O programa Judo pela Paz da IJF tem uma longa história nos países do sul da África, com iniciativas específicas já bem estabelecidas nas áreas urbanas da África do Sul e em campos de refugiados na Zâmbia e no Malawi.
Por muitos anos, o judô tem estado a serviço de refugiados e migrantes, oferecendo uma plataforma para os jovens se socializarem e inúmeras ocasiões para as pessoas se conhecerem e aprenderem com as experiências umas das outras.
Em 2022, um programa específico denominado 'Conectado pelo Judô', desenvolvido em parceria com o ACNUR com o apoio do Grão-Ducado de Luxemburgo, se tornará realidade e reunirá judocas da África do Sul, Zâmbia e Malaui.
Conectado pelo Judô busca fomentar a inclusão digital de Pessoas de Interesse (POCs), o que é cada vez mais importante para o ACNUR estrategicamente, acompanhando não só o aumento da utilização da tecnologia digital devido ao COVID-19, mas também em função de determinados esforços do Secretário Geral da ONU para promover a cooperação digital. Especificamente, conectar os jovens tem sido uma oportunidade para aumentar a consciência digital, estimular a construção e resiliência de comunidades online e offline e contribuir para o bem-estar psicossocial.
Nos três países, a IJF coordenará o programa, onde um total de 6 dojos terão um papel ativo no movimento de inclusão digital: 3 dojos em Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo, dois dojos nos campos de refugiados de Meheba e Mayukwayukwa na Zâmbia e um dojo no campo de refugiados de Dzaleka no Malawi.
Em novembro de 2021, as atividades piloto começaram com as 'Tatami Talks', uma mesa redonda dedicada a todos os aspirantes a treinador e judoca apaixonados envolvidos no programa Judo pela Paz na África do Sul, liderado por Roberto Orlando. Essas palestras reuniram a experiência local do JFP dojo, compartilhando ideias e melhores práticas no tatame.
No decorrer de 2022, o Projeto de Inclusão Digital desenvolverá todo o seu potencial com uma série de atividades e eventos que vão desde a celebração de datas significativas (Dia Mundial do Refugiado, Dia Mundial do Judô, 6 de abril , Dia da Mulher) até experiências ad hoc e seminários com embaixadores do esporte, atletas internacionais e personalidades do mundo do esporte.
A disponibilidade de plataformas digitais representa uma oportunidade única para os jovens participantes se engajarem nas redes sociais para transmitir suas mensagens de paz ao mundo. Além disso, ferramentas específicas de aprendizagem, em primeiro lugar aquelas disponibilizadas pela IJF Academy, oferecerão uma sólida oportunidade de aprendizado para nosso judoca que, graças à disponibilidade de materiais de informática, poderá ingressar em cursos online (Curso de Instrutor, Diploma de Graduação em Gestão de Judô).
Vários judocas sul-africanos já envolvidos no programa passaram a se engajar nas redes sociais por meio de alguns conteúdos originais e começaram a divulgar o ensino do judô e sua experiência pessoal com o mundo.
Exemplos:
Zego God Physique
https://www.youtube.com/channel/UCgHVKke8VPjDxf1vp1TK6Mg
judoca
https://www.youtube.com/channel/UCqlHm8VNY1IPR7tFWePe1hg
O poder do condicionamento físico
https://www.youtube.com/channel/UCQfzwLImeQjJ47G-MWJ9ayQ
O judô é um esporte que se pratica concretamente nos tatames dos dojos de todo o mundo. Graças às novas tecnologias e à comunicação moderna é possível conectar judocas de diversos países, principalmente daqueles que mais precisam. A IJF e o ACNUR estão unindo forças por meio do 'Conectados pelo Judô' para oferecer mais oportunidades aos refugiados e deslocados, pois acreditamos que juntos podemos construir um mundo melhor e dar esperança, por meio dos valores do judô.
Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
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