sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Bahia: Amanhã tem fórum "Estratégias para Superação do Judô Pós-Covid-19" da Febaju


Nesse sábado (8), a partir das 8h30, acontecerá o Fórum do Curso Técnico de Capacitação EAD para professores do judô da Federação Baiana de Judô (Febaju).

Na oportunidade, os participantes poderão interagir com os palestrantes e convidados, no fórum que terá como tema as “Estratégias para Superação do Judô Pós-Covid-19”.

Acesse o canal do Youtube https://www.youtube.com/c/Febaju

Por: Assessoria de Imprensa da Federação Baiana de Judô (Febaju)


quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Publicamos a revista Simplesmente JUDÔ #20. Confira!


Vamos iniciar 2022 com muito otimismo e muitas notícias de judô. Simplesmente JUDÔ #20 publicada! Há sete meses contínuos publicamos uma nova edição da revista cumprindo nosso compromisso com a modalidade. 

E mesmo com as restrições sanitárias, a modalidade cumpre todos os protocolos e segue com força total nos eventos e competições e o mês de dezembro de 2021 foi muito, muito intenso! E então, muita matéria para compilar, editar e compartilhar. Simples assim!

Nesta edição temos notícias sobre o Brasileiro Sênior 2021, Grand Prix Judô Paralímpico, Copa Brasil Interclubes 2021, Jogos Pan-Americanos Sub-21, Apresentação da Nova Comissão Técnica da CBJ, Seletiva Nacional - Projeto Paris 2024 e o Grand Slam de Abu Dhabi 2021.

E nossa homenagem é para o judoca Eduardo Yudy Santos.

Vamos considerar essa edição como um "esquenta" para 2022. Que venha o ano novo com muito judô pela frente!

Clique aqui e leia a revista na plataforma ISSUU

Clique aqui e baixe a versão PDF

Simplesmente JUDÔ, a revista 100% digital do Boletim OSOTOGARI

Por: Boletim OSOTOGARI


quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Vem aí o Treinamento de Campo Veteranos 2022


A CBJ, através da Coordenação Nacional de Veteranos, anuncia a realização do Treinamento de Campo Veteranos 2022 que será realizado entre os dias 04 e 07 de fevereiro de 2022 no Hotel Colonial Plaza, na cidade de Pindamonhangaba, SP.

Além dos treinamentos, haverá convidados especiais, homenagens, atividades e palestras para os participantes.

O cenário da pandemia de covid-19 segue exigindo cuidado. Por esse motivo, somente quem tiver a vacinação completa (pelo menos duas doses) ou apresentar o teste RT-PC realizado na janela do 3º ao 5º dia que antecede o evento estarão habilitados a participar do treinamento. E os participantes poderão levar a família ou convidados!

Inscrições pela plataforma Zempo até as 16h (horário de Brasília) do dia 26 de janeiro. Após a finalização do prazo será aberto o processo de inscrição tardia até o dia do credenciamento.

Confira todos os detalhes no Outline da competição.

Por: Coordenação Nacional de Veteranos da CBJ


Campeões do clima da IJF


Em 2021, o tema da solidariedade é mais importante do que nunca. Provamos que, quando nos unimos, podemos ter um impacto positivo em nosso meio ambiente e uns nos outros. A família do judô se comprometeu a construir um planeta melhor e mais seguro para nossos filhos e nosso futuro. Veja a mensagem do Presidente da IJF em apoio à iniciativa do Campeão do Clima.


Parabéns por sua participação nas atividades do Climate Champion e por seu compromisso com um futuro mais seguro, verde e saudável para todos.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô


terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Bahia: Febaju anuncia inscrições da Copa Bahia Open


Com apoio do governo estadual, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), a Federação Baiana de Judô (Febaju) anuncia as inscrições da Copa Bahia Open, que acontecerá de 18 a 20 de fevereiro de 2022, no Ginásio do Sesi, em Simões Filho.

As inscrições para a competição, podem ser feitas através da plataforma Zempo (www.zempo.com.br). Para mais informações, os interessados e interessadas devem entrar em contato com os canais de comunicação da Febaju.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

IJF e ACNUR firmam parceria para conectar refugiados


O programa Judo pela Paz da IJF tem uma longa história nos países do sul da África, com iniciativas específicas já bem estabelecidas nas áreas urbanas da África do Sul e em campos de refugiados na Zâmbia e no Malawi.

Por muitos anos, o judô tem estado a serviço de refugiados e migrantes, oferecendo uma plataforma para os jovens se socializarem e inúmeras ocasiões para as pessoas se conhecerem e aprenderem com as experiências umas das outras.


Em 2022, um programa específico denominado 'Conectado pelo Judô', desenvolvido em parceria com o ACNUR com o apoio do Grão-Ducado de Luxemburgo, se tornará realidade e reunirá judocas da África do Sul, Zâmbia e Malaui.

Conectado pelo Judô busca fomentar a inclusão digital de Pessoas de Interesse (POCs), o que é cada vez mais importante para o ACNUR estrategicamente, acompanhando não só o aumento da utilização da tecnologia digital devido ao COVID-19, mas também em função de determinados esforços do Secretário Geral da ONU para promover a cooperação digital. Especificamente, conectar os jovens tem sido uma oportunidade para aumentar a consciência digital, estimular a construção e resiliência de comunidades online e offline e contribuir para o bem-estar psicossocial.

Nos três países, a IJF coordenará o programa, onde um total de 6 dojos terão um papel ativo no movimento de inclusão digital: 3 dojos em Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo, dois dojos nos campos de refugiados de Meheba e Mayukwayukwa na Zâmbia e um dojo no campo de refugiados de Dzaleka no Malawi.


Em novembro de 2021, as atividades piloto começaram com as 'Tatami Talks', uma mesa redonda dedicada a todos os aspirantes a treinador e judoca apaixonados envolvidos no programa Judo pela Paz na África do Sul, liderado por Roberto Orlando. Essas palestras reuniram a experiência local do JFP dojo, compartilhando ideias e melhores práticas no tatame.

No decorrer de 2022, o Projeto de Inclusão Digital desenvolverá todo o seu potencial com uma série de atividades e eventos que vão desde a celebração de datas significativas (Dia Mundial do Refugiado, Dia Mundial do Judô,  6 de abril , Dia da Mulher) até experiências ad hoc e seminários com embaixadores do esporte, atletas internacionais e personalidades do mundo do esporte.

A disponibilidade de plataformas digitais representa uma oportunidade única para os jovens participantes se engajarem nas redes sociais para transmitir suas mensagens de paz ao mundo. Além disso, ferramentas específicas de aprendizagem, em primeiro lugar aquelas disponibilizadas pela IJF Academy, oferecerão uma sólida oportunidade de aprendizado para nosso judoca que, graças à disponibilidade de materiais de informática, poderá ingressar em cursos online (Curso de Instrutor, Diploma de Graduação em Gestão de Judô).

Vários judocas sul-africanos já envolvidos no programa passaram a se engajar nas redes sociais por meio de alguns conteúdos originais e começaram a divulgar o ensino do judô e sua experiência pessoal com o mundo.


Exemplos:

Zego God Physique

https://www.youtube.com/channel/UCgHVKke8VPjDxf1vp1TK6Mg

judoca

https://www.youtube.com/channel/UCqlHm8VNY1IPR7tFWePe1hg

O poder do condicionamento físico

https://www.youtube.com/channel/UCQfzwLImeQjJ47G-MWJ9ayQ

O judô é um esporte que se pratica concretamente nos tatames dos dojos de todo o mundo. Graças às novas tecnologias e à comunicação moderna é possível conectar judocas de diversos países, principalmente daqueles que mais precisam. A IJF e o ACNUR estão unindo forças por meio do 'Conectados pelo Judô' para oferecer mais oportunidades aos refugiados e deslocados, pois acreditamos que juntos podemos construir um mundo melhor e dar esperança, por meio dos valores do judô.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

FIJ: Solidariedade Croata


2021 foi um ano de sucesso para o judô croata com o título mundial de Barbara Matic em Budapeste em junho e a organização de alto nível do Grande Prêmio em setembro entre os melhores momentos da temporada.

Neste ano de grandes resultados no judô para o judoca croata, a Federação Croata de Judô também lançou uma campanha humanitária chamada 'Vamos trazer de volta o sorriso', para apoiar órfãos em quatro cidades diferentes: Lipik, Slavonski Brod e Vinkovci.

Frequentemente, afirma-se que o judô é mais do que um esporte. Depois de ter organizado o primeiro evento ecológico do World Judo Tour em setembro, a Croácia provou mais uma vez com esta nova campanha.

Todos podem participar neste importante programa doando e divulgando informações entre o público na Croácia.

A iniciativa Vamos Trazer de Volta o Sorriso decorreu até 31 de dezembro de 2021 e os recursos arrecadados vão ajudar a construir e desenvolver a infraestrutura e adquirir os equipamentos necessários para a prática de esportes e estimular a união dos moradores dos orfanatos:

• Unidade habitacional adicional (St. Anne's Home em Vinkovci),

• Equipamento para praticar esportes e socializar (House of Happy Bricks em Slavonski Brod),

• Equipamento de escalada sensorial com base anti-stress (House Lipik da Lipik).

Ao aderir à campanha, as pessoas mostraram que, investindo nos jovens, incentivando-os a se unirem e ajudando-os a ter atividade física em meio a infraestruturas de qualidade, podemos trazer de volta o sorriso nestes tempos difíceis de pandemias, terremotos e outros desafios.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

Rio Grande do Sul: Após medalha mais especial, Mayra já se prepara para Paris


Mayra Aguiar viveu momentos de “inferno e céu” nos últimos 12 meses. No fim de 2020, com o mundo vivendo um momento incerto em relação a pandemia, a judoca se recuperava de uma cirurgia no joelho e não sabia se estaria pronto para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Cerca de um ano depois, Mayra celebra o ano de 2021 com mais uma medalha olímpica no peito e o título de melhor atleta da modalidade no Brasil.

“Estou feliz para caramba. Para mim era uma missão quase impossível estar lá. Ainda bem que eu acreditei, ainda bem que eu não desisti nas horas difíceis e nas horas duras. Ainda bem que eu tive um time por trás que me ajudou e me apoiou. Estou muito feliz”.

Aos 30 anos, Mayra Aguiar é um dos nomes mais consolidados do judô brasileiro. Presente na seleção desde muito nova, a atleta fez sua estreia olímpica nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando foi derrotada na estreia. Depois disso, a brasileira consolidou, ano a ano e competição a competição, seu nome e seu estilo no cenário mundial. Desta forma, as conquistas começaram a acontecer e as três medalhas olímpicas vieram, em 2012, 2016 e 2021. Com o trio em casa, a atleta não esconde que existe uma preferida.

“É a que eu tenho mais carinho porque foi a mais difícil de ser conquistada. Foi muito duro a caminhada até chegar lá. Muito o lado pisciológico, duríssimo passar por tudo, por pandemia, se iria conseguir treinar, se iria ter Olimpíada. Depois chegou a cirurgia no joelho, seis meses de recuperação tendo 10 meses até Tóquio. Era quase impossível, mas eu cheguei lá sabendo que dava. Não era a melhor atleta fisicamente ou tecnicamente, mas cheguei muito forte de cabeça. Foi o momento mais incrível que eu tive na minha carreira toda”.

“Eu estou ainda tentando processar tudo que aconteceu. Eu não imaginava que eu conseguiria tudo. Depois que acabou a luta, que o juiz deu o ippon, eu desabei a chorar como nunca antes na minha vida. Eu mentia para mim mesmo, falava que estava bem, estava forte e não estava. Estava doendo tudo, estava assustada, angustiada. Eu mentia para mim mesmo. Chegar lá e ver que deu certo, que valeu a pena, foi incrível. Eu saiu de um ano muito fortalecida. Por ter continuado a lutar, por todos que estava a minha volta nos momentos mais difíceis”.

Paris 2024

A conquista nos Jogos Olímpicos de Tóquio fez com que Mayra Aguiar entrasse em um seleto grupo de atletas com mais de duas medalhas olímpicas pelo Brasil, sendo a primeira mulher a fazer parte dele. Por conta disso, muito se falou de Mayra poderia não seguir para a quinta Olimpíada e isso já caiu por terra.

“Trabalho muito com objetivos de curto prazo. A medalha olímpica em 2024 será trabalhada desta forma e a partir de agora. Tenho objetivos a curto prazo em competições já definidas, mas o calendário exato de 2022 ainda não foi definido com detalhes. Apesar disso, eu já tenho o que eu quero melhorar em mim, que é o que consigo controlar e eu já tracei”.

“Eu me sinto na melhor forma. Mentalmente estou no melhor momento da minha carreira. Estou me sentindo muito bem e muito preparada. Acho que o planejamento que a gente faz é importantíssimo. Eu venho em uma constância desde que eu entrei na seleção. Tive as cirurgias, que me afastaram, mas eu nunca sai. No momento que terminou Tóquio, eu já tracei um novo objetivo. Estou com tudo pronto para os meus próximos objetivos, estou na melhor forma da minha carreira e sei que posso melhorar muito mais. Estou muito empolgada”, finalizou Mayra Aguiar.

Foto: Instagram/timebrasil

domingo, 2 de janeiro de 2022

FIJ: Não é um copiar e colar


Este ano parece uma cópia do anterior; o mesmo vírus, a mesma pandemia, os mesmos medos e preocupações. Porém, não é o mesmo, longe disso, porque agora sabemos o que estamos a enfrentar, temos as armas para o enfrentar e sobretudo mostrámos que é possível viver e trabalhar, avançar com cautela mas sem hesitação.


Ao se entregar ao humor negro, poderíamos dizer que o vírus guarda certa semelhança com o judô, porque se adapta, porque evolui e porque é justo com todos. Como não tem graça, preferimos começar o ano como terminamos 2021, com o dever de casa feito, com um calendário poderoso e denso, um ciclo olímpico na metade, os atletas normalmente preparados e a batalha das federações pronta. 

Nada mais positivo do que recuperar nossa normalidade, com máscaras e testes de PCR, organizando e realizando torneios. É nosso trabalho e o fazemos com paixão e esse é o diferencial do vírus. Mais cedo ou mais tarde, ele desaparecerá ou será controlado. Continuamos com o nosso negócio. 

Isso não significa que devemos baixar a guarda e ignorar nossos rígidos protocolos de segurança. Se há algo que não muda são as medidas sanitárias, para o nosso e de todos. 

Jorge Fonseca

Estamos já em Janeiro e estamos a abrir a nossa temporada em Portugal, na magnífica cidade de Lisboa. É encorajador ver mais e mais países desejando sediar competições internacionais. É uma aposta para o futuro em tempos difíceis, que mostra firmeza moral e empenho. Em Lisboa poderemos ver como os judocas têm lidado com as festividades, os que comeram muito e os que começam o ano a tempo. Lá vai ter uma representação local poderosa, para esta partida que se encontram em casa, comandada pelo campeão mundial de –100kg, Jorge Fonseca. Lá o espanhol e também campeão mundial até -90kg, Nikoloz Sherazadishvili, fará sua estreia na mesma categoria, no que pode constituir o destaque do torneio. 

Nikoloz Sherazadishvili em judogi branco

Faltam três semanas, mas o tempo voa. Talvez haja inscrições e surpresas de última hora. Por enquanto só podemos dizer que está tudo preparado, amarrado e bem amarrado e que 2022 é um ano cheio de promessas e de boas intenções. Enquanto houver paixão, determinação e boa saúde, haverá judô. Nós cuidamos do resto. 

Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio


sábado, 1 de janeiro de 2022

Rio Grande do Sul: Troca de categoria faz Daniel Cargnin voltar a ser aposta


O judoca Daniel Cargnin voltou dos Jogos Olímpicos de Tóquio com uma medalha de bronze no peito, conquistada na categoria até 66 quilos. Em Paris-2024 a ideia é competir uma acima, na até 73 quilos, o que, segundo ele mesmo, vai tirá-lo da condição de realidade para recolocá-lo como uma aposta. Nada que o assuste, de certo modo, foi assim que o brasileiro do Rio Grande do Sul conseguiu subir no pódio dentro do templo do judô mundial.

“Sei que vai ser um desafio enorme, mas é uma coisa que estou disposto a passar. No 66kg, agora já sou uma realidade. No 73kg volto a ser aposta. Mas isso vai me deixar feliz, botei muito na balança, me deu um ‘up’ para subir e tentar uma nova medalha em uma categoria diferente”, disse. A categoria “nova” é a mais fraca do Brasil no masculino. Em Tóquio, a seleção foi representada pelo Eduardo Katsuhiro, o único que conseguiu vaga apenas pela conta continental, com derrota logo na primeira luta. Já aos 30 anos, não são grandes as chances dele chegar em Paris.

Bronze no Japão veio na base do esforço (Gaspar Nóbrega/COB)

Daniel Cargnin, de 24 anos, deve estrear na até 73kg no final de janeiro, no Grand Prix de Odivelas, em Portugal, competição que abre o calendário do circuito internacional de judô. “É mais confortável na perda de peso, mas incômodo pela minha estatura. Ainda estou sentindo a diferença de força nos treinamentos. Não posso prometer uma medalha em Paris, mas vou fazer de tudo para conseguir.”

Esforço e perseverança
O caminho do pódio ele já conhece. “Sempre falo que não sou uma pessoa fora de série, aquele cara que derruba todo mundo com muita facilidade. Mas com esforço cheguei lá e acho que isso abriu muito os olhos das pessoas do Brasil e atletas até da minha categoria que não é esse bicho de sete cabeças”, disse. “Cheguei em Tóquio não como um dos atletas favoritos à medalha, mas não deixei de acreditar. A gente é o que acreditamos que podemos ser. Isso me fez chegar”, acrescentou o vencedor do Prêmio Brasil Olímpico deste ano na categoria judô.

Sobre 2021, Daniel Cargnin avalia que o começo foi muito difícil. “Machuquei demais no período de competições pós (paralisação) pandemia.” A virada veio com o bicampeonato pan-americano em Guadalajara, em novembro do ano passado. “Vi que em meio a tantas coisas ruins, uma luz no fim do túnel. Aquilo me fez acreditar que poderia chegar a uma medalha em Tóquio, me mostrou que eu estava numa crescente. Acredito muito no processo de evolução.”

E deu certo, cerca de oito meses mais tarde, subia ao pódio da Budokan, local das lutas do judô nos Jogos Olímpicos. “Demora para cair a ficha de tudo o que aconteceu, mas o que ficou claro é que até tu conseguir realmente, quase ninguém acredita que aquilo possa realmente ser feito. Minha confiança aumentou muito. A gente treina idealizando a medalha, um pódio, mas quando consegui, vi que não é impossível. Eu achava que os atletas da Europa, do Japão, eram de outro mundo, mas não. Com o nosso esforço, conseguimos chegar onde nem nós imaginávamos.”

Feliz Ano Novo!


Um marco. A virada do ano que tradicionalmente inicia um novo ciclo. Período de pensamentos positivos, de planejamentos. Por em prática as ideias e o exercício da renovação. Então... sigamos em frente.

E para que todos realizem tudo isso, desejamos muita saúde e paz.

Por: Boletim OSOTOGARI


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

FIJ: Novo Ciclo Olímpico, Novas Regras de Judô


O judô é um esporte dinâmico, constantemente exposto a novas situações de treinamento e competição. Como um novo ciclo olímpico está prestes a começar com a qualificação olímpica para Paris 2024 começando em maio de 2022, a IJF está adaptando as regras de arbitragem para refletir as necessidades de desenvolvimento de nosso esporte.

Devido à situação de pandemia, o ciclo olímpico de Paris terá três anos e, por isso, as regras de arbitragem vão ser ajustadas para apresentar o judô na sua melhor forma.


Vladimir Barta, Diretor de Esportes Chefe da IJF disse: "Recebemos propostas e recomendações de federações nacionais para emendas e mudanças de regras. A IJF está trabalhando duro para modernizar nosso amado esporte com a contribuição de parceiros. Essas novas regras entrarão em vigor desde o início de 2022, em vigor até 2024. 

O princípio das regras é proteger os atletas e o esporte como um todo, promovendo o judô para ser mais dinâmico, mais atraente para o público e a mídia ”.

Neste extenso vídeo Neil Adams, medalhista olímpico, campeão mundial e hoje Supervisor de Arbitragem da IJF, explica, em pormenor, todas as regras que serão aplicadas em primeira instância durante o Grande Prémio de Odivelas em Portugal  de 28 a 30 de Janeiro  e daí até ao Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Para obter mais informações, visite  ijf.org

Em caso de dúvidas, você pode entrar em contato com  gs@ijf.org



FIJ: Os 14 tops do ranking mundial - Melhores recompensas classificadas


Terminar o ano como o número um do mundo sempre significa muito. Em primeiro lugar, conta uma história de perseverança e dedicação ao objetivo de ser o melhor entre os melhores, o que é especialmente significativo durante um ano olímpico. Não é um prêmio, mas uma confirmação de que as coisas foram feitas corretamente. Freqüentemente, essa determinação não é apreciada em seu valor correto porque treinar todos os dias e realizar regularmente é considerado 'normal' para atletas de ponta. A Federação Internacional de Judô agradece todos os esforços feitos pelos atletas.

Lasha Shavdatuashvili em judogi azul

Há vários anos, a IJF espera até o final do ano para recompensar a tenacidade dos melhores. Neste momento de crise global e com um futuro incerto, oferecer suporte significativo é uma mensagem poderosa para quem tem dúvidas. 

Com 14 categorias de peso em ação ao longo do ano, são 14 vencedores no final da temporada. Por isso, cada judoca que terminar a temporada na liderança do ranking mundial receberá US $ 10.000. Feliz ano novo e muito obrigado pelo esforço. 

Existem quatro franceses, dois georgianos, dois russos e dois kosovares. Taipei, Coreia do Sul, Uzbequistão e Croácia completam a lista, cada um com um representante. Isso é judô: diversidade e universalismo.

Madeleine Malonga

-60 kg YANG Yung Wei (TPE) 5140 pontos
-66kg AN Baul (KOR) 5240 pontos
-73 kg SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO) 5475 pontos
-81 kg GRIGALASHVILI Tato (GEO) 6592 pontos
-90kg BOBONOV Davlat (UZB) 7536 pontos
-100 kg ADAMIAN Arman (RUS) 5420 pontos
+ 100kg BASHAEV Tamerlan (RUS) 6250 pontos

-48 kg KRASNIQI Distria (KOS) 5920 pontos
-52 kg BUCHARD Amandine (FRA) 5890 pontos
-57kg GJAKOVA Nora (KOS) 5880 pontos
-63kg AGBEGNENOU Clarisse (FRA) 7200 pontos
-70kg MATIC Barbara (CRO) 5595 pontos
-78 kg MALONGA Madeleine (FRA) 5940 pontos
+ 78kg DICKO Romane (FRA) 6450 pontos

Tato Grigalashvili em judogi azul

Uma nova temporada está prestes a começar com mais emoção do que nunca, pois em breve iniciaremos um novo período de qualificação olímpica. Qual será a aparência de 2022? Ninguém sabe ainda. O Japão estará de volta ao topo do ranking, pois terá que somar pontos para a qualificação olímpica? A França continuará sua colheita, sabendo que os atletas franceses já estão qualificados para os Jogos Olímpicos em casa? Outras nações do judô como Brasil, Alemanha, Grã-Bretanha, Mongólia e muitas outras estarão de volta ao topo do mundo? Para começar a responder a todas estas questões está a primeira prova da temporada, o Grande Prémio de Odivelas em Portugal, que decorrerá  de 28 a 30 de Janeiro ; será um bom indicador. 

Mais uma vez, bravo para 2021 e vamos curtir a nova temporada!

Por: Nicolas Messner e Pedro Lasuen - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova e Emanuele Di Feliciantonio

Top Player: A volta de Dicko ao topo do ranking +78kg


Nome: Romane Dicko
País: França
Categoria de peso: + 78 kg
Pontos: 6450

Apesar de seu talento inquestionável e de sua previsão de grandeza como jovem atleta, os últimos anos foram marcados pela dor de Romane Dicko, o que continuou a mantê-la fora do tatame. Mesmo depois de seu retorno, a pandemia atingiu, puxando-a para longe da competição mais uma vez. Portanto, conseguir chegar ao topo da categoria de peso não é apenas um resultado fantástico para ela, mas surpreendente. Simplesmente fala de sua habilidade e de seu caráter. 

Tive uma Olimpíada muito difícil, com muitos altos e baixos. Então, ser o número um da minha categoria de peso, depois das Olimpíadas, significa muito para mim. Você sabe, isso significa que eu estava tendo um bom desempenho e regularmente. Isso me faz querer continuar lutando todos os dias no tatame e, com sorte, chegar ao pódio do primeiro mundo neste verão.

Campeões Olímpicos de Equipes Mistas, França. © Gabi Juan

Romane tem apenas 22 anos, mas falamos dela como uma atleta experiente porque parece que a sua presença sempre existiu. A campeã europeia de 2018 e 2020 abriu caminho nos últimos dois anos e, olhando para os resultados, parecia não ser capaz de errar, sem perdas contra seu nome ao longo de seis eventos. Embora seu evento individual não tenha ocorrido como planejado em Tóquio, ela ainda assim saiu com um bronze incrível e fez parte de uma equipe que fez história. 

As possibilidades são infinitas para Romane Dicko e com Paris como o próximo grande evento, não apenas no calendário IJF 2022, mas para os Jogos Olímpicos de 2024, parece que o destino está em seu canto. 

Por: Thea Cowen - EJU

Top Player: Bashaev no topo dos +100kg


Nome: Tamerlan Bashaev
País: Rússia
Categoria de peso: + 100 kg
Pontos: 6250 

Este atleta russo é um pouco anormal na categoria + 100kg, pode-se subestimar suas habilidades na arena de peso pesado. No entanto, aqui está ele, no topo de todo o grupo.

É uma grande honra estar em primeiro lugar no WRL, e estou feliz que o IJF e a EJU me deram a oportunidade de provar que posso subir tão alto. Ganhei medalhas nos Jogos Olímpicos e no Mundial, mas minha competição favorita foi o Europeu 2020, porque me trouxe a esperança de que oficialmente recomeçar seria possível durante o COVID e que os Jogos Olímpicos de Tóquio iriam adiante com grande probabilidade. 

Seus resultados falam por si, um título europeu, ouro do Grand Slam para se vangloriar e agora sua prata mundial e bronze olímpico foram adicionados a uma coleção já brilhante. O jovem de 25 anos tem um futuro brilhante e será um dos favoritos no futuro, após derrotar o astro francês Teddy Riner em Tóquio. 

Por: Thea Cowen - EJU

Top Player: Malonga no topo do -78kg


Nome: Madeleine Malonga
País: França
Categoria de peso: -78 kg
Pontos: 5940

A França continua na liderança das categorias femininas com Madeleine Malonga. 

A jovem de 28 anos vem garantindo vitórias no circuito há muitos anos, mas onde o título europeu de 2018 parecia ser a plataforma para a grandeza, com uma sequência de ouro no Grand Slam de Paris. Então, 2019 um título mundial seria conquistado também, na casa do judô. 

Ela reivindicou o título europeu em 2020, o primeiro desde que a pandemia causou um rebuliço no circuito, que a preparou para conquistar o título de master em Doha. 


Madeleine continuou a lutar para chegar à sua zona de conforto na final, desta vez nos campeonatos mundiais e nos Jogos Olímpicos. Embora o resultado final não tenha sido ouro nessas ocasiões, suas grandes conquistas como finalista garantiram que ela assumisse o papel de liderança nesta categoria. 

Por: Thea Cowen - EJU

Top Player: O futuro brilhante da Russia nas mãos de Adamian


Nome: Arman Adamian
País: Rússia
Categoria de peso: -100 kg
Pontos: 5744

Arman Adamian deixou sua marca nesta categoria de peso. Mesmo assim, ele não foi a seleção para os Jogos Olímpicos, em vez de seu companheiro de equipe, Niiaz Iliasov foi escolhido e levou o bronze. O talento nesta categoria só para a Rússia é tão competitivo, então chegar ao primeiro lugar no ranking é incrível. 

Sendo líder da categoria -100kg, sinto força e confiança. É uma sensação incrível perceber que sou a melhor no ramo e que é apenas o começo da minha carreira. Não vou parar com este resultado, porque tenho muitos objetivos que tenho que alcançar.


Faz apenas alguns anos que podemos vê-lo atuar como sênior, embora ele tenha conquistado um título europeu de Sub-23 antes de aterrissar no circuito sênior e, para ser franco, tornou-se imediatamente uma das maiores ameaças. Em 2019 ele deu a conhecer a sua presença. 

Provavelmente o evento mais favorito durante estes dois anos foram os Jogos Europeus de Minsk, porque foi a primeira competição séria entre os seniores e fiquei feliz por vencer todos naquele dia.

Desde então, houve muitas grandes conquistas, mas nos últimos meses de 2021 ele ganhou o ouro em um dos torneios de maior prestígio do calendário da IJF. 

Não posso deixar sem atenção o último Grand Slam de Paris, onde consegui levar o ouro, o primeiro lugar. Tradicionalmente, é um dos torneios mais difíceis do ano, então foi uma grande honra para mim fazer minha família feliz com aquela medalha de ouro. 


Conforme mencionado, ele ainda é relativamente novo como sênior, embora pareça mais longo devido aos seus níveis de desempenho, e deve ser um dos maiores trunfos da Rússia.

Por: Thea Cowen - EJU

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Top Player: Agbegnenou coleta títulos mundiais e olímpicos em 2021


Name: Clarisse Agbegnenou
País: França
Categoria de peso: -63 kg
Pontos: 7830

Depois de uma espera de cinco anos, finalmente pudemos ver a superestrela francesa Clarisse se tornar campeã olímpica após sua medalha de prata no Rio. Foi uma bela final onde os finalistas de 2016 se encontraram novamente em Tóquio, só que desta vez os resultados foram revertidos. Sua amizade com Tina Trstenjak ficou clara enquanto os dois se comemoravam e havia uma forte rivalidade no tatame. 

Se isso não bastasse, ela se tornou a dupla medalha de ouro no Budokan, com a França vencendo a prova de equipes mistas, a primeira da história. Clarisse é tão atleta que consegue escolher seus eventos, com forte convicção, então, embora estivesse inundando o calendário de aparências, ela comparecia aos que importavam. 

Em 2021, conquista um título mundial e olímpico e termina na liderança do ranking, em uma posição bem merecida. 

Por: Thea Cowen - EJU

Top Player: Matic faz história no topo do ranking


Nome: Barbara Matic
País: Croácia
Categoria de peso: -70 kg
Pontos: 5739

Barbara Matic tem agraciado a turnê IJF há algum tempo, colecionando medalhas ao longo de sua carreira, mas este foi o ano dela. 

Durante o campeonato mundial em Budapeste, ela parecia não ser capaz de errar. A grande experiência de Bárbara a fez controlar taticamente suas competições e chegar à final, já fazendo história para a Croácia. O que tornou o dia especial foi sua eventual vitória e título mundial, um feito incrível. Este foi apenas um dos eventos que contribuíram para sua pontuação no ranking mundial. 

A sensação é muito boa e impressionante, depois do mundial, mais um desejo se tornou realidade. Farei o meu melhor para permanecer no WRL # 1 o maior tempo possível. É preciso muito trabalho e esforço e, claro, você precisa amar o que faz. Sem pensar, meu momento mais marcante deste ano foram os campeonatos mundiais. 

Estamos prestes a entrar em um novo ciclo e há uma força mental na liderança na categoria de peso, esperamos ver mais coisas boas para Bárbara e, potencialmente, continuar a fazer história. 

Por: Thea Cowen - EJU

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Rio Grande do Sul: Camila Borba é a primeira bajeense a se tornar faixa preta no judô


Se no judô alcançar a faixa preta já é um feito, o caminho de Camila Borba Corrêa, 19 anos, é motivo de ainda mais orgulho. Integrante da Academia Judokai, sob a instrução de Paulo Adriano, ela se tornou, em dezembro, a primeira mulher bajeense a alcançar o shodan, que é a faixa preta no judô. Para isso, participou da cerimônia "bonenkai", no dia 11, em Porto Alegre, atingindo, assim, o primeiro grau.

Para chegar a esse estágio, foram 16 anos de intensos treinamentos e uma série de requisitos que eram exigidos para avançar na prática da arte marcial. Inclusive, Camila teve que lidar com o tempo, o que lhe acarretou, até mesmo, na perda do emprego, pelas constantes viagens a Porto Alegre, em busca das qualificações necessárias para atingir a faixa preta. “Pessoal pensa que o judô é agressivo, para homens. Porém, trabalhamos com crianças, pessoas de todas as faixas etárias, alunos com paralisia, deficiência auditiva, visual. Judô significa ‘caminho suave’ e foi ciado durante a guerra para ajudar as mulheres e as crianças a se defenderem, pois não tinham espadas”, relata.

Na Judokai, Camila já é alvo de inspiração de muitas meninas que começam à prática do judô. Para alcançar o feito, destaca todo o apoio de Paulo Adriano. 

“Foi uma pessoa que nunca desistiu de mim. A mensagem que deixo é que as pessoas lutem pelo o que elas querem. Eu escutei muito que não tinha merecimento. Porém, fui atrás quando que queria”,  destaca.

O feito alcançado por Camila não simboliza, apenas, uma vitória das artes marciais em Bagé, mas sim, o protagonismo feminino, no sentido de mais mulheres ocupando grandes funções na sociedade.

Por: Yuri Cougo Dias - Jornal Minuano
Foto: Divulgação
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