terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Alunos do ICI tem 10% OFF na LevFish


O Instituto Camaradas Incansáveis (ICI) realiza parceria com a LevFish Boutique de Pescados e Frutos do Mar, onde todos os alunos do ICI tem 10% de desconto nas compras na LevFish. 

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O ICI faz parte da equipe de Sponsors do Boletim OSOTOGARI

Por: ASCOM ICI


FIJ: Margaux volta a sorrir


No ano passado, Margaux Pinot sorriu muito pouco. O ano passado foi contraditório em sua experiência de vida porque, por um lado, ganhou uma medalha de ouro olímpica, mas, por outro, teve problemas que afetaram todas as áreas de sua vida. Agora ela está sorrindo novamente, o que é um bom presságio para uma safra de Pinot de alta qualidade em 2022.

Todo mundo tem desafios e quem disser o contrário está mentindo. A diferença está na gravidade desses problemas. Os de Margaux eram importantes, nível dez em uma escala de zero a dez. C'est la vie e às vezes a vida é uma merda. “Fiquei pensando várias vezes na minha cabeça, pensando na mesma coisa várias vezes”, Margaux nos confessou em Paris. Não vale a pena descrever o que aconteceu com ela porque todos sabem disso. A questão é que ela estava mentalmente exausta, magoada, desorientada. Assim, ninguém pode competir no mais alto nível. Margaux tropeçou em 2021. 

O ouro olímpico foi uma façanha porque seu judô não era o mesmo de sempre, ela era incapaz de produzir algo solvente. Onde ela encontrou o uchi-mata que deu à França a vitória na semifinal da competição por equipes ainda é algo que ninguém entende, nem mesmo ela. Após os Jogos e com o problema arraigado, Margaux ficou discreta, mas reapareceu no Grand Slam de Paris há alguns dias. Havia a curiosidade de saber qual versão da francesa encontraríamos. Como ela está diferente agora, levou quinze segundos para responder às nossas perguntas. Um rápido waza-ari contra o cubano Idelannis Gómez Feria e quinze segundos depois viu a vitória e um sorriso, o primeiro em muitos meses. 

Margaux Pinot em judogi branco

“Vim sem planos preconcebidos, sem estratégias. Fiz tudo por instinto. Geralmente começo como um diesel, vou mais devagar.” 

A segunda pedra de toque foi a japonesa Yoko Ono, outro nível, mais exigente. A luta durou mais, normal, mas no final Margaux saiu vitoriosa. Outro sorriso, a multidão esquentando e nós com um enorme ponto de interrogação para responder. O que aconteceu com Margaux para ser tão bom? 

“Resolvi meus problemas, me libertei, literalmente. Limpei tudo que estava sujo na minha vida, descobri quem são meus verdadeiros amigos, aqueles que me amam e aqueles que estão lá quando preciso deles.” 

Foi isso que a pesou, o que a impediu de ser feliz e se dedicar ao judô com a mente clara, porque o judô é o trabalho dela, o que a alimenta. Nas meias-finais as coisas atingiram a verdadeira dimensão do que representa o torneio de Paris, tendo como adversária a campeã do mundo, a croata Barbara Matic. Margaux segurou, armou o golpe e marcou waza-ari; para a final com o terceiro sorriso do ano. Aquele sorriso de satisfação estava guardado dentro dela, mas ela não tinha motivos para demonstrá-lo. Ela foi a protagonista da manhã, pelo que fez, pela forma como fez, porque veio do inferno. 

Em judogi branco Margaux Pinot derrotando Barbara Matic

Na final havia outro judoca japonês, Saki Niizoe, uma forma de dizer que nem todos ganham em Paris; aqui a demanda é absoluta em todas as lutas. Margaux venceu e sorriu novamente e mais uma vez no pódio. Quatro vitórias claras e contundentes, com técnicas diferentes e uma linguagem corporal que transpira bem-estar emocional. É claro que a terapia funciona. 

“Procuro novos objetivos, horizontes variados, faço tudo de uma forma diferente.” Margaux conquistou sua independência e agora é ela quem decide o que quer e como fazer. Talvez essa seja sua melhor vitória, perceber sua verdadeira força, aquela que está em sua vontade. O resto, o que se vê no tatame, é resultado das decisões que ela tomou. 

Talvez ela ganhe novamente, ou não, o judô não oferece garantias. O que ela prometeu a si mesma é nunca se curvar diante da adversidade, porque sua vida depende disso, porque a liberdade não é algo gratuito. E agradecemos pelo bem do judô e porque queremos vê-la sorrir novamente. 

Margaux Pinot derrotando Saki Niizoe

O padrão de Margaux, sua resposta aos desafios da vida foi se reconectar com o judô. Ela deu o seu melhor e para nós, em Paris, foi realmente o melhor. Ela sorriu porque ganhou por si mesma tanto quanto por qualquer medalha e agora continuará se concentrando no judô e nada mais. 

Fotos: Gabriela Sabau e Marina Mayorova


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Araras: Seletiva Nacional abre o calendário competitivo do Projeto Kimono de Ouro


Nos dias 02 e 03 de fevereiro, a equipe masculina Sub 18 do Projeto Kimono de Ouro disputou a Seletiva Nacional de Base do Judô Brasileiro, que aconteceu em Osasco/SP e foi organizada pela Confederação Brasileira de Judô.


A competição reuniu cerca de 300 atletas Sub 18 masculino. Os representantes ararenses foram Diego Leite (-50kg), Nicollas Veiga (-55kg), Nickolas Duarte (-55kg), Mario Gomes (-66kg) e Eliel Pastre (-73kg). Nossos judocas não obtiveram classificações, mas com certeza contribuiu muito para a evolução técnica de cada um. Esta competição é mais disputadas pelas categorias de base e reúnem atletas de todos os estados brasileiros.


Os atletas estiveram acompanhados pelos técnicos: Marcos Mercadante, Nathália Mercadante e Kleybe Souza.


“O próximo compromisso do Projeto Kimono de Ouro, é a Copa São Paulo, que acontece em março e até lá, teremos muito trabalho e ajustes para alcançarmos nossas metas”, destaca Kleybe Souza.


“Apesar de não termos tido atletas classificados, pudemos levar a experiência como aprendizado para essa equipe que consideramos jovem e que estava há tanto tempo sem competir devido à pandemia. A última competição de quatro dos nossos cinco atletas, foi em 2019 na classe sub 13, mas mesmo assim foram lá e representaram bem, fazendo lutas com atletas mais velhos e experientes", comenta o professor kodansha 6º dan Marcos Mercadante.


Por: Associação Mercadante de Araras


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Instituto Reação lidera classificação final da Seletiva Sub-18 no feminino e no masculino


Além de definir os classificados para o Meeting, a Seletiva Nacional de Judô Sub-18 consagrou o Judô Comunitário Instituto Reação como o grande destaque da competição que contou com a participação de 121 entidades entre clubes e associações. Com dois campeões no masculino e uma campeã no feminino, os cariocas lideraram a classificação geral nos dois gêneros e saíram de São Paulo, onde foi disputada a Seletiva, com um excelente resultado.  

“Nós ficamos muito felizes e orgulhosos de colher frutos de um trabalho realizado a longo prazo. Dos 5 atletas que fizeram final, 4 começaram o judô no Instituto Reação e são acompanhados desde então pelos professores Márcio Ramalho e Daniel Loureiro, nosso coordenador de base. Agora, é treinar forte para melhorar ainda mais essa performance no Meeting da base no próximo mês”, comentou André Silva, um dos técnicos que acompanharam a equipe do Reação na Seletiva.  

Thayssa Assis (44kg), Antonio Neto (73kg) e Matheus Abreu (81kg) foram os campeões pelo time do Rio.  

Além deles, outros doze clubes conseguiram fazer campeões na classe Sub-18. O Clube Paineiras do Morumby (SP) fez uma dobradinha com Agatha Benedicto (52kg) e Calebe Santos (60kg). Hebraica (SP), Paulistano (SP), Grêmio Náutico União (RS), São Caetano (SP), Projeto Olhar Futuro (SP), Flamengo (RJ), Associação Videirense de Judô (SC), Academia Corpo Arte (DF), Juventus (PR), Associação Namie de Judô (SP) e Associação Nintai do Brasil (PR) também fizeram campeões Sub-18.  

Todos os oito melhores colocados em cada categoria de peso garantiram vaga no Meeting Nacional, que acontecerá nos dias 12 e 13 de março, em Porto Alegre (RS). Ao final da Seletiva, 59 clubes conseguiram classificar atletas para o Meeting. 

CONFIRA OS RESULTADOS E CLASSIFICAÇÃO FINAL DA SELETIVA SUB-18 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Flamengo e Grêmio Náutico União lideram classificação final na Seletiva Sub-21


Mais de 300 atletas da nova geração do judô brasileiro passaram pelo tatame do Sesi Osasco, em São Paulo, neste final de semana para a disputa da Seletiva Nacional Sub-21, que definiu os classificados para o Meeting Nacional. Cerca de 150 clubes estiveram representados na disputa e os grandes destaques dessa classe foram o Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro, e o Grêmio Náutico União, do Rio Grande do Sul, que lideraram a classificação final no feminino e masculino, respectivamente.  

Com três campeões - Maria Eduarda Diniz (63kg), Eliza Ramos (78kg) e Kauã Jorge Santos (81kg) - o carioca rubro-negro ainda ficou em primeiro lugar geral. Já o União, teve como campeões os judocas Henrique da Silva (60kg) e Vitor Fagundes (+100kg). 

CONFIRA OS RESULTADOS E O QUADRO GERAL 

“Esse desempenho é fruto de um treinamento muito bem feito, muito bem adaptado baseado em conhecimento científico. Fizemos um trabalho de sistema energético de acordo com cada atleta que a gente tem e também um trabalho estatístico de estudo. A gente estudou muito as atletas, estudamos uma forma de fazer a transição do que as adversárias fazem pro nosso treinamento do dia a dia e tentar chegar mais próximo da realidade nesse treinamento”, explicou Vinícius Morato, o Taz, treinador do Flamengo.  

“Nós somos um clube formador de atletas. Pegamos eles desde criança vamos formando até chegar às categorias de base, adulto. A gente tem uma equipe muito homogênea por causa disso, por formarmos o atleta desde muito cedo. Eu sempre digo que somos uma família, porque eles se conhecem desde muito cedo e temos uma união muito grande. Nós conseguimos fazer uma bolha com um grupo de atletas e treinamos todos os dias da pandemia. Só não treinamos quando o clube estava fechado. Então, quando viemos para essa competição, viemos muito tranquilos, pois sabíamos o quanto trabalhamos por esse resultado”, avaliou Rafael Garcia, técnico do Grêmio Náutico União.  

Além desses, mais oito clubes fizeram campeões na Seletiva Sub-21, evidenciando o alto nível competitivo do judô brasileiro. O Minas Tênis Clube teve os campeões Kayo Santos (100kg) e Jaqueline Nascimento (52kg); a Associação Atlética Judô Futuro (MS) foi campeã com Aléxia Nascimento (48kg); Bianca Reis (57kg) fez dobradinha Sub-18 e Sub-21 para a Academia Corpo Arte de Cultura Física (DF); Giovana Galkowski (78kg) deu um título ao SESI-SP, anfitrião do evento; Luana Oliveira (+78kg) colocou o São João Tênis Clube (SP) em primeiro; Guilherme Morais (90kg) garantiu um título à A.D. São Caetano (SP); Ryan Santos (73kg) botou a Academia Espaço Marques Guiness (DF) no lugar mais alto; e Paulo Rodrigues (66kg) foi campeão pela Kiai-Associação Canoense de Judô (RS).  

Os oito melhores de cada categoria classificaram-se para a disputa do Meeting Nacional de Judô, que acontecerá em Porto Alegre (RS), nos dias 12 e 13 de março. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Grand Slam de Paris: Resultados do segundo dia


Frio, chuva e vento, o típico domingo parisiense de fevereiro. Tudo isso pode ser combatido com uma sopa quente e um casaco. Você também pode ir curtir outro tipo de chuva, uma das ippons. É para isso que serve o Grand Slam de Paris. O bom de um dilúvio de judô é que você não precisa de guarda-chuva e é quente. As categorias pesadas entraram na briga, sete de uma vez, trovão garantido. Com quatro tatamis no estádio, você não precisava se distrair porque os ippons estavam acontecendo a uma velocidade vertiginosa. Contamos por categoria, mas antes de contar acrescentamos que o que parece óbvio nem sempre é assim, porque o diabo se esconde nos detalhes.

Pouco antes do início do bloco final do segundo dia do Grand Slam de Paris 2022, uma cerimônia especial aconteceu no palco. O Sr. Marius Vizer, Presidente da FIJ, juntou-se ao Sr. Abdulaziz Albassam, Presidente da Federação Saudita de Judô, para receber o Prêmio Judô pela Paz.

Masculino -81kg: Final de alto vôo 

Tato Grigalashvili é um velho prematuro; tão jovem e já tão conhecido, é isso que mostra o talento. Ele ainda não conquistou nenhum título importante, permanecendo sempre nos portões, mas tendo acabado de completar 22 anos, o georgiano tem muito espaço para progressão. Ele é um mago do judô e em Paris ficou nas semifinais como se estivesse preparando um café na cozinha de sua casa. Lá o georgiano teve sua primeira grande prova de fogo. Sami Chouchi (BEL) tem a infelicidade de ser compatriota de Matthias Casse. Como Casse é o líder do ranking mundial e campeão mundial, Chouchi tem menos espaço, mas o belga costuma aproveitar as oportunidades. Por exemplo, ele ganhou o Grand Slam da Geórgia no ano passado e não é qualquer um que faz isso, especialmente porque ele venceu um grande amigo seu chamado Tato Grigalashvili. Eles se conhecem e gostam um do outro, o que significa uma luta muito dura, desta vez alcançando a pontuação de ouro com os nervos à flor da pele. Grigalashvili venceu, mas o resultado poderia ter sido diferente. Na final, enfrentou o japonês Sotaro Fujiwara. Nada é fácil nesta categoria e quando parece que o mais complicado já passou, surge um novo problema.  

Parecia que Grigalashivli tinha a iniciativa, até que Fujiwara marcou com ippon-seoi-nage. O georgiano respondeu imediatamente com seu próprio waza-ari. A final foi em alta, uma joia para os amantes do judô. Fujiwara concluiu com um espetacular tani-otoshi prolongando o domínio japonês em Paris. Já havia quatro medalhas de ouro e ainda havia muito para ver.

A batalha pelos bronzes refletia a densidade desse peso. O israelense e campeão mundial em 2019 Sagi Muki teve que medir forças com Chouchi e o uzbeque Sharofiddin Boltaboev, fera negra de alguns dos melhores, como Muki, enfrentou o canadense François Gauthier Drapeau. Tudo foi resolvido em pontuação de ouro. Chouchi terminou com waza-ari primeiro, confirmando que se Casse não estiver por perto, ele geralmente responde com medalhas. Boltaboev também ganhou pouco depois. No total foram 15 minutos para duas lutas. Bem-vindo ao universo de -81kg. 


Resultados finais
1. FUJIWARA Sotaro ( JPN )
2. GRIGALASHVILI Tato ( GEO )
3. CHOUCHI Sami ( BEL )
3. BOLTABOEV Sharofiddin ( UZB )
5. MUKI Sagi ( ISR )
5. GAUTHIER DRAPEAU François ( CAN )
7. PIETRI Loic ( FRA )
7. SCHIMIDT Guilherme ( BRA )

Feminino -70kg: Pinot 2022

Paris foi a data escolhida por Barbara Matic para dar sinais de vida. A croata vestiu-se a rigor para exibir o emblema vermelho nas costas que a credencia como campeã do mundo. Havia apenas vinte judocas registrados, mas alguns eram muito perigosos, como Yoko Ono, Assmaa Niang ou Maria Portela. No entanto, o perigo real veio de outro lugar. Margaux Pinot teve um 2021 agridoce porque conquistou o ouro olímpico por equipe, mas perdeu o torneio individual na primeira rodada. Ela foi incapaz de mostrar seu melhor judô. Parece que a longa pausa que ela recebeu desde Tóquio valeu a pena. Pinot destruiu primeiro a cubana Idelannis Gómez Feria, para depois fazer o mesmo com a japonesa Yoko Ono. A versão 2022 da francesa parece muito boa. Nas semifinais, ela eliminou sem hesitar o campeão mundial Matic. Outro judoca que pulou no trem do sucesso foi Saki Niizoe. Ono é mais conhecido, mas devemos nos lembrar do diabo e dos detalhes. Discretamente, sem fazer muito barulho, os japoneses chegaram à final após derrotar Prévot, Portela e Petersen. Nas meias-finais, aproveitou a ausência por lesão da alemã Giovanna Scoccimarro. Às vezes isso acontece e ela apareceu contra Pinot na final. 

Era a França contra o Japão, como nos velhos tempos. Foi uma final muito tensa, os judocas se anularam e assim chegaram ao período do placar de ouro, onde Pinot venceu com morote-seoi-nage. Com ouro e duas vitórias contra dois japoneses no mesmo dia, é um sim, o novo Pinot realmente tem algo novo! "Meu judô está melhor hoje do que todo o ano passado. É porque resolvi alguns outros problemas e me libertei mentalmente. Quando a cabeça está bem, todo o resto se encaixa", disse Pinot. Barbara Matic conquistou o bronze na pista rápida contra a britânica Kelly Petersen-Pollard e Ono também venceu na ausência de Scoccimarro.


Resultados finais
1. PINOT Margaux ( FRA )
2. NIIZOE Saki ( JPN )
3. ONO Yoko ( JPN )
3. MATIC Bárbara ( CRO )
5. SCOCCIMARRO Giovanna ( GER )
5. PETERSEN POLLARD Kelly ( GBR )
7. EME Clemence ( FRA )
7. ISSOUFI Kaila ( FRA )

Masculino -90kg: Elvis Japonês

Com o campeão olímpico Lasha Bekauri de férias e o campeão mundial Nikoloz Sherazadishvili dando seus primeiros passos na primeira divisão, um chefe era procurado aqui, pelo menos temporariamente. Havia muitos candidatos, mas nenhum se destacou acima do resto. Ainda era cedo. Pouco a pouco o assunto foi se acalmando e surgiu um neófito e um veterano. O japonês Sanshiro Murao está se tornando conhecido, mas é algo recente. Uma prata mundial e uma ouro em um grand slam aos 21 anos soa muito bem. O azeri Mammadali Mehdiyev é como os legionários que conquistaram um império com paciência e suor. Ele está na elite há uma década, não como um grande favorito, mas você sempre tem que contar com ele. Em Paris chegou à final com a intenção de parar os pés da geração jovem. Era assim que as coisas eram antes da final. 

Murao venceu porque não esperou, não quis contemporizar, que foi o que Mehdiyev fez. Os japoneses, com aquela quase peruca que lhe dá o ar de Elvis, executaram osoto-gari. Isso é outro ouro para o Japão!

Davlat Bobonov fez um ippon expresso para conquistar o bronze contra Beka Gviniashvili e o judoca turco Mihael Zgank tornou a tarde amarga para o francês Alexis Mathieu, com o segundo bronze.


Resultados finais
1. MURAO Sanshiro ( JPN )
2. MEHDIYEV Mammadali ( AZE )
3. BOBONOV Davlat ( UZB )
3. ZGANK Mihael ( TUR )
5. GVINIASHVILI Beka ( GEO )
5. MATHIEU Alexis ( FRA )
7. PARLATI Cristã ( ITA )
7. SILVA MORALES Ivan Felipe ( CUB )

Feminino -78kg: Rainha de Paris

Esta categoria era quase uma cópia carbono da categoria -70kg. Nem a campeã japonesa e olímpica Shori Hamada nem a campeã alemã e olímpica Anna Maria Wagner viajaram para Paris, mas havia a francesa Madeleine Malonga, ex-campeã mundial, que no ano passado perdeu a final mundial e olímpica contra Hamada e Wagner. São os três melhores! Na ausência dos dois primeiros, Malonga era claramente a favorita, mas era também a sua primeira competição desde os Jogos Olímpicos. Ela teve azar ou não conseguiu encontrar as fraquezas do coreano Jeongyun Lee e foi para casa assim que chegou. Com Malonga fora de ação, começou um torneio totalmente diferente. As mais inteligentes foram a japonesa Mami Umeki e a francesa Audrey Tcheumeo. Umeki é a quarta perna da cadeira, junto com Wagner, Malonga e Hamada. Tcheumeo foi vice-campeão olímpico no Rio.  

14 segundos depois Tcheumeo já estava na frente com sumi-gaeshi. Umeki ainda não tinha acordado e quando o fez, já era tarde demais. O atleta francês controlou o tempo e venceu. França 2, Japão 0 e quinto título em Paris para Tcheumeo.

Os bronzes foram para Malonga, que veio dos playoffs e seu carrasco na primeira rodada, Jeongyun Lee. Eles derrotaram Hyunji Yoon da Coréia e Emma Reid da Grã-Bretanha.


Resultados finais
1. TCHEUMEO Audrey ( FRA )
2. UMEKI Mami ( JPN )
3. LEE Jeongyun ( KOR )
3. MALONGA Madeleine ( FRA )
5. REID Emma ( GBR )
5. YOON Hyunji ( KOR )
7. POSVITE Fanny Estelle ( FRA )
7. AUSMA Natascha ( NED )

Masculino -100kg: Senhor Sim Senhor

Havia os velhos conhecidos, os veteranos endurecidos pela batalha e os recém-chegados. Havia Toma Nikiforov, Michael Korrel e Peter Paltchik, para dar três exemplos e Joris Agbégnénou e Nikoloz Sherazadishvili; muito músculo para uma única medalha de ouro. A velha guarda ganhou, como se quisesse reivindicar algo, o direito à longevidade e fechou a porta para os japoneses e franceses. A final foi uma partida entre dois judocas fortemente marcados, o soldado belga e profissional Toma Nikiforov e o israelense Peter Paltchik; um ótimo final de aparência. 

Ficou imediatamente aparente que eles se respeitavam. Foi uma luta tática, uma luta de kumi-kata. O período de ouro chegou com dois shido para Paltchik e um para Nikiforov. Porém, algo excepcional aconteceu: um ataque simultâneo e ambos pensaram que tinham vencido, mas o israelense usou a cabeça e o pescoço para conduzir sua tentativa e foi logicamente eliminado. Muzaffarbek Turboyev teve um bom dia. Ele primeiro esmagou Sherazadishvili em 30 segundos e depois ganhou o bronze fazendo mais ou menos a mesma coisa com o veterano holandês Michael Korrel. O outro bronze foi para o japonês Kentaro Iida, que derrotou o brasileiro Rafael Buzacarini. 


Resultados finais
1. NIKIFOROV Toma ( BEL )
2. PALTCHIK Peter ( ISR )
3. TUROBOYEV Muzaffarbek ( UZB )
3. IIDA Kentaro ( JPN )
5. KORREL Michael ( NED )
5. BUZACARINI Rafael ( BRA )
7. KUCZERA Piotr ( POL )
7. EICH Daniel ( SUI )

Feminino +78kg: Tomita x França

Esta categoria era como se o anfitrião da festa não quisesse alimentar seus convidados. A França tem uma escola de pesos pesados ​​muito forte. Quatro deles defenderam a honra nacional, incluindo Romane Dicko, vice-campeão olímpico. Com a brasileira e cabeça de chave Beatriz Souza eliminada em sua primeira partida, entre a França e uma medalha de ouro, apenas um japonês, Wakaba Tomita, ficou no caminho, mas tome cuidado porque dissemos 'japonês'.

Dicko em uma final é tudo menos absurdo. Ela é a adversária mais dura da melhor peso-pesado do circuito, a japonesa Akira Sone. No entanto, Tomita não deveria ser subestimado. Que? Nunca! Agora Dicko sabe disso, tendo concedido um belo ippon de Tomita. França 2, Japão 1. Léa Fontaine e Julia Tolofua foram as escudeiras perfeitas para Romane Dicko. Tolofua ganhou o bronze contra o turco Nihel Cheikh Rouhou. Fontaine perdeu para a coreana Hayum Kim, mas lutou pelo bronze em Paris pela segunda vez consecutiva e ainda é júnior.  


Resultados finais
1. TOMITA Wakaba ( JPN )
2. DICKO Romane ( FRA )
3. TOLOFUA Julia ( FRA )
3. KIM Hayun ( KOR )
5. CHEIKH ROUHOU Nihel ( TUN )
5. FONTAINE Lea ( FRA )
7. ASSELAH Sônia ( ALG )
7. SOUZA Beatriz ( BRA )

Masculino +100kg: Foguete Mongol

Em Paris, o japonês Kokoro Kageura está em casa. Ele desmoronou a montanha Riner aqui em 2020 e depois venceu o campeonato mundial, para retornar agora como chefe com comando no lugar. O rival a ser batido era ele. O problema dele é que ele descansou nos louros e acabou perdendo nas semifinais em uma partida inglória. Os detalhes às vezes são encontrados em si mesmo.

A final foi inédita, sem francês ou japonês na categoria coroada. Era como se o mongol Tsetsentsengel Odkhuu e o azerbaijano Ushangi Kokauri tivessem o partido errado, mas não, não era sobre isso. Eles foram consistentes, venceram suas lutas com firmeza e não mostraram fraquezas. 

Odkhuu se lançou como um foguete, moveu-se com velocidade, o que sempre incomoda Kokauri e acabou com a festa estrangulando seu oponente. Era uma obra de arte digna de ouro. Joseph Terhec e Guerman Andreev foram os últimos representantes de um contingente francês que correspondeu às expectativas com um total de 11 medalhas. No entanto, eles não conseguiram pegar mais. Guerman tropeçou porque encontrou Kageura, que não gostou nada de sua eliminação na semifinal e queria compensar isso. Terhec teve que dançar com o coreano Minjong Kim, que também não estava a fim de piadas. 


Resultados finais
1. ODKHUU Tsetsentsengel ( MGL )
2. KOKAURI Ushangi ( AZE )
3. KIM Minjong ( KOR )
3. KAGEURA Kokoro ( JPN )
5. TERHEC Joseph ( FRA )
5. ANDREEV Guerman ( FRA )
7. PUUMALAINEN Martti ( FIN )
7. SANAL Emre ( FRA )

Conclusão 

A intra-história deste segundo e último dia foi a batalha entre a França e o Japão. Houve três finais entre esses países; todos os três nas categorias femininas. O outro detalhe foi a esmagadora presença japonesa no pódio. 

Paris é uma grande festa, um desafio para qualquer atleta, uma parede que vale a pena escalar. Paris é uma referência temporária. Saber que Paris está lá, esperar, ano após ano, é a melhor terapia. Significa saber que, quando tudo der errado e como Rick disse a Ilsa, “sempre teremos Paris”. 

Fotos: Gabriela Sabau e Marina Mayorova

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Grand Slam de Paris: Resultados do primeiro dia


Há pequenos prazeres para garantir que não fiquemos de mau humor: o de ver a fila interminável de espectadores esperando para entrar na Accor Arena e vê-la encher gradualmente para que às 10h30. afiado o show pode começar na atmosfera tão característica do Grand Slam de Paris.

Sob um sol radiante neste sábado, 5 de fevereiro, milhares de espectadores lotaram os portões do estádio, prontos para seguir e incentivar seu judoca favorito. Deve-se dizer que a incerteza pairou sobre o planeta do judô por algumas semanas. O Grand Slam de Paris poderia ocorrer normalmente devido à atual crise de saúde em todo o mundo? A resposta é, portanto, agora bastante clara: SIM!

Pouco antes do bloco final, o público pôde participar de jogos interativos e conhecer o mascote da França Judô, chamado Kodomo (tradução do japonês: crianças), que destacou a importância dos valores do judô e do arco. Uma apresentação poderosa e dinâmica da iniciativa de 1.000 dojo, cujo lema é 'trabalhar duro para tornar as coisas mais fáceis', também foi exibida antes que o presidente da FIJ, Marius Vizer, e o presidente da França Judô, Stéphane Nomis, tomassem a palavra para suas boas-vindas discursos.

O senhor Nomis declarou: " Olá Bercy! Queridos amantes do judô, vocês estão sempre presentes apesar da pandemia. Vocês são a melhor torcida. No ano passado, em outubro, nós os convidamos a voltar para a edição de 2022 do Grand Slam e vocês estão aqui . Graças ao senhor Marius Vizer, podemos estar juntos para lhe oferecer um grande grand slam. O esporte não é nada sem o público. Os atletas são alimentados com seu apoio e sua paixão. Aqui sempre há fairplay. Você nos apoiou em Tóquio e agora nossos campeões estão de volta. Obrigado do fundo do meu coração e, por favor, faça muito barulho pelos nossos campeões. "

Em seguida, o Sr. Vizer disse: " Caros convidados, caro Presidente Nomis, caros espectadores, bem-vindos a Paris. Quero agradecer ao governo francês, France Judo e a todos vós. Este evento é um grande sucesso, sabendo do actual contexto complicado. slam abrimos as portas para muitos esportes aqui em Paris, com Paris 2024 pela frente. Parabenizo todos os atletas, convidados e espectadores que acompanham, apoiam e amam o judô. Obrigado e declaro aberto o Grand Slam de Paris 2022. " Então ambos os enthes francês e IJF foram jogados.

Como o Grand Slam de Paris está acontecendo em apenas dois dias, sete categorias de peso entraram em jogo desde os primeiros momentos e imediatamente prometeram ser não apenas interessantes, mas emocionantes, oferecendo grandes ações, confirmações e decepções, surpresas e páginas que pareciam já escrito. No entanto, no judô, todos sabem, nada pode realmente ser planejado e isso o torna mágico.

-48kg feminino: o habilidoso campeão mundial Tsunoda vence pela primeira vez em Paris

A categoria feminina mais leve foi dominada por países asiáticos, já que Baasankhuu Bavuudorj (MGL) enfrentou Natsumi Tsunoda (JPN) na final. Se o competidor japonês, campeão mundial em 2021 em Budapeste, vencedor do Mundial de Judô Masters em 2018 e já detentor de sete medalhas de Grand Slam, não foi realmente uma surpresa, não foi o caso de Baasankhuu Bavuudorj, que até agora não tinha recorde em tudo no circuito internacional. 136ª na lista do ranking mundial, ela derrotou a cabeça de chave, Mélanie Legoux Clément da França na segunda rodada, antes de vencer contra a alemã Katharina Menz na semifinal.


Tsunoda foi a primeira a responder ao chamado à ação com um soberbo tomoe-nage para um waza-ari, Baasankhuu Bavuudorj pousando de lado a 90° do tatame. A luta parecia estar indo apenas em uma direção, a campeã mundial tinha muitas armas em sua bolsa, para manter o controle em tachi-waza e ne-waza. Na verdade, foi no chão que Tsunoda concluiu. Após uma tentativa de ude-gatame (chave de braço), ela ajustou seu equilíbrio para fixar Bavuudorj para ippon. Esta é a primeira medalha de ouro no Grand Slam de Paris para Tsunoda.

A Seleção Francesa qualificou dois atletas para as disputas da medalha de bronze: Mélanie Clément Legoux contra Wakana Koga (JPN) e Blandine Pont contra Katharina Menz (GER). O primeiro perdeu para o concorrente japonês com uma imobilização por ippon, enquanto o segundo ganhou na pontuação de ouro com um uchi-mata oportunista e acrobático para waza-ari.


Final Results
1. TSUNODA Natsumi ( JPN )
2. BAVUUDORJ Baasankhuu ( MGL )
3. KOGA Wakana ( JPN )
3. PONT Blandine ( FRA )
5. LEGOUX CLEMENT Melanie (FRA)
5. MENZ Catherine ( GER )
7. LIMA Amanda (BRA)
7. PERAFAN Keisy ( ARG )

Masculino -60kg: Nagayama conquista o segundo ouro do Japão

Na categoria leve masculina, novamente a Ásia dominou com Ryuju Nagayama (JPN) e Seungbeom Jeon (KOR) entrando na final. O judoca japonês foi campeão mundial júnior em 2015 e desde então bicampeão Masters, então não foi uma surpresa para ele. Na semifinal, ele derrotou o cabeça de chave Karamat Huseynov (AZE). Mais uma vez a surpresa veio da outra metade do sorteio, onde Seungbeom Jeon, de 23 anos, número 125 do mundo, derrotou o herói local, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio e vencedor da primeira medalha pela delegação francesa nesta ocasião , Luka Mkheidze (FRA), que até agora teve uma concorrência perfeita.

Depois de ter marcado um primeiro waza-ari com uma técnica rápida de achi-waza, Nagayama assumiu o controle da partida apesar das tentativas espetaculares de Jeon e concluiu com uma imobilização por ippon. Ouro para Nagayama e Japão.

Na primeira luta pela medalha de bronze, Luka Mkheidze enfrentou seu segundo adversário coreano do dia, Harim Lee. Com uma combinação muito inteligente de ataques de pé imediatamente seguidos no chão, Mkheidze manteve o controle do braço e armou o seu adversário para ippon e uma grande explosão de alegria do público francês. Mesmo tendo perdido a final, Mkheidze mostrou que, desde a medalha de bronze nas Olimpíadas, está agora entre os melhores jogadores da categoria.

O segundo concurso de medalha de bronze viu Jaba Papinashvili (GEO) enfrentar Karamat Huseynov (AZE). Este último rapidamente assumiu a liderança com um movimento de ombro quase perfeito que aterrissou demais para o lado para ganhar ippon. Huseynov estava prestes a controlar a situação quando em contato corpo a corpo, Papinashvili aproveitou a chance e fisgou Huseynov com um ko-uchi-gari giratório por ippon.


Final Results
1. NAGAYAMA Ryuju ( JPN )
2. JEON Seungbeom ( KOR )
3. MKHEIDZE Luka ( FRA )
3. PAPINASHVILI Jaba ( GEO )
5. LEE Harim ( KOR )
5. HUSEYNOV Karamat ( AZE )
7. ENKHTAIVAN Ariunbold ( MGL )
7. VERSTRAETEN Jorre ( BEL )
-52kg feminino: Buchard vs. Krasniqi: 1ª rodada para Buchard

A partida entre Amandine Buchard, medalhista de prata em Tóquio no verão passado, e Distria Krasniqi (KOS), campeã olímpica, mas na categoria inferior, foi a partida que todos esperavam. Depois que os dois atletas tiveram uma ótima sessão matinal, eles se encontraram na final. Distria Krasniqi, que está de volta à sua categoria preferida, parecia intocável durante as preliminares, enquanto Buchard fez o público explodir de alegria, principalmente na semifinal, quando mandou a atual campeã mundial Ai Shishime para o tatame com um soberbo ippon.

Afiada e forte, já podemos dizer que Krasniqi já se adaptou à sua nova categoria de peso. Aqui contra o número um do mundo, Buchard, ela foi penalizada duas vezes por passividade, já que Buchard foi quem impôs o ritmo da partida. Ainda assim, não houve ataques fortes o suficiente de qualquer atleta, para colocar o outro em perigo. Começou um placar de ouro muito tático, o campeão francês procurando o terceiro pênalti para Krasniqi e o outro tentando evitá-lo. O mínimo que podemos dizer é que Buchard e Krasniqi estavam dando tudo, mas com o passar dos minutos, Buchard parecia estar mais cansado que o campeão olímpico. Contra todas as probabilidades, Buchard de repente colocou toda a energia que lhe restava em um seoi-nage desesperado que marcou waza-ari, mas que luta entre dois competidores incríveis. Hoje para o primeiro jogo entre as duas mulheres,

Amandine Buchard declarou: " Eu não a estudei nada. Concentrei-me em mim. A estratégia era ser muito agressiva desde o início no kumi-kata. Deu certo, mas já sei que Distria será muito difícil e agora não é apenas sobre mim e Abe, porque Distria logo fará parte do grupo principal."

Distria Krasniqi disse: "Foi difícil. Ela tentou o mesmo arremesso durante toda a final, mas fez esse movimento perfeitamente. Tenho de aprender com o que aconteceu hoje".

No primeiro concurso de medalha de bronze Astride Gneto (FRA) enfrentou Fabienne Kocher (SUI). O competidor francês estava dominando, mas não conseguiu pontuar. No período da pontuação de ouro, eventualmente, foi Kocher quem aproveitou a chance para derrotar seu oponente depois de um bom trabalho de chão com sangaku-jime.

A segunda medalha de bronze foi disputada entre Chelsie Giles (GBR) e Ai Shishime. Shishime ganhou outra nova medalha para o Japão.


Final Results
1. BUCHARD Amandine ( FRA )
2. Distrito KRASNIQI ( SOC )
3. KOCHER Fabienne ( SUI )
3. SHISHIME Ai ( JPN )
5. GNETO Montado ( FRA )
5. GILES Chelsie ( GBR )
7. KALETA Aleksandra ( POL )
7. BISHRELT Khorloodoi ( MGL )

Masculino -66kg: Yondonperenlei vence para a Mongólia

O número um do mundo e medalhista de prata olímpica Baul An (KOR) passou pelas preliminares sem grandes dificuldades para enfrentar Baskhuu Yondonperenlei (MGL), quinto do mundo e em chamas desde a manhã, com uma vitória significativa contra Vazha Margvelashvili (GEO) na semifinal.

O primeiro ataque veio do judoca coreano de maior sucesso no circuito no momento, com um seoi-nage baixo para nenhuma pontuação, mas a partir daí, a luta ficou muito equilibrada para qualquer ataque ser bem-sucedido e foi An Baul que começou a cometer ataques falsos. Depois de um longo período de ouro, o terceiro pênalti caiu sobre An Baul, que não jogou bem do ponto de vista tático contra a parede de tijolos que é Baskhuu Yondonperenlei. O mongol ganhou a medalha de ouro.

Houve um último competidor francês, dos quatro engajados na competição nesta categoria, que esteve presente no bloco final. Daikii Bouda (FRA) enfrentou Vazha Margvelashvili (GEO). Bouda resistiu por muito tempo e tivemos que esperar os últimos quarenta segundos para ver o medalhista de prata olímpico executar um poderoso movimento de quadril para um ippon claro.

Sem registro no cenário internacional, a presença de Luukas Saha da Finlândia foi uma surpresa e uma boa, pois o judoca finlandês mostrou um judô muito bom durante as rodadas preliminares. O último passo foi grande e provavelmente grande demais, pois enfrentou Ryoma Tanaka (JPN) por um lugar no pódio. Depois de apenas 23 segundos, Tanaka, vencedor do ano passado aqui em Paris, marcou ippon com um movimento de ombro de um braço. Sem chance para Saha.


Final Results
1. YONDONPERENLEI Baskhuu ( MGL )
2. AN Baul ( KOR )
3. TANAKA Ryoma ( JPN )
3. MARGVELASHVILI Vazha ( GEO )
5. SAHA Luukas ( FIN )
5. BOUBA Daikii ( FRA )
7. RAMIREZ Isaiah ( EUA )
7. CINCO Willian ( BRA )

Feminino -57kg: Funakubo para o Japão fez de novo

Com uma vitória por ocasião do último Grande Prêmio Portugal 2022, a campeã olímpica de 2016 esperava mais um bom dia de judô, mas foi rapidamente derrotada por Faiza Mokdar (FRA) que a derrotou por ippon. Para o público francês, a heroína do dia nesta categoria foi definitivamente a medalhista de prata olímpica, Sarah Léonie Cysique (FRA), mas perdeu para Haruka Funakubo na semifinal, enquanto a segunda competidora francesa Priscilla Gneto não conseguiu passou Momo Tamaoki (JPN), na outra semifinal. Assim, os dois japoneses se encontraram na final.

A final começou com um estilo 'eu te conheço muito bem', cada competidor se conhecia perfeitamente; com o ter um estilo semelhante de judô. Com um shido cada, eles entraram no período da pontuação de ouro, sendo a principal questão, quem seria capaz de mudar o ritmo? Foi eventualmente quando a terceira penalidade foi dada a Tamaoki, que Funakubo foi designada a vencedora de sua segunda medalha de ouro em Paris.

Enkhriilen Lkhagvatogod (MGL) foi contestado por Priscilla Gneto (FRA) no primeiro concurso de medalha de bronze. No placar de ouro, com um pouco de ko-uchi-gari, Gneto conseguiu uma vantagem decisiva para conquistar o bronze.

A França garantiu uma medalha com Faiza Mokdar e Sarah Léonie Cysique se enfrentando pela medalha de bronze. Sarah Léonie Cysique já é medalhista olímpica e tem muita experiência, enquanto Faiza Mokdar representa a nova geração francesa nesta categoria. Hoje a experiência valeu a pena como Cysique em uma situação de transição clara, não perdeu o controle do braço da adversária e aplicou uma chave de braço por ippon. Isso adiciona duas novas medalhas para o país anfitrião.


Final Results
1. FUNAKUBO Haruka ( JPN )
2. TAMAOKI Momo ( JPN )
3. CYSIQUE Sarah Leonie ( FRA )
3. GNETO Priscilla (FRA)
5. MOKDAR Faiza ( FRA )
5. LKHAGVATOGOO Ankhriilen ( MGL )
7. PERÍSICO Marica ( SRB )
7. Julia KOWALCZYK ( POL )

Masculino -73kg: Shavdatuashvili caça mais um ouro em Paris

Foram várias partidas que poderiam ter sido perfeitas para a final da categoria. Como muitos favoritos foram eliminados, restavam dois no final do dia. A lenda do judô Lasha Shavdatuashvili é um fenômeno. Tendo vencido tudo, ele ainda encontra energia e motivação para estar entre os melhores. Assim, na final enfrentou Soichi Hashimoto que, apesar de alguns momentos assustadores para ele durante as primeiras rodadas, poderia finalmente se juntar ao campeão georgiano.

The least we can say is that Lasha Shavdatuashvili has  massive experience, but so does Soichi Hashimoto. When two experts like that meet, it is not surprising to witness a very tactical match, where neither of the athletes are really in a position to score. Nevertheless, it was interesting to see how the Georgian champion disrupted Hashimoto's judo by playing a high rhythm melody during the first part of the final. In golden score, the Japanese seemed to bounce back as Shavdatuashvili slowed his pace, but there was one shido between them and that was enough, when the third penalty was given, to give the victory to Lasha Shavdatuashvili, the medal hunter.

Lasha Shavdatuashvili disse: “ Tenho a sensação de ser como uma boa garrafa de espírito. Quanto mais velho eu envelheço melhor eu sou. Na verdade, quando o adversário é de nível superior eu sempre aumento meu nível. Eu queria ganhar em Paris e agora está feito! ”

Lembraremos a derrota precoce de Rustam Orujov, que foi derrotado por Benjamin Axus (FRA), em chamas ao longo do dia. Eventualmente, o competidor francês se classificou para a disputa da medalha de bronze contra o campeão olímpico de 2016 Fabio Basile, que como sempre deu tudo para vencer. O herói italiano esteve tão perto de derrotar Hashimoto na semifinal, mas não conseguiu. Na disputa pela medalha de bronze, foi Axus quem imediatamente assumiu a liderança com um contra-ataque para o waza-ari. Muito mais alto que Basile, Axus continuou controlando todas as tentativas de seu famoso adversário, que parecia totalmente sem oportunidades. O competidor francês, que realmente teve um dia incrível, controlou até o último segundo para conquistar uma merecida medalha que o ajudará a mudar sua classificação. Na verdade, na manhã do torneio, Axus estava na distante 242ª posição na Lista do Ranking Mundial. Trabalho bem feito!

Tsogtbaatar Tsend-Ochir (MGL) enfrentou Shakhram Akhadov pela segunda medalha de bronze e a medalha foi para a Mongólia.


Final Results
1. SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO)
2. HASHIMOTO Soichi (JPN)
3. AXUS Benjamin (FRA)
3. TSEND-OCHIR Tsogtbaatar (MGL)
5. BASILE Fabio (ITA)
5. AKHADOV Shakhram ( UZB )
7. NJIE Faye ( GAM )
7. GABA Joan-Benjamin ( FRA )

Feminino -63kg: Japão termina o dia em ouro com Nabekura

A última final do dia também foi 100% japonesa como Masako Doi, medalhista de bronze aqui em Paris há dois anos e Nami Nabekura, campeã mundial júnior de 2015, classificada para determinar ouro e prata.

Mais uma vez a final foi muito tática, ambos os atletas se conhecendo muito bem para conseguirem encontrar oportunidades de arremesso. No final, conforme anunciado, o Japão venceu e foi Nami Nabekura.

Lucy Renshall (GBR) foi a melhor semente do dia na categoria, mas teve que trabalhar apenas pelo bronze, contra a polonesa Angelika Szymanska, que já conquistou uma medalha de bronze aqui em Paris em outubro passado. Infelizmente para o atleta britânico, Szymanska somou uma segunda medalha de bronze consecutiva em Paris.

A Holanda teve uma medalha garantida, pois Sanne Vermeer (NED) e Geke Van Den Berg (NED) foram qualificados para o segundo concurso de medalha de bronze. Apesar de Van Den Berg ter tido um dia muito bom, a medalha de bronze estava um pouco fora de alcance e acabou indo para seu companheiro de equipe Sanne Vermeer, que marcou ippon.


Final Results
1. NABEKURA Nami ( JPN )
2. DOI Masako ( JPN )
3. AUMENTAR Verdadeiro ( PARA BAIXO )
3. SZYMANSKA Angelika ( POL )
5. VAN DEN BERG Geke ( NED )
5. RENSHALL Lucy ( GBR )
7. LEE Juyeon ( KOR )
7. BELKADI Amina ( ALG )

O Japão conquistou quatro títulos no primeiro dia do Grand Slam de Paris de 2022, colocando-os muito à frente no quadro de medalhas. Apesar desta dominação, que não é surpreendente ao nível da armada japonesa, França, Mongólia e Geórgia também conquistaram a medalha de ouro, enquanto nove países subiram ao pódio e 22 ao bloco final. Isso conclui um primeiro dia de competição que ofereceu ao público um show elegante e emocionante. Amanhã, no segundo dia, é a vez das categorias de peso. Esteja pronto para acompanhar a ação a partir das 11h, horário local, em https://live.ijf.org/

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Marina Mayorova

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