sábado, 9 de outubro de 2021

FIJ: Do potencial à realidade, a África está melhorando as operações


No terceiro dia do Campeonato Mundial Júnior de 2021 em Olbia, encontramos o primeiro Vice-Presidente da União Africana de Judô, Mohammed Meridja, também Diretor de Educação e Treinamento da Federação Internacional de Judô. Nesta ocasião, tirou algumas conclusões iniciais sobre a participação dos países africanos e deu algumas informações valiosas sobre os projetos em que está a trabalhar a equipa do Presidente Siteny Randrianasolo-Niaiko.

Mohammed Meridja

“Dos 72 países que participam nestes Campeonatos Mundiais, há nove países africanos. À primeira vista, pode parecer relativamente pequeno, especialmente se você considerar que a África é um continente demograficamente jovem, mas é preciso entender isso em muitos países do continente , o período atual é um período de transição, não só no que diz respeito ao esporte, mas também do ponto de vista administrativo. Muitas associações nacionais estão em processo de reestruturação do seu conselho de administração. É uma fase totalmente lógica, pois nós estão acabando de sair do ciclo olímpico anterior e estamos à beira de um novo.

É um ano importante porque terá um impacto em todo o desenvolvimento futuro do judô na África. Nós, no comitê de direção da AJU, desde a eleição do Presidente Siteny, estamos trabalhando duro para analisar as coisas, para encontrar as melhores soluções para implementar o programa presidencial e para sermos capazes de devolver à África toda a sua glória ”.

A jovem equipe queniana em Olbia

Mohammed Meridja é um conhecedor do judô africano e mundial. Como ex-atleta de alto nível, ele participou das Olimpíadas de Seul em 1988 e ocupou diversos cargos no mundo do judô ao longo de uma longa carreira dedicada ao esporte. Ele não esconde que há muito trabalho a ser feito. “Ao analisar os números, percebemos que há poucas medalhas africanas nos Jogos Olímpicos e, especialmente nas últimas três edições, não houve nenhuma. Acredito que com o presidente Siteny e com o forte apoio do presidente da IJF, Marius Vizer, podemos mudar Temos uma bela juventude na África, uma juventude que adora judô, sonhando como qualquer atleta em chegar ao topo do mundo. Há meses que trabalhamos, de mãos dadas com a IJF, para definir os contornos do futuro Judô africano. Quando vejo isso durante o Grande Prêmio de Zagreb,

Vamos colocar em prática as estruturas necessárias para o surgimento de juniores e seniores e como continente vamos investir no futuro. Portanto, planejamos criar três grupos de atletas: aqueles que terão potencial imediato para se preparar para as próximas edições dos Jogos Olímpicos, um grupo específico que se preparará para os campeonatos mundiais e as competições do Circuito Mundial de Judô e um grupo que mais preparem-se especificamente para os campeonatos continentais, para que alcancem o nível que lhes permita ir para a próxima etapa.

Precisamos reunir os melhores e competir com os melhores do judô. O período atual é muito emocionante porque eu realmente tenho a sensação de que estamos todos trabalhando na mesma direção, a AJU com a IJF e os líderes com os técnicos. Isso é essencial. "

Siteny Randrianasolo-Niaiko, presidente da AJU (à esquerda) e Mohamed Meridja, primeiro vice-presidente da AJU durante os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020

Para que tudo isso se transforme em uma história de sucesso, é preciso pensar grande: "Conseguir medalhas internacionais é bom e necessário porque é uma vitrine incrível para o nosso esporte, mas também temos que pensar em educar nossos jovens e nossas federações por meio dos valores de judô. É um trabalho de longo prazo. Por exemplo, devemos multiplicar projetos educacionais como os iniciados pela IJF, como o judô para crianças e o judô para a paz e precisamos encontrar recursos para isso. Graças a esses programas, vamos seremos capazes de iniciar uma melhor detecção de talentos e acima de tudo seremos capazes de criar uma sociedade mais justa. O que queremos que os jovens entendam é que fazendo judô, eles sempre terão algo positivo para aprender. Alguns serão campeões, outros treinadores ou líderes, mas no final serão melhores cidadãos. "

Para que este ambicioso plano funcione, todos têm de fazer a sua parte: “Vamos contar com múltiplas competências e também vamos pedir às federações nacionais que se invistam plenamente. Só numa marcha conjunta é que chegaremos lá. "

Africa United, esse era o lema do candidato Siteny quando concorreu à presidência da AJU. Há meses, nos bastidores, a nova equipa de gestão da união continental tem trabalhado muito para que África deixe de ter apenas potencial, mas que possa expressar todo o seu talento.

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Nicolas Messner e Gabriela Sabau


MUNDIAL JÚNIOR - PERFIS - Conheça Eliza Ramos, Beatriz Freitas, Kayo Santos e Daniel Silva


No último dia de competições individuais do Mundial Júnior que acontece em Olbia, na Itália, o Brasil será representado por quatro judocas: Eliza Ramos (78kg), Beatriz Freitas (78kg), Kayo Santos (100kg) e Daniel Silva (+100kg). Ar preliminares começam às 5h e as finais serão a partir das 11h, no horário de Brasília. 

Confira abaixo a ficha técnica com informações e curiosidades sobre os quatro judocas. 

ELIZA RAMOS - @Eliza_carolina_

Nome completo: Eliza Carolina Ribeiro Ramos 
Nascimento: 21/05/2003 (18 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro - RJ
Clube: Clube de Regatas do Flamengo - FJERJ - RJ
Técnico (a): Rissicleia Campos
Categoria: Meio-Pesado 78kg
Kumikata (pegada): Destra
Tokui-waza (técnica preferida): Osoto-gari
O que seria, além de judoca: Goleira de futebol 
Judoca que mais te inspira: Rafaela Silva
Início no judô: Comecei através de um projeto que tinha na comunidade da qual eu vim. Comecei com 11 anos. Dei início na Umbra, no Rio de Janeiro, com a sensei Soraya Amorelli.
O que mais gosta no judô: O espírito de equipe, a vontade de cada vez mais ir conquistando as coisas, o comprometimento e lutar. 
Expectativa para o Mundial: Dar o meu melhor. Buscar bons resultados. 

BEATRIZ FREITAS - @biia_furtadoo

Nome completo: Beatriz Furtado Petri de Freitas
Nascimento: 14/05/2002 (19 anos)
Naturalidade: São Paulo/SP
Clube: Esporte Clube Pinheiros - FPJUDO - SP
Técnico (a):  Leandro Guilheiro/ Tiago Camilo/ Sérgio Baldijao 
Categoria: Meio-Pesado 78kg
Kumikata (pegada): Canhota
Tokui-waza (técnica preferida): Uchi-mata
O que seria, além de judoca: Não sei, não me vejo sem o judô. 
Judoca que mais te inspira: Leandro Guilheiro/ Tiago Camilo 
Início no judô: Projeto social APAJA, em Atibaia, com senseis Jair Gimenes, Paulo Alvim e Thiago Valadão 
O que mais gosta no judô: Os ensinamentos, respeito, resiliência, superar limites e desafios 
Expectativa para o Mundial: Dar meu máximo e sair com o ouro.

KAYO SANTOS - @Kayofabriciosantos

Nome completo: Kayo Fabricio Silva dos Santos
Nascimento: 05/01/2002 (19 anos)
Naturalidade: Arcoverde-PE
Clube: Minas Tênis Clube - FMJ - MG
Técnico (a):  Fulvio Miyata
Categoria: Meio-Pesado 100kg
Kumikata (pegada): Canhoto
Tokui-waza (técnica preferida): Ogoshi
O que seria, além de judoca: Profissional de educação física 
Judoca que mais te inspira:  Rafael Buzacarini
Início no judô: Comecei com 9 anos a praticar judô por causa da agressividade e da falta de controle. Comecei em Arcoverde na Academia CT Esportes, com a Sensei Gislene Duarte 
O que mais gosta no judô: O processo 
Expectativa para o Mundial: Que eu seja medalhista e que faça uma boa competição.

DANIEL SILVA - @danielsilvajudo

Nome completo: Daniel Bolezina Lemes da Silva
Nascimento: 29/07/2002 (19 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro - RJ
Clube: Pais Alunos e Amigos do Judo - Blumenau
Técnico (a):  Ademir Schultz e Ademir Schultz Júnior
Categoria: Pesado +100kg
Kumikata (pegada): Destro
Tokui-waza (técnica preferida): O-Soto-Makikomi
O que seria, além de judoca: Algo relacionado ao esporte
Judoca que mais te inspira:  Rafael Silva e David Moura
Início no judô: Comecei com 10 anos, em São Miguel do Oeste/SC, com o sensei Luciano e o sensei Juliano. 
O que mais gosta no judô: Ganhar
Expectativa para o Mundial: Dar o meu melhor e ficar em primeiro lugar

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

A arte do Jita Kyoei no mundo dos negócios. JR Teixeira explica tudo em seu eBook


CEO da JR TEIXEIRA Negócios & Associados desde 2016 e Fundador da Associação de Judô JR TEIXEIRA Empreendedor Empresário - Perito Judicial - Corretor de Imóveis Avaliador - Professor de Judô.

Junior Teixeira excreveu e lançou o e-book "O método do Jita Kyoei no Mundo dos Negócios" que pode ser adquirido acessando o link abaixo:


"O judô me trouxe várias conquistas, possibilitando a criação de um projeto social que hoje atende crianças, jovens, adolescentes e adultos de todas as classes sociais. Aqueles que podem pagar contribuem para manter o atendimento aos mais necessitados. Aos que não conseguem pagar eu busco apoio frente aos meus parceiros e patrocinadores. Não tenho o judô como fonte de renda, mas como forma de ajudar as pessoas. O dinheiro é consequência de tudo o que faço. Foi o judô que me trouxe tudo isso, seja na área profissional, pessoal e filosófica. Quanto mais capaz eu for de ajudar e amar o próximo mais sucesso eu terei. Assim é a arte do Jita Kyoei", define Junior Teixeira.

Aliando os negócios e o judô, desenvolveu um método e compilou em um eBook onde usa a arte do Jita Kyoei para a área dos negócios imobiliários.

Segundo Teixeira,  O método consiste em 5 transformações impactantes que o eBook vai proporcionar:
  1. Como aplicar o Método;
  2. Aprender a se relacionar com o Método;
  3. Captar mais parceiros de negócios e construir um negócio sólido;
  4. Ter excelência em atendimentos e relacionamento de negócios;
  5. Saber os segredos desse Método conquistando vários benefícios.
Jita Kyoei são os princípios da prosperidade e benefícios mútuos, ou seja, quanto mais você for capaz de ajudar mais sucesso terá. 

A JR Teixeira faz parte da equipe de sponsors do Boletim OSOTOGARI.

Por: Boletim OSOTOGARI




Na Ucrânia, judoca Felipe Oliveira encara mais um desafio em lutas tradicionais e sagra-se vice-campeão


O judoca Felipe Oliveira, que também é atleta de lutas tradicionais, participou nesta sexta-feira, 08 de outubro, do World Championship Ukrainian National Belt Wrestling, na classe Belbogli Kurashi (Belt Alish) – ABSOLUTO (sem limite de peso), ganhando muita notoriedade pelos organizadores do evento em sua primeira luta por realizar duas projeções fantásticas, vencendo a segunda de uma forma mais acirrada e chegou a grande final, onde foi superado pelo atleta da casa, o Ucraniano (Gigante), no tempo extra com uma falta por soltar a faixa dele. 

Amanhã participará de outro embate ao qual foi convidado por seu brilhante rendimento no evento representando nosso país!


Muito contente com o resultado, ele declarou “Foi um prazer estar representando nosso país mais uma vez nos eventos da Federação Internacional de Lutas Tradicionais. Agradeço aos Srs João Schiffer, José Gildemar de Carvalho e Marcos Hungaro responsáveis pelas modalidades de Lutas Tradicionais no Brasil”.


Lembrando que Felipe Oliveira foi escolhido para representar o Brasil após ser vencedor do WJC – Word Judô Challenge, um evento que busca resgatar a tradição de técnicas que não são mais permitidas nas competições formais de Judô, com um novo formato nas regras e na avaliação, buscando um ótimo entretenimento ao público amante da modalidade e do mundo das lutas.

Por: Marcos Hungaro


Luana Carvalho conquista a medalha de bronze no Mundial Júnior, segundo pódio do Brasil na competição


O judô brasileiro voltou ao pódio do Campeonato Mundial Júnior (Sub-21), nesta sexta-feira, 08, em Olbia, Itália. Luana Carvalho, de apenas 19 anos, conquistou a medalha de bronze na categoria até 70kg, vencendo a alemã Friederiek Stolze por ippon. Essa foi a segunda medalha de bronze do Brasil na competição. A primeira veio com Rafaela Batista (48kg), na quarta-feira, 06.  

"Estou muito feliz com essa conquista, levando essa medalha para casa e pro Brasil! Obrigado a todos pela torcida”, comemorou a peso médio brasileira após o pódio. “Gostaria de agradecer, primeiramente, a Deus, minha equipe Umbra-Vasco, minha sensei Soraya Amorelli, porque sem ela eu não estaria aqui, ela é minha inspiração todos os dias e ao sensei Andrézão, que não está mais entre nós, mas deve estar muito feliz com essa conquista. Agradeço também à CBJ pela oportunidade e por confiar em mim.”


Luana é a atual campeã pan-americana júnior e chegou ao Mundial como a número 3 do ranking mundial Sub-21. Estreou com vitória por ippon, imobilizando a sul-coreana Hyeonji Yu, para avançar às oitavas-de-final, onde bateu Mariem Khlifi, da Tunísia, também na técnica de solo.  

Nas quartas-de-final, a brasileira conseguiu projetar Lara Cvjetko, da Croácia, para marcar um waza-ari. A adversária, contudo, conseguiu duas projeções que valeram o ippon e a vaga na semifinal, mandando Luana à repescagem.  

Na penúltima luta do dia, a brasileira conseguiu vencer Jennifer Czerlau, da Hungria, com um waza-ari, no Golden score, para vencer e dar o último passo rumo ao pódio.  

Na luta pelo bronze, Luana entrou com tudo e não deu chances à alemã Friederik Stolze, utilizando mais uma vez uma técnica de ne-waza (luta no solo) para imobilizar e assegurar sua primeira medalha em Campeonatos Mundiais.  


Luana é atleta do clube Umbra-Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, e começou no judô aos 10 anos, por diversão. Ela já vem recebendo investimento da CBJ desde as classes menores, participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio como sparring da medalhista olímpica Mayra Aguiar, além de disputar o Grand Slam de Brasília 2019 e o Grand Prix de Zagreb 2021 com a equipe principal.  

No masculino, o Brasil teve dois representantes nesta sexta. Marcos Santos (81kg) e Victor Hugo Nascimento (90kg) venceram suas lutas de estreia, mas pararam nas oitavas-de-final.  

A competição continua neste sábado e domingo, com outros quatro brasileiros em ação, além da equipe, que fechará a programação no domingo. Amanhã, lutarão Eliza Ramos (78kg), Beatriz Freitas (78kg), Kayo Santos (100kg) e Daniel Silva (+100kg). 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Mundial Junior: Resultados do terceiro dia


O terceiro dia do Campeonato Mundial Júnior de 2021 em Olbia terminou com uma boa colheita de países europeus que, desde o início do evento, demonstraram sua força e sua boa preparação para este primeiro evento de nível mundial da era pós-Jogos Olímpicos de Tóquio. 

É um fato que os japoneses não estão lá, mas a decisão é deles e em nada prejudica o desempenho dos países envolvidos; pelo contrário. Após três dias de competição, já eram nada menos que 20 países medalhistas.

O que sem dúvida chama a atenção de todos os observadores destes campeonatos, sejam eles atletas, treinadores ou árbitros, é o nível de judô praticado. Em Olbia, claro que é uma questão de tática, mas é acima de tudo e mais que tudo uma questão de empenho e de vontade de atirar ao adversário.

Os juniores podem se orgulhar de seu judô; é tão bom quanto o praticado pelos mais velhos. Você só precisa ver a quantidade de pontuações de ippon e waza-ari para se convencer disso. Os juniores oferecem-nos um espectáculo magnífico, à altura das expectativas, que faz muito bem e que pressagia alguns torneios do World Judo Tour de nível mundial num futuro próximo. É certo que os competidores de Olbia farão questão de provar que possuem as qualidades de heróis mundiais e olímpicos. Isso promete confrontos de gerações do tipo mais bonito a partir da próxima semana, durante o Grand Slam em Paris.

Em Zagreb, há uma semana, já sublinhamos que a fase actual é mais do que uma fase de transição entre dois ciclos olímpicos. É uma fase de construção durante a qual os novos construtores podem expressar todo o seu potencial. Obrigado a todos os nossos juniores por trazer um toque jovem e enérgico ao judô internacional e por soprar uma revigorante brisa de frescor em nossas cabeças.

-81 kg: Um segundo ouro para a Geórgia com Sherazadishvili

A Geórgia não precisa mais ser apresentada quando se trata de falar sobre judô. Com campeões mundiais e campeões olímpicos vindos do Cáucaso, não é surpresa descobrir um novo nome georgiano na final de um campeonato mundial, que hoje foi o caso de Giorgi Sherazadishvili. Ele enfrentou Adam Tsechoev, da Rússia, pela medalha de ouro, mostrando o bom momento da delegação russa, que já conquistou dois títulos em Olbia.

Após as duas primeiras lutas pela medalha de bronze, a serem divulgadas em breve, a final começou com o mesmo ritmo elevado, dando a impressão de que mais uma vez a partida não durará quatro minutos. Menos ativo que seu oponente, Adam Tsechoev foi penalizado pela primeira vez. Como isso o levou a correr riscos, ele foi contestado por Sherazadishvili por waza-ari. O campeão georgiano só teve que controlar o resto da luta para ganhar o título mundial de juniores. Algo nos diz que não é a última vez que veremos Giorgi Sherazadishvili. Esta é a segunda medalha de ouro de Giorgia em Olbia.

Giorgi Sherazadishvili disse: " Todos os judocas georgianos são fortes porque trabalhamos muito e ajudamos uns aos outros. Nunca estamos sozinhos no tatame, com toda a equipe e um país inteiro apoiando cada judoca. Não há motivação melhor do que essa. "

Na primeira disputa pela medalha de bronze, Ayan Baigazy (KAZ) se opôs a Eljan Hajiyev (AZE). Hajiyev rapidamente assumiu a liderança com um claro waza-ari que faltou um pouco de impacto para ser contado como ippon. Alguns segundos depois, todos sentiram que algo estava para acontecer e desta vez foi Ayan Baigazy quem marcou waza-ari com um contra-ataque massivo (te-waza) na tentativa de Hajiyev de marcar com um sasae-tsuri-komi-ashi. Ficou claro que esta partida não chegaria ao fim e foi exatamente o que aconteceu quando Eljan Hajiyev executou uma técnica de koshi-waza aérea, desta vez para ippon.

Ontem, Gianni Maddaloni explicou que junto com seu filho conquistariam o título se Bright seguisse, ao pé da letra, o plano traçado em conjunto. Isso quase funcionou, até as quartas-de-final, quando Bright Maddaloni Nosa (ITA) perdeu para Eljan Hajiyev (AZE). Para o italiano ainda havia uma chance de subir ao pódio, quando enfrentou Artem Bubyr (UKR) na segunda disputa pela medalha de bronze. Infelizmente, ele foi rapidamente rebatido em seu primeiro ataque e então imobilizado por Artem Bubyr, com a medalha indo para a Ucrânia.


Resultados finais
1. SHERAZADISHVILI Giorgi ( GEO )
2. TSECHOEV Adam ( RUS )
3. HAJIYEV Eljan ( AZE )
3. BUBYR Artem ( UKR )
5. BAIGAZY Ayan ( KAZ )
5. MADDALONI NOSA Bright ( ITA )
7. JANFAOUI Emir ( FRA )
7. ABDUJALILOV Muhammadjon ( TJK )

-70 kg: Uma vitória pura e humilde para Tsunoda da Espanha

Campeão mundial de cadetes no Cazaquistão em 2019 e medalhista de bronze no último Campeonato Europeu Júnior em Luxemburgo, Ai Tsunoda Roustant (ESP) já é um júnior realizado. Ela também já conquistou a medalha de bronze em um Grande Prêmio do Tour Mundial de Judô. Hoje ela estava pronta para adicionar uma linha importante à sua lista de prêmios, ao entrar na final da categoria -70kg contra a croata Lara Cvjetko (CRO), que estava pronta para seguir os passos de sua ilustre companheira de equipe Barbara Matic, campeã mundial sênior em junho passado em Budapeste.

Sendo menos ativo do que Tsunoda Roustant, o competidor croata foi penalizado pela primeira vez com um shido por passividade. Sem sucesso até o último minuto e meio, Tsunoda Roustant lançou sua própria versão de um tsuri-komi-goshi invertido e desta vez acertou um waza-ari. Muito confiante em sua capacidade de controlar o resto da final, Ai Tsunoda Roustant conquistou já o segundo título mundial de sua jovem carreira em estilo puro e humilde.

Ai Tsunoda Roustant disse: " Sim, ganhei e sim estou muito feliz, mas cometi muitos erros hoje; senti-os muitas vezes. Preciso resolver esse problema, mas espero que também signifique que ainda posso progredir. "

No primeiro concurso de medalhas de bronze Luana Carvalho (BRA) e Friederike Stolze (GER) disputaram uma medalha. O alerta ficou vermelho quando Luana Carvalho quase apanhou Friederike Stolze no início da partida, mas o alemão escapou mas não a segunda vez e foi assim que Carvalho conseguiu uma viragem perfeita para aplicar um sankaku-jime, transformado em imobilização pelo ippon e pela medalha de bronze.

Katarzyna Sobierajska (POL) e Nataliia Chystiakova Nataliia (UKR) competiram pela segunda medalha de bronze. Depois de uma longa sequência de observação sem pontuação, a primeira a adicionar um waza-ari ao seu nome foi Sobierajska. Foi uma pontuação que ela manteve viva até o gongo final, para ganhar o bronze.


Resultados finais
1. TSUNODA ROUSTANT Ai ( ESP )
2. CVJETKO Lara ( CRO )
3. CARVALHO Luana ( BRA )
3. SOBIERAJSKA Katarzyna ( POL )
5. STOLZE Friederike ( GER )
5. CHYSTIAKOVA Nataliia ( UKR )
7. CZERLAU Jennifer ( HUN )
7. ESPOSITO Martina ( ITA )

-90kg: Hungarian Safrany conclui um lindo dia de judô

Após o sucesso de Joanne Van Lieshout no segundo dia do Mundial Júnior, a Holanda colocou outro atleta em condições de ganhar o ouro, com Tigo Renes enfrentando Peter Safrany, da Hungria, na final da categoria até 90kg.


Peter Safrany já teve oportunidade de mostrar a sua capacidade de contra-ataque e mais uma vez na final marcou duas vezes com o que parecia ser o seu tokui-waza ou técnica preferida, para conquistar o título para a Hungria. É preciso dizer que todo o bloco final foi excepcional, pois apenas uma partida foi para o placar de ouro e toda a sequência não durou mais que uma hora e dez minutos.

Peter Safrany disse: " Hoje meu ura-nage funcionou muito bem, mas estou muito cansado, especialmente desde as quartas-de-final. Essa competição foi a mais difícil porque o francês nunca se cansava " .

A Rússia tinha a garantia de ter mais uma medalha com Adam Sangariev (RUS) e Egor Andoni (RUS) sendo qualificados para o concurso de medalha de bronze. Esta foi a primeira e única pontuação de ouro do bloco final deste terceiro dia. Com os atletas se conhecendo tão bem, eles não encontraram uma oportunidade simples para lançar e, portanto, o vencedor foi decidido por aquele com menos penalidades que o outro. Bronze foi para Adam Sangariev.

Todos os atletas franceses mostraram um judô muito bom ao longo das rodadas preliminares no terceiro dia, mas no final do dia, apenas um atleta, Maxime-Gael Ngayap Hambou, estava em posição de subir ao pódio, contra Alex Cret (ROU ) Foi uma partida muito agradável assistir os dois atletas oferecendo ao público muita ação e pontuação. Alex Cret marcou primeiro, mas seu waza-ari foi rebaixado. Em seguida, o competidor francês marcou um primeiro waza-ari com um movimento rolante, seguido logo depois por um baixo sode-tsuri-komi-goshi para ippon e a medalha de bronze para Maxime-Gael Ngayap Hambou.


Resultados finais
1. SAFRANY Peter ( HUN )
2. RENES Tigo ( NED )
3. SANGARIEV Adam ( RUS )
3. NGAYAP HAMBOU Maxime-Gael ( FRA )
5. ANDONI Egor ( RUS )
5. CRET Alex ( ROU )
7. DAMIER Francis ( FRA )
7. AYDIN ​​Omer ( TUR )

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Gabriela Sabau e Marina Mayorova

FIJ: Sem pressa, mas sem pausa


Pesada é a coroa. Não é fácil assumir o estatuto de favorito, nem é fácil submeter-se a um exercício de introspecção quando a derrota ainda é recente. 24 horas antes, Szofi Ozbas era a rainha. Não é mais e você tem que ter coragem de falar sobre um fracasso que ninguém esperava; corajoso e honesto.


Szofi não é daquelas que fala para não dizer nada. Ela leva tempo para pensar e coletar suas idéias. Só então ela diz o que tem em mente e falando em mente, é a chave da vida dela, a chave de tudo. Porém, primeiro, um pouco de história. 

A dela é uma corrida meteórica. A húngara vence títulos continentais, mundiais e até olímpicos da juventude em todas as categorias em que passa. Aos 19 anos já participa ativamente do World Judo Tour e também esteve presente nas Olimpíadas de Tóquio. Em outras palavras, ela é uma jovem veterana. É aqui que a entrevista realmente começa. 

"Eu precisava de uma pausa depois de Tóquio", explica ela. “Muitas pessoas não entenderam, mas eu fui firme na minha decisão. O conselho é necessário, mas por mais que sua equipe faça tudo para o seu bem, ninguém pode saber realmente como se está se sentindo. Eu sabia que tinha que parar. "No esporte de alto nível, como em tudo, é necessário um equilíbrio. 

A vida de Szofi deu uma guinada copernicana no ano passado. Vindo de Szolnok, uma pequena cidade de 70.000 habitantes, Szofi mudou-se para Budapeste. Em outras palavras, ela teve que administrar uma nova cidade, um novo clube, um novo ambiente e independência. “Agora eu moro sozinha em um apartamento. No início foi complicado, mas agora estou habituada e gosto. " 

Com a adaptação ao novo e o desconhecido e para depois seguir uma carreira com novos horizontes e as portas do World Judo Tour abertas, era pesado mas não foi por isso que Szofi se demitiu para a categoria de juniores. 


“A decisão de vir para Olbia foi minha. É o meu último ano como junior e é por isso que queria participar e defender o título que ganhei há dois anos. " 

Ela já conhece o mundo profissional e até ganhou uma medalha de bronze no Grand Slam de Budapeste no ano passado. Isso é uma prova de que ela já tem consciência do mundo entre as duas categorias. “A onipresença da tática nas lutas olímpicas me chamou a atenção. 90% das partidas foram decididas no golden score. Os juniores são mais ofensivos, tendo um judô que avança porque procuram o ippon. Gosto disso porque é o judô que sinto e pratico. " 

O Campeonato Mundial Júnior é um ippon smorgasbord. As pessoas atacam sem descanso, em busca de contato e as mais agressivas tendem a vencer. Szofi chegou como segunda semente e com o título no bolso, tendo mais experiência e a vantagem de conhecer o circuito profissional. Sua primeira luta confirmou as previsões: ippon após 22 segundos. Tudo estava indo bem. O próximo também não durou muito. Em seguida, ela correu para os holandeses e, finalmente, a medalha de ouro, Joanne Van Lieshout. 

“Não tenho dormido bem”, diz Szofi. Isso não é surpresa. Perder não é um prato do paladar, principalmente quando as piscinas apontam na direção oposta. “Normalmente eu preciso de pelo menos três dias para analisar a luta. No momento não sei o que fiz de errado, mas posso dizer que não acho que ela foi melhor do que eu. "Bem, a holandesa estava melhor no dia anterior e isso é o que importa; esta é a verdade de o tatame. Também é positivo analisar as coisas e aceitar os erros, corrigi-los. É um aspecto que não tem nada a ver com o físico, é o campo do mental, o campo da psicologia e Szofi gosta disso. 

“Estou muito emocionado. Olhar para trás me deixa ansioso. É engraçado porque a força de espírito é o que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso. No meu caso, sei que o aspecto mental é ao mesmo tempo minha força e minha fraqueza. Parece contra-intuitivo, mas eu me conheço. Demoro muito para tomar decisões e, uma vez que decido fazer algo, ainda hesito. " 

Reconhecer defeitos é um sinal de maturidade e compreensão, certamente um passo crucial para estabelecer um equilíbrio que permita às pessoas alcançar objetivos maiores. “A dúvida afeta minha relação com o sucesso. É por isso que me interesso pela psicologia como ciência e campo de exploração. Na verdade, vou começar minha carreira na universidade e quando sair do judô, acho que poderia me dedicar profissionalmente e então, por que não no campo dos esportes? ” 


Uma das coisas que ela já aprendeu é, além de ouvir as próprias sensações, abrir a mente para outros pontos de vista e encontrar pessoas em quem possa confiar. “É fundamental que o judoca, principalmente o mais jovem, esteja bem cercado e tenha pelo menos uma pessoa em quem confiar cegamente. A decisão final é minha, mas você tem que saber ouvir porque é muito difícil ter uma visão geral e uma perspectiva neutra quando se trata de si mesmo. " 

Szofi gosta de caminhar passo a passo, sem pressa, sem pressa mas também sem pausa. Agora é hora de pensar em um futuro profissional no mundo do judô, categoria sênior onde ela já faz parte da paisagem. Já que ela duvida, já que precisa de confiança e certeza, talvez a melhor coisa seja focar em um líder e Szofi tem um modelo. 

“Clarisse Agbegnenou, sem dúvida! Ok, ela tem um histórico de serviço impressionante, mas para mim isso não é ser uma líder. Eu acredito que Clarisse é o que eu chamo de líder natural porque ela está sempre atenta aos outros. Nós nos conhecemos em Tóquio e ela tinha palavras muito gentis para mim e depois ela também me mandou uma mensagem. É uma liderança natural porque é humana e não é necessário destacar as conquistas desportivas ”. 

Clarisse estuda tudo o que tem a ver com coaching de vida. Ela quer se dedicar a isso quando sua carreira acabar. Szofi gosta de psicologia e essas atividades estão relacionadas porque têm a ver com o aspecto mental, os fundamentos da vida, que fazem a diferença no esporte. Ter uma ideia precisa do que fazer no futuro, aos 19 anos, já é uma vitória. Para aplicar leva tempo. "Não há pressa", responde Szofi, "tenho de ir passo a passo para alcançar grandes objetivos". 


Olbia tem sido uma derrota desportiva que já é uma lição para o futuro. O que se perde de um lado é ganho do outro. Se é isso que Szofi Ozbas tira da Itália, então podemos dizer que ela deu mais um passo em direção ao destino que ela mesma está construindo e isso é muito legal. 

Fotos: Gabriela Sabau e Marina Mayorova

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

MUNDIAL JÚNIOR - PERFIS - Conheça Luana Carvalho, Marcos Santos e Victor Hugo Nascimento


No terceiro dia do Campeonato Mundial Sub-21 de Judô, que acontece em Olbia, na Itália, o Brasil terá três judocas em ação: Luana Carvalho (70kg), Marcos Santos (81kg) e Victor Hugo Nascimento (90kg). Eles lutam a partir das 5h da manhã buscando a classificação para o bloco final, que começara às 11h com as disputas por medalhas. 

Chegou a hora de conhecê-los melhor para torcermos ainda mais pelo Time Brasil Judô. 

Confira abaixo a ficha técnica e curiosidades dos três atletas. 

LUANA CARVALHO - @carvalhoo_luanaa

Nome completo: Luana Oliveira de Carvalho 
Nascimento: 27/03/2002 (19 anos)
Naturalidade: Rio de Janeiro, RJ
Clube: UMBRA - CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA 
Técnico (a):  Soraya Amorelli 
Categoria: Médio 70kg
Kumikata (pegada): Destra
Tokui-waza (técnica preferida): O-soto-gari 
O que seria, além de judoca: Nunca pensei em ser outra coisa sem ser judoca.
Judoca que mais te inspira:  Eu me inspiro diariamente na minha Sensei, que tanto batalha e se dedica para dar o melhor para os seus atletas. Ela é muito guerreira e é uma inspiração pra mim. Se não fosse ela eu não estaria onde estou hoje!
Início no judô: Comecei o judô com 10 anos de idade. No início, era mais por diversão e porque tinha o tempo livre durante a parte da tarde/noite. Comecei desde pequenininha lá na Umbra com a Sensei Soraya Amorelli e sigo lá até hoje. 
O que mais gosta no judô: Através do judô, eu pude conhecer pessoas incríveis e fazer grandes amizades que quero levar pra vida. Gosto de competir, sentir aquela adrenalina, aquele frio na barriga e, no fim da competição, aquela sensação de alívio, que deu tudo certo e que todo trabalho e dedicação foram recompensados. 
Expectativa para o Mundial: Estou com uma grande expectativa para essa competição. Sei que não vai ser fácil mas estou preparada pra ir lá e buscar o meu melhor resultado!   

Principais resultados recentes:
- Ouro no Pan Sub-21 2021
- Bronze no Meeting Nacional Sub-21 2020
- Prata nos Jogos Escolares da Juventude 2019
- 7º no Mundial Sub-18 2019
- Bronze na Copa Europeia Sub-18 de Coimbra 2019
- Prata na Copa Europeia Sub-18 de Fuengirola 2019

 MARCOS SANTOS - @msantosjudo81

Nome completo: Marcos Soares dos Santos
Nascimento: 14/03/2001 (20 anos)
Naturalidade: Bauru - SP
Clube: SESI-SP - FPJUDO - SP
Técnico (a):  Alexandre Lee
Categoria: Meio-Médio (81kg)
Kumikata (pegada): Canhoto
Tokui-waza (técnica preferida): Uchi-Mata
O que seria, além de judoca: Professor 
Judoca que mais te inspira: Shohei Ono
Início no judô: Por causa dos meu pais, com 3 anos, no dojô Bushido, em Bauru, com o Sensei Dener. 
O que mais gosta no judô: Das quedas. 
Expectativa para o Mundial: Ser campeão.

Principais resultados recentes:
- Ouro no Pan Sub-21 2021
- Bronze no Meeting Nacional Sub-21 2020
- Ouro na Copa Europeia Sub-18 de Zagreb 2018

VICTOR HUGO NASCIMENTO - @colossos_

Nome completo: Victor Hugo da Silva Nascimento
Nascimento: 07/01/2001 (20 anos)
Naturalidade: São Paulo, SP 
Clube: Clube Athletico Paulistano
Técnico (a): Douglas Vieira
Categoria: Médio (90kg)
Kumikata (pegada): Canhoto
Tokui-waza (técnica preferida): Uchi-Mata e Seoi Nage
O que seria, além de judoca: Nadador
Judoca que mais te inspira: Nikoloz Sherazadshivili
Início no judô: Não me encaixava no time da escolinha de futebol. Onde eu treinava era uma associação com alguns esportes, entre eles o judô. Comecei na Associação Colossus de Judô, aos 7 anos de idade, com o sensei Rubens Pereira, em São Paulo, capital. 
O que mais gosta no judô: Da filosofia do judô e de competir. 
Expectativa para o Mundial: Poder executar tudo durante as lutas e poder lutar bem.

Principais resultados recentes:
- Bronze no Pan Sub-21 2021
- Ouro no Meeting Nacional Sub-21 2020
- Ouro no Campeonato Brasileiro Sub-18 2018

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Brasil tem sétimo lugar de Gabriel Falcão como melhor resultado no segundo dia de Mundial Júnior


Depois de abrir o Mundial Júnior com uma medalha de bronze conquistada por Rafaela Batista (48kg), o judô brasileiro teve um sétimo lugar de Gabriel Falcão (73kg) como melhor resultado nesta quinta-feira, 07, segundo dia de disputas. O peso leve estreou bem, com vitórias sobre Stravos Doumas, da Grécia, e Kyprianos Andreou, do Chipre, mas caiu nas quartas-de-final e na repescagem diante de Daniel Pochop (República Tcheca) e Luigi Centracchio (Itália), respectivamente.  

Nas chaves femininas, o melhor desempenho foi da meio-médio Nauana Silva (63kg), que venceu a marroquina Nassma Essatouri, na estreia, e, por pouco, não bateu a romena Florentina Ivanescu, em luta equilibrada definida no Golden score, com um waza-ari contra a brasileira.  

Thayane Lemos (57kg) também lutou nesta quinta-feira e ficou na primeira luta, caindo para Natalia Elkina, da Rússia.  

O Mundial Sub-21 continua nesta sexta-feira, 08, e vai até domingo. No terceiro dia de combates, o Brasil terá mais três chances de subir ao pódio com Luana Carvalho (70kg), Marcos Santos (81kg) e Victor Hugo Nascimento (90kg).  

As preliminares começam às 5h e as finais serão a partir das 11h da manhã, no horário de Brasília.  

Assista ao vivo pelo live.ijf.br e acompanhe os resultados dos brasileiros pelo perfil da CBJ no Twitter @judoCBJ

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Mundial Junior: Resultados do segundo dia


Se no segundo dia do Mundial de Juniores, Olbia 2021, se inscrevessem apenas três categorias (-57kg, -73kg e -63kg), eram três categorias particularmente dinâmicas, das quais o judô cheirava a grandes competições internacionais seniores. Confira os resultados finais destas três categorias de peso.

-57kg
Resultados finais
1. GALITSKAIA Kseniia ( RUS )
2. PRIMO Kerem ( ISR )
3. YILDIZ Ozlem ( TUR )
3. MOKDAR Faiza ( FRA )
5. TONIOLO Veronica ( ITA )
5. ELKINA Natalia ( RUS )
7. GERTSCH Olivia ( SUI )
7. GRABNER Lisa ( AUT )

-73kg: 

Resultados finais
1. SULCA Adrian ( ROU )
2. DEMIREL Umalt ( TUR )
3. CENTRACCHIO Luigi ( ITA )
3. POCHOP Daniel ( CZE )
5. GABA Joan-Benjamin ( FRA )
5. MECILOSEK Jus ( SLO )
7. FALCAO Gabriel ( BRA )
7. PELLIGRA Vincenzo ( ITA )

-63kg: 

Resultados finais
1. VAN LIESHOUT Joanne ( NED )
2. VAZQUEZ FERNANDEZ Laura ( ESP )
3. VARGA Brigitta ( HUN )
3. KRISTO Katarina ( CRO )
5. TURPIN Melodie ( FRA )
5. OZBAS Szofi ( HUN )
7. CORRAO Alessia ( BEL )
7. IVANESCU Florentina ( ROU )

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotografias de Gabriela Sabau, Marina Mayorova


Laços de Sangue

Nick e Nicholas Yonezuka

Dizem que ser pai é a tarefa mais difícil do mundo. Quando pai e filho trabalham juntos, as coisas ficam complicadas. Se, além disso, há dois filhos em vez de um e o pai é o patrão, a questão é delicada. Em Olbia, os Estados Unidos colocaram a fasquia muito alta com as famílias Rodríguez e Yonezuka.

Jack Yonezuka em Judogi Azul

Para ser honesto, os Estados Unidos apostaram tudo na juventude e isso é compreensível. O país sediará os Jogos Olímpicos de 2028 e a federação de judô quer estar lá com uma equipe competitiva. É uma tarefa de longo prazo. Você tem que ser constante e paciente, fiel ao plano estabelecido. A estrada ganhou forma na Itália. 

Olbia sedia o Mundial de Juniores e os Estados Unidos viajaram muito, com uma impressionante delegação de 18 atletas e 8 treinadores, o que significa que levam o assunto muito a sério. A questão não é só ganhar medalhas, mas construir uma equipe e uma dinâmica para lutar pelas medalhas no torneio mais difícil e também em casa. 

Oito treinadores é um número muito alto e raramente é alcançado, mesmo no Circuito Mundial de Judô. Atrai muito mais atenção nas categorias inferiores. Isso diz muito sobre a determinação da Federação Americana e dos clubes privados. Depois, há a composição da equipe, os nomes e sobrenomes. Na lista encontramos três Rodríguez e tantos Yonezuka. É normal, porque além do judô, eles têm laços consanguíneos. Dois treinadores, quatro filhos, uma bandeira e uma missão. 

No momento Daniel está ausente do local porque seus filhos Nicholas e Dominic estão se preparando para o segundo dia de competição. Ambos estão inscritos na categoria -73kg. É uma dupla razão de estresse; entende-se que o pai pode estar tenso como a corda de um violino. Nicholas Yonezuka, a quem chamaremos de Nick, esperando que ele não se ofenda porque seu filho também se chama Nicholas, está aqui e antes de nos aproximarmos, o observamos de longe. 

Nick está focado. Seu filho Jack luta -66kg contra Jagadish Meitei Laishram (IND) no primeiro round. Nick ocupa a cadeira reservada ao treinador, mal se move, gesticula muito pouco e só fala quando o árbitro chama o companheiro. Não é uma luta fácil para Jack, mas ele acaba vencendo por osae-komi. 

Treinador Nick Yonezuka

“Sim”, diz Nicholas, “é muito mais difícil ser pai e treinador porque é preciso combinar o pessoal e o profissional. Acho que sou mais duro com eles, não porque sejam meus filhos, mas porque conheço seus limites. Em vez disso, não posso ser duro com alguém que não conheço tão bem. " 

Jack e Nicholas ouviram e então é a vez deles falarem. “Acho bom que meu pai seja nosso treinador, porque ele quer o melhor para nós. Quando não fazemos bem, ele não fica chateado conosco, mas por nós e essa é a diferença ”, explica Jack. 

Eles falam com naturalidade, sem estresse, parecendo mais amigos do que família. Jack teve um dia positivo com duas vitórias e uma derrota na terceira rodada. "Isso foi um erro; Ataquei procurando um waza-ari ou pelo menos um shido contra meu rival, o mexicano Robin Jara. É uma pena, mas é o erro clássico com o qual você aprende. " 

Nicholas ainda não colocou seu judogi porque sua categoria é de –81kg e faltam dois dias. “É meu primeiro ano com –81kg. No momento estou indo bem, mas ainda não lutei contra o judoca europeu. " 

É aqui que reside o cerne do problema. Nick, o pai, é claro. "Olbia é onde tudo começa: o caminho que deve nos levar aos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028. Estamos aqui para aprender e melhorar e então pensaremos no Circuito Mundial de Judô." 

Isso se chama plano, mas quem diz plano também diz orçamento e, a essa altura, a questão não é fácil. 

“Eu tenho um dojo em New Jersey e um ou dois pequenos patrocinadores. Os pais trazem seus filhos até mim para aprender valores, disciplina, sacrifício e para se defenderem. Não tenho capacidade financeira para cobrir todo o circuito profissional ”, confessa o treinador. 

Mas o pai que também é treinador não desiste; ele tem uma estratégia. 

"Primeiro quero que eles melhorem e depois vão para o Tour Mundial de Judô." É uma fase de aprendizagem praticamente obrigatória, pois os programas europeu e asiático são mais desenvolvidos do que os americanos. “É normal”, diz Nick, “porque na América o judô ainda não é tão popular”. 

Para os Estados Unidos competirem em casa com garantias, é preciso ter recursos e começar agora. "É por isso que viemos", dizem os três. 

O que eles sabem é que para aprender e vencer é preciso se divertir no tatame. Eles já têm os valores e já pisam em solo europeu de olhos bem abertos. É um primeiro passo crucial. O resto, aquela parte tão deselegante quanto necessária, ou seja, o dinheiro, virá de alguma forma. Ou não! Mas, se com essa experiência a família Yonezuka se revelar mais sábia, o judô americano também e, por extensão, todo o resto será. 

Fotos: Jakhongir Toshpulatov

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