De atleta a Treinadora Olímpica e Coordenadora Técnica da CBJ, não importa a função, Rosi Campos está sempre visível, atuando pró-ativamente como a cola da seleção brasileira, garantindo a inclusão e liderando a torcida. A posição dela é de grande responsabilidade e o período que antecedeu os Jogos Olímpicos está longe de ser tranquilo.
sexta-feira, 30 de julho de 2021
FIJ: Rosi e Brasil
De atleta a Treinadora Olímpica e Coordenadora Técnica da CBJ, não importa a função, Rosi Campos está sempre visível, atuando pró-ativamente como a cola da seleção brasileira, garantindo a inclusão e liderando a torcida. A posição dela é de grande responsabilidade e o período que antecedeu os Jogos Olímpicos está longe de ser tranquilo.
TÓQUIO 2020 - Pesados brasileiros terminam em sétimo lugar nos Jogos Olímpicos
Com muitas dores, a brasileira não conseguiu seguir na luta e foi removida de maca do tatame após receber atendimento do médico da seleção, Dr Guilherme Garofo. Ainda no ginásio, Suelen foi avaliada e encaminhada para a Policlínica da Vila Olímpica, onde os exames de imagem confirmaram uma lesão do ligamento patelar do joelho esquerdo. Com isso, a brasileira não poderá disputar a competição por equipes mistas, que acontecerá neste sábado, 31.
“A lesão aconteceu antes da queda. Houve uma disputa de força entre as duas. Esse tipo de lesão acontece com o movimento excêntrico, onde o atleta faz a força para esticar a perna enquanto ele está sofrendo uma outra força, no caso, da adversária, de dobrar o joelho. Não é uma lesão tão comum no judô. E não é a mesma que ela já teve, que foi de ligamento cruzado e de colateral. Essa é uma lesão diferente. Se for uma lesão cirúrgica é de quatro a seis meses de recuperação, muito parecido com lesão de ligamento cruzado. Ela estava, no momento, com bastante dor no joelho, incapaz de caminhar, então saiu na maca. A gente medicou, fez gelo, ela estava com controle bom de dor, se sentindo já mais confortável, conseguiu dobrar o joelho até 90 graus e foi para a policlínica realizar os exames de imagens”, explicou o Dr. Garofo.
Sem condições de luta, Suelen não se apresentou no tatame para a repescagem e, com isso, finalizou sua terceira participação olímpica em sétimo lugar
Rafael Silva para em Riner e foca em disputa por equipes, neste sábado
Na chave masculina, Rafael Silva estreou com vitória por ippon sobre Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, e pegou Guram Tushishvili, da Geórgia, nas quartas. Em luta amarrada, o adversário conseguiu impor mais ataques e, mesmo que sem efetividade, forçou três punições ao brasileiro.
"Competição difícil. Eu sabia pelo quadrante que eu teria dificuldade com o georgiano, um histórico complicado contra ele. Senti bastante a questão de volume de pegada, ele se desvencilhando o tempo todo e eu não tive a oportunidade de botar muitos golpes”, detalhou Baby.
Para buscar sua terceira medalha olímpica, Rafael Silva precisaria passar pelo bicampeão olímpico Teddy Riner, da França, na repescagem. A lenda do judô, decacampeão mundial, foi derrotado nas quartas-de-final pelo russo Tamerlan Bashaev, por um waza-ari.
Baby tentou impor sua estratégia na luta, mas Riner conseguiu projetar o brasileiro e finalizou o combate com uma chave de braço, avançando à disputa pelo bronze. Rafael encerrou, assim, sua terceira participação olímpica com um sétimo lugar. Ele já tinha dois bronzes dos Jogos de Londres 2012 e do Rio 2016.
“A gente traçou com a Yuko (Fujii) e o Jun (Shinohara) de ir com a pegada cruzada. O Riner tem uma (pegada na) manga muito forte. Então, era evitar dele pegar na manga e, infelizmente, quando ele conseguiu pegar, fez o golpe, o mesmo que tinha usado em outras lutas, e era uma situação difícil de reverter”, lamentou o judoca brasileiro que ainda terá mais uma chance de medalha com a equipe, no sábado, 31. “Dei meu máximo durante todo esse ciclo olímpico, uma vida toda dedicada ao judô, uma carreira construída no esporte, feliz por estar aqui. Mas não tem muito tempo para ficar remoendo o individual. Preciso me recuperar para dar o meu melhor na competição por equipe amanhã.”
As disputas por equipes, prova inédita em Jogos Olímpicos, serão no mesmo horário das individuais, às 23h e às 5h. O Brasil, como cabeça de chave, sai de bye na primeira rodada e aguarda o vencedor do duelo entre Uzbequistão e Holanda. A escalação da equipe para o primeiro confronto será anunciada meia hora antes dos combates.
Nota oficial sobre Maria Suelen
A Missão Brasileira em Tóquio 2020 e a Confederação Brasileira de Judô informam que a judoca Maria Suelen Altheman sofreu lesão no ligamento patelar do joelho esquerdo e não disputará a prova por equipes mistas marcada para este sábado, dia 31. A atleta precisará passar por cirurgia no retorno ao Brasil.
A contusão ocorreu no combate de quartas-de-final do peso pesado feminino contra a francesa Romane Dicko, realizada nesta sexta-feira, 30. Após ser avaliada pelo médico da equipe de judô, Guilherme Garofo, ainda no tatame, a atleta foi encaminhada para a realização de exames de imagem na Policlínica da Vila Olímpica, que confirmaram a lesão no ligamento patelar. Ela encerra sua terceira participação olímpica na sétima colocação.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Tóquio 2020 - Sone confirma e Krpalek surpreende a todos
Romane DICKO disse: " Não sei o que aconteceu na semifinal. Estava esperando sua mudança, mas ela ainda o fez. Chorei muito, mas decidi lutar pelos meus companheiros de equipe porque uma medalha olímpica de bronze é importante. Tenho 3 anos para me vingar e o tempo passa rápido. "
quinta-feira, 29 de julho de 2021
TÓQUIO 2020 - HISTÓRICO! Mayra Aguiar vence sul-coreana e conquista sua terceira medalha de bronze em Jogos Olímpicos
Tóquio, 29 de julho - Mayra Aguiar (78kg) chegou, pela terceira vez consecutiva, ao pódio olímpico e de forma emocionante, na madrugada desta quinta-feira, 29. Depois de vencer a primeira luta e cair nas quartas-de-final, a brasileira buscou uma recuperação na repescagem, vencendo Aleksandra Babintseva (RUS) e, em seguida, imobilizou Yoon Hyunji, da Coreia do Sul, por 20 segundos para assegurar sua terceira medalha de bronze olímpica. O feito é inédito entre as atletas mulheres de esportes individuais do Brasil.
A medalha vem dez meses após Mayra sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo que a fez passar por uma cirurgia e a afastou dos tatames até junho, quando lutou o Mundial, em Budapeste. As incertezas e as dificuldades superadas pela lesão e pela pandemia trouxeram um peso maior à essa conquista para a atleta.
“Nunca chorei tanto. Estava chorando igual criança ali. É que está muito entalado. Tudo o que eu vivi, foi muito tempo de superação, uma atrás da outra. E, hoje, poder concretizar com uma medalha é muito importante para mim. É a maior conquista que eu já tive em toda a minha carreira. Por tudo o que aconteceu, tudo o que vivi, poder estar com isso concretizado é muito gostoso, está sendo muito bom”, celebrou a atleta.
O caminho da medalha
Nas preliminares, Mayra venceu Inbar Lanir, de Israel, com um belo ippon e avançou às quartas-de-final, onde encarou a atual campeã mundial, Anna-Maria Wagner, da Alemanha. Em luta muito equilibrada, a brasileira acabou levando duas punições e precisou abrir ataques para não ser punida novamente. Em uma entrada, levou o contra-golpe, no golden score, e Wagner marcou o waza-ari que lhe garantiu nas semifinais.
Para manter vivo o sonho da terceira medalha, Mayra precisou, então, passar pela russa Aleksandra Babintseva, na repescagem. Levando vantagem nas trocas de pegadas, a brasileira conseguiu forçar três erros da russa que, por fim, levou uma punição por saída de área, o que garantiu Mayra na disputa de bronze.
Yoon veio das semifinais depois de perder, também nos shidos, para a francesa Madeleine Malonga. Mas, logos nos primeiros minutos de luta, Mayra se impôs e encaixou uma sequência de golpe com transição ao chão para imobilizar a coreana e garantir a 24ª medalha da história do judô brasileiro.
Buzacarini cai para campeão europeu
Na chave masculina do meio-pesado, o Brasil foi representado nesta quinta por Rafael Buzacarini, que lutava bem contra Toma Nikiforov, da Bélgica, mas caiu de waza-ari a 30 segundos do fim da luta.
"Eu já tinha enfrentado ele. Minha estratégia era deixar a lutar seguir, ir longe, eu tinha recurso, tinha físico e estava preparado para ir longe. Na luta, eu até senti que ele estava cansando, mas foi um momento ali que eu acabei errando, andando para cima e ele acertou um golpe. Tive que abrir no final da luta e acabei perdendo. Difícil. Foram cinco anos treinando, mesmo dentro das adversidades, treinando para chegar mesmo que fossem dez minutos eu aguentar. Queria sair com a medalha”, lamentou Buzacarini.
O judô brasileiro já conquistou uma medalha de bronze, com Daniel Cargnin, no segundo dia de competição, e um sétimo lugar, com Ketleyn Quadros, no quarto dia.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Tóquio 2020 - O Invencível Hamada e o Lobo
quarta-feira, 28 de julho de 2021
TÓQUIO 2020 - Portela e Macedo não avançam no individual, mas ainda podem buscar medalha com equipes, no sábado
Os dois brasileiros que lutaram nesta quarta-feira, 28, em Tóquio não conseguiram avançar em suas chaves. Maria Portela, em sua terceira participação olímpica, parou nas oitavas-de-final após levar o terceiro shido em combate com a russa Madina Taimazova. Macedo, que fez sua estreia em Jogos Olímpicos, caiu de ippon no primeiro combate contra Islam Bosbayev, do Cazaquistão.
Cabeça-de-chave no médio feminino, Portela teve uma primeira luta tranquila contra a representante do Time de Refugiados Olímpicos, Nigara Shaheen, vencendo-a por ippon em apenas 28 segundos de combate.
Nas oitavas-de-final, a brasileira encarou Madina Taimazova, contra quem já havia lutado e vencido neste ano na final do Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia. A luta foi muito parelha e estudada durante o tempo regulamentar de quatro minutos, com as duas atletas levando uma punição por falta de combatividade. Sem pontuação no placar, o combate foi para o Golden score, o ponto de ouro, e, novamente, ambas foram punidas, dessa vez, por evitarem a pegada.
No terceiro minuto, Maria conseguiu encaixar um golpe e projetou Taimazova que chegou a tocar os ombros no chão, girou e caiu de frente. O lance precisou ser revisado pelo vídeo replay e os árbitros da mesa não validaram o ponto da brasileira.
A luta seguiu indefinida até o décimo minuto de golden score, com as duas atletas já bastante desgastadas pelo longo combate. Taimazova arriscou algumas entradas e conseguiu, com isso, impor um volume suficiente de ataques para que a arbitragem punisse a brasileira por falta de combatividade, encerrando, ali, o sonho de Portela buscar sua primeira medalha olímpica.
Decepcionada, a brasileira deixou o tatame chorando e lamentou não ter conseguido evoluir na competição.
“Não consegui seguir na competição. Mas, agradeço a Deus, primeiramente, por ter me permitido chegar até aqui. Foram muitos desafios ao longo da classificação olímpica. E agradeço a todos aqueles que estiveram comigo nesse período de preparação, se doando cem por cento para que eu estivesse aqui da melhor forma possível”, resumiu.
Sobre as decisões da arbitragem em sua luta, Maria demonstrou verdadeiro espírito olímpico, avaliando tecnicamente as situações de luta, sobretudo o último shido que sacramentou a vitória da adversária.
"O árbitro, se a gente não define, ele tem que definir. E quem tiver um pouco mais de iniciativa, vai levar. Não foi culpa dele. Eu tinha que ter sido mais agressiva, imposto mais o ritmo, por mais que não fosse efetiva, que foi o que ela fez e acabou levando. Acredito que o que definiu, como a luta estava muito longa, ela teve um pouquinho mais de iniciativa ali naquele final e eu acabei tomando a punição. Mas, estava muito parecida a luta. Eu percebi que ela estava um pouco mais desgastada do que eu, só que ainda assim ela estava colocando mais golpe do que eu, mesmo que sem efetividade. Isso é como se ela tivesse dando um volume maior na luta, buscando mais a luta. E, por mais que eu quebrasse bastante o volume dela, eu quase joguei duas vezes, ainda assim não foi suficiente”, explicou Portela, que retornará ao tatame da Nippon Budokan no sábado, 31, para a competição por equipes mistas. “Agora quero ajudar a equipe para chegar no pódio. Sei que meu ponto é muito importante e o foco é esse, contribuir para que possamos evoluir na competição porque somos um time muito forte.”
A derrota doída definida em decisões difíceis da arbitragem, tanto nas punições, quanto na interpretação do waza-ari ou não, fez com que a brasileira recebesse muitas mensagens de incentivo e indignação de fãs e da comunidade do judô por meio das redes sociais. Neste sentido, é importante esclarecer que, no judô, não existe a possibilidade de recurso, apelação, cancelamento ou mudança do resultado decretado pela arbitragem em cima do tatame.
Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini lutam na madrugada desta quarta para quinta-feira
Os próximos brasileiros a lutarem na Budokan serão os meio-pesados Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini. Mayra tentará buscar sua terceira medalha olímpica, o que seria um feito inédito no judô e em modalidades individuais. Já Buzacarini, que participou dos Jogos do Rio, tentará subir ao pódio olímpico pela primeira vez.
As preliminares começam às 23h dessa quarta, 28, no Brasil, e o bloco final, com repescagem, semifinais e medalhas começará às 5h da manhã de quinta-feira, 28, também no horário de Brasília.
O judô brasileiro tem, até o momento, um bronze, de Daniel Cargnin (66kg) e um sétimo lugar, de Ketleyn Quadros (63kg), como melhores resultados.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ