O professor Paulo Wanderley Teixeira foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Judô para os próximos quatro anos, em pleito realizado neste sábado (15), no Rio de Janeiro. A chapa liderada por ele, única concorrente, foi eleita por aclamação por todas as 25 Federações Estaduais em conformidade, Comissão de Atletas e representantes de seis clubes.
“Fico honrado pelo apoio de 100% do colegiado eleitoral do judô brasileiro para assumir este novo mandato na Confederação Brasileira de Judô após oito anos. Estou muito entusiasmado e decidido a retomar e avançar cada vez mais em um judô que já vinha brilhando. Tivemos o melhor resultado em Jogos Olímpicos de todos os tempos em Paris 2024, então é só continuar o trabalho que já vem sido feito e implementá-lo com algumas novas ações”, disse o presidente Paulo.
Compõem a chapa eleita até 2028, além de Paulo Wanderley, Jaciano Delmiro da Silva (PE), como primeiro vice-presidente; Marcelo Ornelas (BA), como segundo vice-presidente; e Solange Pessoa (SP), como terceira vice-presidente. Além de Fábio Rodrigues Fleischhauer, Antonio Ferreira Martins e Anderson Diego Machado, eleitos membros independentes do Conselho de Administração.
Como objetivos para os próximos quatro anos de gestão, Paulo Wanderley destacou algumas ações como a ampliação do Projeto de Apoio às Federações (PAF), fomento à jovens atletas promissores ao alto rendimento, criação de um Núcleo de Desenvolvimento do Judô, e políticas envolvendo equidade de gênero, transparência e valorização da cultura e história da modalidade. Tudo pautado por três valores principais: respeito, meritocracia e excelência.
“Queremos dar uma atenção especial às Federações Estaduais, Comissão de Atletas e clubes. O objetivo é uma interação com todos os stakeholders que realmente fazem funcionar a estrutura do judô brasileiro”, disse.
Professor Paulo será sucessor do mandato de Silvio Acácio Borges, que esteve à frente da CBJ entre 2017 e 2025. O, agora, ex-presidente da CBJ expressou contentamento com a passagem de bastão tranquila, além de destacar a harmonia entre as Federações, clubes e atletas que compuseram a assembleia eleitoral.
Perfil — Paulo Wanderley Teixeira
Paulo Wanderley Teixeira tem 74 anos e nasceu na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. Aos cinco anos de idade, mudou-se para Vitória, capital do Espírito Santo, onde começou a praticar judô com o professor Algênio de Barros. Aos 17 anos, passou a dar aulas e, logo em seguida, fundou seu primeiro clube de judô, o CECAJ - Centro Capixaba de Judô. Graduou-se em Educação Física em 1972 e, sete anos mais tarde, foi convidado a ser técnico da Seleção Brasileira de Judô, cargo que exerceu até 1993, acompanhando as equipes nos Jogos Pan-Americanos de 1991, nos Mundiais de 1991 e 1993 e também nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992, em que orientou o judoca Rogério Sampaio, à beira do tatame, na conquista da medalha de ouro.
Em 2001, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Judô pela primeira vez. Sua gestão teve como marcas emblemáticas a reaproximação da CBJ com atletas e treinadores, o desenvolvimento da estrutura da modalidade no país, a excelência nos resultados e a organização de grandes eventos internacionais no Brasil. Sob sua liderança, foram realizadas as edições do Grand Slam do Rio de Janeiro de 2009 a 2012; os Mundiais Adultos de 2007 e 2013, também no Rio de Janeiro; e o Mundial Por Equipes de 2012, em Salvador.
No tatame, durante sua gestão, o Brasil conquistou 12 medalhas olímpicas, sendo a primeira da história do judô feminino (Ketleyn Quadros, em Pequim 2008) e o primeiro ouro de uma judoca (Sarah Menezes, em Londres 2012). Nos Jogos Rio 2016, foram três pódios do judô brasileiro, com Rafaela Silva (ouro), Mayra Aguiar (bronze) e Rafael Silva (bronze). Além disso, foram 30 medalhas em Mundiais Sênior, obtendo o recorde em uma mesma edição com seis no Rio de Janeiro em 2013, e o recorde de ouros com três no Mundial Rio 2007.
Em 2009, passou a ser presidente da Confederação Pan-Americana de Judô e vice-presidente da Federação Internacional de Judô, cargos que ocupou até 2015. Em 2016, foi eleito vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil e, em 2017, assumiu a presidência da entidade, onde permaneceu até 2024.
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