O paratleta de Praia Grande (Secretarias de Juventude, Esporte e Lazer – Sejel - e Educação – Seduc), Gilberto Moyano, 29 anos, peso médio (73 a 81 quilos) disputou a primeira fase do Grand Prix Infraero de Judô para Cegos (Campeonato Brasileiro da modalidade). O torneio, finalizado no domingo (7), ocorreu no Ginásio do Rio Vermelho, na cidade de Goiânia, em Goiás.
Moyano fez quatro lutas na competição nacional. Venceu os dois primeiros combates. No terceiro, acabou sendo derrotado. Foi para a repescagem e já no primeiro desafio, voltou a perder e ficou de fora do pódio. “Não era o resultado que eu imaginava. Preciso corrigir as falhas que tive neste torneio para buscar uma medalha na segunda etapa do Brasileiro, que ocorrem em dezembro, em São Paulo”.
O certame regido pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) reuniu 230 lutadores, de 14 estados do país. Esta é a única competição oficial realizada em solo verde e amarelo para os atletas com deficiência visual e a partir dela, cria-se um ranking que classifica os judocas para integrar a seleção nacional. Não existe divisão dos atletas por grau de lesão, mas sim, por peso.
Histórico – Nascido em Bragança Paulista, Moyano reside há dois anos no Bairro Mirim, em Praia Grande. Veio ao mundo sem visão (catarata congênita). Casado, é pai do pequeno Cauê, 7 anos. Começou no judô (faixa preta) e no jiu-jitsu (faixa preta) aos 14 anos. Ministra treinamentos na Associação dos Deficientes de Praia Grande (ADPG), segundas, quartas e sextas-feiras, a partir das 17 horas.
“Vim para Praia Grande pensando em trabalhar e treinar. A Cidade tem uma ótima estrutura para a prática do judô e descobri que também reúne excelentes condições para os paradesportistas. Lutei quase toda minha vida com atletas que enxergavam. Há quatro anos venho encarando os deficientes visuais”, destacou o judoca.
Em 2010, na cidade do Rio de Janeiro, conquistou medalha de bronze na segunda etapa do Grand Prix Infraero de Judô para Cegos. Na primeira etapa do certame, em agosto, em São Paulo, ele faturou medalha de prata. Com os resultados, ficou como reserva na seleção brasileira. Foi a quarta vez seguida (desde 2008), que conquistou medalha em etapa do Grand Prix.
Por: Professor Carlos Leonardo