quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Daniel Cargnin bate uzbeque e é campeão do World Masters, em Jerusalém


Depois de carimbar uma medalha em Jogos Olímpicos e outra em Mundial, o judoca brasileiro Daniel Cargnin entrou também para o seleto grupo de campeões do World Masters, a segunda competição mais importante do Circuito Mundial de judô em anos não olímpicos. O feito aconteceu nesta quarta-feira, 21, em Jerusalém, Israel, com vitória nas punições sobre o atleta do Uzbequistão Shakhram Akhadov na final do peso leve masculino (73kg).  

Cargnin completou 25 anos um dia antes de entrar no tatame israelense e, agora, poderá celebrar duplamente pelo aniversário com a medalha de ouro de presente.

"Eu estou muito feliz. É final do ano, então é uma competição que a gente geralmente está cansado, mas eu fui do jeito que sempre vou: na garra e na vontade. É o símbolo brasileiro, né, a gente não desiste nunca. Isso é muito importante para mim na caminhada rumo aos Jogos Olímpicos de Paris", disse o campeão, após descer do lugar mais alto do pódio.

O último ouro do judô masculino do Brasil no Masters foi há dez anos, com Rafael Silva, em Almaty 2012. Mayra Aguiar (2012 e 2013) e Maria Portela (2017) também já foram campeãs dessa competição.  

O caminho de Daniel até a final começou com vitória por waza-ari sobre o suíço Nils Stamp. Nas oitavas, o brasileiro voltou a vencer o número um do mundo, Lasha Shavdatuashvili, projetando o georgiano duas vezes. Em seguida, nas quartas, Daniel foi mais ativo no combate e venceu Khikmatillokh Turaev, do Uzbequistão, nas punições.  

Na semifinal, Daniel ficou em desvantagem nas punições (2/1), mas foi muito rápido para defender uma entrada e contra-golpear Arthur Margelidon, do Canadá. Waza-ari e vaga na final para o brasileiro.  

Na decisão, ele manteve a estratégia de antecipar seus ataques, acelerou o ritmo da luta e desgastou demais o adversário. Assim, conseguiu forçar três punições e vencer a última das cinco lutas do dia.  

Essa foi a conclusão perfeita de um ano que começou com muita incerteza para Cargnin. Depois de conquistar a medalha de bronze em Tóquio no peso meio-leve (66kg), o brasileiro decidiu “subir” de categoria e começou o ano com ranking zerado no 73kg.

A decisão se mostrou acertada e Daniel adaptou-se tão bem aos novos adversários que conquistou, em julho, sua primeira medalha na nova divisão, o bronze no Grand Prix de Zagreb. A confiança aumentou e veio, então, a medalha de bronze no Mundial, em outubro. Houve tempo ainda para um ouro no Open de Córdoba visando pontuar no ranking pan-americano para os Jogos de Santiago 2023 e, por fim, a coroação maior no Masters, competição que reúne apenas os 36 melhores de cada categoria.  

Com os 1800 pontos, Daniel deve terminar o ano no Top 4 do mundo, garantindo uma posição confortável para buscar sua segunda participação olímpica, em Paris 2024. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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