terça-feira, 11 de maio de 2021

Brasil vai com força máxima para o Mundial de Judô, última competição classificatória para Tóquio


A Confederação Brasileira de Judô convocou, nesta terça-feira, 11, os judocas que representarão o Brasil no Campeonato Mundial Sênior Individual e por Equipes, em Budapeste, Hungria, no período de 06 a 13 de junho. Na disputa, que será a última etapa classificatória para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção terá sua força máxima, com atletas em todas as categorias de peso. Destaque para o retorno de Mayra Aguiar (78kg/Sogipa/FGJ) às competições após passar por cirurgia no joelho esquerdo em setembro de 2020 e ficar afastada do Circuito Mundial desde então. 

“Apesar das incertezas e desafios gerados pelo contexto da pandemia, a CBJ, em parceria com o COB, conseguiu oferecer aos atletas condições de treinamento em ambiente controlado em Pindamonhangaba, além de treinamentos de campo com europeus no Kosovo, na Geórgia e, agora, na Rússia, onde estamos treinando com as seleções do Azerbaijão, Japão, Cazaquistão e Grécia. Os resultados mais recentes, como os quatro pódios no Grand Slam de Tbilisi e os cinco pódios no Grand Slam de Kazan, mostram nossa evolução e indicam que o planejamento está no caminho certo. Esperamos alcançar nossos objetivos nesse Mundial. Queremos melhorar o ranking das categorias que ainda estão fora da zona de classificação olímpica e definir as disputas internas pelas vagas do Brasil”, explicou Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da CBJ. 

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO

Para o Mundial, a CBJ usou como critério o ranking mundial. Cada país pode inscrever, no máximo, 9 atletas mulheres e 9 atletas homens. Dessa forma, foram chamados os melhores brasileiros em todas as 14 categorias. Para as dobras, foram selecionados os dois melhores do Brasil por pontos por gênero. 

Encaixaram-se nesse critério das dobras, portanto, Aléxia Castilhos (63kg/Sogipa/FGJ), Beatriz Souza (+78kg/EC Pinheiros/FPJudo), Leonardo Gonçalves (100kg/Sogipa/FGJ) e David Moura (+100kg/Instituto Reação/FJERJ). 

ACESSE AQUI o ranking IJF 

O Campeonato Mundial é a etapa do Circuito IJF que mais dá pontos no ranking de classificação olímpica. São 2000 mil pontos para o campeão, o dobro de um Grand Slam, por exemplo. Para estar em Tóquio, o atleta precisa figurar entre os 18 melhores de sua categoria ou conseguir uma cota continental pelo ranking do seu continente que classifica apenas um atleta por país. 

Pela classificação atual, o judô brasileiro teria representantes em 12 das 14 categorias disputadas nos Jogos mais a equipe para a inédita competição mista. Apenas os pesos Leves, masculino e feminino, estão fora da zona de ranqueamento. Por isso, o Mundial será decisivo para Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg/Clube Paineiras do Morumby/FPJudo) e Ketelyn Nascimento (57kg/EC Pinheiros/FPJudo), que são os brasileiros mais próximos do ponto de corte olímpico. Eduardo Yudy Santos (81kg/EC Pinheiros/FPJudo), que tem, atualmente, a vaga pela cota continental, também pode buscar uma segurança maior a partir de um bom resultado em Budapeste. 

Por outro lado, nos pesos 63kg, +78kg, 100kg e +100kg o Brasil tem dois atletas dentro da zona de classificação olímpica e todos eles estarão neste Mundial. Vice-campeã do Grand Slam de Kazan nesse final de semana, Ketleyn Quadros(Sogipa/FGJ) tem maior vantagem sobre Aléxia Castilhos (Sogipa/FGJ) na corrida por Tóquio entre as meio-médios (63kg). As disputas mais acirradas e que se resolverão em Budapeste estão com Beatriz Souza (+78kg/EC Pinheiros/FPJudo), Maria Suelen Altheman (+78kg/EC Pinheiros/FPJudo), Leonardo Gonçalves (100kg/Sogipa/FGJ), Rafael Buzacarini (100kg/Clube Paineiras do Morumby/FPJudo), Rafael Silva (+100kg/EC Pinheiros/FPJudo) e David Moura (+100kg/Instituto Reação/FJERJ). 

Em casos de disputas mais equilibradas, o ranking não será o único critério considerado pela CBJ para definir quem vai aos Jogos. Confira aqui TODOS OS CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO OLÍMPICA TÓQUIO 2020.  

SELEÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ - CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE 2021 

FEMININA
48kg - Gabriela Chibana (EC Pinheiros/FPJudo)
52kg - Larissa Pimenta (EC Pinheiros/FPJudo)
57kg - Ketelyn Nascimento (EC Pinheiros/FPJudo)
63kg - Ketleyn Quadros (Sogipa/FGJ)
63kg - Aléxia Castilhos (Sogipa/FGJ)
70kg - Maria Portela (Sogipa/FGJ)
78kg - Mayra Aguiar (Sogipa/FGJ)
+78kg - Maria Suelen Altheman (EC Pinheiros/FPJudo)
+78kg - Beatriz Souza (EC Pinheiros/FPJudo)

MASCULINA
60kg - Eric Takabatake (EC Pinheiros/FPJudo)
66kg - Daniel Cargnin (Sogipa/FGJ)
73kg - Eduardo Katsuhiro Barbosa (Clube Paineiras do Morumby/FPJudo)
81kg - Eduardo Yudy Santos (EC Pinheiros/FPJudo)
90kg - Rafael Macedo (Sogipa/FGJ)
100kg - Rafael Buzacarini (Clube Paineiras do Morumby/FPJudo)
100kg - Leonardo Gonçalves (Sogipa/FGJ)
+100kg - Rafael Silva "Baby" (EC Pinheiros/FPJudo)
+100kg - David Moura (Instituto Reação/FJERJ)

PROGRAMAÇÃO - CAMPEONATO MUNDIAL BUDAPESTE 2021 
06/06 - 48kg, 60kg
07/06 - 52kg, 66kg
08/06 - 57kg, 73kg
09/06 - 63kg, 81kg
10/06 - 70kg, 90kg
11/06 - 78kg, 100kg
12/06 - +78kg, +100kg
13/06 - Equipes Mistas 

12h00 (horário de Brasília) - Finais 
Transmissão ao vivo - Live.Ijf.org 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Vacinação de brasileiros para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 começa em 14 de maio


O Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Ministério da Defesa, o Ministério da Saúde e o Ministério da Cidadania definiram que a vacinação dos brasileiros que trabalharão ou representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 terá início no próximo dia 14 de maio. O prazo-limite para a aplicação da segunda dose a todos os integrantes dos Jogos Tóquio 2020 é 21 de junho, a 15 dias do primeiro embarque para o Japão e a 33 da abertura dos Jogos Olímpicos. Por meio desse acordo, serão beneficiados também os participantes dos Jogos Paralímpicos, de 24 de agosto a 5 de setembro, no Japão.

As vacinas serão repostas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que ofereceu doses a todos os Comitês Olímpicos Nacionais, além de vacinas suficientes para imunizar mais dois cidadãos dos países beneficiados pela doação. A previsão é que sejam vacinados em torno de 1.800 brasileiros que irão ao Japão, o que equivale a aproximadamente 7 mil doses adicionais entregues ao SUS e cerca de 3.600 pessoas beneficiadas com a doação das vacinas através do Plano Nacional de Imunização. 

anúncio foi feito nesta terça-feira, 11, em Brasília, em evento que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ministro da Cidadania, João Roma, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, e o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro Isaias Carvalho, além do vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta Júnior.

“O COB sempre se posicionou a favor de seguir o Plano Nacional de Imunização. Além disso, só abrimos conversas sobre a possibilidade de imunizar a delegação quando confirmamos que, para cada atleta ou oficial vacinado, o país receberá mais duas doses para imunizar a população brasileira. Esta é uma grande contribuição do Movimento Olímpico neste momento tão difícil que o mundo enfrenta”, diz La Porta, chefe de Missão do COB nos Jogos Olímpicos. “Mesmo sem a obrigatoriedade da vacina para a participação nos Jogos, não há dúvidas de que nos sentiremos mais seguros para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos”, completa.

Antes do início da vacinação, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica incluindo a delegação no Plano Nacional de Imunização. Cerca de 190 credenciados já foram imunizados e outros 200 estão no exterior, portanto fora da lista de vacinação entregue ao Governo Federal. O Ministério da Defesa será responsável pela logística da vacinação e ofereceu instalações militares em seis cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O COB, por sua vez, levará os atletas até a capital mais próxima de onde estão para receber a aplicação.

“Realizamos várias reuniões com o Ministério da Defesa para facilitar a logística das Forças Armadas. Por exemplo, o vôlei estará concentrado em Saquarema (RJ), e a ideia é que essa vacina vá até lá. Temos muitos atletas treinando no Centro de Treinamento Time Brasil nesse momento e, por isso, queremos usar também esse espaço como ponto de vacinação”, explica o presidente do COB, Paulo Wanderley. “O esporte tem essa capacidade de passar uma mensagem de esperança, de virada, nesse momento difícil pelo qual estamos passando. Ter os atletas protegidos dos sintomas mais graves e, ao mesmo tempo, beneficiar a população é algo muito vantajoso”, completa.

No início de março, o presidente do COI, Thomas Bach, informou que a China havia oferecido vacinas a todos os atletas e oficiais participantes dos Jogos de Tóquio, assim como para aqueles que disputarem os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022. Segundo o COI, as doses serão disponibilizadas através de colaboração com parceiros internacionais ou direto nos países onde já há acordos com o governo chinês. 

Diversos países informaram a intenção ou já iniciaram a imunização suas delegações, como Alemanha, Bélgica, Canadá, Espanha, Itália, México e Nova Zelândia, entre outros. O COI afirmou recentemente que acredita que a vacinação em massa de atletas, apesar de não ser uma exigência do Comitê Organizador Tóquio 2020 e nem do próprio COI para a participação nos Jogos, será importante para criar um ambiente mais seguro em Tóquio.

“Estamos ajudando a colocar mais vacinas no sistema público. Inclusive, acreditamos que os atletas podem incentivar a população a se vacinar, principalmente para a segunda dose, que muitos estão deixando de tomar. Todos saem ganhando com essa ação”, afirma o campeão olímpico e diretor geral do COB, Rogério Sampaio.

Perguntas Frequentes

- Quando a delegação será vacinada?

A vacinação começa em 14 de maio e será realizada nas seguintes cidades: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O prazo-limite para a aplicação da segunda dose a todos os integrantes dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 é 21 de junho, a 15 dias do primeiro embarque para o Japão e a 33 da abertura dos Jogos.

 

- Quantas pessoas estão na lista de vacinação?

Ao todo, serão em torno de 1800 pessoas vacinadas, o que equivale a aproximadamente 7 mil doses adicionais entregues ao SUS e cerca de 3.600 pessoas beneficiadas com a doação das vacinas através do Plano Nacional de Imunização.

- Como foi feita a avaliação de pessoas elegíveis para a vacinação que não sejam os atletas?

Foram incluídos na lista todos os atletas e oficiais já classificados ou com chances de participação nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020. 

Além deles, foram incluídos também os brasileiros que trabalharão no Japão durante os Jogos, como membros da mídia credenciada e de empresas que confirmaram a participação do profissional brasileiro em Tóquio através de documentação enviada pelo COI.

Foram excluídos da lista os brasileiros já vacinados ou que estão no exterior.

- Como será realizada a vacinação?

O Ministério da Defesa é responsável pela logística da vacinação e ofereceu instalações militares em seis cidades brasileiras – Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo - para atender aos participantes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. 

O COB disponibilizou o Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro, e, em parceria com a Confederação Brasileira de Vôlei, o Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema. Além disso, o Comitê Paralímpico Brasileiro cedeu o seu Centro de Treinamento em São Paulo.

O COB levará os atletas, integrantes das comissões técnicas e seu staff para a capital mais próxima de onde estão para tomar essa vacina. 

Os demais credenciados serão liberados para se vacinarem nas capitais mais próximas de suas cidades de origem, com o deslocamento por conta própria.

- Quais vacinas serão aplicadas, de qual estoque?

Tendo em vista as doações do COI, podem ser usados os imunizantes da Sinovac ou da Pfizer, de acordo com a disponibilidade. Todos serão repostos pelo COI, que acrescentará doses suficientes para mais dois brasileiros a cada membro da delegação vacinado.

- Essas vacinas já foram importadas pelo Ministério da Saúde, ou ainda vão ser solicitadas/importadas?

COB e Ministério da Saúde estão em tratativas visando a observar todas as determinações da legislação brasileira no que se refere às doações e garantir que as doses cheguem ao SUS o mais breve possível.

- Outros países além do Brasil já começaram a vacinação?

Sim. Países como Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Hungria, Grã-Bretanha, Israel, Lituânia, México e Nova Zelândia, entre outros, já iniciaram a imunização de suas delegações.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil (COB)

FIJ: Franco Capelletti - o único (3)


Entrevistar Franco Capelletti é entrar em um mundo de proporções oceânicas. Não é uma tarefa fácil porque há muito a cobrir. Quando ainda não sabíamos por onde começar, ele próprio forneceu a solução. Fizemos as perguntas, Franco respondeu e Bertoletti Giacomo Spartaco, jornalista e membro da comissão de kata da Federação Internacional de Judô, embelezou o artigo à sua maneira. O resultado é tão denso que preferimos publicá-lo por episódios. Aí vem o terceiro, ao conhecer uma lenda do judô, enciclopédia universal e professor entre professores.

O judô também é educação. Qual é o segredo do sucesso dos italianos no judô?

Loucura ou utopia? Sem dúvida contra a corrente, uma nova oferta aparece no contador de disciplinas de combate. A proposta de uma nova educação, formulada no final dos anos 1800 por Jigoro Kano, torna-se atual nos dias de hoje.

O que atualmente é chamado de 'judô tradicional' ou 'educação do judô' é a ideia do judô Kodokan, criado no final do século 19 pelo professor Jigoro Kano. A palavra judô, atualmente utilizada para denominar o esporte que nasceu dessa proposta educacional, requer um esclarecimento que remete à história da ideia e também à história do mundo moderno. Compreender uma proposta que visa mudar a forma de ser e de ver a vida implica um determinado nível cultural; é querer saber que você ainda não sabe tudo, que existem outras experiências e pontos de vista. Acho que essa atitude é rara, como evidenciado pelo fato de que 'judô' (referindo-se ao conceito de esportes ocidentais) é aceito e o judô Kodokan (com isso quero dizer a ideia de educação universal, não a exploração do mesmo,

O segredo do sucesso é mesmo que no judô a conquista só vem progredindo em grupos, convivendo em harmonia com o próximo e com aquele recanto do universo que nos cerca.

Utilizando as formas definitivas das técnicas individual e coletivamente, o judoca pode atingir o estágio mais elevado e ao mesmo tempo desenvolver o corpo e aprender a arte do ataque e da defesa.

Quando considero o judô dualisticamente, 'prosperidade e bem-estar mútuo' é considerado o objetivo final, enquanto 'eficácia máxima' é o meio para atingir esse objetivo, mas também podemos reduzi-lo a um único princípio e, em seguida, ao objetivo, 'prosperidade e bem-estar mútuo ”, serão incluídos na ideia de“ eficácia máxima ”.

Assim, mesmo o judô parece ter dois aspectos, essencialmente inspirados por uma única doutrina, o da unidade universal, ou seja, a máxima eficácia aplicável a todas as atividades e coisas humanas; isso e nada mais.

A afirmação de que o princípio de 'prosperidade e bem-estar mútuo' pode ser entendido diretamente por meio do estudo e treinamento do judô pode ser difícil de entender. Pode-se sugerir que o judô é basicamente uma arte de luta e que seu objetivo é vencer vencendo o oponente e, portanto, esse princípio parece inconsistente e puxado pelos cabelos, mas 'prosperidade e bem-estar mútuo' é a máxima ideal do Judô Kodokan , o objetivo final, que só pode ser alcançado por aqueles que, tendo dominado completamente a arte e o espírito de combate, superaram as noções de vitória e derrota.

O judô é uma grande história na Itália. Qual é o segredo do sucesso dos italianos no judô?
 

SHU - HA - RI

Acredito que o sucesso italiano depende da imaginação. Nosso país tem origens com grandes pintores, escultores, navegadores e poetas. Em todas essas vozes, o conceito de fantasia gira. O que é o mundo sem fantasia e criatividade?

Há também a implicação de um conceito confucionista, com os princípios de transmissão: SHU HA RI. No livro "A Origem da Consciência", a mente ocidental analisa o profundo, enquanto com Shu-ha-ri a intuição oriental resume a experiência empírica de dar. Shu-ha-ri vai além da educação para expressar a transmissão de uma experiência específica. Shu-ha-ri é modelado como a primeira educação recebida na família, com o plágio inicial (por exemplo, quando somos conduzidos à postura ereta e à higiene elementar), para o qual segue a adolescência e então a nova família é formada.

Os segredos de uma escola

No ensino do judô, a animação é um evento improvisado que entusiasma e amplia as ideias, o equivalente a uma conferência ou participação em um fim de semana de prática. O ensino é a comunicação metódica de conceitos, prolongada no tempo. Transmissão é o compartilhamento de uma experiência profunda e absoluta, que transcende até mesmo o assunto em questão e pode levar anos ou acontecer instantaneamente. A comunicação tem diferentes níveis de interpretação; entre eles alguém escolhe aquele que lhes convém. O aparecimento de shu-ha-ri prescreve a morte do mestre, mas observo que outros mestres escolhem versões menos envolventes, pregando a aceitação de outras formas. 

Depois, há os fanáticos (termo que deriva de fanum, templo). A transmissão segue os caminhos misteriosos do coração (espírito). Zeami Motokyo aplicou o conceito didático que 300 anos depois foi denominado su-ha-ari pelo mestre do cha-no-yu, Kawakami Fuaku (1784-1855). Nos tempos modernos, Jigoro Kano foi o maior intérprete.
 
Shu  - derivado do verbo 'mamoru:' defender, proteger, manter, observar, obedecer, cumprir, cumprir, ser verdadeiro para proteger, preservar, observar uma regra. Isso pode ser ilustrado quando um professor conhece um aluno. Para o professor pode haver uma conexão emocional, mas suas ações não são alteradas.

Ha - de 'yaburu:' rasgar, rasgar, rasgar, quebrar, esmagar, destruir, violar, transgredir, derrotar, confundir, frustrar, destruição, ruptura, transgressão. Nas parábolas chinesas ele pode ser usado como flecha ou espada e então para nós podemos atirar, mas também é para desconectar, retirando-o da consciência.

É apenas uma fase destrutiva superficial, porque o sedimento é profundo. A fase pode durar anos, dissolvendo-se e procurando por si mesmo. A antítese é uma fase de desenvolvimento da Idéia: 'É preciso procurar o próprio rio.'

Ri  - 'hanaru:'  separar, aparte de, saia, torne-se desmembrado, divague, fique livre, torne-se distante , separação, partida, transcendência. O aluno se torna o professor. Diante da realidade, sempre diferente, o profundo é explorado. Eles vão ainda mais longe, interpretando melhor o presente. A arte avança com eles. No Japão, durante o período Muromachi (1336-1573), o mestre deu a transmissão ao melhor aluno. Essa singularidade colocou em risco a continuidade e ficou claro que transmitir conhecimento a mais pessoas seria mais bem-sucedido. Assim nasceram os ramos colaterais.

Por: Jo Crowley e Pedro Lasuen - Federação Internacional de Judô
Foto: Nicolas Messner

Eleições FPJ: Chapa Renova Judô realizou live em 10 de maio.


Concorrendo ao pleito na Federação Paulista de Judô (FPJ), a chapa RenovaJudô realizou nesta segunda-feira, 10 de maio, uma live para debater suas propostas e posicionamentos. 

A conversa foi com Vinícius Erchov, Markinho Almeida e Everson Índio.

Clique aqui para assistir a live na íntegra.

O boletim OSOTOGARI reitera o compromisso de divulgar as propostas da chapa Avança Judô Paulista caso desejarem. Basta enviar o material que estaremos à disposição para divulgar.

Por: Boletim OSOTOGARI




segunda-feira, 10 de maio de 2021

Judoquinhas lança "Meu Caderno de Estudo do Judô (2021)"


NOVIDADE DO MÊS DE MAIO 2021! "MEU CADERNO DE ESTUDO DO JUDO" - Judoquinhas! (e-book .PDF ACESSO IMEDIATO!) 

1º Kyu do Gokyo + 6 Imobilizações + Certificados + Matéria de Estudo para troca de faixa conforme o regulamento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

(Lembrando que você, sensei, pode afiliar-se para revender para seus alunos agora mesmo!)

Link da loja: https://space.hotmart.com/caiogabriel

O "Meu Caderno de Estudo do Judô" Judoquinhas® foi criado para você, que é um judoquinha raiz, estudar as técnicas do 1º Kyu do Gokyo + 6 Imobilizações!

Cada técnica do Gokyo possui:
- 1 página com uma explicação geral sobre a técnica e um link para você assistir a técnica em execução;
- 1 página com a explicação detalhada da execução da técnica;
- 1 ficha de acompanhamento do aperfeiçoamento da técnica;
- 1 espaço para anotação das dicas do sensei sobre a técnica, seus objetivos de estudo e link para um vídeo do Canal Judoquinhas sobre a técnica que você está estudando.
- Certificado da técnica

Imobilizações:
- Página explicativa + link para assistir a execução da técnica
- Certificado da técnica

Técnicas: 
Kesa-gatame, Kusure kesa-gatame, makura kesa-gatame, yoko shiho-gatame, kami-shiho-gatame, tate-shiho-gatame

Matérias de Estudo conforme regulamento da CBJ:
Faixa branca ponta cinza;
Faixa cinza;
Faixa cinza ponta azul;
Faixa azul;
Faixa azul ponta amarela;
Faixa amarela;
Faixa amarela ponta laranja

Mais:
Exercícios
Desafio Uchi-komi
Figurinhas para recortar e colar
Total: 90 páginas


FIJ: Nomura - Quero aprender mais


Tadahiro Nomura, nascido em 10 de dezembro de 1974 em Nara, Japão, é um dos judocas mais famosos do mundo. O motivo é simples: ele é o único judoca a ter conquistado três medalhas de ouro olímpicas (Atlanta 1996, Sydney 2000 e Atenas 2004), todas na categoria de -60kg, para a qual também deve ser adicionada a medalha de ouro no Mundial de Paris em 1997, entre tantas outras conquistas. Por trás das medalhas e do rosto do público, há também um homem que tem muito a dizer. Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Tóquio, pedimos a ele que comentasse sua ilustre carreira e nos contasse um pouco de sua própria filosofia no judô.

Todos nós sabemos como é difícil ganhar um título olímpico. Requer anos de preparação e dedicação. Quando um atleta ganha o Graal Olímpico, já é uma conquista fantástica, que muitas vezes encerra uma carreira brilhante. Isso, quando o mesmo atleta sobe pela segunda vez ao topo do pódio, é extraordinário, mas quando acontece pela terceira vez e em fileira, não há palavras para descrever o que realmente representa.

Nomura Tadahiro junto com Hosokawa Shinji Sensei

Manter a motivação ao longo de um período de tempo tão longo é um aspecto da carreira de Nomura que é o mais incrível, “Comecei o judô muito jovem, quando tinha apenas três anos e cresci em uma família de judô. Quando criança não era forte, mas quando cheguei aos meus primeiros Jogos Olímpicos, em Atlanta, tinha 21, quase 22 anos e estava cheio de energia. Meu primeiro ouro olímpico mudou minha vida e principalmente no judô, porque assim que me tornei campeão olímpico, todos começaram a me olhar e a me estudar. Tive que trabalhar muito para permanecer no topo e essa foi minha primeira motivação definível.

Jogos Olímpicos de Atlanta

Todo o processo para ir aos Jogos Olímpicos é muito longo e cansativo. É tão difícil, mas isso me motivou. Quando me tornei campeão olímpico pela segunda vez, em Sydney, senti que havia conquistado algo, mas estava envelhecendo e precisava dar um tempo na carreira. Parei por dois anos. Não sabia se conseguiria voltar, então comecei a viajar e fui para São Francisco. Lá eu não era mais atleta profissional. Fiquei livre da pressão e aprendi muito nesses dois anos, principalmente quando trabalhei com crianças. Na verdade, foi isso que me motivou a ir para outro mandato. Depois desse intervalo, estava sentindo falta da pressão da competição de alto nível e ganhando energia dos jovens com quem trabalhava. Encontrei a motivação extra para começar de novo com todo o processo de preparação. "

Jogos Olímpicos de Atenas

Ao longo da conversa com Tadahiro Nomura, ficou claro que o jovem foi a diretriz que lhe permitiu ter sucesso e que hoje ele quer se dedicar ainda mais à dimensão educacional do judô. Antes de nos aprofundarmos mais nesse assunto, queríamos saber se havia um segredo para tamanha longevidade. Quando questionado, Nomura-San começou a responder mencionando outro campeão, um que pode ser capaz de se juntar a ele em breve com três títulos olímpicos, “Teddy já ganhou dois títulos olímpicos, então se ele ganhar neste verão em Tóquio, ele terá três Ouro olímpico também, mas ele já tem dez títulos mundiais, o que é absolutamente incrível. Metade de mim quer que ele ganhe porque isso seria fantástico para o judô, mas a outra metade quer que o Japão ganhe! O que quero dizer a ele é que ele precisa colocar tudo o que tem no tatame, sem arrependimentos. Tornar-se campeão olímpico não é fácil. É preciso cultivar a paixão pelo judô e aprender a amá-lo. Este é o meu segredo. Ao longo da minha vida aprendi a amar o judô. Claro, há uma dimensão técnica. Desenvolvi minha capacidade de arremesso com minha técnica especial, o seoi-nage, mas além disso, existe o meu amor pelo esporte como um todo. Como judoca japonês, acredito que é muito importante promover a cortesia para com o adversário e o que chamo de 'rei', que se baseia no respeito e na prosperidade mútua. ” existe meu amor por todo o esporte. Como judoca japonês, acredito que é muito importante promover a cortesia para com o adversário e o que chamo de 'rei', que se baseia no respeito e na prosperidade mútua. ” existe meu amor por todo o esporte. Como judoca japonês, acredito que é muito importante promover a cortesia para com o adversário e o que chamo de 'rei', que se baseia no respeito e na prosperidade mútua. ”

Jogos Olímpicos de Sydney

Campeão é aquele que sobe ao pódio da medalha e recebe toda a atenção, mas por trás de cada homem e mulher que ganha há muitos contribuintes. Um dos principais arquitetos de Nomura foi Shinji Hosokawa, campeão olímpico e mundial. “Conheci Hosokawa-Sensei na Universidade de Tenri e ele mudou minha carreira no judô para sempre. Ele sempre me dizia que não basta treinar forte, mas é preciso treinar para vencer e, para isso, é preciso ser inteligente e consistente . O segredo é a qualidade. Todos os dias, quando treinava, pensava nos Jogos Olímpicos e imaginava como seria perder, então me preparei. Hosokawa-Sensei sempre esteve ao meu lado. Ele me ajudou a curtir o treinamento de judô, divertir-se, mas ao mesmo tempo sentir a pressão e o risco de perder. Quando cheguei a Atlanta e ele estava sentado na cadeira do treinador, Eu me senti bem e pronto. Eu o admiro porque ao longo de sua vida ele continuou se aprimorando e aprendendo. Ele fala inglês e francês e viajou muito. Ele se tornou um grande campeão antes de se tornar um grande treinador e é um grande homem também, dentro e fora do tatame. Ele é um exemplo. "

Equipe japonesa treinando em Paris

Hoje Tadahiro Nomura nunca está longe do judô. Sendo um conhecido locutor de TV no Japão, ele também é um orador público que deseja compartilhar sua experiência para ajudar jovens e atletas a alcançarem seus sonhos. Com as Olimpíadas de Tóquio no horizonte, ele também comanda dois jovens judocas, que todos nós conhecemos muito bem: “Já trabalho com os irmãos Abe há algum tempo. Abe Uta e Abe Hifumi são dois grandes atletas. Normalmente no Japão você fica muito famoso depois de ganhar os títulos olímpicos, o que ainda não é o caso deles, mas eles já são bem conhecidos no país. Eles estão expostos e eu estou aí para os ajudar e orientar para que possam usufruir das melhores condições de treino e também da melhor presença nos meios de comunicação. Além de minha profissão na TV e do Abes, também organizo clínicas de judô dentro e fora do Japão, embora com a pandemia global não seja possível viajar no momento. Desde que me aposentei, passo a maior parte do tempo de terno e gravata. Tenho saudades do judogi, então sempre que posso gosto de voltar para o tatame. Sempre que tenho a oportunidade de viajar e participar de uma clínica de judô, fico feliz. Sinto que as pessoas me respeitam por minhas conquistas, mas principalmente sinto a paixão que os judocas de todo o mundo têm pelo nosso esporte. "

Anunciante de televisão

Para entender um pouco mais sobre o segredo do grande campeão, precisamos entender melhor de onde ele vem e o que, em determinado momento, o fez chegar ao cume. "Como eu disse, comecei o judô muito jovem. Minha família inteira estava envolvida no judô. Meu avô fundou um pequeno dojo familiar chamado Houtokukan Nomura Dojo. Meu pai era um treinador de judô bem-sucedido no ensino médio. Além disso, meu tio se tornou campeão olímpico em Munique em 1972: Toyokazu Nomura. Posso dizer que fazia parte do nosso dia a dia e quando comecei a praticar o espírito do meu avô habitava nosso dojo. Não me lembro de tê-lo visto no tatame, mas lembro o sorriso dele, sempre um rosto feliz. Sabe, a chave era a diversão. No Nomura dojo nos divertíamos! Pessoalmente, eu me divertia, mesmo chorando muito também, porque eu não era tão forte e estava perdendo muito. Eu não gostei disso. Quando entrei no ensino fundamental, tinha apenas 32kg e ninguém acreditava que eu seria um bom judoca, mesmo que quisesse ser o melhor. Quando eu tinha 12 ou 13 anos, queria ser um herói do esporte, mas isso estava muito além do meu alcance. Então decidi dar um passo a passo. Quando fiz 17 anos e assisti aos Jogos Olímpicos de Barcelona, ​​queria estar lá, mas tinha a sensação de que aqueles atletas da TV estavam em outro planeta. Depois fui para a universidade e derrotei o Sonoda, que já era campeão mundial. Percebi que talvez tivesse uma chance. Quando eu era jovem perdia muito, principalmente porque lutava contra judocas mais pesadas, mas com todas essas derrotas aprendi muito. Foi aí que comecei a melhorar minha técnica, pois precisava encontrar soluções. ” 

Com os irmãos Abe

Descobrir as soluções para se tornar melhor, através de fracassos e derrotas, é um fator importante para o sucesso futuro de Nomura e é exatamente isso que ele quer transmitir à próxima geração de judocas, "Eu adoraria agora ter meu próprio dojo onde pudesse ensinar crianças pequenas o segredo para se tornar um verdadeiro judoca. Mas então a pandemia global começou e eu tive que me adaptar. Por enquanto, organizo algumas aulas de judô online, no meu canal do YouTube 'Nomura Dojo'. É uma ótima maneira de interagir com a comunidade de judô. No momento, faço isso no Japão, mas ficaria feliz em compartilhá-lo fora do Japão. Estou realmente ansioso para voltar com crianças no tatame novamente. "

Quando Tadahiro Nomura começou a falar em educação, a discussão tomou outro rumo, abrindo outra dimensão. “Há alguns anos viajei para a França, com Uemura-Sensei e o Kodokan. Tive a sensação de que sabia muito sobre o lado esportivo do judô, mas aí comecei a entender um pouco melhor o que significava jita kyoei. Ok, então o judô é um elemento do budo, com uma pessoa enfrentando a outra e um deles vencendo, mas o judô é muito mais do que isso. É uma forma de educação. O judô carrega valores reais que estão todos embutidos no arco, o rei. I quero continuar aprendendo mais sobre isso e quero me comunicar mais também. Isso é o que diferencia o judô de qualquer outra atividade. Foi isso que o Jigoro Kano nos deu. Quando você é atleta não é fácil pensar em educação. Quando eu era uma criança que queria ganhar. Pais e professores querem que seus filhos ganhem, mas antes devemos ensiná-los a amar o judô pelo que ele é: uma bela ferramenta educacional e uma atividade divertida. Depois da minha carreira, percebi que para mim nem sempre era divertido estar no tatame e treinar forte. Foi difícil, mas toda vez que era muito difícil, eu me lembrava da diversão que me divertia quando era criança e de repente tudo ficava mais fácil. Comecei a processar tudo o que aprendi, mas ainda tenho muito a descobrir e é isso que quero fazer agora. Eu me lembrava de como me divertia quando era criança e de repente tudo se tornava mais fácil. Comecei a processar tudo o que aprendi, mas ainda tenho muito a descobrir e é isso que quero fazer agora. 

Nomura dojo

Admiro todos os projetos que a IJF realiza, como Judo para Crianças e Judo pela Paz. São ideias fantásticas porque trazem para as massas uma dimensão do judô inventada pelo próprio Jigoro Kano Shihan. Todos esses programas oferecem possibilidades para que todos possam brilhar no judô e encontrar suas próprias respostas para os desafios que temos que enfrentar. Eu conheço o poder do judô e estou realmente me identificando com ele. Nos últimos anos, o número de judocas diminuiu no Japão, mas estou feliz em ver que está aumentando em todo o mundo, graças aos programas educacionais que são criados. Acredito que é também através da educação que vamos encontrar soluções no meu país. ”

Poderíamos ouvir Tadahiro Nomura por horas, mas o tempo voa e todos têm que pular para a próxima reunião em nossos horários lotados. Tínhamos apenas mais alguns minutos para chegar a uma conclusão: "Lamento não ter conseguido ganhar um quarto título olímpico. Achei que era possível. Estava pronto, mas fui para um campo de treinamento onde me lesionei e Tive que parar. O que posso dizer é que ao longo da minha carreira aprendi muito e ainda estou aprendendo muito. Quero agora dar a minha contribuição, não como atleta, mas como educadora. Eu posso ser campeão, mas ainda preciso estudar cada vez mais. O judô não é só medalha, é muito mais do que isso ”.


Quando essas palavras vêm da única pessoa que já ganhou três medalhas de ouro olímpicas no judô, isso significa algo. Também significa muito ver o quão humilde é Tadahiro Nomura. Sim, ele foi o melhor em Atlanta, Sydney e Atenas. Sim, foi o melhor no Mundial de Paris em 1997, mas hoje quer contribuir para o judô e para o mundo, a um nível que vai além dos resultados e que tem impacto direto no bem-estar de todos.

Por:  Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

domingo, 9 de maio de 2021

Eleições FPJ: Em novo vídeo, sensei Uichiro Umakakeba reforça seu apoio ao RenovaJudô


O professor Uichiro Umakakeba, kodansha 9º dan, da Associação de Judô de Bastos, reforça seu apoio à chapa RenovaJudô para as eleições para a Presidência 2021 em mais um vídeo. Confira o que sensei Umakakeba tem a dizer:




Por transparência, respeito e mudança. RenovaJudô já!

Por: ASCOM RenovaJudô

Palestra de Rodrigo Motta no IV Encontro Nacional de Kôdanshas 2020

O professor Rodrigo Guimarães Motta participou do IV Encontro Nacional de Kôdanshas, organizado pela Confederação Brasileira de Judô, e contribuiu  com uma palestra sobre a “Qualidade total aplicada ao Judô”.

Confira o vídeo!

Por: ASCOM ICI



Tamerlan Bashaev "empacota" ouro novamente


O peso pesado russo Tamerlan Bashaev está em fase de ascensão que mais uma vez o guiou à final dos pesados, contra um gigante do judô, o brasileiro Rafael Silva, dupla medalhista olímpica e tripla mundial. Bashaev foi 5º no Masters em Doha, finalista no Grand Slam em Tel Aviv e finalmente medalhista de ouro em Antalya em abril. O relativamente pequeno Bashaev continua incrível.

A final foi como o esperado, com Silva tentando usar sua figura maciça para arremessar Bashaev com um uchi-mata natural, mas enorme, e o pequeno, em comparação, russo tentando ir sob o centro de gravidade de Silva. Neste jogo, o vencedor é Bashaev, mais ativo que o brasileiro, que foi penalizado três vezes.

Finalista em Düsseldorf em 2020, Johannes Frey (GER) qualificou-se para a primeira medalha de bronze contra o romeno Vladut Simionescu (ROU), que desde o Grand Slam de Baku em 2019 não provou um pódio internacional e também não seria desta vez como o romeno, apesar de seu tamanho, foi lançado com um impressionante drop seoi-nage, não muito diferente em velocidade e direção daqueles vistos em -60kg. Muito impressionante de Frey!

No pódio em 2019, em Baku, Anton Krivobokov (RUS) enfrentou o segundo brasileiro da categoria, David Moura, que, apesar do público ser favorável ao adversário, garantiu a medalha de bronze.


Romane Dicko comanda os pesos pesados


Parece que se tornou quase impossível parar o progresso da francesa Romane Dicko, que desde o Grande Prêmio de Tbilisi em 2018, soma as vitórias como pérolas em um colar que se torna cada vez mais pesado para carregar seus oponentes; 8 no total de 9 saídas!

Mais uma vez Dicko passou pelas eliminatórias sem tremer, com precisão, seriedade e bom humor e se classificou para a final contra Maryna Slutskaya, terceira no último Campeonato Europeu.

Devido a uma lesão sofrida no início do dia, Maryna Slutskaya não pôde comparecer e Dicko somou a nona vitória consecutiva ao seu recorde. Impressionante! O fato é que a competição que realmente conta acontecerá neste verão no Japão. Dicko conseguirá arrebatar o título de Sone Akira, a jovem campeã mundial japonesa, a primeira atleta oficialmente selecionada para representar o Japão nos Jogos, após seu título mundial em 2019? Saberemos em breve, mas a seleção japonesa tem motivos sérios para se preocupar.

Segunda colocada no Campeonato Africano em 2020, Sonia Asselah (ALG) se classificou para a disputa pela medalha de bronze contra Beatriz Souza (BRA), campeã do recente Pan-Americano, mas a brasileira era forte demais e com uma obra-prima de o-soto- gari marcou ippon para ganhar a medalha de bronze.

A segunda disputa pela medalha de bronze enfrentou Melissa Mojica (PUR) e a atual campeã pan-americana Maria Suelen Altheman (BRA). Apesar de Mojica ter feito um waza-ari, ela foi penalizada três vezes para oferecer a vitória e a medalha a Altheman.


sábado, 8 de maio de 2021

WJC: Sucesso total na primeira edição do World Judo Challenge


A proposta dos organizadores do World Judo Challenge de proporcionar aos amantes de lutas, principalmente de judô, entretenimento e diversão foi realizada com sucesso e superou expectativas.

Saudade de catadas de perna?

O WJC1 trouxe para os tatamis cinco lutas casadas. Cada luta contou com três rounds de três minutos, com dois intervalos de 1m30, com direito a Tatami Girl informando cada round.

Tatami Girl Claudia Funny informando o round


Marcos Hungaro e Edinanci Silva

Todas as lutas foram comentadas pela dupla Marcos Hungaro e Edinanci Silva, dando um toque especial para quem estava assistindo as lutas. 


Valorização do atleta, respeito ao público em oferecer um entretenimento de qualidade, resultou em uma ideia arrojada e inovadora para dar um alento aos judocas e admiradores da modalidade após mais de um ano sem eventos.


Lutas:
As lutas foram intensas e ninguém veio para o WJC para brincar. E quem se deu bem foi o público que interagiu, torceu, cornetou, enfim, fez valer o seu direito de participar ativamente comentando durante as lutas. E os resultados foram:

1º Card
Wedja Machine venceu Amanda Culato
2º Card
Ricardo Ranpage venceu Erik Silva
3º Card
Alana Uriguti venceu Gilmara Prudêncio
4º Card
Adriano Dicks venceu Breno Pitbull
5º Card
Felipe Santista venceu Rubens Zoio

Kubo, Hungaro e Gil

O que vem por aí:
A organização já está programando o WJC2 e WJC3, sendo o próximo previsto para acontecer no segundo semestre. Quem desejar participar, poderá se inscrever para o WJC2 clicando aqui.

Perdeu a transmissão? Assista abaixo!



Por: ASCOM WJC
Fotos: Sergio Cruz

Justiça anula eleição na Federação Paulista de Judô e confirma interventor


A menos de três meses da Olimpíada de Tóquio, a Federação Paulista de Judô tem passado por momentos turbulentos, como vem mostrando o Radar. O último episódio se deu nesta semana. O TJSP anulou a eleição  da FPJ e confirmou o interventor Caio Pompeu de Souza no comando da entidade.

A decisão determina que o último presidente e toda a diretoria cujo mandato terminou em 31 de de março não adentrem as dependências da Federação para praticar atos administrativos ou financeiros em nome da entidade. 

A Corte paulista determinou, ainda, que sejam fornecidas todas as senhas ao interventor, sob pena de multa de 100.000 reais. “A decisão do TJSP confirmou de forma categórica a legalidade da intervenção do STJD na Federação”, defende o advogado Renato Ribeiro de Almeida, que representa a chapa oposicionista ao lado do colega Carlo Frederico Muller.

“A eleição realizada em abril foi anulada porque foi convocada pelos ex-dirigentes, que deliberadamente decidiram não se submeter à autoridade da decisão do STJD”, diz Almeida.

Conforme informado pelo Radar, a confusão teve início no mês passado, na época das eleições para o comando da entidade. O pleito foi questionado no STJD por denúncias de uma série de irregularidades que favoreceriam Puglia.

O mandato dele chegou ao fim em 31 de março e o tribunal desportivo indicou um interventor, definindo uma nova comissão eleitoral para a federação, além de transformar o ex-presidente em réu.

A FPJ resistiu à autoridade desportiva e levou o caso à Justiça comum, que também reconheceu a legitimidade do STJD (como prevê o próprio estatuto da federação). 

Por: Laísa Dall'Agnol Radar/Veja

WJC: Perdeu a live da pesagem do WJC ontem? Confira aqui e vai esquentando para as lutas de hoje!


A live da pesagem de ontem foi sensacional! Com interação do público, encaradas e entrevistas, o WJC começou com tudo nesta sexta-feira. Perdeu a live ontem? Aproveite para assistir agora e fazer um esquenta para as lutas que acontecerão logo mais, às 20h no canal do World Judo Challenge.

Lutas mais competitivas, mais emoção e uma premiação digna de quem valoriza de verdade o Judô!

Wedja x Amanda Culato
Rampage x Erick Silva
Alana Araguti x Gilmara Prudêncio
Breno Pitbull x Adriano Drics
Felipe Santista x Rubens Zoio

Clique no link e ative a notificação no YouTube: 
https://www.youtube.com/watch?v=HeLXBXPtC5s

Por: ASCOM WJC

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