quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Academia de Judô Leal, com o apoio da Fejama, promove treino aberto em campanha ao combate do câncer de mama


O Outubro Rosa é conhecido mundialmente como o dia de conscientização e prevenção ao câncer de mama, e a Academia de Judô Leal, com o apoio da Federação de Judô do Amazonas, irá promover um treino aberto para incentivar a adesão feminina à campanha. A iniciativa, que será realizada no dia 23 de outubro, visa debater, em um treino exclusivo para mulheres praticantes de lutas, a importância da prevenção e do autocuidado.

A ação será realizada pelas professoras Liegem Leal, judoca faixa preta 1º dan da Academia de Judô Leal, e Waleska Castro, uma das líderes da academia de Jiu-jitsu GF Team Norte Fight, que comandarão o treino aberto voltado para as mulheres que praticam Judô e Jiu-jitsu em Manaus.

“A idealização do projeto surgiu durante uma reunião da FEJAMA, onde foi sugerida a realização de um treino exclusivo para as judocas, de forma a fortalecer o Judô no Amazonas, onde o público feminino é pouco presente. Nessa campanha em combate ao câncer buscamos mostrar que nós mulheres somos guerreiras e não devemos nos deixar nos abater” explicou Liegem Leal, uma das responsáveis pela ação.

"A importância todos sabem, precisamos conscientizar nosso público, as judocas, as mulheres, de que a prevenção é o melhor caminho. E estamos querendo unir o jiu-jitsu, a luta livre e outras artes marciais para realizar o evento, juntamente com a Academia de Judô Leal, que são os responsáveis pelo evento, e nós estamos dando o suporte", ressaltou David Souza de Azevedo, presidente da FEJAMA.

Além do treino aberto, o evento contará ainda com uma palestra da psicóloga Conceição Felix, membro do Lar das Marias, uma instituição sem fins lucrativos que abriga mulheres que estão em tratamento contra o câncer.

“Tive a ideia de convidar o Lar das Marias, e, por meio deles, teremos uma palestra de vivência e experiência na luta contra o câncer de mama, pois sabemos que essas mulheres são verdadeiras guerreiras”, complementou a professora da Academia de Judô Leal.

O treino e a palestras serão gratuitos e realizados no dia 23 de outubro, a partir das 18h30, no endereço Rua Almirante Maximiano, 28, no bairro de Dom Pedro, Manaus.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Sumaré: Sementes do Futuro lança quarto vídeo da série de protocolos para crianças

Neste quarto episódio da série de Protocolos Sementes, teremos a presença do atleta da Associação Sementes do Futuro do Judô, Lucas Grattão da Silva, o atleta irá falar da maneira correta de ir para os treinos de Judô, o qual poucos tem ciência da suma importância contra a luta do COVID – 19.

Sabemos que todas as partes que iremos apresentar nestes episódios e de suma importância, mais temos que lembra que estaremos indo para o Dojo, onde teremos vários amigos de treino, e um bom protocolo a ser seguindo corretamente poderá trazer vários benefícios para todos, e inclusive para nossa família.

Sabemos que um judogui limpo, faixa limpa, já e um protocolo da nossa arte marcial, mais com a chegado do COVID – 19, agora e um obrigatoriedade.

Muitos ainda hoje esquecem e vão para os treinos de chinelo, e o correto e ir de tênis, pois o mesmo ajuda a proteger nossos pés.

Levar seu equipamento do treino e muito importante par um bom andamento da aula, além disto, deve levar o chinelo em um saco fechado, para quando chegar no treino, fazer a higienização dos pés com álcool 70% e depois entrar no tatame.

Além disto, temos outras ações que serão incorporadas junto a comissão do COVID – 19, o grande lançamento do nosso protocolo oficial.

Sei que o trabalho e árduo, mais com muita consciência e muito aprendizado, estamos transmitindo um pouco da consciência das nossas crianças aos adultos.

Não importa idade, mais sim a maneira que nossos pequenos atletas estão querendo contribuir com as artes marciais, palavras do coordenador Técnico José Carlos Prudencio Junior.

A diretoria da Associação Sementes do Futuro do Judô agradece mais uma vez pela motivação, determinação e dedicação a qual os pais, parentes, amigos estão junto na luta contra o COVID - 19.

Por: Associação Sementes do Futuro - Sumaré


23 de outubro tem live sobre um dos pilares do ICI com Renato Fiori

 

Obstáculos existem para deixar a vida mais emocionante. Não há adversário forte demais. Não há treino pesado demais. Sempre é possível mais: lutar mais, ganhar mais e, principalmente, se esforçar no limite. Muito além do limite.

Neste livro, o jornalista Sérgio Xavier Filho narra a trajetória de três judocas incansáveis, Rodrigo Motta, Bahjet Hayek e Cristian Cezário, que se uniram para formar o ICI (Instituto Camaradas Incansáveis).

Para promover está incrível obra, ícones do ICI terão conversas com um dos administradores do ICI. Cada conversa será sobre um pilar Incansável: ser evolutivo, longevidade saudável, mente de campeão, ninguém põe a mão no meu kimono e nós por nós.

Dia 23 de outubro, a conversa será com o Fisioterapeuta e Faixa Preta Incansável Renato Fiori.


Lançamento Oficial

O lançamento oficial do livro será através de uma Live e será no dia 26 de outubro, no Instagram @rodrigo.guimaraesmotta, às 18h.

Pré venda:
Editora Contexto. Vendas: nas melhores livrarias, com a própria editora e no ICI.

R$ 50,00 mais o frete;

Fale com o Motta: contato@icijudo.com.br ou rodrigo-motta@uol.com.br

O ICI faz parte da equipe de sponsosrs do boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI







quarta-feira, 21 de outubro de 2020

FIJ: André Mariano dos Santos - “Sem Jita Kyoei não temos judô”


Ele é 'Mariano' para os amigos e colegas, 49 anos e incapaz de viver uma vida sem judô, não importa o que o Covid diga.

Mariano é um árbitro 'A' da IJF. Muitos não se lembram de seu rosto, eles não conseguem identificá-lo. Mariano? Mariano? Hmm. Sim, agora você me mostrou a foto dele, eu me lembro. Sua habilidade de desaparecer de vista no IJF World Judo Tour é parte do que o torna um árbitro no topo de seu jogo. Ele realmente é de classe mundial e com movimentos quase baléticos ao redor do tatame, ele faz tudo o que pode para manter o judoca seguro, de forma justa e ininterrupta.

Ele é de Brasília, capital do Brasil, onde mora com a esposa e a filha de quatorze anos e seus dois adorados cachorros. Mariano tem 6º dan e admite ser viciado em judô. 

“Durante a pandemia não parei com o judô, porque temos um projeto público para o judô continuar, só tínhamos que fazer diferente. Eu também continuo minha própria prática com kata e nage-komi. Apenas um parceiro de treino, de segunda a sexta-feira todas as semanas e treinamos uma ou duas vezes por dia. O Samuel Souza é um dos meus alunos e por isso eu o treino e também treino com ele. Alguns dos lances não são fáceis com a nossa diferença de constituição, mas treinamos tanto juntos que só podemos melhorar. ”

Para Mariano essa rotina de treino diário não é apenas ficar em forma ou treinar um pouco, é muito, muito mais profunda do que isso; um modo de vida.

“Todo mês aqui há uma competição e nos intervalos do shiai, para fins de limpeza e organização, eu apresento o nage-no-kata, todo mês. É muito importante, a essência do judô, para mim. Katame-no-kata também é ótimo para treinar, mas o nage-waza é a essência. ”

Mariano mantém seu conhecimento e prática do judô afiados, mas também abraça as filosofias e o estilo de vida mais amplo que o judô incentiva.

“Este ano vou fazer um homem meio ferro. Já fiz 4 cirurgias no joelho no passado, então o treinamento tem que ser muito estratégico, para evitar novas lesões. No domingo de manhã, depois do meu teste de Covid para viajar para Budapeste, treinei uma meia maratona e estava ansioso por isso, é um excelente treinamento para mim. Aqui em Brasília está muito calor, 34 graus, até às 16h. Eu geralmente pratico a meia maratona em cerca de 3-3,5 horas, mas às 5 da manhã para evitar o calor mais forte. "

“Sou professor de judô e trabalho no governo para a secretaria estadual de educação. O judô é gratuito aqui para os jovens, pago pelo governo. Comecei na escola com 5 anos e ainda sou lá agora, mas como professora. 17 anos atrás comecei a trabalhar só no judô, para o governo, nesta escola. É um grande projeto. Ainda tenho muitas lembranças maravilhosas de ensinar futebol e natação. Na verdade, sou uma educadora física professor."

A paixão de Mariano pela saúde e pelo judô transparece em cada palavra de sua entrevista: “O vocabulário de movimento do corpo é muito importante para todos nós. Alguns professores de judô de alto nível ainda acham que o judoca só deve estudar judô, mas precisamos ensinar ao nosso corpo todos os movimentos e coordenação que podemos. A preparação física em um contexto amplo é a forma como podemos ter sucesso através de lesões e adversidades de todos os tipos. Tenho que ser honesto com os atletas, treinadores, comigo mesmo e principalmente com o judô. É importante para mim continuar trabalhando em alto nível no meu próprio treinamento para que eu possa sentir e ver o que realmente está acontecendo no tatame à minha frente. É muito importante reunir todo o judô e entender o esporte completamente. Ser honesto não significa apenas não contar mentiras,

Eu ainda competir; até agora ganhei 3 vezes o Campeonato Veterano do Brasil. Continuar a treinar é vital e também continuar a nos desafiar. ”

A energia de Mariano leva-o a todas as situações com foco e alegria, por vezes colocando-se em posições aparentemente pouco invejáveis.

“No primeiro Seminário de Arbitragem da IJF Academy, em 2018, concluí meus exames de nage-waza e katame-waza e me senti bem. Então me tornei uke por 7 amigos ... 7 !! Eles sabem que estou preparado e fisicamente preparado e, claro, estou feliz em participar. Sem jita kyoei não temos judô, mas também é necessário para toda a vida.

No meu exame, monitorado pelo grande campeão olímpico Mark Huizinga (NED), para o katame-waza acertei 9,5 pontos em 10. Perguntei onde deveria melhorar para chegar aos dez grandes. Ele e eu sorrimos quando ele respondeu que 10 está reservado para Jigoro Kano. Isso realmente me fez rir, mas eu gostei muito.

Mark então me usou como uke para algumas demonstrações. Lembro-me de sentir o trovão do yoko gake como uma técnica estática, uma técnica de movimento e também no kata. Seu nage-waza tem tanto poder que fez o sangue parar na minha garganta. Que experiência ótima, eu nunca vou esquecer. No final do seminário, senti como se meu corpo tivesse passado por uma verdadeira provação, mas fiquei muito feliz por ter desempenhado um papel tão importante em cada elemento educacional. ”

Covid forçou muitas mudanças para todos nós. Como isso afeta alguém com uma visão tão positiva quanto Mariano? 

“No início da pandemia eu estava com medo. Não estou velho nem doente, mas tenho que levar em consideração minha família e o que pode acontecer com todos nós, aqui e globalmente. Na verdade, eu como boa comida e treino. Faço questão de dormir bem todos os dias e manter minha saúde, mas sabe, eu vejo a situação de forma ampla e por isso fiquei em casa os dois primeiros meses, só comprando comida lá fora, nada mais. Cumpri estritamente as normas sanitárias brasileiras, embora para todos os judocas essa parte não deva ser difícil. Temos disciplina. ”

A situação da Covid se desenrolou tão rápido e a tais extremos, que pegou muitos de nós de surpresa, tendo que recuperar o atraso e se adaptar rapidamente para estar no topo de nossas vidas. 

“Minha última arbitragem no World Judo Tour foi em Düsseldorf, no Grand Slam. Depois da Alemanha e um curto período em casa, cheguei a Paris para minha conexão com Ekaterinburg, pronto para uma grande experiência na Rússia, mas naquele curto período de transferência, em Paris, verifiquei meu telefone e não conseguia acreditar; o Grand Slam de Ekaterinburg foi cancelado! Esperei um pouco em Paris, recebi uma nova passagem e me virei, direto de volta para casa. Sem problemas, sem problemas, apenas aprendendo imediatamente sobre algumas das ramificações da presença desse vírus.

Agora estou 7 meses em casa com minha família. Esta é uma situação espetacular. Percebi rapidamente que esta era uma oportunidade de passar alguns momentos únicos com eles. Meu coração sente como este momento é especial, apesar de toda a agitação e, para alguns, da tristeza. Tem que haver pontos positivos e eu sempre os encontrarei. Mas agora é hora de trabalhar novamente para o judô internacional. Devemos trabalhar e continuar ”.

Mariano está feliz por ter podido estar em contato com o judô ao longo de 2020, desde sua própria formação, dentro e fora do tatame, até ministrar cursos, estudar via webinars e assistir a horas e horas de material de vídeo associado à arbitragem. 

“Tenho ajudado com algumas aulas para cursos e exames de faixa preta. Durante este período, temos ensinado via Zoom, mas recentemente recebemos permissão especial do governo para ensinar cara a cara, com máscaras e todos os outros protocolos Covid em vigor. Tenho que ajudar a preparar os professores do curso, assim como os alunos, já que muitos não conseguiram praticar tanto nos últimos meses. Para entender verdadeiramente o nage no kata, você deve praticá-lo, então tenho que trabalhar com os professores para garantir que sua prática e compreensão estejam no nível certo. 

Com treinos, revisando minhas anotações de seminários, assistindo a vídeos e muitas outras atividades de judô, eu realmente me sinto integrado com as competições quando estou arbitrando. Não tenho dúvidas de que este também será o caso em Budapeste, como é normal. Pra mim é maravilhoso, sempre uma experiência fantástica. Posso sentir quando os atletas estão competindo, o momento de seus estágios de transição, o momento apropriado para chamar de 'matte'; Eu realmente sinto o momento certo.

Embora eu não tenha conseguido trabalhar na escola e não tenha arbitrado por algum tempo, continuo a estudar. O PJC organizou webinars semanais e o Sr. Minakawa, o Diretor de Árbitros do Brasil, conseguiu nos manter envolvidos desta forma. Na maioria dos eventos fui participante, mas em alguns também fui co-professor. Também gostei de programas do IBAS; eles também têm muito a nos ensinar. Todos os webinars foram originalmente ministrados em espanhol, mas depois de algumas semanas, para facilitar a inclusão dos países da América do Norte, houve uma entrega em dois idiomas: espanhol e inglês. Cobrimos tantos elementos da arbitragem, usando muito material do Seminário de Arbitragem e Coaching da IJF realizado em Doha em janeiro, dos Seminários da Academia de 2018 e de especialistas. Tem sido um ótimo programa.

Também pratico caminhada e triangulação no tatame, onde treino com Samuel. Imagino situações reais e assisto a vídeos. Eu penso muito sobre a justiça das disputas, penalidades e pontuações. Penso em alguns dos momentos específicos que talvez não sejam totalmente abrangidos por todas as regras. Eu não posso me permitir esquecer. Uma semana sem foco pode ser suficiente para esquecer algo. Eu uso técnicas de visualização, assim como o judoca visualiza suas situações com os oponentes. É uma ferramenta útil.

Não é fácil ser árbitro da IJF, temos uma responsabilidade enorme. A primeira luta por um árbitro é tão importante quanto a primeira para qualquer judoca. Também temos que sentir a arena, ocupar o espaço correto e acalmar os nervos. Não importa se é Maryama v. Abe ou qualquer outra pessoa, o foco deve ser o mesmo. Temos o dever de colocar as pessoas certas no bloco final e se eu quiser ir para o bloco final, devo estar no meu melhor também.

Sabendo que estou pronto, que me preparei de forma consistente, o aviso ao árbitro na Hungria neste fim de semana foi um momento muito bem-vindo. Quando chegou, disse a mim mesmo que não acredito, depois de tanto tempo. Parecia um pouco como um sonho. Eu apenas disse 'obrigado' em minha mente.

No ano passado, sofri um acidente de moto em alta velocidade e me disseram que precisaria de no mínimo 3 meses para me recuperar. Depois de 40 dias estava trabalhando em Zagreb, no Grande Prêmio. Não pude ficar 3 meses longe dos torneios de judô, era impossível para mim. Então, com muito trabalho e cuidado, empurrei Zagreb e o judô me ajudou a chegar lá, mas aqui estamos nós, sem nenhum acidente de moto, mas mais do que o dobro do tempo longe das arenas. Teria sido impensável se alguém tivesse sugerido isso para mim antes de Covid chegar. "

“Por isso, confirmei para mim mesmo, mais uma vez, que minha missão no judô pode continuar. Trabalhar com árbitros e professores de judô é uma missão e uma paixão. Não é apenas um trabalho”.

Mariano está no ar neste momento, tendo voado de Brasília para São Paulo ontem à noite. Ele está agora em algum lugar entre São Paulo e Amsterdã, com um último vôo curto para conectá-lo a Budapeste esta noite.

“Voos longos são normais. Sem problemas! Este será muito especial. Sou uma mistura de todas as emoções, mas na verdade não estou nervosa. Tive uma boa preparação, por isso estou confiante. Isso me ajuda muito.

Vou ouvir 'vá para a borda e vá para o tapete' e direi algumas coisas calmantes para mim mesmo e apenas vou. Eu tenho um ritual. Eu acordo e me exercito e depois café da manhã. Depois, algum tempo para pensar em silêncio. Eu carrego comigo um pouco do espírito de meu pai, meu primeiro sensei e meus alunos. Ser grato por esta vida honrosa é uma obrigação. Chego a cada momento com o coração aberto, porque confio em nossa comunidade e no verdadeiro significado do jita kyoei.

Por: Jo Crowley - Federação Internacional de Judô

#Tenorio50: seis medalhas seguidas criam o mito do judô paralímpico


"O cara se transforma. Ele é a Ferrari das Paralimpíadas." A frase é de Jucinei Costa, ex-treinador da Seleção Brasileira de judô paralímpico e, de certa forma, resume a carreira de Antônio Tenório. Não que faltem outros títulos ao atleta campeão mundial em 2006, brasileiro mais de duas dezenas de vezes e medalhista em quatro edições de Parapan-Americanos. Mas foi a trajetória em Jogos Paralímpicos que, de fato, o transformou em lenda.

Logo após o primeiro ouro, em Atlanta 1996, Tenório repetiria o feito em três edições seguidas: Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008. Detalhe: as quatro medalhas douradas se deram em três categorias diferentes. Em 1996, ele lutava no peso até 86 kg. Quatro anos depois, pulou para os médios (até 90 kg). Nos ciclos grego e chinês, já estava entre os meio-pesados (até 100 kg), o que demonstra a capacidade de se reinventar física e tecnicamente de acordo com o passar do tempo e sua mudança corporal.

"Ele sempre foi muito profissional. Sempre entendeu que, para receber algum investimento, precisaria seguir tudo à risca. Não faltava a treino, não ia para noitada, fazia parte física, fazia parte técnica. Ele entendeu que, mesmo cego, poderia ser como qualquer outro atleta de Seleção Brasileira", explica Jucinei, que o acompanhou nos ciclos de Atenas e Pequim.

Tenório precisou acompanhar também a evolução do judô e das Paralimpíadas, que cresceram em importância e tamanho. "Atenas foi um divisor de águas", opina o ex-treinador, referindo-se ao fato de ter sido a primeira edição na qual Olimpíada e Paralimpíada estiveram sob a batuta do mesmo Comitê Organizador Local. "Com essa junção, a Paralimpíada cresceu muito. Os comitês nacionais de todos os países viram que o movimento iria crescer, então, o investimento começou a acontecer de forma global. Manter o Tenório campeão era um desafio porque subiu bastante o sarrafo, surgiram vários atletas."

O sensei se recorda de outro fato marcante na campanha em Atenas: "Tinha um adversário muito forte que ele não havia vencido, um argelino. Era um atleta que gerava questionamentos sobre a classificação oftalmológica. Estudamos vídeos, procuramos atletas com as mesmas características para usar nos treinos. Mas aí, durante a avaliação, esse argelino foi desclassificado. Confesso que trouxe um certo alívio. Mas judô não dá para dormir, não pode entrar achando que já venceu". Os quatro combates vencidos, incluindo a final contra o chinês Run Ming Men, mostraram que clima de já ganhou não era coisa do agora tricampeão paralímpico.

Quatro anos depois, em Pequim, a "Ferrari" seguiria fazendo os rivais comerem poeira: em sua chave, passou pelo ucraniano Mykola Lyivytskyi, o norte-americano Myles Porter e o iraniano Hamzeh Nadri. Na decisão, superou Karim Sardarov, do Azerbaijão, e colocou o quarto ouro ao redor do pescoço. A trajetória desta conquista, por sinal, você poderá acompanhar neste sábado, às 16h, na página do Facebook da CBDV, que exibirá na íntegra o filme "B1 - Tenório em Pequim".

Resiliência para se manter no pódio

A partir do ciclo de Londres 2012, a comissão técnica da Seleção mudou. Entraram Alexandre Garcia e Jaime Bragança. A missão não era simples. Nos Jogos londrinos, Tenório estaria com 41 anos e enfrentaria oponentes bem mais novos. "O grande desafio era mantê-lo em alto rendimento", relata Garcia.

Na estreia, o brasileiro derrubou o tailandês Sahas Srijarung com um ippon. A primeira derrota da carreira em Paralimpíadas veio nas quartas de final, diante do russo Vladimir Fedin, de 25 anos, que conseguiu um yuko de vantagem. Poderia significar um baque emocional difícil de superar, mas os ensinamentos de um antigo sensei estavam vivos na memória de Tenório: "Sempre disse a ele que não interessava qual a medalha, mas estar no pódio", conta Fernando da Cruz, primeiro técnico com quem o judoca se sagrou campeão paralímpico.

Sem se abater, o brasileiro voltou para a repescagem e partiu obstinado em busca do bronze. Para isso, superou o japonês Aramitsu Kitazono e o iraniano Hamed Alizadeh. A quinta medalha veio para ampliar a coleção.

A partir dali, começariam os rumores sobre a aposentadoria do judoca. E essa dúvida acabou servindo de combustível para mais um ciclo de quatro anos. A Rio 2016 desafiaria seus limites. "Foi um momento muito especial e marcante para todos. O Tenório é um atleta muito experiente e estava bem preparado tecnicamente, fisicamente e psicologicamente, o que facilita muito o trabalho de quem está ao seu lado. Acredito que foi um momento muito marcante para ele", diz Garcia.

Sob os gritos e aplausos de uma Arena Carioca 3 lotada, Tenório, aos 45 anos de idade, passou por três lutadores – o alemão Oliver Upmann, de 28, o britânico Christopher Skelley, de 23, e o então vice-campeão mundial, o uzbeque Shirin Sharipov, de 26. A disputa pelo ouro reservou um duelo especial com o sul-coreano Gwang-Geun Choi, 17 anos mais novo e campeão quatro anos antes, em Londres. A Paralimpíada viu, pela primeira vez em duas décadas, Tenório sofrer um ippon.

Imediatamente ao se levantar, o brasileiro abraçou Choi, ergueu o braço do oponente para que recebesse os aplausos da torcida da casa e sorriu. Ali, outra lição era transmitida: ser o maior de todos os tempos significava também aceitar a derrota e a prata, que ele saboreou enquanto escutava no segundo degrau do pódio o som do Hino Nacional.

Despedida no berço do judô?

Como se não bastasse atravessar mais um ciclo se preparando, Tenório ainda teve de superar o adiamento em um ano dos Jogos de Tóquio para 2021 por conta da pandemia. No país onde o judô nasceu, o atleta levará seus 50 anos de vida e toda a bagagem adquirida nessa jornada para, quem sabe, encerrar a carreira.

"O mais importante é exigir o máximo dele, com um cuidado especial para não ocasionar lesão. Falando de Tenório, a possibilidade de medalha se torna real. Existem outros atletas, mas nenhum em destaque como ele", aponta Garcia.

"Essa ida para o Japão, ele não precisa provar nada para ninguém. Está treinando, fazendo a lição de casa direitinho, e o sonho dele é a sétima medalha. E outra: tem um peso enorme para quem está no tatame saber que, do outro lado, está o Tenório”, complementa o sensei Fernando, sempre sábio em suas observações. Afinal, a história já mostrou que duvidar de Antônio Tenório da Silva é sempre o primeiro erro de seus adversários.

Semana #Tenorio50

Antônio Tenório da Silva, o maior judoca paralímpico de todos os tempos, vai completar 50 anos de vida no próximo sábado (24). Desde segunda, a CBDV trouxe em seu site oficial reportagens relembrando a carreira do atleta. As homenagens seguirão até o dia do aniversário, com uma edição especial do "CBDV Ao Vivo" – programa de entrevistas realizado nas nossas redes sociais – com o aniversariante na quinta (22), às 15h, em nosso Instagram, além da exibição do filme "B1 - Tenório em Pequim", que narra a trajetória do ouro em 2008, totalmente gratuita na nossa página do Facebook.

Comunicação CBDV - Renan Cacioli


22 de outubro tem live sobre um dos pilares do ICI com Fabio Imamura

 

Obstáculos existem para deixar a vida mais emocionante. Não há adversário forte demais. Não há treino pesado demais. Sempre é possível mais: lutar mais, ganhar mais e, principalmente, se esforçar no limite. Muito além do limite.

Neste livro, o jornalista Sérgio Xavier Filho narra a trajetória de três judocas incansáveis, Rodrigo Motta, Bahjet Hayek e Cristian Cezário, que se uniram para formar o ICI (Instituto Camaradas Incansáveis).

Para promover está incrível obra, ícones do ICI terão conversas com um dos administradores do ICI. Cada conversa será sobre um pilar Incansável: ser evolutivo, longevidade saudável, mente de campeão, ninguém põe a mão no meu kimono e nós por nós.

Dia 22 de outubro, a conversa será com o Publicitário e Faixa Preta Incansável Fabio Imamura.


Lançamento Oficial

O lançamento oficial do livro será através de uma Live e será no dia 26 de outubro, no Instagram @rodrigo.guimaraesmotta, às 18h.

Pré venda:
Editora Contexto. Vendas: nas melhores livrarias, com a própria editora e no ICI.

R$ 50,00 mais o frete;

Fale com o Motta: contato@icijudo.com.br ou rodrigo-motta@uol.com.br

O ICI faz parte da equipe de sponsosrs do boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI






Sumaré: Sementes do Futuro lança terceiro vídeo da série de protocolos para crianças

Neste Terceiro episódio série de Protocolos Sementes, teremos a presença do atleta da Associação Sementes do Futuro do Judô, Leonardo Toledo dos Santo, o atleta irá falar sobre o uso da Máscara, objeto de suma importância contra o COVID – 19.

Sabemos que todas as partes que iremos apresentar nestes episódios e de suma importância, mais uma boa utilização da máscara, pode ajudar muito contra a proliferação do vírus.

Sabemos que a máscara e um dos acessórios mais utilizados neste momento, o qual para nós praticantes de artes marciais e um dos itens tão importante como nosso judogui.

Além disto, temos que se atentar que devemos levar no mínimo duas mascaras para as aulas, pois se a mesma molhar de suor ou coisa parecida, teremos que fazer a troca imediata da mesma.   

Além disto, temos outras ações que serão incorporadas junto a comissão do COVID – 19, o grande lançamento do nosso protocolo oficial.

Sei que o trabalho e árduo, mais com muita consciência e muito aprendizado, estamos transmitindo um pouco da consciência das nossas crianças aos adultos.

Não importa idade, mais sim a maneira que nossos pequenos atletas estão querendo contribuir com as artes marciais, palavras do coordenador Técnico José Carlos Prudêncio Junior.

A diretoria da Associação Sementes do Futuro do Judô agradece mais uma vez pela motivação, determinação e dedicação a qual os pais, parentes, amigos estão junto na luta contra o COVID - 19.

Por: Associação Sementes do Futuro - Sumaré

terça-feira, 20 de outubro de 2020

#Tenorio50: do primeiro ouro a Tóquio 2021, uma semana de história


Antônio Tenório da Silva
, o maior judoca paralímpico de todos os tempos, vai completar 50 anos de vida no próximo sábado (24). Nada mais justo, portanto, do que a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) preparar um conteúdo exclusivo e inédito para contar detalhes da história do dono de seis medalhas em Paralimpíadas (quatro ouros consecutivos, sendo o primeiro em Atlanta 1996, além do bronze em Londres 2012 e da prata na Rio 2016).

A partir desta segunda e até o dia do aniversário do atleta, que nasceu em São José do Rio Preto (SP) no ano de 1970, serão reportagens relembrando a carreira de Tenório, uma edição especial do "CBDV Ao Vivo" – programa de entrevistas realizado nas nossas redes sociais – com o aniversariante, além da cereja do bolo: uma sessão cinema com o filme "B1 - Tenório em Pequim", que narra a trajetória do ouro em 2008, totalmente gratuita na nossa página do Facebook.

"Ele inspirou muita gente que hoje faz o que ele faz. Em uma época na qual se contava nos dedos os judocas com deficiência que iam para o judô tentar treinar com alguém... Porque havia preconceito, atleta dizendo que tinha medo de treinar com cego, que iria machucar. Então, o Tenório rompeu essa barreira", diz o sensei Jucinei Costa, treinador da Seleção Brasileira naquele ciclo e em Atenas 2004.

Durante os sete dias, a hashtag #Tenorio50 estará presente em nossos conteúdos no Instagram, Facebook e Twitter. Qualquer um que já tenha cruzado o caminho dessa verdadeira lenda do paradesporto mundial está convidado a marcar a @cbdvoficial com a tag #Tenorio50 para contar alguma história, postar uma foto bacana ou simplesmente prestar sua homenagem ao campeão que, em 2021, disputará sua sétima Paralimpíada, em Tóquio, no Japão.

Confira a programação:

Segunda, terça e quarta: trilogia de reportagens em nosso site oficial conta histórias e curiosidades da jornada de Atlanta 1996 ao Rio 2016.
Quinta: "CBDV Ao Vivo" com Antônio Tenório, às 15h, em nosso Instagram (LINK AQUI).
Sexta: matéria no site falará do legado do campeão para o judô.
Sábado: sessão do filme "B1 - Tenório em Pequim", às 16h, em nosso Facebook (LINK AQUI).


Comunicação CBDV - Renan Cacioli


FIJ: O arco além do gesto


Os tempos são difíceis. A pandemia Covid-19 lançou um véu de incerteza sobre o mundo que ninguém parece ser capaz de levantar. Em todo o planeta, bilhões de seres humanos são solicitados a manter distância, cobrir o rosto e respeitar as regras de higiene, às quais poucos de nós estavam realmente e permanentemente acostumados. Nesta era das trevas, no entanto, existem fontes de luz que podem emanar de símbolos fortes aos quais não parecemos necessariamente dar importância.

Dentre esses símbolos, podemos identificar o arco e, para nós, judoca, aquele que praticamos no tatame. Trivialmente, permite saudar-se, mostrar respeito, marcar um momento para respirar e fazer uma pausa, respeitando escrupulosamente os gestos de barreira que se tornaram vitais seguir.

Como judocas, podemos portanto dizer que tínhamos, talvez sem saber, uma das respostas mais simples e óbvias à questão da manutenção do vínculo social, integrando o respeito por si e pelos outros, aplicando o distanciamento social.

Porém, além da crise pela qual estamos trabalhando e que não poupa ninguém, sejamos poderosos ou miseráveis, a reverência do judoca é muito mais do que um gesto de barreira.

Sendo o judô um esporte de origem japonesa, não nos parece incongruente que o arco tenha infundido a prática diária de nossa atividade favorita. No Japão, por muito tempo, a reverência foi de fato associada à expressão de polidez. Portanto, é parte integrante da cultura japonesa. É essencial para a sociedade e é objeto de um ritual codificado.

Quer se trate de uma saudação, um pedido de desculpas, um sinal de respeito ou uma necessidade hierárquica, esta saudação japonesa é um dos elementos culturais que mais chama a atenção aos novos visitantes quando aterram no arquipélago. A etiqueta japonesa é muito rígida em relação ao arco (o-jigi - お 辞 儀) e as regras que o regem são muitas e complexas. Desde os primeiros anos de escolaridade, são ministrados a todos os alunos. Por exemplo, o grau, número e duração da inclinação variam dependendo das circunstâncias (cerimônia do chá, agradecimento, pedido de desculpas, saudação ...) e do gênero e posição dos envolvidos.

No judô, a reverência assume uma dimensão totalmente nova que está intimamente ligada à própria natureza da atividade. Assim, este gesto ancestral permite-nos distinguir entre pertencer ao mundo animal e instintivo e a nossa capacidade de demonstrar a nossa humanidade. A notícia chega todos os dias para nos lembrar que o homem é um lobo para o homem (do latim: Homo homini lupus est - apareceu por volta de 195 aC na Comédia dos burros de Plauto). No entanto, os humanos têm uma natureza particular que os diferencia na grande ordem do universo, como o conhecemos.

A natureza é um lugar de violência, cheio de perigos e não há animal, senão o humano, na Terra que, antes de enfrentar os outros, os cumprimente. Curvando-nos para nosso parceiro de treinamento, ou nosso oponente rival, marcamos a vitória da consciência humana sobre nosso instinto animal. Por essa postura de respeito, de mãos vazias e livres, sem defesa, nos conscientizamos do outro e mostramos nossa consideração, demonstrando autocontrole.

“A reverência é uma expressão de gratidão e respeito. Na verdade, você está agradecendo ao seu oponente por lhe dar a oportunidade de melhorar sua técnica. ” ~ Jigoro Kano

Não pode haver e nunca deve haver a menor agressividade durante a reverência; não deve ser prejudicado por emoções negativas ou impulso animal, apesar da batalha que abre. É um gesto simples com um forte simbolismo. Quando nos curvamos, indicamos que respeitamos, que estamos em paz conosco e com o outro, que o honramos por quem ele é e que confiamos neles tanto quanto eles confiam em nós. É precisamente esse domínio do instinto que nos traz para a humanidade.

É por essas razões que não é aceitável que a reverência seja tratada como um simples momento cerimonial, relacionado a uma etiqueta que não se compreende e da qual não se tira todo o poder. Não é aceitável que o arco se desvie para um momento não identificado, tornando-se mais uma automação sem sentido do que qualquer outra coisa. Assim sendo, a reverência não pode de forma alguma tornar-se um gesto de desafio, no início de uma luta, ou de rancor, no final de uma luta. Não pode ser corroído pela menor expressão de raiva ou alegria descontrolada, resultando em uma reverência substituta. Isso seria um absurdo.

A reverência tem o poder de nos permitir uma expressão completa, de acordo com as regras e com total liberdade de movimento e intenção. Ajuda a canalizar a prática, estabelece seus limites e permite controlar os excessos que se podem vivenciar no dia a dia.

O judô é um jogo de oposição, uma construção do corpo e da mente, imaginada por Kano Jigoro Shihan, que é o reflexo da vida. Não respeitar o simbolismo da reverência é correr o risco de ver elementos se infiltrarem em nosso esporte, o que o distorceria. A reverência é marcar um começo e um fim, é entender a necessidade de respeitar as regras porque sem regras a troca torna-se impossível e a anarquia está pronta para dominar.

Quando pisamos no tatame, temos a obrigação de estar atentos aos outros e respeitá-los pelo que são e pelo que viveram. É porque nos curvamos que podemos expressar nossa natureza interior, demonstrar nosso valor físico e aplicar nossa capacidade mental, para aperfeiçoar a firmeza de nossa alma, sem nunca nos encontrarmos no papel de vítimas.

Se o arco é, portanto, uma estrutura para a prática do judô, ele também o influencia. Uma vez que nos curvamos, entramos em um mundo onde todos os golpes não são permitidos, em um universo onde o oponente é tão importante quanto o eu. Marcar este tempo de respiração é mostrar humildade apesar da intensidade da luta que se avizinha.

Não devemos ver, em todas as formas de arcos incompletos, distorcidos ou malfeitos, uma má intenção. Às vezes, infelizmente, é apenas descuido, mas um descuido que pode ter consequências desastrosas para as próprias ideias que devemos ter sobre respeito. Negligenciar o símbolo é esquecer no momento o que ele pode nos trazer em termos de força e equilíbrio interior. A reverência não pode, portanto, ser reduzida à sua forma visível. Também está intimamente ligado à sua intenção.

Frequentemente perguntamos por que o judô é mais do que um esporte. A resposta está nas linhas acima. Curvar-se é ilustrar de forma simples e poderosa o vínculo de fraternidade que une todos os judocas. A reverência é um indicativo da beleza do judô, que une em uma mesma prática, tanto o gesto quanto o espírito do gesto. Sem a reverência, o judô não seria mais o que é e não poderia mais ser chamado pelo nome. Sem nos curvarmos, não seríamos o que somos: homens e mulheres livres com direitos iguais. Sem nos curvarmos, não poderíamos ajudar a proteger aqueles ao nosso redor.

REI!

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô


Paulínia: Confira os finalistas do 20º Campeonato Interno de Kata, Troféu Sensei Ana Maria Breda Daminelli

 

O Judô Tradicional Família Mercival – The Eagle Off Paulínia, iniciou em 12 de outubro o 20º Campeonato Interno de Kata, Troféu Sensei Ana Maria Breda Daminelli 2020, no dia 16 de Outubro foi a Final do Nage no Kata, em Tandoku Renshu Virtual.

Com uma disputa bem equilibrada, tivemos um empate, no primeiro lugar, assim foram Campeãs do Nage no Kata Virtual, Tandoku Renshu, Emanuelle Camilo e Waywanna Pinheiro, Vice Campeã, Larissa Maria de Sá, o Terceiro Lugar foi para João Paulo Oliveira, completando o Top 10 do Nage no Kata, Andrey Souza, Heloisa Cardoso, Eduardo Santos, Mayrhá Lucato, João Moura e Rafael Lima. 

O Campeonato segue com a apresentação de mais seis katas, esta semana será o Itsutsu No Kata.

O Mestre Sensei Mercival Breda Daminelli, conta que o campeonato interno de Kata, aumenta o interesse dos alunos, por partes mais tradicionais do Judô, e pela defesa pessoal, contida no Judô, que não foi criado com intuito de arte marcial, ou de se tornar um desporto, mas como filosofia de vida, para formar bons cidadãos.

Por: Judô Tradicional Família Mercival – The Eagle Off Paulínia


Com o apoio do judoca Nacif Elias, capixaba lança “Rifa Solidária” para gravar música gospel em São Paulo

 
O capixaba Otávio Almeida, de 27 anos, foi convidado por uma das maiores gravadoras gospel do Brasil: Todah Music, para gravar um videoclipe de sua própria composição, na cidade de São Paulo. Ele morou no bairro Alagoano até os seus 19 anos e atualmente mora em Mário Cypreste. 

Otávio trabalha como barbeiro, em uma barbearia localizada em Jardim da Penha, Gladiador Barber Shop, mas não tem recursos financeiros para arcar com as despesas de realizar a viagem para São Paulo. Por conta disso, ele lançou uma “Rifa Solidária” em sua rede social, no valor de cinco reais. Quem participar desta rifa, concorrerá a um celular A20, que será realizado no próximo dia 25 de outubro. Foi a única forma que ele viu de arrecadar fundos para arcar com os gastos de sua viagem para esta gravação.
 
Essa rifa também contou com o apoio do Atleta Olímpico capixaba Nacif Elias, que se solidarizou com a causa e tem o apoiado com todo suporte necessário para que ele conquiste esse sonho desde a infância. 

Por: Raquel Lima - Assessoria de Imprensa



Sumaré: Sementes do Futuro lança segundo vídeo da série de protocolos para crianças

Neste segundo episódio série de vídeos, teremos a presença a atleta da Associação Sementes do Futuro do Judô, Júlia Meireles Coelhos, a atleta irá falar dos sintomas e suas prevenções com o COVID – 19.

Sabemos que todas as partes que iremos apresentar nestes episódios e  de suma importância, mais os sintomas estão ai, e podemos ajudar a auxiliar a nossa comunidade local e ainda ajudar dentro de nossas casa.

Além disto, temos outras ações que serão incorporadas junto a comissão do COVID – 19, o grande lançamento do nosso protocolo oficial.

Sei que o trabalho e árduo, mais com muita consciência e muito aprendizado, estamos transmitindo um pouco da consciência das nossas crianças aos adultos.

Não importa idade, mais sim a maneira que nossos pequenos atletas estão querendo contribuir com as artes marciais, palavras do coordenador Técnico José Carlos Prudêncio Junior.

A diretoria da Associação Sementes do Futuro do Judô agradece mais uma vez pela motivação, determinação e dedicação a qual os pais, parentes, amigos estão junto na luta contra o COVID - 19.

Por: Associação Sementes do Futuro - Sumaré


Paulínia: Confira os PlayOffs do Campeonato Virtual da Judô Team Família Mercival


Vivendo o momento, pelo qual estamos passando, com os eventos no virtual e seguindo os protocolos, desde março, após os eventos esternos, estamos iniciando as finais dos nossos eventos internos.

O Judô Tradicional Família Mercival – The Eagle Off Paulínia, chega ao playoffs, do Campeonato Virtual de Tandoku Renshu Interno. Foram 387 confrontos, nos dois turnos classificatórios, entre os 20 judocas da Mercival, nas classes, Feminino, Masculino e no Misto.

Os Finalistas do Feminino:

Emanuelle Camilo, com 31 combates, venceu 29 e com media 61,9

Waywanna Pinheiro, com 31 combates, Venceu 23 e com media 62,8

Larissa Maria de Sá, com 31 combates, vence 21 e com media 61,9

Ana Caroline da Silva, Com 31 Combates, venceu 20 e com media 52,7

Já no Masculino:

Yuri Jessé Silva, 31 combates, 22 vitorias e media 62,6

Eduardo Santos, 31 combates, 21 vitorias e media 58,8

João Paulo Oliveira, 31 combates, 20 vitorias e media 51,9

A última vaga está entre Rafael Ferreira e Alexsandro Santos, Rafael precisa vencer mais dois, combates, já Alexsandro 3.

No Misto estamos nas quartas de finais. Larissa Sá e Alexsandro disputam a última vaga das quartas, Yuri Jesse, Rafael Lima, João Oliveira, Eduardo Santos, Emanuelle Camilo, Waywanna Pinheiro e Ana Caroline, já estão garantidos nas quartas, se Larissa vencer o Alexsandro, teremos, um equilíbrio entre as meninas e os meninos, caso Alex, vença, os meninos serão maioria, no primeiro e segundo turno, o domínio foi feminino. Mas duas das principais meninas, não chegaram nos playoffs.

Por: Judô Tradicional Família Mercival – The Eagle Off Paulínia

Jornadas Heroicas: Quinta tem live com Carlos Arraiz

 

Essas conversas, são com ícones da gestão e do esporte sobre a contribuição das competências aprendidas no esporte que podem ser aplicadas a gestão. 

Segundo a teoria do Esportismo, concebida com o doutor Wagner Castropil  são 5: atitude, visão, estratégia, execução 3 trabalho em equipe.

Esta conversa é com Carlos Arraiz, executivo do varejo e ultra maratonista.

Vamos com garra absurda e inscreva se no canal!

#jornadasheroicas

Por: Boletim OSOTOGARI








ALMA JUDOCA |Os filhos são capazes de nos oferecer lições de coragem e de resiliência.


O papel dos pais no judô e a dinâmica peculiar que se desenvolve na relação triangular de que fazem parte, conjuntamente com o treinador e o atleta, constituem matéria relevante no estudo do desenvolvimento estratégico da modalidade.

Dar a palavra aos pais para que estes se posicionem no debate que Tiago Silva lançou na sua derradeira crónica na JUDÔ Magazine surge como principal objetivo deste desafio lançado a Victor Brito que se apresenta como Pai da judoca Raquel Brito e do ex-judoca Gonçalo Brito.

São pequenos episódios com uma estrutura a namorar timidamente a fábula que contêm aquele delicioso final: moral da história, fórmula tida por alguns como moralista e excessivamente orientadora de futuros comportamentos na vida em sociedade mas que, para o caso, nos convém e nos convida a uma validação da função de complementaridade dos pais neste sistema complexo do judo competitivo. A intervenção dos pais surge, pela pena de Victor Brito, como indutora de reflexão, ou seja, ultrapassa largamente o mero incentivo emocional ao filho/a e integra dimensões mais cognitivas nos processos de sistematização das experiências por parte daqueles atletas.

Clique aqui e confira as crônicas na íntegra.

Por: Judô Magazine - Portugal


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Sumaré: Sementes do Futuro lança primeiro vídeo da série de protocolos para crianças

Pensando no bem-estar de nossos pequenos atletas e tendo um diferencial, sua comissão do COVID – 19, formada por pais e responsáveis, inova mais uma vez e lança a primeira série de protocolos voltados para crianças.

Nesta série de vídeos, os próprios pequenos atletas irão levar informação de uma maneira que só quem e criança pode entender.

Supervisionados pelos pais e autorizado pelos mesmos, os pequenos irão mostra, desde a lavagem das mãos, até como sair e chegar de um treino de Judô em sua casa, desta forma não trazer riscos as pessoas que eles tanto amo.

Sabemos a importância desta ação junto aos atletas, pois estamos passando por uma grande pandemia mundial, ou seja, estamos passando por uma guerra junto a este vírus (COVID – 19), então, desta forma, podemos contribuir com a comunidade do judô e de ouras artes marciais

Além disto, temos outras ações que serão incorporadas junto a comissão do COVID – 19, o grande lançamento do nosso protocolo oficial.

Sei que o trabalho e árduo, mais com muita consciência e muito aprendizado, estamos transmitindo um pouco da consciência das nossas crianças aos adultos.

Não importa idade, mais sim a maneira que nossos pequenos atletas estão querendo contribuir com as artes marciais, palavras do coordenador Técnico José Carlos Prudêncio Junior.

A diretoria da Associação Sementes do Futuro do Judô agradece mais uma vez pela motivação, determinação e dedicação a qual os pais, parentes, amigos estão junto na luta contra o COVID - 19.

Por: Associação Sementes do Futuro - Sumaré

Rio Grande do Sul: Seis judocas da Sogipa lutarão no Grand Slam de Budapeste


Após sete meses interrompido, o circuito mundial está de volta no próximo fim de semana, com o Grand Slam de Budapeste. E seis judocas da Sogipa integram a Seleção Brasileira que participará do evento na Hungria. O embarque para a Europa ocorreu na manhã desta segunda-feira.

Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), João Pedro Macedo (81kg), Marcelo Gomes (90kg), Rafael Macedo (90kg) e Leonardo Gonçalves (100kg) estão entre os 18 judocas que defenderão o Brasil no primeiro evento após a pandemia de Covid-19 interromper os torneios, ainda em março.

O grupo, antes, passou por um período de treinos sob um rígido protocolo em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Os 52 atletas foram divididos em quatro grupos diferentes, que não se encontravam ao longo da concentração. A CBJ efetuou testes PCR em todos os judocas, sem diagnóstico positivo para o coronavírus.

O Grand Slam de Budapeste vale até mil pontos no ranking mundial.

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô


Seleção brasileira de judô embarcou hoje para disputar o Grand Slam de Budapeste


O judô voltou. Nesta segunda-feira, 19, a seleção brasileira embarcou para a Hungria, onde disputará o Grand Slam de Budapeste nos próximos dias 23, 24 e 25 em evento que marca a retomada das competições internacionais e da corrida olímpica do Judô. Mais de 400 atletas de 69 países se inscreveram na competição e o Brasil será representado por 18 judocas no primeiro grande teste pós-paralisação. O Grand Slam distribui até mil pontos (campeões) no ranking classificatório para Tóquio 2020.  

“Acredito que vá ser uma competição totalmente imprevisível. Nossos atletas conseguiram treinar nos últimos quatro meses graças ao período em Portugal, na Missão Europa, do COB, e agora, no treinamento que realizamos em Pindamonhangaba. Para essa primeira competição, estamos levando aqueles que estão melhor treinados. Mas, não sabemos em qual nível estarão os outros países, quem conseguiu treinar e quem não. Podemos ver favoritos caindo e surpresas surgindo”, aposta o gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson Pereira. 

Dessa forma, a equipe masculina do Brasil será formada por Eric Takabatake (60kg/EC Pinheiros/SP), Eduardo Katsuhiro (73kg/Clube Paineiras do Morumby/SP), João Pedro Macedo (81kg/Sogipa/RS), Rafael Macedo (90kg/Sogipa/RS), Rafael Buzacarini (100kg/Clube Paineiras do Morumby/SP), Leonardo Gonçalves (100kg/Sogipa/RS), Rafael Silva “Baby” (+100kg/EC Pinheiros/SP), David Moura (+100kg/Instituto Reação/RJ), além de mais quatro judocas convocados pela gestão das Categorias de Base que estão em processo de transição do Júnior para o Sênior. São eles: Renan Torres (60kg/Sesi/SP), Willian Lima (66kg/EC Pinheiros/SP), Guilherme Schimidt (81kg/Minas Tênis Clube/MG) e Marcelo Gomes (90kg/Sogipa/RS).  

Entre as mulheres, a equipe nacional contará com Larissa Pimenta (52kg/EC Pinheiros/SP), Jéssica Pereira (57kg/Instituto Reação/RJ), Ketleyn Quadros (63kg/Sogipa/RS), Maria Portela (70kg/Sogipa/RS), Maria Suelen Altheman (+78kg/EC Pinheiros/SP) e Beatriz Souza (+78kg/EC Pinheiros/SP).  

A preparação dos brasileiros passou por quase três meses de treinos em Coimbra, Portugal, com a Missão Europa, do Time Brasil, entre junho e agosto, e um último período de lapidação em Pindamonhangaba, no treinamento de campo promovido pela Confederação Brasileira de Judô, em outubro. 


PROTOCOLO PREVÊ DESCLASSIFICAÇÃO DA EQUIPE SE UM MEMBRO "FURAR" ISOLAMENTO

Para chegarem seguros ao tatame húngaro em meio à pandemia do novo coronavírus, as delegações precisarão cumprir uma série de medidas de segurança determinadas pela Federação Internacional de Judô e pelo governo húngaro.  A primeira delas foi a exigência de dois testes de COVID-19 (PCR) para todos os participantes, pelo menos cinco dias antes do evento e com intervalo de 48 horas entre eles. Todos os judocas brasileiros cumpriram o protocolo e ficaram aptos a viajar nesta segunda.  

Na chegada à Budapeste, a seleção será testada novamente e ficará confinada no hotel até a divulgação dos resultados. Um quarto teste PCR será feito nos atletas no momento da pesagem, na véspera de competir, e só então o judoca será liberado para lutar.  

A Federação Internacional de Judô promete ser rigorosa no controle e fiscalização dos protocolos. Se um membro da delegação "furar" o isolamento, por exemplo, toda a equipe será desclassificada do torneio imediatamente. Além disso, os organizadores exigiram que cada país viajasse com um gerente de Covid. No caso do Brasil, um médico cumprirá esse papel.  

"Criamos a posição de Gerente de Covid, tanto no Comitê Organizador Local (LOC), quanto nas equipes da FIJ e pedimos a cada federação que nomeasse seu próprio gerente da Covid com antecedência, que é responsável, por exemplo, por informar os organizadores e a FIJ sobre qualquer problema de saúde que possa estar relacionado ao vírus, pois cada participante, incluindo treinadores, fisioterapeutas será testado após chegar aos seus hotéis. Os gerentes de Covid das equipes desempenharão um papel crucial em ajudar nossos esforços de teste de PCR, instruindo suas equipes sobre como cooperar de forma mais eficiente", explica a doutora Andrea Ember, membro da Comissão Médica da FIJ.   

Alguns procedimentos técnicos da competição também precisaram passar por adaptações para evitar aglomerações e contato entre as pessoas. Os judocas só terão acesso ao ginásio no dia de sua competição. Não poderão assistir às lutas dos outros dias e nem aquecer com seus companheiros que lutarem antes ou depois.  

O procedimento de aferição do judogui será feito pelo próprio atleta e não mais por um árbitro também para evitar contato direto entre eles.  

O uso de máscara será obrigatório para todos os participantes, incluindo técnicos, árbitros, organizadores e atletas, que só poderão tirar a máscara na hora de lutar.  

RETROSPECTIVA 2020 

O Circuito Mundial IJF foi interrompido em março pela pandemia e, até então, o Brasil vinha bem nas competições. Foram 20 medalhas nas sete competições disputadas apenas no primeiro trimestre do ano.  

Em janeiro, no Grand Prix de Tel Aviv, a seleção masculina brilhou, com uma prata, de Leonardo Gonçalves (100kg), e os quatro bronzes de Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg) e Rafael Buzacarini (100kg).  

Em fevereiro, nos Abertos Europeus de Sófia (BUL), Odivelas (POR), Oberwart (AUT) e Bratislava (SLK), os brasileiros arremataram 11 medalhas.  

Os únicos Grand Slam realizados neste ano foram Paris e Dusseldorf, dois dos mais tradicionais e fortes do Circuito, ambos em fevereiro. Na França, o Brasil foi ao pódio com Larissa Pimenta (bronze) e Beatriz Souza (bronze). Na Alemanha, Mayra Aguiar (prata) e Rafael Silva “Baby” (bronze) garantiram as medalhas brasileiras. 

GRAND SLAM DE BUDAPESTE - PROGRAMAÇÃO (HORÁRIOS DE BRASÍLIA)  

QUINTA-FEIRA, 22

9H - Sorteio das Chaves (online) 

SEXTA, 23

10h - Bloco Final (medalhas)

Lutam: Larissa Pimenta (52kg), Jéssica Pereira (57kg), Eric Takabatake (60kg), Renan Torres (60kg) e Willian Lima (66kg). 

SÁBADO, 24

10h - Bloco Final (medalhas)

Lutam: Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), João Pedro Macedo (81kg) e Guilherme Schimidt (81kg). 

DOMINGO, 25

10h - Bloco Final (medalhas)

Lutam: Maria Suelen Altheman (+78kg), Beatriz Souza (+78kg), Rafael Macedo (90kg), Marcelo Gomes (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Silva “Baby” (+100kg) e David Moura (+100kg).

Obs: A organização do evento ainda não confirmou o horário de início das preliminares.  

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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