Depois de Zagreb, Adamian vence em Paris

Asley Gonzales é um velho conhecido da cena internacional do judô. Medalha de prata olímpica em Londres em 2012 e campeã mundial em 2013 no Rio, o cubano mudou recentemente de nacionalidade para competir sob a bandeira romena. Quinto em Zagreb há algumas semanas, Gonzales subiu dois degraus desta vez ao chegar à final contra Arman Adamian (RUS), que em Zagreb liderou o pódio de medalhas.

O russo continuou a ser o homem mais forte do momento, derrotando o adversário romeno com uma excelente mudança de direção e um ippon claro.

Adamian disse: "Tive de vencer aqui porque é o torneio de maior prestígio do mundo. Todo judoca sonha em vencer aqui. Além disso, os Jogos Olímpicos serão realizados aqui em 3 anos, então este é o lugar para estar e vencer."

As duas medalhas de bronze foram para Simeon Catharina (NED) e Onise Saneblidze (GEO).


Resultados finais
1. ADAMIAN Arman ( RUS )
2. GONZALEZ Asley ( ROU )
3. SANEBLIDZE Onise ( GEO )
3. CATHARINA Simeon ( NED )
5. KUMRIC Zlatko ( CRO )
5. OLIVAR Cedric ( FRA )
7. DELVERT Clement ( FRA )
7. LIMA Lucas ( BRA )

+ 78kg: Hershko ultrapassa os franceses

Raz Hershko (ISR) teve uma grande atuação ao derrotar Lea Fontaine, muito mais alta e pesada que ela, na final do peso pesado feminino. Em uma partida realmente tática, Hershko seguiu o conselho de seu treinador e finalmente levou a medalha de ouro depois que Fontaine foi penalizado pela terceira vez.

O segundo motivo de Raz Hershko estar feliz era que todos os outros medalhistas eram franceses. Sob tal domínio de um país, os resultados do competidor israelense são ainda mais significativos.

Raz Hershko disse: “Ela era muito mais alta e pesada do que eu, mas você sabe que escolhi esta categoria sabendo que muitos judocas serão assim. Eu luto com minhas habilidades e nunca desisto. ”

Coralie Hayme (FRA), que conquistou o título mundial de juniores há uma semana em Olbia, Itália, desta vez subiu ao pódio com a medalha de bronze, enquanto a segunda medalha de bronze foi para Julia Tolofua (FRA).


Resultados finais
1. HERSHKO Raz ( ISR )
2. FONTAINE Lea ( FRA )
3. TOLOFUA Julia ( FRA )
5. M BAIRO Anne Fatoumata ( FRA )
7. KORO Essohanam Noeline ( TOG )
7. AMARSAIKHAN Adiyasuren ( MGL )
+ 100kg: Quase Maret, mas no final é Tasoev

O público francês esperava, até o último minuto do Grand Slam de Paris 2021, ganhar uma medalha de ouro. Com treze medalhas, o anfitrião do evento é o número um em termos de medalhas, mas no que diz respeito às medalhas de ouro, a França está apenas na 6ª posição, sem ouro.

Cyrille Maret, que estava voltando à competição depois de subir uma categoria para competir agora com os pesos pesados, marcou o primeiro waza-ari com um soberbo sutemi-waza, bastante incomum para pesos pesados, mas então Inal Tasoev (RUS), que ficou obivsouly surpreso já no primeiro ataque, começou a ligar a força e esse foi o fim do sonho de Maret de conquistar uma nova medalha de ouro em Paris.

O francês já ganhou três vezes aqui e no total tem seis medalhas parisienses. Portanto, este é o sétimo, um desempenho incrível, considerando todas as coisas. Tasoev ofereceu a terceira medalha de ouro do dia para a Rússia, que subiu para o segundo lugar no ranking geral de medalhas.

Cyrille Maret disse: "Para mim, Tasoev é um dos melhores judocas nesta categoria porque é forte, mas também muito habilidoso. Queria propor uma grande luta em sinal de respeito por ele. Consegui marcar e acho que foi um bom final. "

Joseph Terhec (FRA) conquistou sua primeira medalha de bronze em um grand slam, enquanto Jur Spijkers conquistou a segunda medalha de bronze da categoria.


Resultados finais
1. TASOEV Inal ( RUS )
2. MARET Cyrille ( FRA )
3. SPIJKERS Jur ( NED )
3. TERHEC Joseph ( FRA )
5. KOKAURI Ushangi ( AZE )
5. ODKHUU Tsetsentsengel ( MGL )
7. KONOVAL Christian ( EUA )
7. NDIAYE Mbagnick ( SEN )

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio


Ellen Santana fica em quinto lugar, melhor resultado do Brasil no Grand Slam de Paris


A peso Médio Ellen Santana foi a representante do Brasil nas disputas por medalhas do Grand Slam de Paris, neste domingo, 12, último dia de competição. Ellen encarou Hilde Jager, da Holanda, na luta pela medalha de bronze e sofreu um waza-ari que a deixou em quinto lugar. Esse foi o melhor resultado do Brasil na competição. O próximo compromisso do judô brasileiro no Circuito Mundial será o Grand Slam de Baku, no Azerbaijão de 05 a 07 de novembro. 

Ellen chegou à Paris como número 28 do mundo e já estreou direto nas quartas-de-final, onde bate Jemima Yeats-Brown, da Grã-Bretanha, por um waza-ari.  

Na semifinal, a brasileira não conseguiu passar pela japonesa Saki Niizoe que, com ippon, classificou-se para a final e mandou Ellen à disputa pelo bronze. No duelo pela medalha, ela econtrou dificuldades para encaixar sua melhor pegada e Jager conseguiu a projeção que valeu um waza-ari e o bronze. 

As etapas de Grand Slam têm grande peso no ranking mundial IJF, pois distribuem até mil pontos na classificação. A medalha de bronze vale 500 pontos, enquanto o 5º lugar vale 360. São pontos importantes para Ellen tentar melhorar seu ranking e entrar no Top 20.  

Ainda neste domingo, o meio-pesado Lucas Lima (100kg) ficou em sétimo lugar, anotando o melhor desempenho dos homens em Paris. Ele venceu Gonchigsuren Batkhuyag, da Mongólia, nas oitavas-de-final, por ippon. Em seguida, perdeu para o croata Zlatko Kumric, nas quartas, e para o francês Cedric Olivar, na repescagem, igualmente por ippon.  

Natasha Ferreira (48kg), Jéssica Pereira (57kg), Renan Torres (66kg), Willian Lima (66kg), David Lima (73kg), Guilherme Schimidt (81kg), Marcelo Gomes (90kg) e João Cesarino (+100kg) também representaram o Brasil no Grand Slam de Paris e não avançaram ao bloco final.  

Natasha chegou a vencer uma luta, nas oitavas, contra Katharina Tanzer, da Áustria, mas caiu nas oitavas para a vice-campeã mundial Koga Wakana, do Japão. Os demais atletas caíram na primeira luta na Arena Bercy. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Ribeira do Pombal: Judocas do Projeto Municipal Judô nas Escolas conquistam medalhas no Circuito Baiano


Nos dias 15 e 16 de outubro,  foi realizado a Super Etapa do Circuito Baiano na cidade de Simões Filho no Ginásio Municipal de Esporte, promovido pela Federação Baiana de Judô, onde, mais uma vez, deu um show de organização em todos os setores, além dos testes da Covid,  o evento foi transmitido ao vivo pela plataforma do youtube.

Judocas Pombalenses do Projeto Municipal Judô nas Escolas representaram a cidade de Ribeira do Pombal, que desde o ano de 2010, contam com o total apoio, não sendo diferente na atual gestão, onde vem realizando um belíssimo trabalho em prol destas crianças e adolescentes, através do trabalho incansável da Secretária de Educação Aline Silva e do Prefeito Ericksson Silva.

Abaixo, segue os resultados conquistados pelos os alunos, além do nosso representante no Cenário Nacional, o atleta Arthur Santos, que estará viajando no próximo dia 28, para participar dos Jogos Escolares Brasileiro, na Arena Olímpica na cidade do Rio de Janeiro.

• Isabella Andrade - Sub 13 -38kg: Vice-campeã 
• Wanny Mota - Sub 13 -47kg: Campeã 
• Wellica Mota - Sub 13 -52kg: Campeã 
• Arthur Santos - Sub 15 -55kg: Campeão 
• Laiane Neves - Sub 15 -52kg: Campeã 
• Thayná Santos  - Sênior  -48kg: Vice-campeã 
• Thayná Santos  - Sub 21 -48: Vice-campeã 
• Thayná Santos  - Dangai -48kg: 3° lugar 
• Maurício Chagas - Sub  18 -73kg: 3° lugar 
• Chayane Santos  - Sub 18 - 48kg: 3° lugar 

Agradecimentos a todos aqueles que apoiam e colaboram com os grandes resultados adquiridos através da prática deste esporte, sendo que um deles, é a busca constante no auxílio aos familiares em prol da formação do caráter de cada um dos integrantes neste
Projeto da Secretaria de Educação Municipal de Ribeira do Pombal.

Professores e monitores:
Vlademir Matos  - 6° Dan
Rhalf Matos - 3° Dan
Lúcio Monteiro  - 2° Dan
Luann Borges - 1° Dan
Sonival Celestino - 1° Dan
Sérgio Ricardo - 2° Dan
Igor Santos - 1° Kyu

Coordenação: Vlademir Borges Matos  6° DAN  - Kodansha 

Por: Judô pombalense - Ribeira do Pombal - Bahia

Tocantins: Fejet realizou Seminário de Arbitragem visando Tocantinense de Judô e Exame de Graduação Superior


A Federação de Judô do Estado do Tocantins (Fejet) realizou, neste sábado, 16, o Seminário Estadual de Arbitragem. A atividade visa formar novos árbitros e atualizar os veteranos para que todos atuem na 1ª Etapa do Campeonato Tocantinense de Judô da Temporada 2021, que acontece no sábado seguinte, 23. Outra finalidade do curso é instruir sobre as regras da modalidade aqueles que serão sujeitos ao Exame de Graduação Superior da entidade, previsto para 11 de dezembro.

O Seminário vai aconteceu na sede do Dojô Judô Nipo, localizado na Associação Cultural Nipo Brasileira do Tocantins, em Palmas. Das 8 horas às 11h30, participaram dos estudos teóricos os judocas que vão se habilitar ao quadro de árbitros da Fejet.

Já das 14 horas às 17h30, além da turma anterior, participaram da segunda fase dos estudos teóricos e da parte prática os árbitros da Federação e aqueles que vão participar da Graduação Superior. Em ambos os momentos foi permitida a participação, enquanto ouvintes, de atletas graduados da faixa laranja adiante que tiveram interesse em se inteirar sobre as regras de arbitragem.

O Seminário foi ministrado pelo coordenador de arbitragem da Fejet, o Kodansha de 6º Dan Luiz Sergio da Silva Papa. A atividade seguiu as medidas preventivas à pandemia, como o uso de máscaras, que foi obrigatório para todos os participantes.

Estadual de Judô

A 1ª Etapa do Campeonato Tocantinense de Judô acontece no dia 23 de outubro, também no Dojô Judô Nipo. A competição é organizada pelo vice-presidente e coordenador técnico da Fejet, o Kodansha de 6º Dan Celso Galdino de Araújo, que inseriu na rotina da disputa o escalonamento de horários das lutas, visando, com isto, evitar que todos os atletas estejam no mesmo ambiente ao mesmo tempo, o que iria de encontro à prevenção à covid-19.

As inscrições podem ser realizadas por meio da plataforma virtual da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Zempo, até as 23h59 do dia 20. Já a pesagem oficial dos atletas acontece no dia 22, das 18h30 às 19 horas; antes, porém, das 18 às 18h30, a balança estará livre para os competidores conferirem os pesos.

A pesagem vai ocorrer no Dojô Judô Nipo e no Colégio Esportivo Militar do Corpo de Bombeiros (Cemil), localizado na APM 11, Rua João Pires Querido Filho, no setor Lago Sul, também em Palmas. Para os competidores de fora da Capital, será permitida a pesagem oficial no local da competição, das 11 horas às 11h30. 

Por: Marcus Mesquita, coordenador de Comunicação da Fejet / Foto: Celso Galdino

Bahia: Medalhas para os judocas coiteenses na Super Etapa e Campeonato Baiano


Sábado, 09 de outubro, na cidade de Simões Filho, foi realizado no Ginásio Municipal de Esporte, a Super Etapa e o Campeonato Baiano de Judô, este evento foi promovido pela Federação Baiana de Judô, que foi transmitido pela plataforma do youtube ao vivo. 

Os judocas coiteenses estiveram representando Conceição do Coité e obtiveram os seguintes resultados:

Vitor Mascarenhas: Vice-campeão sênior e terceiro no Baiano Dangai
Sâmela Simões: Terceira no Iniciante
Sara Oliveira: Vice-campeã sub 18 e campeã no sub 21
Luiz Boaventura: Campeão sub 18
Rafael: Terceiro sub no 18 e terceiro no Dangai

O Sensei Vladson Matos, kodansha, parabeniza todos os alunos e aproveita para agradecer a Prefeitura Municipal de Coité que cedeu o transporte, ao amigo e ex aluno Lucas Mota que patrocina uma Atleta e ao Boletim Osotogari por sempre divulgar este brilhante Arte Marcial que é o Judô.

Por: Judô coiteense - Conceição do Coité -Bahia

Araras: Sucesso total na campanha Brincar É Para Todos!


Segunda-feira (11), os professores da Associação Marcos Mercadante de Judô, realizaram a entrega dos brinquedos da campanha "Brincar é Para Todos", onde foram mais de 100 brinquedos arrecadados.

A distribuição foi realizada nesta terça-feira (12), onde muitas crianças e famílias ficaram felizes com a entrega. A responsável pela distribuição foi a Srta. Suyane dos Santos, juntamente com outras moradoras e voluntárias.

Os brinquedos arrecadados na Academia Mercadante, em parceria com os projetos sociais esportivos da Associação Mercadante, foram entregues para moradores do Conjunto Habitacional “Arnaldo Mazon”, localizado na zona sul de Araras.

"Em nome de toda a família Mercadante, agradeço a todos os doadores pela ação solidária, com certeza fizemos vários baixinhos e baixinhas mais felizes no Dia das Crianças, eles que são o futuro da nossa geração", disse o sensei kodansha Marcos Mercadante.

Por: Associação Mercadante de Araras


sábado, 16 de outubro de 2021

Grand Slam de Paris: Resultados do primeiro dia


Há meses que esperávamos pelo retorno do judô a Paris por ocasião do Grand Slam de Paris. Infelizmente, por muito tempo, a pandemia global privou o público francês e internacional deste grande evento esportivo. Desde este sábado, dia 16 de outubro, todos os fãs de judô estão tranquilos. O judô está de volta, assim como o público francês, que veio em grande número para testemunhar as façanhas do judoca francês e internacional.

Durante a cerimônia de abertura que ocorreu pouco antes do bloco final, o presidente Vizer sublinhou o trabalho de todos os atores que durante anos fizeram um grande sucesso do Tournoi de Paris, que se tornou um grand slam e mantém sua popularidade, "Secretário-Geral Jean-Luc Rougé, União Europeia de Judô e Sergey Soloveychik, à mídia e parceiros e, claro, a todos os campeões e heróis que construíram a história deste evento por 50 anos, todos estão de parabéns. Parabéns à Federação Francesa, que em um período difícil para todos, assumiu o desafio de organizar o Grand Slam. É um grande sinal para toda a família do judô que proporciona entusiasmo e traz esperança. Hajime! ”

O Presidente do Judô da França, Stéphane Nomis, falou emocionado: "A todos os amantes do judô, a todos os voluntários, quero dizer como estou profundamente comovido. Obrigado a todos os nossos campeões que brilharam neste verão no Japão. Vocês enviaram uma mensagem de esperança para o público e para os membros da Federação. Durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio, brilhamos juntos. Nossa Federação está a serviço dos membros porque o judô é para você. Estamos vendo o desabrochar do Paris 2024 geração e prometo a vocês que os Jogos de Paris serão enormes! "

Poucos minutos antes do início das primeiras partidas do bloco final, o público festejou seus campeões favoritos. A primeira a subir no tatame sob a ovação do público foi Lucie Decosse, recordista de vitórias no grand slam em Paris, com 7 medalhas de ouro, hoje técnica nacional da seleção francesa.


Lucie Decosse

Ela foi seguida pelo grande Teddy Riner, que como um showman perfeito, elevou a temperatura na Accor Arena. Para alegria do público anunciou que queria voltar aqui para pelo menos igualar o número de vitórias de Lucie. Ele também especificou que idealmente faria tudo para estar novamente presente com a seleção francesa durante os Jogos de 2024.

Teddy Riner

Foi então a bicampeã olímpica Clarisse Agbegnenou que avançou até o centro do tatame. Num gesto perfeito para ilustrar o espírito do judô, ela foi acompanhada por Tina Trstenjak (SLO). Os dois campeões olímpicos competem há anos em todo o mundo, compartilhando os títulos das duas últimas Olimpíadas: Rio e Tóquio. Eles são os melhores amigos do mundo e demonstraram isso perfeitamente. Finalmente, Céline Lebrun também foi homenageada por suas seis vitórias em Paris. 

Clarisse Agbegnenou e Tina Trstenjak

Clarisse então permaneceu no tatame para entregar diplomas e cintos de alto nível aos judocas franceses que dedicaram suas vidas ao desenvolvimento do judô na França. 

-48 kg: Japão domina, França marca pontos

A categoria foi amplamente dominada por atletas franceses, já que apenas Mélanie Vieu foi bloqueada nas rodadas preliminares, enquanto as outras três subiram ao pódio. O dia teria sido perfeito se a judoca japonesa Wakana Koga não tivesse escorregado no meio para arrebatar o título da França. Esta última rapidamente impôs seu poder contra Mélanie Legoux Clément e a imobilizou para fazer o hino japonês ressoar na Accor Arena.

As duas medalhas de bronze foram para Shirine Boukli em seu retorno às competições, após sua derrota nas primeiras rodadas dos Jogos de Tóquio, e para Blandine Pont, vencedor do Grande Prêmio de Zagreb há algumas semanas.

Wakana Koga declarou: "As pessoas aqui são incríveis. Adoro a atmosfera. Aproveitei muito o dia de hoje."

Após a entrega da medalha de -48kg, o presidente Marius Vizer subiu ao palco para entregar a estátua de Jigoro Kano desenhada pela empresa Herend Porcelain, a Kate Howey, campeã mundial e dupla medalhista olímpica, que neste final de semana se aposenta como Treinadora Nacional Britânica.


Resultados finais
1. KOGA Wakana ( JPN )
2. LEGOUX CLEMENT Melanie ( FRA )
3. PONT Blandine ( FRA )
3. BOUKLI Shirine ( FRA )
5. COSTA Catarina ( POR )
5. NIKOLIC Milica ( SRB )
7. STOJADINOV Andrea ( SRB )
7. SCUTTO Assunta ( ITA )

Kate Howey recebe o Jigoro Kano desenhado pela empresa Herend Porcelain, apresentado pelo Presidente da IJF, Marius Vizer

-60 kg: O estranho Aghayev perturba o melhor

Entre as cabeças-de-chave da categoria, apenas Ramazan Abdulaev conseguiu chegar à final, mas o judoca russo foi derrotado pelo forasteiro Balabay Aghayev, do Azerbaijão, que se revelou de longe o mais forte. É interessante destacar o desempenho de Romain Valadier Picard, que na semana passada conquistou a medalha de bronze no Mundial de Juniores de Olbia, na Itália, e que novamente subiu ao pódio após um ótimo dia em Paris.

Uma primeira medalha nesse nível, ainda júnior, é um bom sinal para Valadier Picard e para a seleção francesa. A segunda medalha de bronze foi para Genki Koga, filho do lendário judoca Toshihiko Koga.

Balabay Aghayev disse: " Não preparámos uma estratégia especial antes da final. O plano era apenas atacar. Funcionou, por isso estávamos certos " .


Resultados finais
1. AGHAYEV Balabay ( AZE )
2. ABDULAEV Ramazan ( RUS )
3. ENKHTAIVAN Ariunbold ( MGL )
3. VALADIER PICARD Romain ( FRA )
5. KOGA Genki ( JPN )
5. ENKHTAIVAN Sumiyabazar ( MGL )
7. VERGNES Richard ( FRA )
7. MERLIN Máximo ( FRA )

-52kg: Gefen Primo confirma seu potencial

As irmãs Primo (ISR) são pepitas que, embora ainda precisem de ser lapidadas para dar todo o seu brilho, já estão entre as melhores do mundo. Na semana passada, a irmã mais nova, Kerem, ganhou a medalha de prata no Campeonato Mundial de Juniores. Hoje Gefen confirmou que será uma das líderes da categoria nos próximos anos. Já uma medalhista mundial de bronze, ela é agora uma vencedora do Grand Slam de Paris. Ela derrotou Astride Gneto na final após um longo período de gols de ouro, com um contra-ataque oportunista.

As duas medalhas de bronze foram para Khorloodoi Bishrelt (MGL) e Mascha Ballhaus (GER).


Resultados finais
1. PRIMO Gefen ( ISR )
2. GNETO Astride ( FRA )
3. BALLHAUS Mascha ( GER )
3. BISHRELT Khorloodoi ( MGL )
5. KUZNETSOVA Alesya ( RUS )
5. DEVICTOR Chloe ( FRA )
7. POLIKARPOVA Anastasia ( RUS )
7. DEGUCHI Kelly ( CAN )

-66 kg: Japão e França mais uma vez

Com peso de -66kg, a categoria foi mais uma vez dominada por dois países: Japão e França. Ryoma Tanaka e Taikoh Fujisaka disputaram o ouro na final. Depois de uma luta muito disputada, Ryoma Tanaka, membro da Universidade de Tsukuba, fez uma jogada de estilo puramente japonês com utsuri-goshi, para vencer com um ippon espetacular.

Orlando Cazorla (FRA) produziu um massivo o-goshi contra o mongol Narmandakh Bayanmunkh para ganhar o bronze, enquanto Walide Khyar completou o pódio para a seleção francesa depois de levar Denis Vieru (MDL) ao limite em um longo e estressante placar de ouro. O competidor moldavo foi desclassificado depois de mergulhar de cabeça, uma lição a aprender para o futuro. As regras são realmente rígidas quando se trata de mergulhar na cabeça; é tudo uma questão de segurança.


Resultados finais
1. TANAKA Ryoma ( JPN )
2. FUJISAKA Taikoh ( JPN )
3. CAZORLA Orlando ( FRA )
3. KHYAR Walide ( FRA )
5. BATTOGTOKH Erkhembayar ( MGL )
5. VIERU Denis ( MDA )
7. NIETO CHINARRO Adrian ( ESP )
7. BAYANMUNKH Narmandakh ( MGL )

-57 kg: Funakubo Ganha Terceira Medalha de Ouro para o Japão

Haruka Funakubo demonstrou mais uma vez as habilidades dos atletas japoneses, principalmente das mulheres, no chão. Todo mundo sabe que entrar em ne-waza com concorrentes japoneses é sempre arriscado. Na final, Funakubo concluiu rapidamente no chão contra Caroline Fritze (GER), conquistando sua primeira medalha de ouro neste nível.

Eteri Liparteliani (GEO) confirmou que será uma das fortes competidoras da categoria nos próximos anos. Após derrota para a judoca francesa Faiza Mokdar, ela conseguiu se concentrar novamente para buscar o bronze, enquanto as francesas perderam do outro lado do empate. A segunda medalha de bronze foi conquistada por outro estreante neste nível, com Mina Libeer, da Bélgica.

O nível desta edição do Grand Slam de Paris pode não ser tão alto quanto pode ser quando estamos no meio da qualificação olímpica, mas continua muito interessante. Em primeiro lugar, competir em Paris é sempre complicado e ganhar uma medalha aqui continua a ser um bom desempenho, mas também estamos descobrindo muitos novos nomes neste fim de semana na capital francesa. Em breve, esses novos nomes farão parte do Circuito Mundial de Judô. Portanto, devemos nos lembrar de Funakubo, Fritze, Liparteliani e Libeer.


Resultados finais
1. FUNAKUBO Haruka ( JPN )
2. FRITZE Caroline ( GER )
3. LIPARTELIANI Eteri ( GEO )
3. LIBEER Mina ( BEL )
5. KAJZER Kaja ( SLO )
5. MOKDAR Faiza ( FRA )
7. FAWAZ Martha ( FRA )
7. GNETO Priscilla ( FRA )

-73: g: Quarta medalha de ouro para o Japão

Desde a manhã, Theo Riquin ofereceu muita esperança ao público francês, adicionando uma exibição após a outra, principalmente contra o russo Iartcev e o Tadjik Makhmadbekov. Ele poderia atingir o mesmo nível que o japonês Kenshi Harada?

Todos acreditaram nessa possibilidade durante o tempo normal da final e durante a maior parte do período de pontuação de ouro, até que Harada encontrou a oportunidade, novamente no chão, de executar um lançamento de perna deslumbrante, para então imobilizar com kata-gatame, trazendo-lhe o título.

As duas medalhas de bronze foram para o ex-campeão europeu Hidayat Heydarov (AZE) após uma obra-prima de kata-guruma para o ippon e para Alexandru Raicu (ROU).


Resultados finais
1. HARADA Kenshi ( JPN )
2. RIQUIN Theo ( FRA )
3. HEYDAROV Hidayat ( AZE )
3. RAICU Alexandru ( ROU )
5. CHAINE Guillaume ( FRA )
5. MAKHMADBEKOV Somon ( TJK )
7. IARTCEV Denis ( RUS )
7. PROKOPCHUK Evgenii ( RUS )

-63 kg: Timo conclui o dia 1 com ouro

A última categoria do dia foi vencida por Bárbara Timo para Portugal, resultado que, se esperado no início do dia, não era óbvio, já que a judoca portuguesa não estava entre as favoritas ao título. Há dias como este, porém, em que tudo funciona. É preciso dizer que Timo não é estranha a este nível, já que foi medalhista mundial de prata em 2019 e terceira no Europeu, mas foi na categoria de peso superior. Agora com -63kg, já é um grande título, o que é um bom presságio para o seu futuro. A medalha de prata foi para Lucy Renshall (GBR).

Manon Deketer (FRA) leva o nono lugar do pódio do dia para o país anfitrião, desta vez com o bronze, enquanto Angelika Szymanska (POL) leva a segunda medalha de bronze.


Resultados finais
1. TIMO Barbara ( POR )
2. RENSHALL Lucy ( GBR )
3. DEKETER Manon ( FRA )
3. SZYMANSKA Angelika ( POL )
5. COBAN Safo ( GER )
5. VALKOVA Ekaterina ( RUS )
7. CABANA PEREZ Cristina ( ESP )
7. ZACHOVA Renata ( CZE )

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

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