quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Confira como foi o dia de heróis de Mayra e Daniel no retorno a Porto Alegre


Foi uma tarde inesquecível. Mais uma tarde inesquecível, em que Porto Alegre rendeu homenagens e láureas a judocas do Rio Grande do Sul. Dessa vez, as estrelas da festa foram os medalhistas olímpicos Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, que, ao longo de quatro horas, desfilaram em viatura do Corpo de Bombeiros, receberam a chave da cidade, foram recebidos pelo governo e, ao fim, ganharam o carinho de sogipanos e descerraram novos painéis que lembram os bronzes nos Jogos de Tóquio.

A dupla desembarcou às 11h no Aeroporto Salgado Filho. De lá, junto com Ketleyn Quadros e Maria Portela, o grupo seguiu em desfile para o Paço Municipal, no coração de Porto Alegre, onde Mayra e Daniel receberam a chave da cidade das mãos do prefeito Sebastião Melo.

Além de medalhas, a chave da cidade

“Com muita alegria faço, em nome de toda a cidade, essa homenagem a esses dois grandes atletas que são motivo de orgulho pra nossa gente. O esporte salva vidas! Que mais e mais crianças possam tê-los como exemplo e também trilhar um caminho no esporte”, afirmou o prefeito, que puxou o canto de “parabéns a você” para Mayra, que completou 30 anos nesta terça-feira.

Sempre sob a escola dos motociclistas da EPTC, o comboio sogipano seguiu para o Palácio Piratini, onde os judocas foram homenageados pelo governador Eduardo Leite, que exaltou o esforço para a conquista: “Quando vocês sobem ao pódio, sobe um monte de gente com vocês, pessoas que ajudam e as que torcem, ou seja, subimos todos nós. Parabéns, essa medalha é merecimento pelo esforço de vocês”, afirmou.

O governador também destacou o exemplo que os medalhistas se tornam: “Saibam que são exemplo e servem de inspiração para muita gente, especialmente jovens que ganham motivação a partir de vocês para praticar esporte e, quem sabe, também chegar às Olimpíadas um dia”.

Atletas olímpicos foram recebidas pelo governador Eduardo Leite | Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

Da sede do governo, o trajeto continuou até clube, sempre recebendo o carinho dos gaúchos pelas ruas da cidade, onde os atletas foram recepcionados pelos pequenos sogipanos do Projeto Criança. Receberam flores e presentes e curtiram uma apresentação especial da Banda São João. Depois disso, eles descerraram os novos painéis alusivos às suas novas conquistas no dojô da Sogipa.

Presidente da Federação Gaúcha de Judô, Luiz Bayard acompanhou os atletas olímpicos ao longo do trajeto. “A Mayra e o Daniel foram recebidos como heróis, pois realmente são. A conquista deles é resultado de um esforço enorme e, ao mesmo tempo, sabemos que eles plantam sementes para o futuro do judô gaúcho”, disse Bayard. “Quantas crianças será que não se inspiraram com as cenas de hoje?”, provocou o presidente da FGJ.

“E o mais importante é que quando novos atletas chegarem, seja para tentar o nível competitivo, seja pela filosofia do judô, teremos uma estrutura cada vez melhor, com equipes ainda mais preparadas e professores dedicados”, disse Bayard. “É o nosso compromisso para viver mais dias como o de hoje.”

Porto Alegre rendeu homenagens aos medalhistas

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô


terça-feira, 3 de agosto de 2021

Tocantins: Fejet inicia treinamentos para graduações superiores, primeiro evento presencial oficial da entidade em tempos de pandemia


Um total de 33 atletas filiados à Federação de Judô do Estado do Tocantins (Fejet) iniciou, neste domingo, 1º, o Curso de Faixa Preta, a primeira atividade presencial oficial da entidade desde que instauradas as medidas de isolamento social em prevenção à pandemia de Covid-19. Os treinamentos foram realizados no Dojô Judô Nipo, em Palmas, reunindo judocas de diferentes academias que visam à obtenção da faixa preta do 1º ao 4º Dan em exame previsto para ocorrer no dia 11 de dezembro de 2021.

Presidente da Fejet, o Kodansha de 6º Dan Georgton Thomé Bujar de Moura Pachêco ressalta a importância da retomada das atividades judoístas, mas ainda conciliadas às medidas preventivas.

“Nos traz muita satisfação esta retomada, mesmo que ainda gradual, das agendas do Judô. Desde 2019, o nosso esporte esteve no aguardo desta oportunidade, sempre atento às normativas e aos passos que poderíamos dar. Agora, com boa parte dos nossos atletas já com pelo menos a primeira dose da vacina, mantendo a obrigatoriedade do uso da máscara durante todo o treinamento e com a disponibilidade de álcool em gel para a constante higienização dos participantes, vislumbramos, otimistas e com segurança, um novo caminho de sucesso para o Judô tocantinense, por nós e em memória aos amigos que se foram”, enfatiza Ton Pachêco.

Treinamentos

Os treinamentos do Curso estão previstos para ocorrer durante os próximos quatro finais de semana, sempre aos sábados e domingos, alternando a turmas composta pelos faixas marrons, que buscam entrar no rol dos faixas pretas tocantinenses, com a dos que já possuem graduação superior.

De todos os inscritos, 17 serão submetidos ao exame para Shodan, a faixa preta de 1º Dan, a primeira graduação superior no Judô. Outros nove serão avaliados para Nidan [2º Dan]; mais quatro atletas para Sandan [3º Dan]; e, por fim, três judocas buscam o Yondan [4º Dan].

O Curso será todo ministrado pelo vice-presidente e diretor técnico da Fejet, o Kodansha de 6º Dan Celso Galdino de Araújo, que explica a complexidade das exigências para ser aprovado nos exames.

“Estes treinamentos reúnem a elite do Judô do Tocantins. Para entrar na graduação superior ou evoluir nela, não é suficiente apenas ter um histórico como bom competidor, é necessário apresentar pleno conhecimento técnico, histórico e até filosófico sobre a modalidade. Por isto, o Curso tem como foco os Katas de Judô e o estudo do Kihon, a forma correta de aplicação das técnicas com o consequente aprimoramento técnico dos participantes. Assim, os exames não exigem apenas o saber fazer, aplicar os golpes, mas, de igual forma, o conhecer também, o se ter o espírito judoísta”, pontua Celso Galdino. [Coordenação de Comunicação da Fejet / Fotos: Fernando Camargo]

Coordenação de Comunicação da Fejet 

Bahia: Judô pombalense retorna às competições de judô


Numa realização da Federação Baiana de Judô (Febaju), aconteceu em 30 de julho, sexta-feira, na cidade de Lauro de Freitas a II Etapa do Circuito Baiano de Judô.

A competição contou com a participação de 213 atletas inscritos de toda Bahia, marcando o retorno das competições promovidas pela Febaju, que foi realizado sem a presença de público e todos os atletas foram submetidos ao teste da Covid-19.


Judocas Pombalenses conquistam 05 medalhas na competição com a participação de apenas de 03 atletas do Projeto Municipal Judô nas Escolas de Ribeira do Pombal/Bahia.

Os  03 Judocas Pombalenses conquistaram 02 medalhas de ouro, 02 de pratas e 01 de bronze:

• Laiane Neves - SUB 15 anos -52kg - CAMPEÃ
• Gustavo Calmon - SUB 18 anos +90 kg - 3° Lugar
• Gustavo Calmon - SUB 21 anos +100 kg - CAMPEÃO
• Thayná Santos  - SUB 21 anos -48 kg - 2° Lugar
• Thayná Santos  - SÊNIOR  -48 kg - 2° Lugar

Aproveitamos para gradecer os familiares pela confiança depositada no Projeto Judô nas Escolas, como também, nada disso poderia acontecer, se não estivesse o total apoio da Secretária de Educação Senhora Aline Silva e o Prefeito Ericksson Silva, por não medir esforços em ajudar o esporte de Ribeira do Pombal, em especial, o Judô Pombalense.

Vlademir Borges Matos  - Coordenador do Projeto
Professores:
Rhalf Almeida Matos
Lúcio Monteiro
Luann Matos


Araras: Judô encerrou participação na Olimpíada de Tóquio


Na última sexta-feira (30), o judô encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, onde o Brasil conquistou duas medalhas de bronze e ficou com o sétimo lugar na disputa por equipes.

Nós do Projeto Kimono de Ouro da Associação Marcos Mercadante de Judô, parabenizamos o atleta Eduardo Yudy Santos -81kg, por se tornar um “Atleta Olímpico”. Também agradecemos muito por representar o Projeto Kimono de Ouro nessas olimpíadas.

"Estamos orgulhosos e sabemos que sua trajetória não foi fácil. Foi um imenso prazer vê-lo no tatame olímpico, onde estavam os melhores judocas de cada país. Você é um vencedor, não desista nunca dos seus objetivos. Paris 2024 já está chegando!", comentou o mestre kodansha Marcos Mercadante.

Por: Associação Mercadante de Araras


Rio Grande do Sul: Daniel Cargnin e Mayra Aguiar tiveram recepção de heróis nesta terça


A terça-feira foi de celebração em Porto Alegre. E mais uma vez teve judoca em cima de caminhão do Corpo de Bombeiros para compartilhar com a cidade uma nova conquista. Dessa vez, os protagonistas foram os medalhistas olímpicos Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, que estarão acompanhados de Maria Portela, Ketleyn Quadros e Rafael Macedo – que voltaram nesta segunda ao RS.

A dupla desembarcou na Capital no voo da Latam 3722 pontualmente às 11h no aeroporto Salgado Filho. Após recepção, eles foram recebidos pelo prefeito Sebastião Melo, nas escadarias do Paço Municipal, por volta das 12h30, e também pelo governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini.

A rota terminou na Sogipa, onde receberam mais homenagens e irão inaugurar painéis que eternizarão as conquistas dos bronzes nos Jogos de Tóquio.

“Espero ver os fãs e os apoiadores que possam comparecer parabenizando nossos atletas no Paço Municipal, que é um lugar aberto, onde poderemos compartilhar a celebração desta medalha tão expressiva para o judô gaúcho”, convidou o presidente da Federação Gaúcha de Judô, Luiz Bayard.

“Daniel e Mayra deram seu maior esforço pelo Brasil e pelo judô gaúcho em Tóquio. Agora vão receber o merecido carinho da torcida, em casa”, concluiu o dirigente, que participará das homenagens aos judocas.

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Gaúcha de Judô

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Quarta tem live "Judo Gulô 20 anos"


Em comemoração aos 20 anos da ADC Judô Gulô, será realizada a live comemorativa com as histórias dos professores desta tradicional escola de judô do ABC Paulista.

Serviço:
Live Judô Gulô 20 anos
Data: 04 de agosto
Horário: 20hs
Local: @judogulo

Por: Judô Gulô


Judoca Nacif Elias é impedido de lutar com seu próprio quimono na estreia do tatame olímpico de Tóquio


O atleta capixaba naturalizado libanês Nacif Elias (-81Kg) foi impedido de lutar no tatame olímpico de Tóquio com seu próprio quimono, pois a Federação Internacional de Judô alegou que seu quimono não estava branco de acordo com o padrão olímpico. 


“Só quem é lutador ou esportista sabe que quando você não luta com seu material de trabalho é diferente. Lutei com um quimono grande que estava na arara dos jogos. Competi com o coreano que disputa bem a pegada, mas durante o combate ele só andou para trás, esse era o jogo dele, sair e colocar golpe, e por conta de o quimono ser grande, eu não consegui estabelecer uma boa pegada, chegar junto. Mas agradeço a todos pelo carinho, mensagens e apoio. Infelizmente, não foi o meu dia, não sei se irei continuar fazendo judô, talvez eu me aposente.”, esclareceu Nacif em um vídeo que ele publicou nas redes sociais.  

A luta começou bem examinada. Depois da segunda punição, com receio de ser desclassificado com a próxima punição, Nacif saiu da estratégia de luta e foi para o tudo ou nada. Mas foi surpreendido pela velocidade do sul-coreano mais uma vez. Encerrando assim, sua participação na olimpíada de Tóquio. 


Agora, Nacif se prepara para embarcar para o Brasil, onde irá decidir se irá fazer mais um ciclo olímpico. 

“Agradeço o apoio da minha família, amigos, ao Team Nacif Elias, à imprensa e por todas as mensagens de apoio recebidas.”, conclui Nacif Elias. 

Por: Raquel Lima - Assessoria de Comunicação

domingo, 1 de agosto de 2021

Paraná: Projeto Leões do Tatame promove Campanha de Doação de Sangue


Durante todo o mês de agosto o Projeto Leões do Tatame (Ponta Grossa - PR) irá promover Campanha de Doação de Sangue. A iniciativa é alusiva ao 4° ano de atividades da equipe. 

Shihan (mestre) Jigoro Kano, ao criar o Judô, baseou o judô  em 3 princípios, entre os eles está o Jita-kyoei, que é o Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos, e traz como ensinamento que o ser humano deve ser solidário e buscar o bem estar individual e coletivo. 


Aliando o Jita-Kyoei ao aniversário do projeto LEÕES DO TATAME, que no dia 27 de julho completou seu 4º ano de atividades, decidimos comemorar da melhor forma que podemos: AJUDANDO AQUELES QUE PRECISAM. 

Foi pensado, com muito carinho, que lançamos uma CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE, que terá início no dia 02 de agosto e fechará no dia 31 de agosto. 

Como incentivo, os doadores participarão de um sorteio com os seguintes prêmios:
•30 dias de treino grátis; 
•1 judogi “kimono” reforçado;
•1 KIT com produtos Natura.


Para participar, o doador deverá enviar uma foto dentro da sala de coleta, via whatsaap (42) 9.8808-9933 onde receberá um número e participará do sorteio que será realizado no dia 04 de setembro através da página da equipe no Facebook. 

Projeto 

O Projeto Leões do Tatame é uma iniciativa social promovida pela Associação Judô Carlos Silva em parceria com o clube de serviços  Rotary Club de Ponta Grossa Campos Gerais e Prefeitura Municipal de Ponta Grossa que visa levar o judô de forma gratuita para alunos da rede pública de ensino de 04 a 13 anos, atualmente 530 alunos são atendidos pela iniciativa. Para participar do projeto os alunos além de serem alunos da rede pública de ensino têm suas frequências, notas e disciplinas acompanhadas pelo Projeto.

Por: Projetos Leões do Tatame - Ponta Grossa - Paraná

sábado, 31 de julho de 2021

TÓQUIO 2020 - Judô brasileiro mantém escrita e fecha décima participação consecutiva com pódio nos Jogos Olímpicos


Tóquio, 31 de julho - Chegou ao fim, neste sábado, 31, a disputa do Judô nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Com dois bronzes conquistados no individual por Mayra Aguiar (78kg) e Daniel Cargnin (66kg), o judô brasileiro manteve sua escrita de pódios conquistando, pela décima vez consecutiva, ao menos uma medalha em Jogos Olímpicos. Ao todo, o Brasil tem 24 pódios olímpicos no Judô, o que faz da modalidade a maior em número de medalhas na história do Brasil em Jogos Olímpicos.  

“Saímos desses Jogos de cabeça erguida. Mantivemos nossa tradição de pódios olímpicos e ainda tivemos duas medalhas muito significativas. O Daniel Cargnin, que é o rosto da nossa renovação, e a superação incrível da Mayra Aguiar que, entrou para história com a terceira medalha olímpica, feito inédito no judô. O judô brasileiro, mais uma vez, provou seu valor”, comemorou Silvio Acácio Borges, presidente da Confederação Brasileira de Judô.  


Em Tóquio, o Brasil contou com 13 judocas nas disputas individuais, sendo sete deles estreantes em Jogos Olímpicos: Gabriela Chibana (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (81kg) e Rafael Macedo (90kg). Cinco judocas chegaram ao bloco final e terminaram entre os oito melhores do mundo. Além das medalhas de bronze de Mayra e Cargnin, a seleção teve os sétimos lugares de Ketleyn Quadros (63kg), Rafael Silva Baby (+100kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) que, infelizmente, sofreu uma lesão no ligamento patelar do joelho esquerdo e ficou fora das finais.  

Tóquio ficará marcada também pela estreia da competição por equipes mistas no programa olímpico, evento em que o Brasil tinha grande potencial de ir ao pódio, mas sofreu com desfalques e terminou em sétimo lugar. A França desbancou o Japão na grande final e os bronzes foram para Alemanha e Israel, que venceu o Brasil na repescagem.  


Na avaliação geral, o gestor de Alto Rendimento da CBJ e chefe da equipe de Judô na Missão Tóquio 2020, Ney Wilson Pereira, destacou o processo de renovação da equipe masculina e lembrou das dificuldades superadas pelos atletas na reta final do ciclo olímpico com a pandemia. 


“A gente tem a equipe masculina num processo de renovação, diferente da feminina que tem atletas muito experientes e algumas mais novas. A equipe masculina só tem o Baby com maior bagagem. Esses Jogos são diferentes, porque tivemos muita dificuldade na preparação. Um atleta jovem precisa de mais rodagem, mais treinamento, coisa que a pandemia nos dificultou. Certeza que cada um desses atletas, dentro das possibilidades, tiveram a melhor preparação e entregaram o melhor que podiam. Se eu tiver que apontar alguma coisa em termos de resultados da equipe masculina é a dificuldade de preparação. Conquistamos todas as vagas, mas faltou um intercâmbio maior, que é nossa linha de trabalho”, explicou. “Nós fomos, em janeiro, ao World Masters, em Doha, e saímos sem medalha nenhuma. Saímos dos Jogos Olímpicos, hoje, com duas medalhas. Uma superação incrível de uma atleta que superou muita coisa para conquistar a terceira medalha olímpica. E um rosto novo que trouxe um grande resultado, um exemplo da renovação. Mantivemos a tradição de pódio em Jogos Olímpicos. A modalidade trouxe duas medalhas e ajudou o Brasil no quadro de medalhas. Claro queríamos mais, mas a avaliação é boa.” 

A seleção brasileira de judô deixará Tóquio neste domingo, 01, e desembarcará no Brasil na segunda-feira, 02.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


TÓQUIO 2020 - Brasil fica em sétimo lugar na disputa olímpica por equipes mistas


Tóquio, 31 de julho -
 O judô brasileiro ficou em sétimo lugar na inédita disputa por equipes mistas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na madrugada deste sábado, o time brasileiro encarou Holanda, nas quartas-de-final, e Israel, na repescagem, e não conseguiu superar os adversários.  

"A gente tem potencial, poderia chegar no lugar mais alto do pódio. Seria um feito histórico na primeira vez da competição por equipes e estávamos com muita vontade. Mas eu sei que cada um deu tudo de si", comentou Mayra Aguiar, que venceu por ippon suas duas lutas ainda que fora de sua categoria. "Estava com receio de lutar na categoria de cima, mas quando boto o quimono, o espírito competitivo fala mais alto. Consegui lutar bem, fui até o final. Mesmo dois shidôs atrás, fui pra cima e consegui o ippon. Na segunda o objetivo era ganhar de shidô, mas vi que tava boa a pegada e consegui jogar de ippon."

Para a prova por equipes, foram inscritos Larissa Pimenta (57kg), Ketleyn Quadros (70kg), Maria Portela (70kg) e Mayra Aguiar (+70kg), no feminino, Daniel Cargnin (73kg), Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy (90kg), Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (+90kg) e Rafael Silva (+90kg), entre os homens. Lesionada, Maria Suelen Altheman (+70kg) não teve condições de lutar e foi substituída por Mayra, medalhista de bronze no meio-pesado nas disputas individuais. Além dela, sem representante no 57kg, o Brasil teve que improvisar com a meio-leve Larissa Pimenta, que lutou uma categoria acima da sua. 

Neste tipo de prova, cada equipe é formada por até 6 atletas (o mínimo são 4), três homens (73kg, 90kg e +90kg) e três mulheres (57kg, 70kg e +70kg). Ganha o confronto a equipe que conseguir fazer quatro vitórias primeiro. Se houver empate em 3 a 3, é sorteada uma das 6 categorias e os atletas retornam ao tatame para uma luta extra com ponto de ouro (golden score). 

Quartas-de-final - Brasil 2 x 4 Holanda

No primeiro confronto do dia, o Brasil conseguiu duas vitórias com os medalhistas olímpicos Mayra Aguiar e Daniel Cargnin, no duelo contra a Holanda. Nas outras quatro lutas, porém, Larissa Pimenta (57kg), Maria Portela (70kg), Rafael Macedo (90kg) e Rafael Silva (+90kg) não conseguiram passar por Sanne Verhagen (57kg), Sanne Van Dijke (70kg), Noel Van T End (90kg) e Henk Grol (+90kg), respectivamente.

Com a derrota, o Brasil caiu para a repescagem, onde enfrentará Israel, que perdeu nas quartas para a França.

Repescagem - Brasil 2 x 4 Israel  

Precisando de uma vitória para buscar o bronze, o time brasileiro fez três alterações em relação ao primeiro confronto e veio para a disputa contra Israel com Eduardo Katsuhiro (73kg), Eduardo Yudy Santos (90kg) e Rafael Buzacarini (+90kg). Nos pesos femininos, o Brasil repetiu Pimenta, Portela e Mayra. As únicas duas vitórias da equipe brasileira vieram com Maria Portela, que imobilizou Gili Sharir, e Mayra Aguiar, que projetou a pesado Raz Hershko por ippon. Larissa Pimenta ainda forçou duas punições contra Timna Nelson-Levy, mas não suportou a diferença de força física lutando com uma judoca da categoria acima da sua e cedeu ao ippon no final do combate. Katsuhiro caiu nas punições frente a Tohar Butbul; Buzacarini bateu na chave de braço aplicada por Peter Paltchick e Yudy caiu de ippon para Li Kochman. 

O Brasil tem uma prata e dois bronzes nos Mundiais por Equipes mistas e buscava sua primeira medalha olímpica neste tipo de competição. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Tóquio 2020 - Incrível, mas verdadeiro


Mais uma vez tudo foi escrito com antecedência, tudo menos a incrível, mas verdadeira história que a seleção francesa de judô acaba de escrever no último dia do torneio de judô dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No papel, o Japão, em casa, tinha todas as cartas em mãos para encerrar seus Jogos em apoteose. Nada menos do que 9 campeões olímpicos foram alistados na equipe e, no entanto, foi a França que ganhou o cobiçado troféu como a primeira nação na história a ganhar o ouro por equipe.


Há 57 anos, os Jogos de Tóquio terminaram com a vitória de um gigante holandês, Anton Geesink, que permitiu que o judô entrasse plenamente na história do mundo. Hoje a história continua. Os Jogos de Tóquio 2020 foram dominados pelo Japão, isso é um fato inegável. 9 campeões olímpicos é inédito. 24 países no pódio da competição individual. Porém, neste último dia, é a seleção francesa que subiu ao topo do pódio e pode fazer o hino nacional ressoar no estádio.

Este título por equipes encerra uma magnífica semana de judô, com campeões e medalhistas incríveis. No final do dia, vimos sorrisos iluminando rostos. Não havia mais cansaço, não havia mais estresse, apenas a alegria de ter comemorado a vitória no tatame e a vitória do judô nas dificuldades dos últimos meses. Nosso esporte se recuperou e se organizou para oferecer um show de altíssima qualidade. Parabéns a todos os atletas e organizadores. Sem você, tudo isso não teria sido possível. Domo arigatou gozaimasu !!!

Não podemos deixar de dizer que o judô é um esporte individual praticado em equipe. Com isso queremos dizer que é impossível se tornar um grande judoca, mesmo um grande campeão, se você não tiver a oportunidade de se desenvolver com uma equipe de parceiros de treino e treinadores. A dimensão individual no judô existe, mas só existe por meio do grupo com o qual um atleta se identifica e ao qual pertence. Portanto, não é surpreendente que as competições por equipes sempre tenham um sabor especial.

A Federação Internacional de Judô queria e o mundo do judô sonhava com esse torneio Olímpico de Seleção Mista de Judô, que pela primeira vez fez sua entrada oficial nos Jogos Olímpicos aqui em Tóquio e ninguém ficou desiludido porque desde as primeiras rodadas, o show foi lá e várias partidas poderiam ter sido o cartaz de uma final olímpica individual.

O que vimos de tão incrível desde a manhã que tivemos arrepios? Para quem teve a sorte de estar presente no Nippon Budokan ou em frente à TV, a lista não pode ser exaustiva, pois foram tantos os destaques. Podemos citar alguns?

Equipe França - 1ª

• Desde o início, descobrimos a equipe de refugiados (EOR) que não se esquivou da Alemanha e que exibiu com orgulho a bandeira da unidade e da ajuda mútua.

• Na ronda seguinte, a mesma equipa alemã defrontou-se com a equipa dos sonhos japonesa, na qual apenas Mukai Shoichiro não era campeão olímpico. Ainda assim, após as duas primeiras lutas, a Alemanha vencia por 2 a 0, após as derrotas de Abe Uta e Ono Shohei. Aquele que parecia invencível alguns dias atrás foi repentinamente derrubado por Igor Wandkte. Então o Japão voltou e venceu por 4 a 2, mas foi mais perto do que qualquer um poderia esperar.

Todos os medalhistas

• Saeid Mollaei alinhou-se com a equipa da Mongólia. Contra a Alemanha, ele enfrentou a oposição de Eduard Trippel, medalhista de prata como ele, mas na categoria superior. Contra a equipe ROC, ele enfrentou Mikhail Igolnikov, novamente lutando em uma categoria acima da sua. Em ambos os casos, ele venceu com brio.

• Israel lutou calorosamente contra a Itália e depois contra a França, com o resultado final a ser decidido através de um empate e um sorteio de ouro extra sorteado aleatoriamente. Margaux Pinot perdeu inicialmente para Gili Sharir, mas durante a revanche a francesa marcou um ippon libertador.

Equipe Japão - 2ª

• A Holanda começou mal com a nova derrota de Henk Grol para o Bekmurod Oltiboev (UZB), mas com as equipas empatadas, o empate para o marcador de ouro foi na mesma categoria de pesos pesados. Desta vez, Grol ofereceu a vitória ao seu time. Na rodada seguinte foi mais uma vez quem deu a vitória da Holanda sobre o Brasil ao derrotar Rafael Silva.

• Depois de uma primeira luta perdida para surpresa de todos, Ono Shohei finalmente se redimiu executando um movimento perfeito contra o representante da ROC, Musa Mogushov.

Teddy Riner jogando Aaron Wolf na final

Então, aqui estão algumas das histórias que um único dia de competição nos permitiu desfrutar. Ao longo da sessão da manhã, o nível de ruído aumentou um pouco e como o bloco final estava prestes a começar, podíamos esperar, apesar da ausência de público, um clima animado.

Resultados finais
 1 - França 2 - Japão 3 - Alemanha 3 - Israel 5 - ROC 5 - Holanda 7 - Brasil 7 - Mongólia

Chizuru ARAI vs Clarisse AGBEGNENOU
Final

Japão vs França
 -70kg Chizuru ARAI vs Clarisse AGBEGNENOU -90kg Shoichiro MUKAI vs Axel CLERGET + 70kg Akira SONE vs Romane DICKO + 90kg Aaron WOLF vs Teddy RINER -57kg Tsukasa YOSHIDA vs Sarah Leonie CYSIQUE -73kg Shoichhei ONO vs Guillaume CHIQUE -73kg

A final começou voando, um primeiro ko-uchi-gari de esquerda para waza-ari marcado por Clarisse AGBEGNENOU, seguido por um contra-ataque dos franceses para um segundo waza-ari. 1-0 para a França. Clarisse é definitivamente a chefe.

A segunda luta foi apenas sobre força e kumi-kata fortes entre Shoichiro MUKAI e Axel CLERGET. Os franceses fizeram uma partida tática perfeita para marcar um ippon importante no período do placar de ouro. 2-0 para a França.


A terceira partida era a que se esperava no último dia de competição entre Akira SONE e Romane DICKO, mas como a francesa foi derrotada pelo Idalys ORTIZ, isso não aconteceu até hoje. Durante a primeira metade da competição, DICKO não se impressionou com a campeã olímpica e impôs sua força. SONE foi bloqueado, sem uma resposta, mas ela encontrou o seu caminho para marcar um primeiro waza-ari com seu o-uchi-gari, seguido na sequência seguinte com uma imobilização para levá-lo para ippon e 2-1 para a França.

Foi a vez de Teddy Riner pisar no tatame, contra o campeão olímpico de -100kg Aaron WOLF. Se no início Riner parecia ser capaz de controlar a luta e forçar Lobo a ser penalizado duas vezes, lenta mas seguramente o judoca japonês estava ficando mais confiante e foi capaz de perturbar o francês, mas no período do placar de ouro, Teddy Riner finalmente conseguiu um waza -ari pelo terceiro ponto para a França.

A próxima disputa poderá ser decisiva entre Tsukasa YOSHIDA e Sarah Leonie CYSIQUE, ambas medalhistas na prova individual. Imediatamente CYSIQUE apareceu mais nisso do que YOSHIDA e acertou um waza-ari. Ela seria capaz de suportar a pressão? A resposta foi sim, ela fez e eles fizeram! Isso foi absolutamente extraordinário. O Japão estava destinado a vencer, segundo todas as previsões. Como perderam a final, em casa com tantos campeões olímpicos alinhados? A França provou que um evento coletivo tem a ver com o espírito de equipe, a coesão e o fato de os indivíduos se colocarem a serviço do resultado coletivo. A França fez em 2021 o que Anton Geesink fez em 1964 e desviou a balança das expectativas para o incrível.


Para sempre, a França será a primeira campeã olímpica por equipes mistas. Haverá outros no futuro, mas por enquanto eles são os campeões olímpicos, pois estavam cantando antes da cerimônia de premiação. Clarisse Agbegnenou é bicampeã olímpica em Tóquio e Teddy Riner é agora oficialmente três vezes campeão olímpico e tem tantos títulos olímpicos quanto Nomura Tadahiro. Todos os outros medalhistas ou não medalhistas da competição individual podem agora dizer que ganharam o ouro em Tóquio 2020.

Clarisse Agbegnenou disse: " Esta manhã nos sentimos muito bem, estávamos relaxados, todos juntos, tocamos música. Foi legal e pensamos 'vamos buscar o ouro'. O bom desta competição é que se você falhar, o time irá te resgatar. Olha a Pinot, ela começou a perder e depois nos salvou. Quanto a mim, mesmo que eu esteja acostumada a treinar com gente -70kg, isso é outra coisa. Tive que enfrentar o campeão olímpico Arai. Acho que estou o auge da minha arte. Ganhei golos, foi simplesmente incrível. Vencemos o Japão no Japão, isso é o que chamamos de exceção francesa na França. "

Margaux Pinot disse: " Aos 3-3, tive a sensação de que a minha categoria seria escolhida para a competição final e não fiquei feliz porque me senti mal e não fui capaz de jogar. Então, pela primeira vez na competição, aumentei minha mão e pela primeira vez eu tentei uchi-mata. Eu me senti tão aliviado e também é como uma vingança pelo meu pobre torneio individual. Eu sou campeão olímpico. "

Aaron Wolf disse: " O judoca francês foi hoje um pouco melhor do que nós. Com Teddy tentei atacar suas pernas e depois tentei mudar, mas não funcionou. Fiz o meu melhor, mas não consegui. "

Kosei Inoue disse: " Tenho pena dos nossos adeptos e estou muito desiludido, mas a França tem uma grande equipa e um super espírito de equipa. Dou os parabéns. Esta também será uma boa experiência para nós, vamos aprender com isso. "

Concursos de medalha de bronze

Alemanha vs Holanda
 -70kg Giovanna SCOCCIMARRO vs Sanne VAN DIJKE -90kg Dominic RESSEL vs Noel VAN T END + 70kg Anna-Maria WAGNER vs Guusje STEENHUIS + 90kg Karl-Richard FREY vs Henk GROL -57kg Theresa STOLL vs Sanne VERHAGEN -73kg SEIDL vs Sebastian Tornike TSJAKADOEA

Com dois waza-ari e a vitória contra Giovanna SCOCCIMARRO, Sanne VAN DIJKE trouxe o primeiro ponto para a equipe Holanda. O campeão mundial de 2019 Noel VAN T END já estava pisando no tapete para tentar ganhar um segundo ponto, mas depois de mais de 5 minutos no período de pontuação dourada e nada além de pênaltis no placar, Noel VAN T END foi penalizado pela terceira vez por passividade . 1-1.

Anna-Maria WAGNER marcou o segundo ponto para a Alemanha, com um ura-nage lançado poucos segundos antes do final da partida. Os próximos no tatame foram Karl-Richard FREY e Henk GROL. O peso pesado holandês empatou com um contra-ataque. 2-2

Mais uma vez, o placar estava apertado entre Theresa STOLL e Sanne VERHAGEN. O alemão marcou primeiro, seguido pelos holandeses. Foi o STOLL quem finalmente marcou pela segunda vez, no período do placar de ouro, para oferecer o terceiro ponto à Alemanha. A próxima rodada pode ser decisiva ou não e realmente foi. Com a vitória de Sebastian SEIDL, a Alemanha marcou o quarto ponto que lhe deu a medalha de bronze.

Time alemanha

Anna-Maria Wagner disse: " Esta manhã decidimos esperar e não me alinhar para as primeiras rodadas. Funcionou, então o concurso de medalha de bronze foi para mim como uma final e me senti revigorada. Meu braço dói, mas valeu a pena . Esta é uma equipe incrível. Nós nos apoiamos muito e a competição foi tão boa, estou orgulhoso da equipe e da medalha ” .

Israel vs ROC
 -70kg Gili SHARIR vs Madina TAIMAZOVA -90kg Sagi MUKI vs Mikhail IGOLNIKOV + 70kg Raz HERSHKO vs Aleksandra BABINTSEVA + 90kg Peter PALTCHIK vs Tamerlan BASHAEV -57kg Timna NELSON LEVY vs Daria MOZBULETSKA73

Com um waza-ari registrado no score de ouro, Madina TAIMAZOVA deu o primeiro ponto à delegação ROC. Era hora do campeão mundial de 2019, Sagi Muki, entrar no tatame contra Mikhail IGOLNIKOV em um esforço para igualar a linha de pontuação. O início da luta foi bastante difícil para Sagi Muki, que não encontrou solução contra os desafiadores kumi-kata de IGOLNIKOV. O israelense foi penalizado duas vezes quando seu oponente tinha apenas um shido em seu nome, mas com alguns segundos restantes encontramos novamente o campeão incrível que Sagi é e ele marcou um ippon magnífico por 1-1.

Os próximos no tatame foram Raz HERSHKO e Aleksandra BABINTSEVA. Não demorou muito para que HERSHKO conseguisse dois waza-ari e desse a liderança para Israel. 2-1. Com Peter PALTCHIK e Tamerlan BASHAEV em seguida inferindo os holofotes, parecia que o ponto poderia facilmente ir para o ROC, mas PALTCHIK é um judoca poderoso, que não tem problemas em se envolver com qualquer oponente. A partida toda foi meio que um jogo de gato e rato, mas no final foi PALTCHIK quem marcou um waza-ari no placar de ouro. 3-1 para Israel.

Time israel

A partida entre Timna NELSON LEVY e Daria MEZHETSKAIA começou mal para Israel quando MEZHETSKAIA marcou um primeiro waza-ari, mas Timna NELSON LEVY estava em chamas o dia todo e mesmo sendo uma waza-ari atrás, ela continuou se esforçando para marcar dois waza-ari e que sua alegria e a do time de Israel explodam. Israel perdeu várias oportunidades de chegar ao pódio durante a competição individual, mas hoje como uma equipe e como um grupo, que é exatamente o que os eventos de equipe tratam, havia uma medalha de bronze para Israel.

Sagi Muki disse: “ Depois do torneio individual, toda a mídia em Israel estava sobre nós porque não ganhamos uma medalha. Hoje estávamos tão unidos, tão convencidos de que poderíamos fazer isso e lutamos como leões porque acreditamos em nossas chances. "

Peter Paltchik disse: " Nós lutamos por um time, um país, uma bandeira. É um sentimento único. Quando você está no tatame e ouve todos os seus companheiros de equipe apoiando-o com tanta paixão e força, isso lhe dá poder extra. Isso potência extra significa uma medalha. É por esses momentos que amamos o que fazemos. Estamos orgulhosos porque fizemos algo incrível. "

Por: Nicolas Messner, Jo Crowley, Pedro Lasuen e Grace Goulding - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio

sexta-feira, 30 de julho de 2021

FIJ: Rosi e Brasil


De atleta a Treinadora Olímpica e Coordenadora Técnica da CBJ, não importa a função, Rosi Campos está sempre visível, atuando pró-ativamente como a cola da seleção brasileira, garantindo a inclusão e liderando a torcida. A posição dela é de grande responsabilidade e o período que antecedeu os Jogos Olímpicos está longe de ser tranquilo.

“Tem sido muito difícil, não só para o Brasil, mas para todos. Para nós, vivemos muito longe da Europa e depois da pandemia quando o IJF World Tour começou novamente, a Europa era muito cara para nós, então tínhamos dois problemas: a situação global e também as implicações financeiras. Tudo o que pagamos é cerca de 7 vezes mais do que o normal, quando levamos em consideração os protocolos de saúde e as taxas de câmbio e muito mais. Tínhamos que ter um plano muito robusto e uma forma realista de nos prepararmos, especialmente com parte da equipe ainda precisando de pontos de qualificação. 

Em Tbilisi, um membro da equipe estava com o Covid, então tivemos que nos isolar na Turquia e não pudemos participar do grand slam. Tínhamos feito duas bolhas, para homens e para mulheres, mas as bolhas se romperam com o transporte, pegando aviões, sem escolha a não ser serem misturadas, então foi muito ruim. Os atletas estavam muito cansados ​​de ficarem isolados e não poderem sair. Tínhamos que pagar por tudo isso na Turquia. Depois tivemos que ir direto para Guadelajara para o Campeonato Pan-Americano.

No ano passado tivemos sorte com o apoio de Portugal e lá ficámos 2 meses e meio. Durante o campo de treinamento, Mayra ficou ferida e precisou de cirurgia. Sua primeira competição de volta foi o Campeonato Mundial e isso está muito perto para um atleta olímpico. "

Treino em Portugal

“Imediatamente antes do Mundial tivemos um acampamento brasileiro, em Pindamonhangaba em São Paulo. É realizado em um grande hotel com um dojo, ficando em uma bolha com exames regulares e protocolos claros. Todas as necessidades fisiológicas, de massagem e nutricionais são atendidas lá, além do treinamento físico. Foram 3 acampamentos lá como parte da preparação para o Mundial e as Olimpíadas.

Incluímos muitos juniores da seleção brasileira na preparação para os Jogos Olímpicos e funcionou de forma brilhante. Eles se tornaram muito próximos dos membros da equipe sênior, especialmente da equipe olímpica. Os juniores cresceram, técnica e taticamente. Precisávamos dos parceiros de treino e por isso ficou perfeito.

Todas as decisões são tomadas em conjunto com os atletas, não apenas a CBJ. Temos um grupo de WhatsApp que inclui todos os treinadores do clube e temos uma reunião online uma vez por semana. Discutimos o que os atletas estão fazendo quando voltam para casa dos campos de treinamento.

O Comitê Olímpico Brasileiro decidiu que era muito arriscado treinar todos juntos um pouco antes do Mundial e dos Jogos por causa da Covid, mas com uma boa comunicação ainda pudemos dar continuidade ao trabalho feito nos acampamentos, com os jogadores trabalhando duro em seus clubes.

Toda semana conversamos com a Federação, a equipe e os treinadores do clube. Cuidamos de cada detalhe para construir confiança e responsabilidade em todo o Brasil. Tenho muito orgulho de trabalhar nesta equipe. Acho que está tudo certo para os atletas conseguirem o que precisam. Temos agora a mesma provisão para homens e mulheres também, o que é muito melhor do que no passado. "

Treinamento em Paris - fevereiro de 2020: espírito de equipe

Daniel Cargnin lutou com grande coração e um forte grupo de apoio nas arquibancadas e ganhou uma inesperada medalha de bronze no dia 2 em Tóquio.

Sentindo cada vitória e cada derrota em Tóquio

Em seguida, Mayra Aguiar superou uma montanha de desafios para ganhar um extraordinário 3º bronze olímpico em tantos ciclos. Ambas as medalhas podem ser atribuídas, é claro, ao trabalho árduo dos atletas e de seus treinadores, mas também ao incrível espírito de toda a seleção brasileira. Às vezes, a palavra 'família' é usada em demasia, mas, neste caso, é exatamente a palavra certa.

Mayra Aguiar, emocionada após conquistar sua 3ª medalha olímpica.

Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio

TÓQUIO 2020 - Pesados brasileiros terminam em sétimo lugar nos Jogos Olímpicos


Tóquio, 30 de julho - Os pesos pesados brasileiros Rafael Silva “Baby” (+100kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) ficaram em sétimo lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Depois de estrearem com vitórias nas oitavas-de-final, ambos caíram nas quartas. Baby parou no Georgiano Guram Tushishvili, nas punições, enquanto Suelen sentiu o joelho ao tentar defender um golpe da France Romane Dicko.  

Com muitas dores, a brasileira não conseguiu seguir na luta e foi removida de maca do tatame após receber atendimento do médico da seleção, Dr Guilherme Garofo. Ainda no ginásio, Suelen foi avaliada e encaminhada para a Policlínica da Vila Olímpica, onde os exames de imagem confirmaram uma lesão do ligamento patelar do joelho esquerdo. Com isso, a brasileira não poderá disputar a competição por equipes mistas, que acontecerá neste sábado, 31.  

“A lesão aconteceu antes da queda. Houve uma disputa de força entre as duas. Esse tipo de lesão acontece com o movimento excêntrico, onde o atleta faz a força para esticar a perna enquanto ele está sofrendo uma outra força, no caso, da adversária, de dobrar o joelho. Não é uma lesão tão comum no judô. E não é a mesma que ela já teve, que foi de ligamento cruzado e de colateral. Essa é uma lesão diferente.  Se for uma lesão cirúrgica é de quatro a seis meses de recuperação, muito parecido com lesão de ligamento cruzado. Ela estava, no momento, com bastante dor no joelho, incapaz de caminhar, então saiu na maca. A gente medicou, fez gelo, ela estava com controle bom de dor, se sentindo já mais confortável, conseguiu dobrar o joelho até 90 graus e foi para a policlínica realizar os exames de imagens”, explicou o Dr. Garofo.  

Sem condições de luta, Suelen não se apresentou no tatame para a repescagem e, com isso, finalizou sua terceira participação olímpica em sétimo lugar 

Rafael Silva para em Riner e foca em disputa por equipes, neste sábado

Na chave masculina, Rafael Silva estreou com vitória por ippon sobre Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, e pegou Guram Tushishvili, da Geórgia, nas quartas. Em luta amarrada, o adversário conseguiu impor mais ataques e, mesmo que sem efetividade, forçou três punições ao brasileiro.  

"Competição difícil. Eu sabia pelo quadrante que eu teria dificuldade com o georgiano, um histórico complicado contra ele. Senti bastante a questão de volume de pegada, ele se desvencilhando o tempo todo e eu não tive a oportunidade de botar muitos golpes”, detalhou Baby. 

Para buscar sua terceira medalha olímpica, Rafael Silva precisaria passar pelo bicampeão olímpico Teddy Riner, da França, na repescagem. A lenda do judô, decacampeão mundial, foi derrotado nas quartas-de-final pelo russo Tamerlan Bashaev, por um waza-ari.  

Baby tentou impor sua estratégia na luta, mas Riner conseguiu projetar o brasileiro e finalizou o combate com uma chave de braço, avançando à disputa pelo bronze. Rafael encerrou, assim, sua terceira participação olímpica com um sétimo lugar. Ele já tinha dois bronzes dos Jogos de Londres 2012 e do Rio 2016.  

“A gente traçou com a Yuko (Fujii) e o Jun (Shinohara) de ir com a pegada cruzada. O Riner tem uma (pegada na) manga muito forte. Então, era evitar dele pegar na manga e, infelizmente, quando ele conseguiu pegar, fez o golpe, o mesmo que tinha usado em outras lutas, e era uma situação difícil de reverter”, lamentou o judoca brasileiro que ainda terá mais uma chance de medalha com a equipe, no sábado, 31. “Dei meu máximo durante todo esse ciclo olímpico, uma vida toda dedicada ao judô, uma carreira construída no esporte, feliz por estar aqui. Mas não tem muito tempo para ficar remoendo o individual. Preciso me recuperar para dar o meu melhor na competição por equipe amanhã.” 

As disputas por equipes, prova inédita em Jogos Olímpicos, serão no mesmo horário das individuais, às 23h e às 5h. O Brasil, como cabeça de chave, sai de bye na primeira rodada e aguarda o vencedor do duelo entre Uzbequistão e Holanda. A escalação da equipe para o primeiro confronto será anunciada meia hora antes dos combates. 

Nota oficial sobre Maria Suelen


A Missão Brasileira em Tóquio 2020 e a Confederação Brasileira de Judô informam que a judoca Maria Suelen Altheman sofreu lesão no ligamento patelar do joelho esquerdo e não disputará a prova por equipes mistas marcada para este sábado, dia 31. A atleta precisará passar por cirurgia no retorno ao Brasil.  

A contusão ocorreu no combate de quartas-de-final do peso pesado feminino contra a francesa Romane Dicko, realizada nesta sexta-feira, 30. Após ser avaliada pelo médico da equipe de judô, Guilherme Garofo, ainda no tatame, a atleta foi encaminhada para a realização de exames de imagem na Policlínica da Vila Olímpica, que confirmaram a lesão no ligamento patelar. Ela encerra sua terceira participação olímpica na sétima colocação.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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