O último fim de semana do Intercolegial foi marcado pelo retorno do judô, após cinco anos fora da competição. O torneio é uma realização do jornal O GLOBO, com apresentação do Sesc RJ e apoio da Caixa.
No domingo, o judô voltou a fazer parte do Intercolegial, reunindo 371 atletas de 55 entidades no Sesc Nova Iguaçu. No ranking das escolas com atletas federados, o Santa Mônica Rede de Ensino terminou em primeiro lugar no masculino, com 122 pontos, seguido pelo Colégio e Escola Técnica Triângulo, com 66, e pelo Centro Educacional Suzano da Costa, com 61. Entre as meninas, o Santa Mônica também liderou, com 123 pontos, à frente do Triângulo, com 36, e da Legião da Boa Vontade (LBV), que fechou o pódio com 23.
Na categoria dos não federados, a disputa feminina terminou com as atletas do Geo Doutor Sócrates em primeiro lugar, somando 119 pontos, seguidas pelas do Geo Nicarágua, com 70, e pelas do Santa Mônica, em terceiro. No masculino, houve dobradinha dos Geos: o Doutor Sócrates conquistou 134 pontos, e o Nicarágua, 80, enquanto o Geo Rose Dalmaso ficou na terceira colocação.
Categoria inclusiva
Outra novidade na categoria foi a disputa de seis atletas na modalidade inclusiva, para alunos portadores de deficiência. Diferentemente de jogos paralímpicos, nos quais só podem lutar judocas com deficiência visual, a categoria permite a participação de atletas com outros tipos de deficiência.
Os participantes fazem parte do projeto Ippon nos Obstáculos, da ONG Urece Esporte e Cultura, de Nova Iguaçu. A entidade criada em 2005 desenvolve treinamentos esportivos e oficinas culturais para pessoas com deficiência de todas as idades. Uma das diretoras do projeto destacou que a presença dos alunos no Intercolegial foi um passo importante para alunos judocas sem deficiência visual que não podem competir em torneios oficiais.
—Para eles é muito bom estarem aqui, porque é um incentivo a mais para treinarem e para as pessoas verem que eles existem e que é preciso incluí-los em todos os campeonatos— defende Stephanie dos Santos.
Destaques no judô
Entre os destaques individuais está João Pedro Gomes Franco, de 11 anos, aluno da LBV. Campeão da seletiva estadual, ele garantiu vaga no Campeonato Brasileiro, em outubro, em João Pessoa (PB). Será sua primeira viagem de avião, e uma campanha foi aberta para ajudar o atleta a atingir esse objetivo.
Gosto muito de lutar. Isso ajuda na disciplina e na concentração. Minhas notas são boas. Quero ser atleta profissional — diz ele.
Também estreante no torneio, Lucas Muniz, de 11 anos, do Colégio JR Lages, já acumula cinco medalhas em outras competições e celebrou o pódio no Intercolegial.
— Achei muito bom, é muito maneiro lutar. Quero ser atleta profissional, estou treinando para isso — contou o jovem, que pratica judô há apenas um ano e meio.
A judoca Anny Rodrigues Borges, de 13 anos, faixa verde do Santa Mônica Rede de Ensino, conquistou o ouro na categoria até 70 kg (sub-15) e revelou planos ousados para o futuro.
— É a primeira vez que estou competindo no Intercolegial e já saí com a medalha de ouro. É uma sensação muito emocionante. Quero continuar até chegar às Olimpíadas — disse a atleta, que começou a treinar aos 7 anos.
Outro estreante vencedor foi Matheus Moreira Braga, de 15 anos, aluno do Colégio Estadual Janete Mannarino, em Campo Grande. Ele se iniciou no esporte na escola e migrou para uma academia, onde ampliou os resultados.
— Continuei treinando, me dedicando e graças a Deus pude ser campeão. Já ganhei diversas competições e agora tenho mais uma medalha para a coleção — afirmou.
Com 17 anos e faixa marrom, Ana Beatriz Vieira, do Centro Educacional Suzano Costa, subiu ao topo do pódio na categoria sub-19. A conquista, segundo ela, foi também uma homenagem.
— Meu pai faleceu e ele amava esse esporte, foi ele quem me apresentou ao judô. Eu sigo com muito orgulho e amor no coração — declarou.
O judoca Ronaldo Messias de Souza, de 17 anos, faixa marrom do Colégio Triângulo, em Marechal Hermes, também marcou presença. Com quase dez anos de dedicação ao judô, ele passou por projetos sociais e chegou ao alto rendimento, mas já se despede do Intercolegial.
— Pena que é no meu último ano; não tive tanta oportunidade antes. Mas foi muito importante estar aqui, em uma competição bem organizada — afirmou o atleta, que soma pódios nacionais no currículo.
Na categoria feminina sub-15 não federada, Emanuelly dos Santos, de 13 anos, do Geo Nicarágua, conquistou medalha em sua estreia e ressaltou o apoio da escola.
— Foi muito gratificante ganhar uma medalha logo na estreia. O incentivo do sensei e da instituição faz toda a diferença para continuar no esporte — disse a judoca.
Por: Extra
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